terça-feira, fevereiro 25, 2014

Momento Zen pouco Zen

Por vezes, ao encontrar pessoas que se vão tornando aos poucos uma necessidade, penso que talvez este mundo não esteja, realmente, cheio de hipocrisias e de meros aproveitadores. Hoje à tarde, numa aula muito especial, percebi que há pessoas muito especiais que nós, por vezes, não temos a sorte de encontrar, mas que, encontrando-as, nos fazem muito bem! Obrigado aos dois!

No comments #9



Pensalamentos #210 - orgulhoso desterro

apátrida 
de terra e de campos
cidadão do nada e do tudo

enraizado 
no silêncio do mundo
e nas margens sociais

homem
de duros caminhos
e de demandas gloriosas

Teatro em Pinhel

Em ritmo de velocidade supersónica a "Feira das Tradições de Pinhel" aproxima-se e os momentos teatrais também. Tirar dúvidas, fazer últimos acertos e definir o que houver para definir! 
É tão bom andar ocupado!

domingo, fevereiro 23, 2014

O melhor de tudo?

Uma tarde de partilha caseira de um filhote sem sono e de um pai que vai trabalhando aos poucos!

Teatro em Pinhel - 28/02 e 1 e 2/3

Vou ser um dos actores do Teatro do Imaginário (do Grupo de Amigos do Manigoto - GAM) no próximo fim-de-semana em Pinhel (na Feira das Tradições). As peças, que também tive o prazer de escrever, estão relacionadas com a promoção das Casas do Juízo, um espaço do concelho de Pinhel que merece uma visita e uma estadia, e com a afirmação do GAM como grande dinamizador cultural do concelho. 
Penso que quem se deslocar à Feira ficará agradado com as nossas propostas! 

sábado, fevereiro 22, 2014

X Files guardense #1 - as frases de Amaro

Primeiro, façam o favor de carregar "play" neste vídeo:


Agora, sim, posso dizer que estou admirado com a notícia que acabo de ler no "Terras da Beira", que é esta:

"Apesar dos muitos parceiros envolvidos na programação de Carnaval, a Câmara da Guarda adjudicou, ontem, à Cooperativa Aquilo Teatro, presidida por Carla Morgado, a «Conceptualização e Implementação do Evento “Um Alto Carnaval 2014 Guarda Folia”», pelo valor de 41 mil e 850 euros, acrescido de IVA.
Quando questionado na Sexta-feira da semana passada, aquando da apresentação deste evento, sobre o porquê desta prestação da serviços, o presidente da autarquia, Álvaro Amaro, respo
ndeu que «a entidade que ganhou esse concurso ajuda à execução, executa outras tarefas, aquilo que está no caderno de encargos». E disse mais: «Agora, nunca é a empresa que substitui à criação e à imaginação que a Câmara teve.»
O contrato para aquela prestação de serviços, assinado ontem, não contém muitos pormenores, apenas especifica que «o preço contratual que inclui todos os custos, encargos e despesas cuja responsabilidade não esteja expressamente atribuída ao Município da Guarda é pago da seguinte forma: 30% do valor contratado com a assinatura do contrato; 20% até ao dia 3 de Março de 2014; 50% logo após a realização do evento».
O Aquilo Teatro, a quem foi adjudicada a «Conceptualização e Implementação do Evento “Um Alto Carnaval 2014 Guarda Folia”», é uma cooperativa sem fins lucrativos, com sede no Largo do Torreão, na Guarda, e que existe desde 1982. Desde Janeiro de 2012 que a direcção é liderada por Carla Morgado.
"
(Facebook do Terras da Beira - 22-02-2014)

E completamente estonteado com a frase de Amaro, esta:

«Agora, nunca é a empresa que substitui à criação e à imaginação que a Câmara teve.»

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Não, não vou fazer comentários à construção gramatical da frase (aqueles "à" parecem-me uma criancice muito grande, para não lhe chamar outra coisa), pois não a ouvi para poder aferir sobre a sua correcção, mas o mistério que encerra é ensurdecedor (e, sim, o mistério nos vários sentidos possíveis e imaginários!). "A empresa substitui" a criação e a imaginação "que a Câmara teve"? Isto é um recado para quem ou para quê? 

