Fonte: Henricartoon
quinta-feira, maio 05, 2011
"Oh! Luís, fico melhor assim ou assim?"
Fonte: Henricartoon
segunda-feira, maio 02, 2011
"Olhai vós bem que este sam eu!": Estes deputados! Ai!, estes deputados!
"Oriundo de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, o candidato socialista assume-se como um «beirão da Beira Serra» e «apesar de não ter nascido no distrito, a verdade é que fiz e ainda faço boa parte da minha vida aqui no distrito»." in O Interior
Olhai vós bem que este sam eu
Homem de boa-ventura,
Empacho nunca me atura
E hei-de dizer o meu
Como qualquer criatura.
Olhai vós bem que este sam eu!
Teimoso como um Sísifo voluntário, nenhuma mudez original é capaz de o impedir de tornar audível o que esta afirmação promete de tenacidade, concentração, serenidade e consciência de si. Ou não estivesse a serra por detrás dos seus gestos! Medieval e tosco na capela dos Ferreiros, em Oliveira do Hospital, ajoelhado e renascido em Góis, fidalgo descobridor em Belmonte, viajante na Covilhã, guerrilheiro em Midões, pastor e camponês em toda a parte, ninguém o pode ignorar, porque ele desce a viseira, ergue as mãos, iça a vela, caminha, aponta a carabina, levanta a enxada ou maneja o cajado, e grita:
Olhai vós bem que este sam eu!"
quinta-feira, abril 28, 2011
Li: O Clube de Cinema, de David Gilmour
Este pequeno opúsculo autobiográfico, de David Gilmour, foi-me "apresentado" por aquele que é, para mim, a grande referência em termos de cinema na cidade da Guarda - o Victor Afonso. Pessoalmente, ele já me tinha dado conta da existência deste livro, sabendo ele que um dos meus métodos pedagógicos preferidos é o ensino alicerçado no instrumento fílmico. Pois bem, aproveitando o lançamento (que a Editora Pergaminho por certo não lhe agradecerá ) deste livro que ele efectuou no seu blog - O Homem que Sabia Demasiado, dei-me conta da imperiosa necessidade de o ler. Assim o fiz e não fiquei desiludido. Por certo, poderia ser bem mais dedicado ao cinema, mas entendo que a relação (que pode ser representada na seguinte equação:) PAI <-> FILHO <-> (ADOLESCÊNCIA + INICIAÇÃO SEXUAL), que é explorada sob o ponto de vista do pai, é bem mais importante para o autor do que a constatação do génio de Hitchcock ou da capacidade criativa (tipo relógio suiço) de Eastwood.
O livro parte das memórias de um tempo difícil na vida familiar dos intervenientes e apresenta a problemática da escola tradicional, que é vista como desagradável para alguns alunos, e a necessidade da existência de alternativas a este tipo de ensino de forma a cativar os alunos menos dedicados ao estudo; apresenta também a iniciação no mundo das drogas e no mundo sexual; apresenta ainda a difícil relação entre os pais e os filhos num mundo em que o emprego consome quase todo o tempo. Desta forma, um pai (David Gilmour) desempregado vai contactar de perto com o desnorte do filho e, numa jogada muito arriscada, decidi acompanhá-lo numa aventura que vai passar pelas mais diversas dificuldades, tanto ao nível do relacionamento entre ambos como ao nível do interesse que os filmes em análise despertam no filho.
A selecção de filmes é vasta e, confesso, muito desconhecida pela minha parte, mas nota-se que o autor pretendeu dar ao filho uma espécie de "rede de salvação significativa", apresentando-lhe sempre filmes com um fundo moral imenso. Claro que lhe deu também uma educação fortíssima em termos de crítica e metodologias cinematográficas (pois ele é um escritor televisivo responsável por alguns documentários e outros programas, penso eu!), mas a grande vitória desta estratégia quase explosiva foi o regresso do Jesse aos livros e ao estudo.
