quarta-feira, dezembro 18, 2013

03. Crónicas Silenciosas – Avaliando o zero da ilusão



“Vergonha”, “humilhação”, “pior dia da minha vida”, “contra”, “insultaram”, “profissão”, “invasão”, “experiência”, “prova”, “professor”… Todas estas são palavras que hoje e amanhã e depois de amanhã e durante vários dias vão fazer correr tinta e toneladas de bytes de informação por esse país fora e que não discutirão, com toda a certeza, a questão principal do “processo avaliativo” que Crato instaurou: Qual a melhoria a que Crato quer chegar ao “avaliar” os professores que não estão e, pelo andar da carruagem, tão cedo não vão estar nas escolas? Absurdo, direi eu e mais mil e muitas pessoas! Como a sociedade e o mundo da educação é tão ridículo, apetece-me fixar a atenção na literatura e em Fernando Pessoa. Apetece-me pegar num dos seus poemas mais conhecidos (“Autopsicografia”) e alterar-lhe um pedaço. Apetece-me explorar a semântica e brincar com as interpretações.

E assim na calha de roda
Gira, a entreter a educação,
Esse comboio de corda
Que se chama ilusão.


 Moimenta da Serra, 18 de Dezembro de 2013
Daniel António Neto Rocha

terça-feira, dezembro 17, 2013

02. Crónicas Silenciosas – Cofre-forte e as garantias da pequena franja



Há um estranho fascínio na cultura portuguesa pelo revivalismo e pelo saudosismo. E não digam que nunca ouviram a expressão “no meu tempo é que…”!? Talvez o principal atraso do país resida mesmo aí e seja mesmo esse um dos grandes problemas que afecta o nosso futuro enquanto nação, dita, moderna. Como podemos pensar o futuro se estamos continuamente a centrar a nossa vivência no passado? E, por antagónico que pareça, este recuo temporal não tem em vista aquilo que seria expectável: a atenção concentrada, a aprendizagem e a não retoma de velhos erros. Este voltar atrás e cercear o futuro é basicamente a ida ao cofre-forte onde guardamos as garantias de futuro que por ali enterrámos há muito tempo e que, admirem-se, servem só uma pequena franja da população portuguesa. O que origina isto? Uma incrível e indesejável sensação de estar a mais num país, supostamente, democrático. E tudo isso se adensa em épocas de crise, onde os protectorados imperam e vemos que a única coisa que é, mais ou menos, estável é a garantia guardada no cofre-forte e que será distribuída pela tal pequena franja da população. Sim, Portugal é um país de velhos e para velhos! O resto… que se dane!    

      

Moimenta da Serra, 17 de Dezembro de 2013
Daniel António Neto Rocha

domingo, dezembro 15, 2013

Espaço: A Silenciosa Discussão de 2013 de... António Oliveira



O ano de 2013 foi um dos piores da democracia. O 13 trouxe todos os azares do mundo a este recanto do Sul da Europa.
Medo, Receio, Cagaço, Pavor, Pânico, são todos sinónimos, mas cada um sente à sua maneira. Falar, perder o emprego, não encontrar emprego, ter fome, não ter casa, ser penhorado, ser despachado, migrar. A todos tocam de alguma maneira as incertezas do dia a dia.
Ao nível de quem nos governa ou de quem nos quer governar, temos três “inverdosos”, pois são pessoas que passam o tempo a dizer “inverdades”, isto é, cada um à sua maneira vai mentindo ao Portugueses conforme lhes dá jeito. Passos, Portas e Seguro passam o tempo a falar dos consensos e não consensos e de quem traiu o outro. Nem Mandela os inspirou. Sem estratégia, limitam-se aos jogos de poder.
E do País chega.
Na Guarda assistimos de boca aberta a oportunismos, traições, inimizades, demagogia, estagnação, desespero, poder, derrota, vitória, evolução, propaganda, inveja, destruição, calúnia, famílias, influências, cunhas, compadrios. Todas estas palavras foram ditas ao longo do ano e sempre com duplo sentido e da pior maneira.
Nos diversos sectores, Politico, Económico, Social, Cultural, Desportivo discutiu-se muito mais o quem do que o quê e o como.
Não vale a pena gastar mais letras com a nomeação dos candidatos à Câmara e todas as traições que antes e depois contribuíram para se chegar à seleção de Álvaro Amaro e de José Igreja.
Todo o ano foi gasto nestas questiúnculas políticas que desgastaram ainda mais a cidade.
Na Indústria a COFICAB destacou-se no País e será sempre uma âncora para a Guarda. DURA, GELGURT, entre outras, e as existentes no Parque Industrial e algumas na PLIE ainda conseguem aguentar o emprego na Guarda.
No comércio o VIVACI, quer se goste quer não, também é um grande empregador e as lojas deixaram de fechar e há alguma animação, o mesmo acontecendo no Centro Histórico com o Comércio Tradicional, com a abertura de algumas lojas ditas “Gourmet”.
A Cultura continuou bem e acabou de maneira catastrófica com a demissão do Director do TMG. Neste momento ainda não se sabe se haverá cultura em 2014, tanto com a CULTURGUARDA ou Guarda Dinâmica mais o NAC ou outra coisa qualquer. As Associações Culturais vão fazendo e fizeram o que puderam e por vezes foi muito.
No Desporto há muita e variada oferta, os resultados não são tão bons como o esperado, sobretudo no futebol.
O Centro Histórico continua lentamente a reformar-se, não tão rápido como se desejava, mas não o têm estragado, e isso já não é mau. Mas era preciso haver mais dinamismo, sobretudo dos proprietários.
O IPG começou finalmente a mostrar-se à cidade com conferências e edições para o público em geral.
A não abertura do edifício novo do Hospital/ULS por causa de umas portas corta-fogo é mesmo o escândalo do ano. Infelizmente contou com a passividade de todos os Guardenses citadinos e Distritais. Ainda está por esclarecer esta coisa porque isto está a ser tratado como uma coisa e não como um equipamento indispensável à vida dos cidadãos.
Com a pobreza a alastrar as Instituições de solidariedade social, IPSS, e as Organizações Não Governamentais, ONG, têm tentado dar resposta às necessidades mais urgentes das populações. O Voluntariado é indispensável nestas situações e já são insuficientes para responder.
Estamos para ver 2014 como vai evoluir a Guarda, pelo menos a propaganda não faltará.
O País terá programa cautelar, haverá quem embandeirará em arco e haverá 4 mil milhões para cortar na despesa do Estado.
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Quem é? 
António Oliveira é neste momento uma das vozes mais activas da Guarda, através do blogue Sol da Guarda. Beirão e defensor de uma vivência cultural, faz dessa defesa e do gosto pela fotografia as principais actividades do momento, para além, claro, da dinamização do seu blogue. É, ainda, um Reformado em modo activo e um Voluntário Social em actividade, estando sempre aberto a novas solicitações de voluntariado.

