segunda-feira, fevereiro 23, 2015

Oficinas de Escrita na "Terra da Escrita" em Santa Clara

(Biblioteca D. Sancho I da Escola de Santa Clara)

Na semana passada aconteceram as primeiras Oficinas da "Terra da Escrita". A Escola de Santa Clara, a sua Biblioteca, os seus professores e funcionários (guerreiros da educação), e os "pequenos escritores" foram um agradável conforto e um porto de saída para a navegação no mundo da imaginação. Eles foram convidados a viajar (com o tema de escrita "A Viagem") e a abrir "A Porta Fechada". E que boas histórias se preparam para sair daqueles pequenos escritores.
Amanhã continuam as Oficinas noutras escolas da Guarda!

(Ver mais fotos e informações AQUI)

quarta-feira, fevereiro 18, 2015

Apresentação de dia 12 de "Tenho uma pedra na cabeça" na Guarda


Sou, penso eu, um afortunado por ter poucos mas bons amigos. E isso faz a diferença para quem, como eu, avança a passos largos acompanhado bem de perto pela velhice eterna. Mas... olvidemos a questão temporal.
Na passada 5.ª feira, dia 12, aproveitei o facto de ter de estar na Guarda para efectuar a apresentação do livro "Tenho uma pedra na cabeça", a minha mais recente edição. E, sabendo que era uma semana difícil para os que gostam de cultura e de poesia (muitos estiveram em ensaios para o "Galo do Entrudo"), avancei na pretensão com a consciência de quem sabe o que o espera. Não fiquei defraudado! A sala estava repleta de interesse, condensado em poucos mas bons ouvintes. Gostei de os ter por lá!
De seguida, o José Monteiro fez uma apresentação (que publicarei no final deste texto) muito boa e, como disse então, ensinou-me muitas coisas sobre a minha escrita. O professor António José Dias de Almeida e o Jos van den Hoogen leram, maravilhosamente, alguns poemas. No caso do Jos, foram apresentados dois dos poemas que ele traduziu e que vão integrar a "Bloemlezing 7+7+1" (perdoe-me Jos se não for assim), uma antologia bilingue - português e holandês - que terá uma tiragem limitada de 33 exemplares e terá outras particularidades (no início de Março darei mais informações). Por fim, aproveitei para agradecer a presença de todos os que me acompanharam neste dia e fiz algumas referências ao livro.
Gosto sempre de estar na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço e gostei muito de encontrar lá a calmaria literária, mas gostei principalmente de encontrar lá a amizade.




Texto e poema de José Monteiro, ambos apresentados na sessão:


"Não é verdade que só o autor se apaixona pela obra. Também a obra se apaixona pelo seu autor. Na verdade é mesmo por isso que o autor se apaixona por ela."
 ANA HATHERLY

Um livro especialmente de poesia não se deixa apresentar, apresenta-se ele sozinho. É o rosto visível de alguém que investiu nele tudo o que tinha para dar, naquele momento. Outros virão de certeza melhores. Assim acontece neste “Tenho uma pedra” onde da escrita intimista, os poemas saem materializados em palavras que às vezes são pedras. Ora ter uma pedra na cabeça é um acto não-poético. Era!
Este livro de Daniel Rocha vem provar que ser artista é saber pegar na realidade e expô-la, é pegar numa pedra e expandi-la. Fazê-la viver. Torná-la expansiva. Quando comecei a ler o livro veio-me à lembrança o que diz Sophia na sua Arte Poética III:
O artista não é, e nunca foi, um homem isolado que vive no alto duma torre de marfim. O artista, mesmo aquele que mais se coloca à margem da convivência, influenciará necessariamente, através da sua obra, a vida e o destino dos outros. Mesmo que o artista escolha o isolamento como melhor condição de trabalho e criação, pelo simples facto de fazer uma obra de rigor, de verdade e de consciência ele irá contribuir para a formação duma consciência comum. Mesmo que fale somente de pedras ou de brisas a obra do artista vem sempre dizer-nos isto: Que não somos apenas animais acossados na luta pela sobrevivência mas que somos, por direito natural, herdeiros da liberdade e da dignidade do ser. (Arte poética III, Sophia)
Ora isto leva-nos às pedras do nosso autor. Ele próprio reconheceu que a pedra que esteve na sua cabeça – não interessa a localização exacta, se foi no lado esquerdo, anterior, posterior ou parietal – esteve Aprisionada num recanto escuro do cérebro, significa e interpreta, ao mesmo tempo que oferece leituras e compreensões. Partindo da sua forma significativa, a pedra entrega-se nas mãos, nos pés, nos olhos, na imaginação ou no objecto de desejo de vários tempos e modos, surgindo nua e desprovida de vida no final da leitura. E afinal aqui está tudo resumido, não seria preciso dizer mais. [Mas como ao outro poeta, também a mim surgiu uma pedra no caminho, com a tarefa mais difícil de vos apresentar essa pedra.]
     A poesia do autor já é nossa conhecida e também o é a sua preocupação com o tratamento a dar à palavra. E se ele nos oferece estes poemas é porque os julgou purgados através de um trabalho “improbus” horaciano e de polimento das palavras como se de pérolas se tratasse. Por isso estamos perante um conjunto de poemas quase perfeitos e com a exacta imperfeição de palavras cumprindo objectivos previamente definidos. Este livro pode ser assim aa sua arte poética.
Na minha leitura da obra saliento três tópicos:

1º Concepção de poeta e de poesia. O poeta é um rio, como refere no poema “Gotas de Pedra”, (17 – Talvez tu não o saibas, mas já fui um rio.) onde se faz a confluência (desaguam) de vários elementos sintetizando o que decorre de uma existência às vezes mineral e em que a pedra o obriga a desviar a efluência dos fluidos intelectuais.
A referida confluência existe no poema “conjugação”: em que o processo de criação vai desde o volitivo do acto, do verbo, passando pela mineralização inadvertida, pelo acto amatório julgado mesmo obsceno (delicado gesto obsceno 31), pela impressão da não existência enquanto ser e pelo desafio final da consciência da sua limitação. (Daí o verso final: Conjugo-te, enfim!) Essa consciência conduz ao grito expresso no título de “antes que a vida passe” que é uma retoma do tema clássico do tempus fugit ou, como se assume explicitamente, do tempus edax rerum (58 Ovídio).
A fluidez do poema converte mesmo a pedra em gotas e voltamos à imagem do rio e da consequente água. E assim se conjuga o concreto da pedra com a fluidez da água (17 o rio fluir rápido, 20 quente fluido, 28 fluidez dos tempos, 35 corrupio fluído) que por sua vez se torna também matéria poética. [Acho que uma das palavras chave da obra é mesmo fluir e seus derivados] Então o poeta assume-se como Narciso *(A água cansada de olhares / ressumava o futuro dos dias / e das gentes.58) e refugia-se na imagem do rio de palavras que brotam do peito, da boca e da cabeça (16) pois “tem mais palavras que a própria língua … no ritmo que lhe aprouver”*(17) Afinal o poeta, se não utilizar correctamente as palavras, pode matar / talvez de silêncio / as sílabas de liberdade / e as rimas ricas / dos versos. (44)
Ficamos também a saber que o que move o poeta afinal é Eros que alimenta Apolo e o faz suar de prazer (59), ou seja, a poesia tem consequentemente um carácter lúdico, prazeroso (comboio de corda) e Apolo fascina-se / pela petrificada figura. … A pedra excita Apolo / e Eros viola o seu / arco (60). Mas esta afirmação semeia dúvidas como estas: Apolo, o deus protector das Musas (na Grécia), submete-se a Eros? Ou é Apolo, deus do sol, que se deixa sombrear por Eros? Ou o poema necessita haurir de Eros apenas a excitação, o despertar para a realidade que a pedra significa?
Mas a imagem mais significativa nesta concepção de poeta é a do poema onde o escultor surge. Nada mais adequado do que o escultor, qual estatuário, qual artista, converter a simples pedra inerte numa obra de aperfeiçoamento em que haja vida. Os últimos versos são para mim a síntese perfeita de poeta e poesia. *(37/8)