Enfim, neste Carnaval e no seu seguimento, a diversão está prometida com Amaro e seus "muchachos"!



terça-feira, fevereiro 18, 2014

Pensalamentos Emprestados #17 - Este é o tempo


Este é o tempo
Da selva mais obscura

Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura

Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura

Este é o tempo em que os homens renunciam.


(Sophia de Mello Breyner Andresen)

sexta-feira, fevereiro 14, 2014

Dúvida sobre a Folia na Guarda


Depois de ficar mais esclarecido sobre o programa da Guarda Folia e de ter visto que tudo, ou quase tudo, é organizado pela Câmara Municipal da Guarda, fiquei com uma grande dúvida: porque é que o senhor Presidente anunciou que a organização seria entregue a uma empresa? 
Pelos vistos, a empresa não é a Culturguarda (que até parece já ter sido extinta face ao silêncio que se abateu sobre ela), pois nada é referido feito por ela. Já o Teatro Municipal da Guarda, talvez este, pode surgir como fiel depositário, mas em apenas uma actividade, pois, por mais absurdo que pareça, passou a ser, em vez de organizador, uma estrutura de "Apoio" à Câmara. A estranheza, como vejo, continua.
Logo, a pergunta de um milhão de euros (aqui diminuída a 51 mil euros) é: quem, senhores organizadores, é a empresa mistério?

Vá, já sei que esta pergunta me arranja mais uns "amigalhaços", mas... não havia um compromisso com a verdade?

O teatro e os dias

Tenho andado divertido com uns textos teatrais e com as suas propostas de apresentação. Desta vez, é uma visita a um sítio pequenino do concelho de Pinhel que tem uma beleza imensa. Em breve, darei mais pormenores!

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Dei um salto à Guarda

Aqui há dois dias, se tanto, dei um salto à Guarda e vim de lá encantado! Não é que, ao que parece, a cidade mudou de localização e já se vende como se estivesse plantada no centro dos Alpes? Só não vi as pistas de ski, mas deve ter sido só por não ter ficado o tempo suficiente. E tudo, também ao que parece, se deve à chegada de Amaro que, não se sabe como, terá roubado as chaves da neve ao São Pedro e a ele (só a ele!) se deve todo o reboliço que a neve trouxe à cidade. 
Para além disso, parece que o Carnaval será este ano mesmo em grande: vai ter FOLIA! O samba e as "brasileiras descascadas" terão este ano, finalmente, o prazer de encher o olho aos guardenses e amarenses! Finalmente, meu caro substituto de São Pedro, a Guarda vai entrar no panorama nacional pela... igualdade! Já o preço, é interessante, pois pagar-se-á 51 mil euros (pelo que percebi) a uma empresa para fazer o Carnaval na Guarda! 
Em época de poupanças e de chamadas de atenção para os gastos de anos transactos, é interessante ouvir a justificação de Amaro para o facto de ter gasto mais uns trocos do que foi gasto no ano anterior e verificar que em "Terça-feira Gorda" (espalhada por uma semana) não se toca, nem com a justificação das cantinas escolares!
Estou muito curioso para saber, ao exemplo de outros anos, quanto será gasto no "Enterro do Entrudo" de Famalicão da Serra. Ou este ano ninguém se queixará?

No comments #7


Pensalamentos #205 - faca

deixar
o frio
esvair-se do corpo
ao ritmo
de gotas
claras e frágeis

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

Repentes #36 - dinheiro que nasce

É uma das "coisitas" que me tem dado "a volta ao miolo" e que tem a sua piada. O Governo português tem cortado a torto e a direito na educação, mas sempre que é para dar o jeito a alguém lá desencanta uns milhões para "investir". Agora, à laia de uma qualquer necessidade de emprego para alguns amigos, lá desencantam 140 milhões de euros para "coisos" (há quem lhe chame cursos) de dois anos, para enganar mais uns quantos incautos estudantes que pensarão que estão a fazer pela vida e estarão, apenas, a pagar para adiar ainda mais o futuro!
Parece que ainda acrescentou, o cratino do ministro, que o futuro dos exames passará pela sua informatização, ou coisa do género. Para já nem sequer vou comentar, mas parece-me que Crato continua a ser o único ministro da educação em Portugal que, realmente, faz bem ao ensino.   

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

"O convento" está à venda!