Espaço: A Silenciosa Discussão de 2013 de...


E começa hoje o espaço "A Silenciosa Discussão de 2013 de...". Enviei o convite para este pequeno momento a alguns amigos, para além de o ter aberto a todos aqueles que por aqui quisessem fazer aparecer a sua opinião assinada e sublinhada.
O convite dizia assim:


"Gostava que fizessem o favor de fazer uma avaliação geral ao país e às vossas áreas de actuação, e que fizessem uma análise resumida daquilo que foi este ano de 2013, tanto ao nível pessoal como ao nível geral.
É uma análise que deve versar o global e o local, logo podem falar daquilo que pensam que foi bom/mau para o país e ir descendo até chegarem, caso o queiram, até à vossa rua. Sim quem mora lá por fora de Portugal está de parabéns! Estou a brincar, mas não será impeditivo, pois o vosso olhar será ainda mais apreciado.
Farei a publicação das vossas colaborações no meu blogue. Coisa que será única, pois não conto voltar a fazer outra actividade destas. O nome desta rubrica será: "
A silenciosa discussão de 2013 de..." .
Vá, não comecem já a dizer que é um título "mariquinhas" ou que é uma parvoíce!
Dêem lá corda aos dedos e façam lá o gosto a este vosso amigo desempregado que gosta muito de vós!
Podem enviar quando quiserem, sendo que o meio de Janeiro de 2014 será um bom
dead line.

E continuo à espera das participações dos meus caros amigos convidados e de todos aqueles que se quiserem juntar a mim nesta reflexão sobre o status quo nacional. Mas, como digo acima, começo já hoje a publicar as reflexões de quem aceitou este convite.

Pensalamentos #178 - sofrer

sofro 
de desobediência à injustiça
e
de mal-estar perante o silêncio

sexta-feira, dezembro 13, 2013

No comments #3


Pensalamentos #177

e a razão é simples: padecemos todos de proximidade e de sofreguidão

Pensalamentos #176 - gula

à directiva:

o olhar
que te denunciou
só tinha gula

Pensalamentos #175 - ordem

o que habita
o espaço
ruidoso
e vazio
da treva silenciosa
consome 
os tons azulados
e verdes
da ordem
quase
harmoniosa
do fim

Pensalamentos #174 - sorriso

a mentira
aberta e descarada
a sorrir-te
em tons de
amor

01. Crónicas Silenciosas – Frio cortante no olhar

Ao longo dos anos tenho-me vindo a aperceber do imenso drama que é a chegada do Natal para milhares de pessoas um pouco por todo o mundo. No entanto, bem perto de nós, esse drama é multiplicado, pois a mistura explosiva entre a tradição (que tanto prezamos) e a actualidade (que tanto desprezamos) faz com que nos olhos das pessoas nós reconheçamos tristeza e desalento. E isso não se pode aceitar ou “encaixar” de ânimo leve. A tradição obriga à partilha. A actualidade obriga ao individualismo. A tradição obriga à união dentro das famílias. A actualidade oferece-nos a desunião, motivada por pequenos interesses ou por necessidades de partida. A tradição dá. A actualidade só tira. E o sorriso das crianças, da idade do meu pequenote? Ou doutras idades também? Pais, avós, tios e restante família? Há um olhar diferente nesta época. Talvez por isso, eu, nos passos lentos em que vivo, olho para tudo e entristeço. Não por aquilo que atrás refiro mas pelo pequeno brilho que, por estes dias, muitos olhos não possuem! 


