sexta-feira, outubro 28, 2016

Crónica Bombeiros.pt: Pequena carta aos filhos dos bombeiros

Amigos,
Como imagino que podeis não saber ainda ler, peço ao vosso pai ou à vossa mãe (ou mesmo a outro familiar) que me ajude a chegar a vós.
Sabeis, neste tempos difíceis em que os vossos pais bombeiros têm passado tanto tempo longe de vós, eles têm partilhado alguns instantes, algumas aflições e tanto e tanto suor com outros homens e mulheres que, como eles, tentam defender o vosso futuro e o vosso país.
Não, eles não vos abandonaram nem sequer se esqueceram de vós. Aliás, em todos os momentos de descanso ou de viagem rumo a outro incêndio, é de vós que eles se lembram e é a vós que desejam voltar rapidamente.
Sim, eles só vos vêem a vós! E dizem mesmo que o que os move é o vosso sorriso, a vossa alegria, quando chegam, cansados, e vos vêem correr para eles de braços abertos ou vos vêem dormir, descansados, em casa. Sim, os vossos pais sabem que vós os amais. Sim, os vossos pais amam-vos acima de tudo e de todos.
Aqui há dias, enquanto combatíamos um incêndio no cimo de uma montanha, a montanha mais alta de Portugal, e no momento em que o Sol e a Lua apareciam quase a par e mostravam que algumas flores tinham sido poupadas, alguns bombeiros acabavam de apagar um dos sítios que ardiam. Assim que tal aconteceu, sentaram-se por momentos e falaram de vós, pequenos heróis, que estavam em casa à espera de uma notícia ou de apenas um Bom Dia! E falaram do gosto de cada um de vós pelo momento em que se ligam as luzes brilhantes do carro de bombeiros e vós vos juntais a um momento de descansada diversão no quartel. Nesse momento, vós sonhais com o ser bombeiro e com o papel importante que ele, bombeiro e vosso pai, tem.
Sabeis, naquela montanha, naquela manhã, naquele momento em que o Sol e a Lua bailavam acima de tudo e de todos, naquele instante em que vários pais falavam sobre os vossos sorrisos, uma frase simples, em jeito de pergunta, ficou-me no ouvido e foi dita por tantos de vós no momento que os vossos pais saiam de casa:
“Pai, vais ajudar as pessoas?”
Sim, os vossos pais vão ajudar milhares de pessoas, mas amam-vos acima de tudo! Nunca se esqueçam!

Daniel António Neto Rocha
Famalicão da Serra, 9 de Setembro de 2016

Crónica Bombeiros.pt: No país dos sábios e santos

Não haverá país no mundo inteiro onde, por ordem e graça divina, a sabedoria tenha sido tão semeada como nas terras senhoriais de Portugal, tanto continental como insular.
Que somos um país abençoado pela graça divina… já o sabemos desde o Ourique, relembrado recentemente por sua excelência o (novo) Presidente da República. Também o sabemos pela capacidade formativa ao nível da santidade: temos António, temos Nuno, temos os beatos e outros teremos, certamente. Por fim, temos também a vinda da virgem santíssima que decidiu instalar-se em Fátima. Tudo isto, vejam bem, apenas com um pequeno correr de memória da santidade portuguesa.
Santidade vista… falemos da sapiência que, pelos vistos, também será qualidade do ADN de ser português. Poderíamos comprovar este facto com provas dadas e com trabalho feito por gentes que se destacam nas mais diversas áreas, mas tudo isso para quê? Não podemos nós fazer antes alusão à esperteza que conduz as mais diversas instituições que acabam por ruir? Não poderemos nós fazer menção a todos aqueles que “em bicos dos pés” e com uma “sem-vergonhice desmesurada” se aprestam a dizer presente quando a ausência é sempre notada?
Pois bem, de aparecimentos divinos e sapientes em função da comunicação social estão os bombeiros fartos, mesmo que a desfaçatez destes santos e sábios de ocasião tente passar uma ideia contrária.

Moimenta da Serra, 6 de Julho de 2016

Crónica Bombeiros.pt: “Puta que pariu” o terrorismo à maneira portuguesa!