2º A pedra como matéria poética. – O tema da pedra não é novo na poesia. Vem-nos imediatamente à memória o poema de Carlos Drummond de Andrade (No meio do caminho tinha uma pedra / tinha uma pedra no meio do caminho), talvez o poema mais conhecido da temática. Mas o que significa e interpreta esta pedra? Para o autor a pedra reveste várias espécies: a casinal (36, 47), a mística ou sagrada (pedra ara sacra 35), a mítica, a histórica, a lendária, a imaginária, a real, … *(66). Vou deter-me apenas nas duas primeiras.
A casinal joga ao destino com as palavras e obedece à predestinação com que os deuses jogam com os humanos. Não é por acaso que aparece no poema “Sísifo”, esse castigado exemplar, servindo aos humanos de lição empurrando indefinidamente a pedra por ter ousado infringir as regras dos deuses e ter voltado do Hades. É esta pedra representante do desafio que o poema constitui ou deve constituir em relação à ordem estabelecida? O poema “Matar” significa isso mesmo, a revolta contra o que está mal na sociedade. Ou significa a ousadia do aprisionamento de Tanatos (deus da morte) conseguindo a imortalidade através das palavras?
A mística ou sagrada, liga-se à presença implícita, facilmente adivinhada, da pedra angular bíblica que os construtores rejeitaram. A pedra / palavra será motivo poético se tiver esse carácter de segregação, separação do que é profano, do vulgo. Nessa altura ganhará vida e tornar-se-á representativa do verdadeiro valor do poema: missionar. E não é a única presença do sagrado pois pelo menos em dois poemas há referência ao leite e mel (54, 57) elementos messiânicos da ansiada terra prometida. Não já do desejo judaico no domínio dessa utopia, mas na possibilidade da nascitura pedra que se expande desfazendo o tiro natural da biologia.(25). A eterna ânsia de quebrar as leis da vida e conseguir assim a imortalidade.

3º As influências. Um bom escritor nunca deixa de revelar as influências recebidas das suas leituras quer em termos de poética quer em termos de educação. Ora neste livro há nitidamente várias fontes onde o autor bebeu.
Quanto a autores / poetas nota-se a presença silenciosa de Manuel António Pina nas temáticas abordadas e mesmo nas formas utilizadas. O já referido Carlos Drummond de Andrade (20). A loucura insistente de um Álvaro de Campos (64). Ovídio e as suas Metamorfoses na expressão referida acima “edax rerum (58). Ricardo Reis surge-nos inevitavelmente quando abrimos a página no poema “Os novos jogadores de xadrez”. Há também uns aromas de Sophia no poema “Minotauro”.
Quanto à educação escolar e universitária é por de mais evidente. Não apenas nos títulos dos poemas, mas no seu conteúdo. As figuras mitológicas carregadas de diversos e ricos simbolismos: Sísifo, Hefesto, Eros, Minotauro, Apolo … e de inspiração explicitamente bíblica: David e Golias.

Em síntese, tudo pode terminar na cabeça onde a pedra devia morar. Quem diz cabeça, diz sótão. Quem diz pedra, diz livro. Este teme apenas o frio da ausência de leitura, de leitores. Por isso há que fugir do sótão onde mora o frio da solidão literária. Caso contrário pode acontecer o que diz a poetisa brasileira Adélia Prado: “Deus de vez em quando me tira a poesia e eu olho pedras e vejo pedras mesmo...”







“Tenho uma pedra”

O homem ser esquisito
pensa e escreve
Como quem respira o ar quente da noite
Onde as gotas de pedra fazem eco na solidão dos pensamentos.

No sótão, lugar frio onde os livros
são pedras que se expandem
 e fogem ao tiro natural da Biologia
provoca-se o sangramento das palavras
e restam as impressões da tarde.

Mas da conjugação dos astros – leia-se influências -
quando o homem chora
antes que seja tarde
surge o escultor, estatuário de pedras feitas ideias.

O poeta, escultor de frases manufacturadas,
grita que é proibido não proibir
e que é preciso matar a opressão das palavras.

Os novos jogadores de xadrez substituem palavras por pedras
e, qual Sísifo, enfrentam o destino
na luta desigual de David e Golias.

Presos no labirinto, dominam o Minotauro
embora o Narciso interior os faça caminhar
para o domínio de um Eros construtor de imagens
e de sensações persistentes como um formigueiro
em que as ideias são emanadas pelo pó das pedras.

Ou, então – é o poeta quem o diz - nada disto!





Na biblioteca, em cada livro,

em cada página sobre si
recolhida, às horas mortas em que
a casa se recolheu também
virada para o lado de dentro,

as palavras dormem talvez,
sílaba a sílaba,
o sono cego que dormiram as coisas
antes da chegada dos deuses.

Aí, onde não alcançam nem o poeta
nem a leitura,
o poema está só.
‘E, incapaz de suportar sozinho a vida, canta.’