13 de Dezembro de 2013
Daniel António Neto Rocha

Pensalamentos #173

correr 
ansiosamente
até ao fim
dos dias

quarta-feira, dezembro 11, 2013

Pensalamentos #172 - queda

em queda livre
rápida
mortal
zero

Muita atenção: convite a quem lê este blogue


A partir de hoje recebo através do endereço silenciosasdiscussoes@gmail.com a vossa opinião sobre o ano que passou. Como podem observar, este blogue tem como princípio não publicar, sequer, comentários anónimos, logo aceito todas as opiniões desde que devidamente assinadas e identificadas/ identificáveis.
Lançarei também este convite a pessoas amigas que queiram utilizar este espaço para fazerem a avaliação do ano que está quase a terminar, mas quero abrir essa hipótese também aos leitores do blogue.
Assim, partilhem comigo e com os restantes leitores as vossas opiniões, que poderão ir desde o local mais exótico de Portugal até ao sítio mais recôndito do mundo.

segunda-feira, dezembro 09, 2013

Um regresso até a "A Casa da Memória"

A "construção" da peça "A Casa da Memória" foi um processo moroso e exigente, não se pense o contrário. E, tal como numa casa real, houve necessidade de trabalhos partilhados e de muitas conversas. Uma dessas conversas teve de ser, infelizmente, pelo telefone. Falo da conversa que tive com a Dona Cândida Simões. Esta senhora contou-me muitas histórias e foi a grande responsável pela organização temporal que depois eu dei à peça. 
Aqui há dias, o José Ferreira partilhou com os amigos a triste notícia da sua morte devido a doença prolongada. Eu não consegui dizer muito e fiquei muito abatido por não ter cumprido aquilo que naquele dia combinámos: uma conversa para ela me contar mais coisas no Manigoto!
"A Casa da Memória" ganhou mais uma inquilina.

domingo, dezembro 08, 2013

Pensalamentos #171 - esgoto

ver o tempo nacional a correr livremente pelo esgoto enquanto nós vamos pensando, unicamente, na nossa congestão infernal

sábado, dezembro 07, 2013

Pensalamentos #170 - esquizofrenia

ter como clara disfunção mental
a capacidade de criar esquemas
e imaginar que o mundo conspira
contra mim e contra os meus passos

roubando-me, prejudicando-me,
amesquinhando-me, maltratando o meu nome,
ameaçando quem comigo quer estar

e, de vez em vez,
confirmar as suspeitas
de que não é apenas esquizofrenia
mas realidade

A força dos homens (7)

Depois de três meses e alguns dias consegui, finalmente, ver todos os nossos homens. Agora é esperar pelo regresso a casa dos que ainda estão no hospital. Mas vamos esperar com toda a calma do mundo e estar cá para os ajudar a passar por tudo o que aí vier! Cá estamos para isso!

sexta-feira, dezembro 06, 2013

Pensalamentos #169 - prostituir

o que é mais fácil?
prostituir o corpo?
prostituir as ideias?
prostituir os ideais?
prostituir os valores?
prostituir as crenças?
prostituir a alma?

quinta-feira, dezembro 05, 2013

Guarda, 21 de Novembro

Está mais que provado que a Guarda só acolhe quem quer, quando quer e como quer. Mas já lá vamos!
No passado dia 21 de Novembro fui até à Guarda para corresponder a dois convites que me tinham sido feitos por amigos para falar sobre teatro, na Escola Secundária Afonso de Albuquerque, e sobre cultura e prazeres, no Café Concerto do TMG. Pois bem, lá fui e fiquei satisfeito por comprovar aquilo que tenho vindo a comprovar há muito tempo.

(Foto de Inês Coimbra)
(Foto de Inês Coimbra)

(Foto de Inês Coimbra)
 