A história é agradável de seguir, a escrita é simples e clara, os temas são extremamente actuais e os valores, que vão sendo expostos, são essenciais.
Um livro a ler e a guardar!
terça-feira, abril 26, 2011
13. Crónica Diária na Rádio Altitude (2.ª temporada) – Crónica das cólicas de Abril
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Guarda, 25 de Abril de 2011
Daniel António Neto Rocha
(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 26 de Abril de 2011 - disponível em podcast em Altitude.fm)
sexta-feira, abril 22, 2011
Pensalamentos #13
Escrevemos sobre aqueles que amámos para esterilizarmos de vez o nosso corpo e a nossa alma com um pingo de ácido semântico!
quarta-feira, abril 20, 2011
Kubik, o cientista de sons
"Depois de seis anos de espera, Kubik vai editar o seu terceiro disco de originais, fechando assim a trilogia iniciada em 2001 com Oblique Musique”. “Psicotic Jazz Hall” é o título do novo trabalho e conta com a edição do Teatro Municipal da Guarda (TMG). O disco é apresentado ao vivo no próximo dia 14 de Maio, no Pequeno Auditório do TMG.
“Psicotic Jazz Hall” (título inspirado num disco do músico francês Pascal Comelade: “Psicotic Music Hall”) explora a matriz do jazz fundindo-a com o rock, a electrónica, músicas do mundo, num resultado musical mutante e sempre na procura de novos desafios criativos.
Kubik é o projecto de música electrónica de Victor Afonso, artista da Guarda com larga experiência musical no rock, na improvisação, na música experimental, e na electrónica.
A música de Kubik cruza vários géneros e é fortemente influenciada pelo imaginário cinematográfico. Manipulação electrónica, free-rock, jazz, hip-hop, ambient, world-music, metal, breakbeat, música de “cartoons”… todas estas diferentes sonoridades se fundem num grande caldeirão de estilos e estéticas que é o universo kubikiano.
O percurso começou há 13 anos com os Prémios Maqueta 1999. Dois anos depois, em 2001, foi revelação musical para o jornal Público. Seguiram-se dois discos, ambos aclamados pela crítica especializada e incluídos nos melhores dos respectivos anos por várias publicações: “Oblique Musique” (2001) e “Metamorphosia” (2005).
«Kubik is an amazing artist. He is moving into a special and particular universe. He has a fantastic records and a fantastic music… He’s a monster!» a frase é de Mike Patton (Faith No More, Mr. Bungle, Fantômas). O músico norte-americano chegou mesmo a convidar Kubik em 2004 a tocar na primeira parte do concerto dos Fantômas na Aula Magna (Lisboa).
Kubik tocou ainda em diversos festivais e na Casa da Música, Teatro São Jorge, ZDB, Fnac, Paredes de Coura, e tem no curriculum dezenas de colaborações com artistas dos mais diversos géneros musicais como Adolfo Luxúria Canibal, Old Jerusalem, Norton, Bypass, Factor Activo, Américo Rodrigues ou César Prata e remisturou vários temas para colectâneas. Compôs ainda música original para três filmes mudos e também para espectáculos de bailado, teatro, exposições, curtas-metragens e performances."
Conto não perder este espectáculo!
domingo, abril 17, 2011
O meu comentário às escolhas distritais de deputados?