Manuel António Pina, Poesia, saudade da prosa.

(Todas as fotos são da autoria do Arménio Bernardo)

Crónica Bombeiros.pt: Pensar diferente


Não farei uma grande exposição, pois para grandes males os pequenos remédios são mais eficazes, mas apetece-me falar sobre nós, bombeiros, e sobre a forma como nos vemos. Regra geral, todos pensamos que somos os melhores e, a cultura que nos vendem, diz-nos isso mesmo. Somos os melhores e ponto! 
Depois, todos nos apercebemos das carências que temos nas nossas corporações (quantas vezes corremos atrás de meros equipamentos de segurança) ao nível do mais básico da nossa profissão e refilamos, berramos, e mais, e mais, mas fazemos tudo como se estivéssemos super equipados (também mentalmente). E, não, não estamos! Somos dedicados, aplicados e voluntariosos, mas isso não chega. Para além disso temos de nos conhecer bem e aceitar as nossas limitações, rirmos do desajuste que temos entre o que podemos (e devemos) fazer e o que efectivamente fazemos (tantas vezes colocando-nos em risco). 
Mas, nada disto é exclusivo de nós “a carne para canhão”. Isto é especialmente preocupante nas esferas directivas, que continuam a acreditar que são os melhores e os mais sobredotados. Este é o mal que temos de reparar antes que seja tarde para outros. 
Porém, nem só de “certezas absurdas” está o nosso Inferno cheio. Também precisamos de repensar a nossa atitude perante a vida que nos rodeia, começando por saber rir dos absurdos dela. E dos absurdos da nossa realidade, pois nenhuma realidade é isenta de humor ou de factos que podem ser risíveis. Nós, bombeiros, merecemos mais! E é por merecermos mais que eu não aceito que alguém diga que “há bombeiros que não pensam”, “que há bombeiros que não percebem o que se lhes diz”, “que há bombeiros que têm de ser levados pela mão”, etc.. Os Bombeiros Portugueses precisam de começar a exigir que os não tratem como mero “verbo de encher”.


Moimenta da Serra, 17 de Fevereiro de 2015

Como obter o livro "Tenho uma Pedra na Cabeça"? Simples!

O livro "Tenho uma Pedra na Cabeça no lado esquerdo anterior frontal ou nada disto" já teve a sua apresentação e lançamento, mas haverá mais algumas oportunidades de encontro com os leitores que em breve serão divulgadas.
Para já, os interessados em adquirir este livro podem fazê-lo na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (Guarda), em Famalicão da Serra (Guarda) ou em Moimenta da Serra (Gouveia). Podem também entrar em contacto comigo via endereço electrónico (danielroc@gmail.com ou silenciosasdiscussoes@gmail.com) e combinaremos um local de entrega. Se preferirem, podem efectuar também a encomenda e receber o livro por correio. O livro está disponível para o público a 8 euros (acrescendo 0,50 euros no envio por correio).


Para efectuarem a encomenda deverão enviar uma mensagem, com a referência Tenho uma compra na cabeça no assunto, para o endereço silenciosasdiscussoes@gmail.com .

terça-feira, fevereiro 17, 2015

O pós "Galo do Entrudo" 2015

(Belíssima foto - Foto do Município da Guarda)

(Foto do Município da Guarda)

(Foto do Ricardo Marta)

Sou, por natureza, curioso e, não sei se já o sabem, gosto muito criatividade. E gosto muito de criatividade associada às artes e aventuras com as quais me enlaço. Sendo assim, fiquei muito satisfeito pelo envolvimento que o meu texto para o "Galo do Entrudo" mereceu. O texto, convém dizê-lo, pretendeu ser simples, claro e humorístico, ao mesmo tempo que catártico (purificador). Penso que conseguiu passar a(s) mensagem(ns) e fazer com que quem assistiu se sentisse bem disposto (apesar do frio). E mais não direi sobre o texto ou o seu conteúdo ou sobre as voltas que o mundo dá ou que não dá e alguns teimam em dizer que são efeitos da crise.
Encenação e envolvimento... Adorei! Compassos de espera perfeitos (para quem não está habituado a aperceber-se da difícil movimentação de carros e pessoas na Guarda pareceu tempo a mais), entrada das personagens envolvidas numa marcha muito bem tocada pela Banda de Famalicão da Serra (a minha terra) e um apetitoso duelo de claques (a lembrar as últimas movimentações futebolísticas). Tudo isto antes de um muito bom espectáculo de marionetas gigantes que nunca vi em mais lado nenhum. Uma óptima ideia do Américo Rodrigues e de toda a equipa que ele coordenou! Por fim, a receptividade do público em mais uma noite fria, só para gente de "raça serrana". 
Em suma, um óptimo trabalho! 