No Liceu a tarde foi muito interessante. O José Monteiro, o "Zé Monteiro" para mim, é um professor preocupado com os seus alunos e com a educação para a vida e para as leituras que eles possam ter. Assim sendo, lá vai convidando os seus alunos a conhecerem coisas novas e a interessarem-se pelo escritos da gente da cidade e da região, coisas nos dias de hoje tão difíceis de encontrar. E foi assim que a conversa que fui ter com aos seus alunos e com os alunos da professora Emília Costa (que foi minha professora no terceiro ciclo!) começou com uma tentativa de explicação daquilo que actualmente faço: escritor freelancer! A definição desta expressão? Escritor + freelancer = desempregado com estilo! Ou seja, o que faço actualmente é trabalhar com o improvável e com aquilo que me vão pedindo para escrever. Claro que não há muita gente que esteja interessada em ler, quanto mais pagar para algo ser escrito! E foram alguns risos sinceros que ouvi. Coisa a que começo a não estar acostumado. Passámos então pelas épocas mais interessantes (para esta turma) do teatro: Sófocles e o seu "Édipo"; Gil Vicente e toda a sua obra; Almeida Garrett e o seu "Frei Luís"; até chegar a Manuel Poppe, com o seu "Pedro I"; terminando depois na minha "A Casa da Memória" (razão maior para a minha presença ali). Claro que lhes expliquei como cheguei a "entrar na casa" e contei também um pouco do longo processo de recolha e de escrita e da gritaria interminável que foi a relação entre personagens que não gostam de estar sozinhas! E eles sorriram. Claro que lhes desvendei algumas das histórias incríveis que o Manigoto me contou e que as suas gentes respiram. E deu para mais: falámos de educação, de cultura e de Américo Rodrigues. E do seu último livro. E do seu afastamento do cargo de Director do TMG. E da irresponsabilidade (desinteresse seria a palavra mais exacta) dos políticos pelo futuro deles. Sim, não o disse, mas talvez fosse necessário dizer-lhes que não é na subjugação que reside a força das pessoas e o seu futuro! Um dia digo!

(Foto de Inês Coimbra)
E terminei com a resposta a algumas perguntas. Feitas por gente interessada (ou com atrevimento) em conhecer ou confirmar caminhos certos ou errados ou, simplesmente, caminhos! E saí com a satisfação de um momento que, espero, serviu para mostrar que um escritor ou autor não é mais do que um homem que não se importa de pensar de forma livre e aberta, procurando que as suas palavras sejam partilhadas e ouvidas. 

E houve uma pausa para um chá! A constipação estava, realmente, a ganhar terreno e era preciso impedir que o dia acabasse ali. Foi um chá partilhado a três. Com pessoas de quem gosto e que sabem que não sou mais do que isto: um homem que vive. Não vou dizer quem foram, mas só não digo porque não quero que algo de mal lhes aconteça! É que estavam tão perto de mim!   

O jantar foi caseiro! Casa da mãe, ali a dois passos. Pouca fome e muito mal-estar físico. Sintomas da febre que começava já a apoquentar. Enfim, a noite ia estar boa, pois, qualquer que fosse o número da plateia, ia estar entre amigos. Subir o vale e percorrer os lombos do Caldeirão até à cidade da Guarda foi um instante. Eis-me no Café Concerto!

Pouca gente! O Victor Afonso já lá estava com a malta do teatro que zela pela qualidade das actividades. E um ou outro conviva, talvez acidental. E chegaram amigos (gostei de ver especialmente o Américo, sei que os restantes amigos compreendem este meu destaque, que o são e até família! O Hugo. Sorri ao vê-lo entrar! Gostei muito! Como habitual, não vi gente que em tempos foi "amiga". Talvez fosse do frio, penso, forçadamente, eu. Responsáveis camarários também não vi, pois não devia aquela ser uma sessão que fosse agradável de seguir. Afinal só estaria o responsável máximo por uma das escolas superiores da cidade, onde um dos vereadores dá aulas! Hora de começar e... Afinal o professor Carlos Reis não estava! Perdera-se, ficcionei eu, num qualquer labirinto citadino onde os pavores nocturnos (ao bom estilo infantil!) são originados por gente "grande"! Voilá! O palco era meu! E do Victor! E de todos aqueles que comigo e com o Victor quisessem partilhar experiências. 

(Foto de Hugo Rocha)

E falámos de livros: desde José Gomes Ferreira a Gonçalo M. Tavares, passando por Manuel Poppe e por David Gilmour, indo até George Orwell e Ray Bradbury. E música: Queen, Sigur Rós, Arcade Fire, Purcell e o seu fantástico "Dido e Eneias" (que saudades daquela noite no Grande Auditório!). E filmes: Dead Poets Society, The Hours, Good Bye Lenin! e... Guarda: Sopro Vital (este último, não sendo um filme, é a gravação de um trabalho aturado que demorou cerca de 30 anos a cumprir-se e que pode agora ter terminado)! Outros prazeres: ainda nos filmes de animação, Kung Fu Panda! E por fim os mais importantes de todos: conversar com os amigos e aprender coisas novas todos os dias, e estar com a família e com ela ganhar asas e voar pela alegria de viver!

E a "cidade" não se interessou por vir ouvir, tal como já fez noutras ocasiões, aquilo que eu tenho para dizer. Dizem-me que estreou um filme popular português! Talvez a cidade por lá estivesse a cultivar-se. Enfim, resta-me continuar a falar mais e mais e a escrever ainda mais e mais! Quem sabe, um dia até podem ter o azar de tropeçar numa das minhas frases.