segunda-feira, abril 11, 2011
12. Crónica Diária na Rádio Altitude (2.ª temporada) – Crónica de um FMI anunciado
1. E por fim a choraminguice continuará! Já não nos faltava toda a pintura borrada, ainda se constrói um discurso em torno de quem tem culpa e de quem a não tem. Uns dizem que a não têm, outros que os outros é que a têm. Enfim, parece-me abusado que seis anos de responsabilidade máxima na política não originem um bocadinho de participação na queda do castelo de cartas, mas Portugal continua a ser um ninho de fenómenos estranhos e de gente que não mede o tamanho das alarvidades. Agora, penso que a responsabilidade no estado de coisas de hoje se deve especialmente a quem a dada altura disse que a crise tinha passado ao lado de Portugal e que continuou a gastar como se nada tivesse acontecido. Pena é que a memória dos portugueses seja tão instantânea e que com isso quem tem olho continue a ser rei. Em 2009, ano de eleições, foi um mar de rosas que um vendedor de ilusões vendeu para conquistar o poleiro, mas desde aí que os espinhos se agudizaram e se cravaram mais intensamente no costelado de quem trabalha de sol a sol. Eu não me esqueci das promessas de uma terra de onde das fontes jorrava mel! O que de facto continuo a encontrar é uma terra de cujas fontes jorra mm… muito fel! A pergunta que eu faço é a seguinte: não haverá por aí uns candidatos que sejam mais humanistas? Será que só os economistas, advogados, engenheiros é que têm competências para governar o país? Talvez o universo político não goste daquilo que eu digo, mas está na altura de um estado social ter à frente algum homem ou mulher saídos do horizonte das humanidades. É que a sensibilidade artística e cultural consegue olhar mais além e o tempo dos impostos não pode durar muito mais.
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Daniel António Neto Rocha
(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 12 de Abril de 2011 - disponível em podcast em Altitude.fm)
Crónica Bombeiros.pt: Foram-se os anéis! Manter-se-ão os dedos?
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Guarda, 10 de Abril de 2011
Daniel António Neto Rocha
(Texto publicado e disponibilizado no Portal Bombeiros.pt a partir das 17h00m do dia 11 de Abril de 2011)
terça-feira, março 29, 2011
11. Crónica Diária na Rádio Altitude (2.ª temporada) – Crónica do pedido de demissão ou da nova corrida de “boys”!
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Guarda, 28 de Março de 2011
Daniel António Neto Rocha
(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 29 de Março de 2011 - disponível em podcast em Altitude.fm)
quarta-feira, março 23, 2011
23-03-2011 - Frase do dia
Teixeira dos Santos para Bernardino Soares
(Fonte: Público)
Podia até esperar por uma melhor, mas penso que este mimo revela bem o nível dos nossos políticos num momento de crise: continuam a brincar apesar de estarmos num imenso buraco.
terça-feira, março 22, 2011
Conversas de Verso
terça-feira, março 15, 2011
10. Crónica Diária na Rádio Altitude (2.ª temporada) – Crónica da paternidade e das interjeições inocentes
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Daniel António Neto Rocha
(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 15 de Março de 2011 - disponível em podcast em Altitude.fm)
segunda-feira, março 07, 2011
Galo que é Galo tem festa! É na Guarda, pois 'tá claro!
Homens da luta no Festival da Eurovisão?
terça-feira, março 01, 2011
09. Crónica Diária na Rádio Altitude (2.ª temporada) – Crónica da memória e de Manuel Poppe
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Guarda, 28 de Fevereiro de 2011
Daniel António Neto Rocha
(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 01 de Março de 2011 - disponível em podcast em Altitude.fm)
terça-feira, fevereiro 15, 2011
08. Crónica Diária na Rádio Altitude (2.ª temporada) – Crónica do gosto pela história ou do capitalismo solidário
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Guarda, 14 de Fevereiro de 2011
Daniel António Neto Rocha
(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 15 de Fevereiro de 2011 - disponível em podcast em Altitude.fm)
domingo, fevereiro 13, 2011
Crónica Bombeiros.pt - Assim é difícil!
1. Talvez não haja muitos dos nossos camaradas em estado de alerta para as constantes violações a uma vivência plena e clara dentro dos quartéis de bombeiros, mas, como é da praxe, alguém tem de trazer factos concretos (mas não totalmente escancarados!) à reflexão de uma nova geração de bombeiros.