O opúsculo O convento integra um conto, com o mesmo nome do opúsculo, que escrevi a partir da lenda do Convento de Famalicão (para muitos será de Valhelhas). O que fiz foi criar uma história/acção que irá culminar com o levantamento das paredes deste impressionante edifício que, infelizmente, padece de abandono crítico.
O conto O convento não segue a lenda! Ou melhor, o conto baseia-se na lenda mas vive para além da lenda, podendo, de certa forma, criar alguma discussão sobre as diferenças que o leitor poderá por ali encontrar. Mas uma história é isso mesmo, olhar para lá das paredes da lenda e recriá-la!
É uma história que possui uma linguagem simples e, pelo menos tentei, clara para todos.

O opúsculo possui 32 páginas, tamanho A5 e 100 exemplares assinados. 

O opúsculo tem um preço de 7 euros, sem despesas inerentes a entrega em Portugal (território continental).

Para efectuarem a encomenda deverão enviar uma mensagem, com a referência O Convento - Compra no assunto, para o endereço silenciosasdiscussoes@gmail.com
Caso prefiram, também podemos combinar a encomenda por telefone (caso o tenham ou o peçam por endereço electrónico) ou presencialmente, mas os dados relativos ao envio e forma de pagamento por transferência terão de ser partilhados através deste endereço email - silenciosasdiscussoes@gmail.com

Podem comprá-lo também em Famalicão da Serra, na loja da minha mãe. Para já, são estas as duas formas de aceder ao opúsculo

Pensalamentos #203 - moral

ver
de longe ou entre os enganos
a queda feroz da moral
envolta em pequenos burgos
de interesses mesquinhos

?

sábado, fevereiro 01, 2014

Conversa com o jornal O Interior

Respondi a um conjunto de questões à Sara Quelhas, jornalista do jornal O Interior, e daí nasceu este pequeno artigo que ela escreveu sobre mim e sobre o futuro. Aqui têm para ler:


Daniel Rocha ambiciona viver somente da escrita
«As obras ficaram-me com suor e algumas lágrimas»

Daniel Rocha, de 31 anos, contactou com a escrita desde cedo, nos versos da mãe sobre os santos populares e nas histórias do avô. Mais tarde chegou a vontade de a levar mais “a sério”: «A literatura está demasiado comprometida e tenho uma palavra a dizer para a libertar», afirma, salientando que, se iniciou este caminho, «é para o continuar da forma mais profissional».
Nascido na Guarda, Daniel Rocha tem uma «grande ligação» a Famalicão e reside atualmente em Moimenta da Serra (Gouveia), mas defende que a região não determina a sua escrita, exceto «no campo das crónicas, em que ela é o centro da análise». Já as suas fontes de inspiração surgem no dia-a-dia, sendo que os “bloqueios” acontecem, mas «não me posso dar muito ao luxo de os ter», ironiza o autor. Exigente por natureza, Daniel Rocha confessa que «a versão final de um texto nunca é aquela que o tempo obriga a ser final». Todas as personagens que cria são suas «amigas», pelo que «as obras ficaram-me com suor e algumas lágrimas», confessa. O livro que mais o marcou ainda está na “gaveta”, mas, entre os publicados, “Refrações em três andamentos” foi o que mais “custou” «emocionalmente».
Ainda assim, não dedica tanto tempo à escrita quanto gostaria, muito por ter escolhido «a pior profissão para ter uma vida descansada do ponto de vista monetário», sublinha, adiantando que as suas ambições a curto prazo são «estabilizar profissionalmente, seja a dar aulas ou noutro trabalho». Escritor “freelancer”, Daniel Rocha acredita que é possível viver da escrita em Portugal, mas somente com os «romances da moda», considerando que «se exigir que o leitor pense a obra, terá uma vida de autossatisfação regada com dificuldades constantes». «Gosto que os meus leitores pensem o que leem e que especulem sobre a obra», sublinha. O escritor espera publicar alguns dos livros que tem na “gaveta” para «dar mais um empurrão a esta vontade de um dia viver da escrita». Daniel Rocha lançou recentemente “O Convento”, em edição de autor, encontrando-se já em pré-venda. Mais informações e encomendas para o email silenciosasdiscussoes@gmail.com. 

(Texto publicado no jornal O Interior de 30-01-2013, ver aqui)