A vida de um dia! Cansado, constipado, com febre e com uma garganta completamente desnorteada, lá voltei, depois de mais um chá e de mais dois dedos de aprendizagem em contexto de conversa, rumo a casa, onde a noite já ganhara o desafio e o sono tinha conquistado o carácter estóico de uma família que espera por mim e me afaga com a sinceridade dos dias bons e dos dias maus.

terça-feira, dezembro 03, 2013

Pensalamentos #166 - dead can dance

cair no chão
uma e outra vez
arrastados por quem nos ama

materiais pródigos
para a desilusão
marcada

Ainda um pouco de Educação

Não queria voltar a este tema, mas a estupidificação de um povo e o "gozo" infernal que lhe é dado por uma cambada de usurpadores obriga-me a exorcizar este mal-estar.
É muito interessante observar o "jogo" político e social que está imerso neste imenso pantanal que é Portugal. Ontem, mais uma vez, vimos como se consolidam os protectorados e como se continua a gozar (para não dizer um palavrão!) com uns e outros. Vamos lá falar direito: só os professores formados há (até) cinco anos é que podem estar "não aptos para a docência" e, por isso, devem fazer uma prova? Quer isto dizer que quem tem tido ao longo dos anos uma atitude estanque e mumificada nas escolas, não investindo em qualquer formação que lhe permita evoluir, é bom professor? Então e quem ao longo de seis, sete, oito, nove anos ou mais tem trabalhado em escolas, centros de formação, escolas profissionais, aec e afins? Estes últimos, pela contagem do Ministério, não têm (muitos deles) nem três anos de serviço, mas têm entre seis a nove de experiência! O que é um professor experiente? São muitas e variadas as cores com que se pode pintar um burro, mas ele não deixa de o ser! O protectorado é algo que eu tenho acompanhado ao longo dos tempos até por aquilo que andei a fazer nos meus tempos de estudante. Na Faculdade, e presente em muitas reuniões do Conselho Pedagógico, pude ser daqueles que olharam para o processo de criação de novos cursos como algo muito duvidoso! Sim, garantia o lugar aos professores, mas garantia uma vida de miséria a quem frequentasse cursos de saída duvidosa! Depois veio Bolonha e, mais uma vez, era obrigatório que tudo fosse aceite como os Ministérios e a Europa diziam, pois garantia-se a propina dos três anos e ainda haveria propinas para mais dois (mais caras estas). E nós, os alunos, lá íamos referindo que era uma estratégia manhosa que faria com que os profissionais saíssem com menos competências do que frequentando o modelo antigo. Claro que nada disso foi aceite como justificação e, sempre pensando em preservar lugares e ter o máximo de cabeças nas salas, tudo foi avante!
Agora? Agora é o silêncio das Universidades e dos Politécnicos. Agora é ver o meu Reitor a dizer que a guerra deles é outra e não podem dar atenção a esta ridicularização pela qual as Universidades e os Politécnicos estão a passar. Mas qual é a guerra deles? Bem, preservar lugares e conseguir garantir o emprego de professores. É o que sempre fizeram! Pensam mal? A garantia dos lugares dos professores não existe! Vai haver um dia em que ninguém se vai inscrever nos cursos de ensino superior por tudo isso não passar de um engano e tudo colapsa! Será que ainda ninguém se apercebeu que estamos a chegar ao ponto do desinteresse total? As pessoas emigram porque o país não as quer e as manda embora, não só com as palavras dos políticos mas também com a ridícula oferta de condições de trabalho e de pagamento. Vai chegar o dia em que as pessoas não se irão inscrever no ensino superior porque as suas universidades ou politécnicos, quando é preciso defenderem os seus alunos ou ex-alunos, os tratam como gado já transaccionado: não é problema deles!

Neste país quem defende as novas gerações? Ninguém, pois não fazem parte do protectorado! Por isso, vão gozar com outro!

segunda-feira, dezembro 02, 2013

Pensalamentos #165 - Inferno vs Inverno

sim
nas cartas astrológicas
mesmo nas mais acertadas
até o Inferno era mais quente do que o Inverno

agora
sim
confirmamos todos exaustos
rotos pela imenso roubo
que o Inferno 
é muito mais frio 
do que o próprio
Inverno

Os desafios do Ponto de Avesso e dos Stamp Lovers

Nem sempre nem nunca, não é esta uma máxima de gente cuidadosa e coerente? Se não for, passa a ser! Pois bem, nestas voltas intermináveis e imprevisíveis que o mundo dá, há pequenos projectos pessoais que nos vão agradando e que nos vão lançando, também, a nós alguns novos desafios. Daí que hoje abri um pequeno espaço para vos mostrar dois desafios que têm a minha total aprovação e que quero partilhar convosco!

Quero mostrar-vos esta imagem:


E depois mostro esta:




E convidar-vos a visitar estas páginas:




Criatividade e bom gosto aliados! Não, não sou eu o responsável por estas marcas! São de pessoas de quem gosto muito e que merecem não só toda a sorte do mundo mas muito mais do que isso!