Já ouvi que a Câmara irá reflectir sobre este acontecimento de forma a transformá-lo em algo mais atractivo, temporalmente falando, ou de forma a "matá-lo". Eu penso que tudo aquilo que nos diferencia positivamente é essencial para a valorização territorial e para o ganhar de novos públicos. E este espectáculo faz isso! Associar mais coisas e cativantes para que este seja um destino carnavalesco de mais do que um dia... talvez não seja uma má ideia. "Matar" a "Morte do Galo" é matar mais um pouco daquilo que fazemos bem e de forma única. Esta ideia soa-me sempre àqueles dias em que desaparece mais um dos "mais velhos" na minha aldeia. Aqueles dias em que a memória de ontem se indefine no ar e se perde. Mas, claro, esta é a minha opinião e vale muito pouco. Mas tenho pena...

Honra seja, portanto, dada aos nomes que se esforçaram para que este espectáculo tenha tido um grande ambiente.


(Ficha técnica do "Galo do Entrudo")


"O Bem e o Mal" recebeu os visitantes da Feira das Tradições em Pinhel

Uma pequena brincadeira fez com que algumas personagens de "O Bem e o Mal", a peça que o Teatro do Imaginário tem em itinerância, estivessem a receber os visitantes durante a abertura da 20.ª Feira das Tradições de Pinhel, no passado dia 13 de Fevereiro. A cena, que envolve Rui de Nelas, a Criada, Cristina e Casimiro, tem como foco de atenção o Presidente da Câmara de Pinhel. Um pequeno momento cómico que, de certeza, os visitantes apreciaram e os actores souberam embelezar. Só tenho pena de não ter podido estar presente...
Eis algumas fotos do Município de Pinhel.






terça-feira, fevereiro 10, 2015

Guarda, 12 de Fevereiro: "Tenho uma pedra na cabeça" na BMEL


Já esta 5.ª feira às 18 horas na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (Guarda). Estará o José Monteiro a fazer uma apresentação do livro, o António José Dias de Almeida a fazer a leitura de alguns poemas e o Jos van den Hoogen com a leitura de algumas traduções para holandês. Eu também terei o prazer de dizer algumas palavras e de fazer ali o pré-lançamento de uma Antologia bilingue (Português e Holandês), em edição limitada a 33 exemplares, que terá o seu lançamento (e apresentação) no dia 30 de Abril de 2015. Todos os poemas foram traduzidos (e discutidos) pelo meu amigo Jos van den Hoogen.

Já vêem que são muitas e boas as razões para virem ter à BMEL no próximo dia 12.

Espero ver-vos por lá!

segunda-feira, fevereiro 09, 2015

Notas sobre o "Galo do Entrudo"

Com uma pequena participação da minha parte no Galo deste ano, cumpre-me registar com agrado que a Ficha do Espectáculo deste ano tenha sido dada a conhecer. No ano anterior, fui crítico em relação a este ponto uma vez que me parece de elementar justiça o facto de serem conhecidas as "caras" que estão na base de um espectáculo que merece reconhecimento e destaque nacional. Continuo com algumas dúvidas, sim, ao nível da indefinição em torno do nome do espectáculo teatral (o "Julgamento e Morte do Galo do Entrudo" era uma marca forte) que este ano se apresenta como "Galo do Entrudo".
Estou muito curioso, como sempre, para ver um texto meu em cena, mas pretendo muito conhecer o resultado das soluções cénicas do encenador. Penso que serão fantásticas, pelo pouco que conheço!
Dia 15 de Fevereiro veremos este "Galo do Entrudo"! 