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Guarda, 14 de Fevereiro de 2011
Daniel António Neto Rocha
segunda-feira, fevereiro 07, 2011
Julgamento e Morte do Galo do Entrudo (4.ª edição)
(ver mais informação aqui)
quinta-feira, fevereiro 03, 2011
Kubik - entrevista e videoclip
terça-feira, fevereiro 01, 2011
07. Crónica Diária na Rádio Altitude (2.ª temporada) – Crónica do tacho e da forma vuvuzélica
1. Para quem diz que cá pelas terras altaneiras nada se passa, aqui fica mais um record: somos o concelho de Portugal e do mundo com o maior tacho… de arroz doce! Claro que poderíamos fazer desde logo mil e uma piadas acerca do relacionamento deste grande tacho com outros tachos não tão doces mas igualmente apetecíveis; ou com aquele ditado que cada vez está mais certo e que diz: “com papas e bolos se vão entretendo os tolos!”, mas, como sou gente de figuras de retórica, vou assobiar para o lado e continuar a criar imagens. Como não poderia deixar de ser, este record vem confirmar a tendência natural da gente beirã para adoçar o bico a todos aqueles que por aqui passam e que daqui levam não só arroz-doce mas também uns queijos, uns enchidos e umas garrafitas de “tintinho do bom”. O que deixam é que não se sabe muito bem, mas tenho a certeza que haverá gente informada que tem a arca cheia do objecto de troca. Pois bem, ia fugindo do tema principal desta crónica.
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Guarda, 31 de Janeiro de 2011
Daniel António Neto Rocha
(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 1 de Fevereiro de 2011 - disponível em podcast em Altitude.fm)
sexta-feira, janeiro 21, 2011
Goodbye, Mr. Chips, de James Hilton (Obrigado, Manuel Poppe!)
Tudo o que acabei de dizer é aquilo que define o ser humano consciente da necessária valorização de pessoas e não da valorização de contas bancárias ou de propagandas enganadoras. Isso é o que tem acontecido nos últimos anos. Os espertalhões do sistema concederam o seu tempo a valorizar-se enquanto secretárias de esquina, preparando-se para integrarem as funções de desnorteadores do ensino sério. Os outros, os que se preocupam em tornar os alunos melhores, são descartados e empurrados para a necessária imbecilização do país.
Este pequena obra abriu-me a alma e emocionou-me. Poderei ser, no futuro, assim recordado?
segunda-feira, janeiro 17, 2011
06. Crónica Diária na Rádio Altitude (2.ª temporada) – Crónica da leitura sermonária e da irradicação da pobreza
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Guarda, 17 de Janeiro de 2011
Daniel António Neto Rocha
(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 18 de Janeiro de 2011 - disponível em podcast em Altitude.fm)
quinta-feira, janeiro 06, 2011
Ciclo Manuel Poppe
a Guarda (a sua Guarda!) vai reconhecer toda a importância deste escritor num Ciclo que ocorrerá em Fevereiro de 2011 e que irá mostrar a sua arte e inteligência. Cabe-me coordenar a exposição que irá ficar patente na Sala Tempo e Poesia, da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço. Já mostrei junto do Manuel Poppe a minha satisfação e fraca preparação para o poder honrar condignamente, mas os grandes desafios são para gente grande. Deixem-me fazer um reparo que dignifica este autor e faz com que seja merecedor das maiores honras na "sua" cidade: é o único colaborador de jornais de âmbito nacional que escreve regularmente sobre a Guarda!
terça-feira, janeiro 04, 2011
05. Crónica Diária na Rádio Altitude (2.ª temporada) – Crónica do ano novo e da canonização da mentira
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Guarda, 03 de Janeiro de 2011
Daniel António Neto Rocha
(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 04 de Janeiro de 2011 - disponível em podcast em Altitude.fm)
segunda-feira, dezembro 27, 2010
Crónica Bombeiro.pt - É Natal, é Natal, mas continuam a ver-nos mal!