1.São tempos de convulsões extremas na dita sociedade ocidental. O medo – aliado a um desconhecimento imenso do “outro” – e a subsequente insegurança – até agora encapotada pelos milhões de euros, dólares, etc. – são motivos para governantes e seus protegidos se aliarem numa tentativa flagrante de manutenção de um estado de coisas favorável à escravidão dos novos tempos e à ditadura dos números. Tudo isso vitima de uma ganância e de uma assumida estratégia de soma de parcelas em que se exploram os de cá (os do seu próprio país) e os de lá (os dos países controlados por ditadores assumidos ou por grupos criminosos “de pistola e catana”) sem olhar para a forma como os direitos humanos mais básicos se transformam em palavras de ordem e de desordem nas ululantes redes sociais. Ah!, tudo isso misturado com a moda da defesa intransigente de tudo o que mexe e rebola, nem que seja pela acção do vento. Mas, não nos desviemos do assunto! O terrorismo, tal como antes, assume hoje características impensáveis para uma dita sociedade das nações ou sociedade mundial ou sociedade humana. O terrorismo é hoje motivo para migrações de pessoas cansadas de estar aprisionadas em campos de concentração modernos (os chamados campos de refugiados) em que famílias inteiras esperam apenas pela morte, subsistindo e pouco mais. O terrorismo mediático, o tal dos “gajos fundamentalistas do islão”, é, aparentemente, aceite pelos polícias do mundo com uma calma preocupante, enquanto morrem milhares de pessoas e milhões vivem em constante estado de terror.

2.E nós por cá, pelo rectângulo encantado à beira mar plantado? Nós, por cá, preocupamo-nos! E ainda bem! Somos gente capaz de estar atenta às necessidades dos outros e de “sofrer” com a agrura destes povos aterrorizados por guerra, bombas e gente capaz de queimar os cidadão com um litro de gasolina. Mas, o que leio eu, nós preocupamo-nos com o “terrorismo fundamentalista islâmico” e não nos preocupamos com o “terrorismo incendiário” que nos persegue há tantos e tantos anos? Sim, também o povo português vive rodeado de um terrorismo pouco escondido, com fumo a entrar-nos pelos olhos e pelos pulmões, e com um constante aterrorizar das pessoas que vivem no meio rural e, pasmemo-nos, até com as pessoas que vivem no meio urbano. E se para combater o “terrorismo lá de fora” (sim, sei que estão a dizer que temos de prevenir o que pode vir a acontecer no futuro) são até implementadas leis que fazem de um curioso, sobre estas hordas de verdadeiros infiéis às religiões, um terrorismo em potência e com mandato de captura imediata, no caso do terrorismo cá de dentro o que fazem os governantes? Nada mais, nada menos do que tirar às forças de investigação (às forças policiais) a oportunidade de encontrar indícios de que estas acções terroristas são isso e nada menos do que isso. E são estas “pequenas” asneiras legislativas, aliadas à constante desculpabilização da negligência grosseira e dos comportamentos marginais, que fazem com que o doce aroma do Verão português seja o da madeira queimada. “Puta que pariu” o terrorismo à maneira portuguesa!

Moimenta da Serra, 24 de Setembro de 2015

quinta-feira, outubro 27, 2016

quinta-feira, outubro 06, 2016

Trabalho: Escritor "freelancer" ou, simplesmente, trabalhar com a escrita


Serve agora este texto para explicar e dar a conhecer mais alguns pormenores desta minha nova faceta. 
O nome «ESCRITOR "FREELANCER"» parece apontar unicamente para a realização de trabalhos de "grande envergadura", por exemplo a escrita de livros. Mas não é só isso que faço, aliás essa visão deste trabalho é, talvez, a que terá menor atenção. 

Segue uma listagem com trabalhos tipo que posso fazer: 
- textos curtos, médios ou longos (para os mais diversos fins, basta dizerem); 
- guiões para filmes (por exemplo, para casamentos e outros momentos);
- textos artísticos (visando a ligação ao design); 
- escrita de slogan e textos argumentativos que o acompanhem; 
- correcção de textos; 
- trabalho de edição; 
- outros pedidos. 


Todas as questões (perguntas sobre os tipos de texto a trabalhar e pedidos de orçamento) deverão ser enviadas para danielroc@gmail.com


(Atenção: 
Haverá o máximo sigilo no tratamento de quaisquer textos ou questões, nunca se revelando qualquer contacto existente.)