(Foto do Galo em Construção, retirada da página do Facebook do Município da Guarda)


O espectáculo de Carnaval na Guarda volta a contar com o “Galo do Entrudo” e nesta edição terá como convidado especial o humorista Herman José.
O espectáculo está marcado para Domingo, 15 de Fevereiro, pelas 21h00, na Praça Luís de Camões.
O Galo do Entrudo é um espectáculo de envolvimento colectivo, baseado em tradições populares ancestrais, que se realiza anualmente na cidade da Guarda e atrai milhares de visitantes. O Galo, representado por uma figura gigantesca, será julgado e condenado à fogueira, depois de ser considerado culpado. Trata-se de um espectáculo satírico apresentado através de marionetas gigantes representando as figuras de um taberneiro (juiz), de um filósofo (defensor) e de um bobo (acusador). Dois blocos opositores, constituídos por centenas de pessoas, manifestar-se-ão ruidosamente a favor ou contra o galo.
Participam também vários actores e figurantes, originários das colectividades do concelho da Guarda. O espectáculo envolve grandes meios de som e luz mas também de pirotecnia e multimédia, sendo que a base é de cariz teatral.
O Galo, antes de ser queimado, terá direito a exprimir um último desejo.

Ficha do espectáculo
Concepção e coordenação geral: Américo Rodrigues
Texto: Daniel Rocha
Concepção e execução do galo: Pedro Figueiredo
Construção da estrutura metálica do galo: António Carlos Cunha e Hugo Cunha
Conceção das marionetas: Sandra Neves
Construção das marionetas: Inês Mariana Moitas, Nuno Guedes,
Rosário Matos e Sandra Neves
Vozes das marionetas e do galo: Telmo Ramalho, Marta Borges e Pedro Borges (Os Improváveis)
Gravação das vozes: AUDIO IN - Produção de Áudio, Lda
Elenco: Agostinho Silva, António Godinho, António Santos, Bruno Almeida, Carlos Lopes, Carlos Morgado, Daniel Andrade, Diana Guerra, Diogo Costa, Elisabete Fernandes, Isabel Gamboa, João Manso, Jorge Martins, Marco Abrantes, Nuno Tavares, Pedro Pires, Rita Diogo, Ronaldo Fonseca, Rui Tiago e Susana Almeida
Coordenação musical dos figurantes: Tiago Pereira
Figuração: Associação Desportiva e Cultural de Alfarazes • Associação Cultural e Desportiva do Jarmelo • Associação Cultural, Social e Recreativa da Sequeira • Associação de Jogos Tradicionais da Guarda • Associação Cultural, Desportiva e Recreativa da Rapoula • Associação Pitadas de Sorrisos • Banda Filarmónica de Famalicão da Serra • Centro Cultural, Social e Recreativo do Bairro da Luz • Centro Cultural e Desportivo de Aldeia do Bispo • Escola de Artes e Ofícios de Maçainhas • Grupo de Cantares “A Mensagem” de São Miguel • Grupo de Cantares da Arrifana - Associação Cultural • Grupo de Concertinas Estrelas da Serra • Grupo de Percussão de Valhelhas
Música original da queima do galo: Kubik
Concepção de figurinos: Rosa Martins
Concepção do vídeo: Luís Rolo
Pirotecnia: Pirotecnia das Beiras
Caracterização: Anabela Teixeira
Grupo e artista convidados: Companhia de Teatro El Carromato (“Big Dancers”) e Herman José
Produção: Carla Morgado e Sílvia Fernandes
Organização: Câmara Municipal da Guarda


(Fonte: Facebook do Jornal Terras da Beira)

quarta-feira, fevereiro 04, 2015

"Tenho uma pedra na cabeça" na Guarda, dia 12 de Fevereiro





No próximo dia 12 de Fevereiro de 2015, pelas 18h00 horas, na Sala Tempo e Poesia da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda, irá decorrer a sessão de apresentação do livro: Tenho uma pedra na cabeça no lado esquerdo anterior frontal ou nada disto, de Daniel António Neto Rocha. A apresentação estará a cargo de José Monteiro, professor, estudioso da literatura e da cultura, e poeta.

Como é óbvio, gostava de vos ver por lá! 



Sinopse do livro:

Aprisionada num recanto escuro do cérebro, a pedra significa e interpreta, ao mesmo tempo que oferece leituras e compreensões. Partindo da sua forma significativa, a pedra entrega-se nas mãos, nos pés, nos olhos, na imaginação ou no objecto de desejo de vários tempos e modos, surgindo nua e desprovida de vida no final da leitura. Tenho uma pedra na cabeça no lado esquerdo anterior frontal ou nada disto é o novo livro de poesia de Daniel António Neto Rocha.