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Guarda, 18 de Dezembro de 2010
Daniel António Neto Rocha
(Texto publicado e disponibilizado no Portal Bombeiros.pt a partir das 22h30m do dia 26 de Dezembro de 2010)
quarta-feira, dezembro 22, 2010
04. Crónica Diária na Rádio Altitude (2.ª temporada) – Crónica do candidato Alegre e do D. Sancho, o Povoador dos tempos modernos
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Guarda, 20 de Dezembro de 2010
Daniel António Neto Rocha
(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 21 de Dezembro de 2010 - disponível em podcast em Altitude.fm)
segunda-feira, dezembro 20, 2010
Pensalamentos #12
quarta-feira, dezembro 15, 2010
Pensalamentos emprestados #1
Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida."
(Luís de Camões, "Os Lusíadas", Canto X, estância 145, versos 1 a 4)
quinta-feira, dezembro 09, 2010
Prenda de Natal para ti
Esvai-se a realidade
Por entre os dedos esguios
Do simples esqueleto de um ser!
“Amo-te sem vergonha!”
Procuro o fim da estrada
O fim do cansaço a ter
Em cada sílaba do teu corpo.
Julgo as estrelas a cada
Passo invisível de solidão.
Saboreei-te o corpo vestido
De artificiosos enganos alimentando
De infindáveis aromas
A luxuriosa animação da noite
E os sonhos escarrados da tua boca!
Sigo concentrado em devaneios
Tacteando a realidade em busca
Do que não tive.
(24/12/2007)
terça-feira, dezembro 07, 2010
03. Crónica Diária na Rádio Altitude (2.ª temporada) – Crónica da Dúvida e da Wikileaks
(...)
terça-feira, novembro 30, 2010
Pensalamentos #11
sexta-feira, novembro 26, 2010
Pensalamentos #10
terça-feira, novembro 23, 2010
02. Crónica Diária na Rádio Altitude (2.ª temporada) – Crónica dos Rebuçados ou “da Diabetes Social”
(...)
quarta-feira, novembro 17, 2010
Pensalamentos #9
terça-feira, novembro 09, 2010
1. Crónica Diária na Rádio Altitude (2.ª temporada) – Crónica Desorçamental
(...)
Guarda, 8 de Novembro de 2010
Daniel António Neto Rocha
(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 9 de Novembro de 2010 - disponível em podcast em Rádio Altitude)
quarta-feira, novembro 03, 2010
Pensalamentos #8
terça-feira, novembro 02, 2010
sexta-feira, outubro 29, 2010
segunda-feira, outubro 25, 2010
Pensalamentos #5
quinta-feira, outubro 21, 2010
Raios e mais raios para o Teixeira!
Ali está ele outra vez! Que Rufino! que salvador da pátria! Que preocupação com o país e com os empregos!
Enfim...
A única coisa que consegui balbuciar no meio de tanto sentimentalismo foi:
- Vai-te F+++R, hipócrita do C+++++O!
quarta-feira, outubro 13, 2010
Um milhão de razões para se acreditar nos bombeiros de Portugal
Guarda, 04 de Outubro de 2010
quarta-feira, outubro 06, 2010
sexta-feira, outubro 01, 2010
terça-feira, setembro 28, 2010
Espectáculo dos "Homens da Luta!" dará agitação à Guarda?
segunda-feira, setembro 20, 2010
sábado, setembro 11, 2010
Entrevista ao jornal A Guarda
1 – Quem é Daniel Rocha?
Sou um homem simples mas consciente dos valores que deveriam nortear a sociedade. Sou, também, um apaixonado pela Literatura e um amante das artes. E sabe que esta minha paixão pela arte faz-me ter consciência do mundo e de todos os seus intervenientes, originando em mim uma dialéctica bastante interessante e, ao mesmo tempo, tremendamente dolente, pois mostra-me que é cada vez mais difícil o mundo para as pessoas honestas. Sou, ainda, um homem que sonha com um estado de coisas sustentável e, espero não ser mal interpretado, com uma revolução séria que afaste de vez as sanguessugas do país, deixando espaço para aqueles que realmente querem servi-lo e não servir-se dele.