E, sim, um destes dias vou ter também uma pequena participação numa destas novas marcas. Por um pequeno grande motivo: a literatura e a moda também pode relacionar-se com muito bom gosto!

domingo, dezembro 01, 2013

Pensalamentos #164

nesta imensa sociedade da informação rápida, a dor da partida de alguém nem por isso se assimila velozmente

sábado, novembro 30, 2013

Pensalamentos #163

transformar a alma num imenso dejecto humano
e, numa atitude de grande nobreza,
puxar o autoclismo com firmeza

sexta-feira, novembro 29, 2013

... para sobreviver na Guarda!

E encontrei a única forma de conseguir sobreviver numa Guarda onde a cultura possa vir a desaparecer. O remédio é este, marcar um café com todos os homens e mulheres que gostam de falar sobre cultura e repetir esse encontro todos os dias que se seguirem. Outra das opções é, finalmente, criar-se um Círculo das Artes ou algo parecido. Fico à espera de propostas e em breve vou chatear as pessoas com quem gosto de conversar para isto.

Pensalamentos #162 - bytes

acumular dias e dias
a ver a vida esvair-se em bytes
sem substância

quinta-feira, novembro 28, 2013

Sustos na Guarda! #1

Ler e ouvir sobre "o caso TMG" na imprensa local guardense é um exercício de difícil compreensão. Ou vivemos realmente num mundo onde a hipocrisia e o rastejar são factores essenciais para a sobrevivência dos "escribas" ou existe realmente incompetência no tratamento jornalístico e opinativo que se faz aquando da escrita. E isso, caros senhores, é revelador de muita coisa e do porquê de poucos ainda terem percebido que a "machadada" é profunda e mortífera!
Cristina Branco é uma figura só conhecida em Portugal? Não o diriam os holandeses (e o poeta já desaparecido Slauerhoff) e todos os apreciadores da world music que têm enchido auditórios por esse mundo fora para a ouvirem! 
E Américo Rodrigues é uma figura regional? Realmente, os horizontes da cidade acabam logo à saída da Avenida Dona Amélia e não passam além da rotunda da Ponte Europa. 
Triste sina a nossa, caro leitores!

(continua)

quarta-feira, novembro 27, 2013

terça-feira, novembro 26, 2013

O que lá vem daquilo que foi o Teatro Municipal da Guarda



Estive a ouvir e a ler esta peça jornalística da Rádio Altitude onde, penso que pela primeira vez, se ouve o presidente da Câmara da Guarda a falar da sua decisão de afastar Américo Rodrigues da direcção do Teatro Municipal da Guarda. Diz ele que a sua decisão é legitimada pelo facto de ter sido elegido para tomar decisões e isso legitima aquela que tomou. Hitler e outros bem comportados déspotas também foram eleitos, logo (nesta espécie de silogismo) Amaro é também ditador. Ponto. Não se ouviu nesta peça qualquer palavra do decisor sobre as consequências para a imagem (positiva) da Guarda em termos culturais que esta decisão acarreta, mas também não deve ser importante, pois o povo elegeu-o.

Quanto ao futuro da programação, tudo fica entregue à "colegialidade", ou seja, todos os elementos que pertencem à equipa técnica da Culturguarda vão ser responsáveis por programar e pensar o próximo ano com actividades que não acarretem custos. O que é que hoje não apresenta custos? Assim, sem custos, o que será essa programação? Uma manta de retalhos, de qualidade duvidosa, ao sabor do foguetório citadino e clandestino? Eu temo que a programação seja zero actividades! E desliguem as luzes, no quadro, quando saírem!

Quanto à "colegialidade", e daquilo que é perceptível na peça, ela será uma espécie de "troika": restante direcção do teatro, administração da Culturguarda e vereador da cultura. Depois, e a perceber pelas declarações de Amaro, terá de existir o factor de subordinação, ou seja, há um espécie de escada: direcção do teatro pede autorização à administração e esta pede autorização ao vereador. O vereador, para poder saber se pode ou não decidir "assim ou assado" ainda terá de subir ao púlpito e pedir autorização ao presidente que foi eleito pelo povo. Já que o povo o escolheu, e ele tão fervorosamente defende isso, será que ainda ele pedirá autorização ao povo? Concluindo esta espécie de raciocínio, apenas me falta dizer que, naquela espécie de organograma desenrascado, o papel de director (por aquilo que representa enquanto orientador de uma política de programação) está claramente entregue ao vereador Victor Amaral, com a sempre presente sombra tutelar de Amaro, sendo, assim, de esperar que a programação de qualidade terminou e que ninguém pode fazer nada. Triste dia, ontem!

