segunda-feira, março 06, 2023

Talvez São Pedro me abra as portas outras vez



Sempre que entristeço (e nos últimos tempos o ocasional transformou-se em constante!) procuro raízes ou pontos fixos em uma memória que não sei se é minha ou se é de algo que fui em tempos. Volto atrás no tempo até ao mais ingénuo de mim ou até ao tempo em que "voava" por desejos intensos de ser algo que nunca serei. Quase sempre volto ao eu pequeno e com ar quase sisudo que fui quando era um pequeno homem (em potência ou a fazer-se realidade) prestes a descobrir - ainda ali - que a vida seria mais difícil do que uma criança merecia.

Volto muitas vezes ali a São Pedro. Volto ao tempo revolto e de loucuras (das que uma criança pode ter e das que não precisava de ter) que me traz à emoção o abraço ao irmão pequeno e ao puxão da capa que salvou o irmão mais velho (o meu Super-Homem preferido!) de saltar pela janela.

Eis-me ali! Perdido num tempo em busca de ser. Olhando com seriedade para o que nem sequer imaginava que seria ou passaria.
Ainda hoje não sei o que posso ser.

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