Quanto ao resto, parece que, depois da "fartura" de ter o TMG mais as salas de Famalicão e de Gonçalo, vamos passar na Guarda a ter três salas com o mesmo tipo de programação: a ocasionalidade!
 

segunda-feira, novembro 25, 2013

Guarda: educação e cultura

É um artigo muito interessante em termos de reflexão pessoal que o jornal Público trouxe num destes dias (pode ler-se aqui).
Numa dessas partes é defendida a coexistência entre Cultura e Educação (e veio-me logo à memória o Teatro Municipal da Guarda e o Américo Rodrigues, que representa e todos aqueles que por ali por aquele espaço têm dado tanto e recebido tão pouco em troca...), e eu lembrei-me também daquilo que foi alegado em off para a minha saída de uma escola da cidade: eu seria um gajo do teatro e da cultura, logo seria perigoso.
Claro está que o perigo é agora bem visível naquilo que disse o Secretário de Estado da Cultura: "Ao PÚBLICO, o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, reconhece que “estes números não nos ficam bem” e defende a necessidade de se reforçarem as políticas educativas com as políticas culturais. “Temos de ter em conta estes dados para reforçar a minha convicção de que a dinâmica de colaboração entre a área da Cultura e a área da Educação, desde o pré-escolar até ao ensino secundário, é absolutamente essencial”, diz Barreto Xavier."
E, sim, é uma questão de gerações. Este que agora quer acabar com o trabalho do Teatro Municipal da Guarda é exactamente da mesma geração (foram muito "amiguinhos") daquele que me dispensou em tempos.

Pensalamentos #160 - profissão

definições:

libertei há dias
como quem dá um suspiro angustiado
a definição invulgar e cómica
de uma hipótese de profissão incomum


Pensalamentos #159 - demagogia

definições: 
 
a demagogia barata 
não é mais do que  
um político com o disco riscado
e um auditório de gente surda
que o aplaude

sábado, novembro 23, 2013

Educação: prova idiota, universidades e tomada de posição!


Estou completamente convencido da estupidez que é fazer a tal prova que possibilita a entrada no concurso "para inglês ver" que pode permitir a entrada como precário numa escola. Para além do princípio errado em que ela se baseia (na minha opinião deviam dirigir-se às "universidades" que venderam os cursos a jacto e, sim, aí fazerem todo o tipo de despistagem que quisessem!), ainda quer provar que todos nós somos competentes a demonstrar que não somos totalmente incompetentes, ou seja, a demonstrar que até fazemos uma exame que é uma vergonha para a raça humana! Pior, a qualidade atinge-se assim? Qual é pressuposto? Há universidades que permitiram a saída de imbecis com o seu carimbo e autorização? 

Quanto às universidades, e não coloco no saco todos os professores dessas mesmas universidades, não se sentem no mínimo enxovalhadas pela completa desconsideração das vossas competências enquanto entidades formadoras de profissionais? É que eu tinha a ideia de que a minha avaliação tinha sido rigorosa e baseada na qualidade. Para além disso, pensei que não estava a ser ensinado e avaliado "com gato" em vez "de lebre"!

Nos dias de hoje sinto-me envergonhado por ver e sentir que a minha Universidade, e em especial a minha Faculdade, não tomou qualquer posição crítica na defesa dos seus licenciados e, ao mesmo tempo, dos seus próprios docentes e investigadores! Ao que parece, apenas estão interessados em defender a parte que lhes compete do (Des)Orçamento de Estado!

A minha Universidade de Coimbra e a minha Faculdade de Letras não têm nada a dizer?

Antes que me esqueça: eu não farei qualquer prova de estupidificação!

Notas sobre o atraso #1 - na Guarda

Como gosto de organizar os dizeres em blocos com alguma continuidade, começarei agora a ter o espaço "Notas sobre o atraso" que não é mais do que uma espécie de explicação do porquê de ainda não ter feito um relato sobre algo que aconteceu comigo e que eu penso que merece ser partilhado com os leitores.
Assim sendo, ainda não falei aqui sobre o dia 21 de Novembro que passei na Guarda: primeiro na Escola Secundária Afonso de Albuquerque e depois no Café Concerto do Teatro Municipal da Guarda. Duas boas conversas com gente interessada e dialogante. Pena, pena só a falta do professor Carlos Reis, que me obrigou a tomar o café sozinho. Mas, entre amigos, a conversa envolveu todos os que estavam no Café Concerto e falarei melhor daqui a pouco, talvez da parte da tarde.

sexta-feira, novembro 22, 2013

quarta-feira, novembro 20, 2013

Amanhã, pela Guarda.

Amanhã vou até à Guarda! Até à Guarda que é culturalmente rica e que aceita a multiplicidade de opiniões. Talvez me cruze com pessoas, poucas ou muitas, e com muitas opiniões. Com toda a certeza encontrarei amizades e pessoas com as quais gosto de estar.
Primeiro hei-de ir até ao Liceu para, com o Zé e os seus alunos, conversar sobre Literatura, amanhã com uma especial atenção ao teatro. E com toda a certeza haverá tempo para falar do Teatro Municipal da Guarda e dos problemas que a "glória de mandar!" de um e que a "vã cobiça" de outro, que se apressará a surgir, trarão para o futuro deles. Mas, disso falaremos amanhã pela tarde!
Pela noite, há espaço para um Café a Meias onde, regados com um chá, irei falar sobre os prazeres que vou tendo ao longo dos tempos e com os quais consigo respirar melhor na negra sociedade que cada vez mais nos rodeia. Nesta mesa redonda, estarei com o professor Carlos Reis (do Instituto Politécnico da Guarda) e com o Victor Afonso. Estaria também o Américo Rodrigues, mas "(Malhas que o Império tece!)" agora já não sei quem estará. Claro está que haverá espaço para falar com todos os amigos que por lá andarão e, quem sabe, até com os visitantes improváveis. Amanhã veremos, mas aposto que conseguimos abrir a mesa para quem connosco quiser conversar!
Depois venho da Guarda para casa. E dormirei, certamente, bem mais sossegado.

terça-feira, novembro 19, 2013

Acordos na Guarda? #24 - difícil compreensão

Eu sei que na política e na intriga política vale tudo, mas é-me difícil perceber como é que alguém pode não estar consciente dos "porquês" que agitam por estes dias quem se preocupa com a cultura guardense. A questão primordial, e a que todos deveríamos estar atentos, é a da competência e da mais-valia (porque toda esta malta só pensa em termos monetários...) que tínhamos com o projecto cultural que Américo Rodrigues defendeu e que levou a Guarda para as bocas do mundo. Sim, porque há quem tenha noção disso. O problema agora não está naquilo que Américo Rodrigues poderá vir a fazer, apesar da mesquinhez de alguns continuarem a apontar para essa falsa questão. O problema é o que vem aí para a cultura guardense. Há projecto? Há mentes abertas? Há inovação? Há evolução? Há quem não se deixe aprisionar por aqueles que querem colocar em palco gente amiga e afilhados sem qualidade? É que para retroceder e para voltar ao que havia antes, cortando com tudo o que a Guarda produziu nos últimos anos (pois parece ser essa a visão "nova" de vários dos entusiastas da demissão do director do TMG), terão de voltar ao que se fazia há trinta e tal anos. Assim, faz-se desaparecer uma marca. Mas é possível? A Guarda pode dar-se ao luxo de entregar aquilo que lhe granjeou nome e público? É muito curioso que a crítica que se faz de forma acérrima é "que a programação tinha muitas coisas e que não agradavam a todos". Talvez hoje, pacoviamente, estivéssemos mais satisfeitos se a crítica a fazer fosse que "ali não se fazia nada"! Ironia das ironias! 
Enfim, a satisfação efusiva do fim de um ciclo na Guarda por parte de alguns esquece que, a partir de agora, terá de haver uma substituição de projecto, pois o que vier a seguir terá (pela exigência que parece ser feita por grande parte da sociedade, pelo menos, digital) de trazer algo diferente e que agrade a todos. Esperemos então pelo senhor que se segue e vejamos as "novidades" que se trazem escondidas na algibeira onde guardamos a fisga para abater quem tem voz e, naturalmente, não tem problema em a utilizar!

segunda-feira, novembro 18, 2013

Guarda: colaboração com a Rádio Altitude




Terminou, com a reorganização da grelha de programas, a minha colaboração contínua com a Rádio Altitude. 

Infelizmente, nesta nova programação o espaço da Crónica Diária terminou (como é usual e saudável que se faça para não cansar o auditório) e foi-me proposta uma nova colaboração. Mais uma vez infelizmente, essa nova colaboração teria uma componente presencial que a distância (como sabem estou a viver fora da Guarda) me impede de assumir, uma vez que colidia com questões familiares muito importantes. No entanto, tal afastamento da colaboração regular não me impede de nutrir pela rádio e pelos seus profissionais uma amizade salutar e de lhes desejar as maiores felicidades para a temporada que hoje começa e para as suas próprias carreiras profissionais. Já lhes disse e quero tê-lo escrito publicamente: poderão continuar a contar com a minha colaboração assim ela seja útil e possível.
Foram quatro anos de colaboração estreita muito positivos para mim e o meu desejo é que o tenham sido também para todos aqueles que comigo trabalharam e para todos aqueles que seguiram as crónicas pela rádio e por este blogue. Agora que terminou esta fase, farei a publicação (num dia destes em que as condições externas se conjuguem) de todas as crónicas que resultaram desta colaboração. O título será "Atitude Crónica" e agrupará todas as crónicas escritas para a Rádio Altitude, todas as crónicas escritas até ao final de 2013 para o Portal Bombeiros.pt e uma pequena crónica/memória que foi escrita para o jornal Expressão. Espero que esta colectânea possa surgir em breve e, quem sabe, apoiada por algum mecenas ou por alguém que fosse um apreciador desta minha escrita. Caso não seja assim, certamente que terei um pouco mais de dificuldade em fazer esta publicação, mas ela será efectuada. 

Enfim, quatro anos de saudável convivência entre voz e escrita que não poderia aqui deixar de referenciar como algo muito positivo. Por isso, obrigado à Rádio Altitude e aos seus colaboradores! Um até já!