2 – Que ligação tem a Famalicão da Serra?
A minha ligação a Famalicão é, acima de tudo, familiar. A minha Mãe (Maria Julieta), a pedra basilar da minha vida, levou-nos, a mim e aos meus irmãos, para junto dos meus avós maternos em tenra idade e numa fase muito difícil para ela, pois ter três filhos e criá-los sozinha é algo só ao alcance de pessoas com uma força tremenda. Aí, a família e os valores que nela foram ensinados fizeram de mim o que sou hoje, com tudo o que tenho de bom e de mau. Sabe que aquilo de que me lembro mais, hoje em dia, é de alguns dias onde o meu Avô materno (o Zé Bico) assumia o papel de contador de histórias. Posso dizer-lhe que o meu gosto pela ficção e pela criação poética partiu desses dias. Depois, a Famalicão ligo-me pelo ar, infelizmente cada vez mais poluído, que por lá respiro e pelas pessoas amigas que lá guardo. Infelizmente, há um afastamento progressivo de que me tenho vindo a dar conta. Não vou alongar-me muito, pois poderia ser injusto, mas posso dizer-lhe que a concordância medrosa assente num compadrio doentio, que é tão vulgar em meios pequenos, me causa uma grave indisposição mental.
3 – Qual a sua ocupação profissional?
Profissionalmente sou Professor de Língua e Literatura Portuguesas, o vulgar Professor de Português, mas, dada a “estranha” capacidade de adaptação que tenho apreendido ao longo dos anos, tenho tido algumas experiências interessantes noutros campos.
4 – Como foi o seu percurso académico?
Olhe, nesta pergunta vai ter uma resposta possivelmente rara. Comecei por frequentar o jardim de infância que havia no Paço Episcopal, mas houve um dia em que não me deixaram ir ter com o meu irmão à sala do lado e fugi. Esta fuga era prenúncio de mudança e, pouco tempo depois, mudei-me com a minha mãe e irmãos para Famalicão. Aí, fiz então todo o ensino, que então me foi permitido fazer no conforto da aldeia. Deixe-me interromper a resposta para lhe dizer que sou completamente contra aquela treta de fazer com que crianças de 5 e 6 anos, numa fase importantíssima da sua formação mental, sejam forçadas (a bem não sei de quê, talvez de uma economia partidária!) a sofrer um afastamento violento do seu meio familiar! Bem, fiz ainda em Famalicão a antiga Telescola e não me arrependo nada disso, pois foram dois anos de ensino muito próximo por parte dos professores, ao contrário daquilo que se poderia pensar. Fui então para a Guarda e estive 6 anos no “Liceu”. Nessa altura, a mudança foi complicada, pois era só mais um aluno. Essa diferença entre o ser-se conhecido de todos e não ter ninguém que nos controle provocou-me um ligeiro desequilíbrio, mas dá sempre jeito ter uma família preocupada, pois rapidamente voltei aos “bons caminhos”. O Secundário foi muito interessante e profundamente enriquecedor, sendo um espaço de afirmação e de afinação de conhecimentos. A passagem para Coimbra e para o Ensino Superior foi facilitada por toda a exigência que os Professores do “Liceu” sempre tiveram comigo. Digamos que a grande dificuldade de Coimbra era, outra vez, a mudança de ares e a distância de casa. Coimbra era um sonho de criança e não o poderia perder. Assim, tentei “formar-me” no máximo de cursos e vivências possíveis. Nessa altura ainda não se imaginava “Bolonha” e a minha vida pautou-se entre a participação académica (integrei o Coral de Letras da Universidade de Coimbra e o Núcleo de Estudantes da Faculdade de Letras, fui representante dos alunos no Conselho Pedagógico da Faculdade e na Assembleia de Representantes, fui produtor do CD do Coral, participei na organização de colóquios, conferências e exposições, e muitas outras aventuras) e a minha formação, onde tive professores fabulosos que me ensinaram a acreditar nas potencialidades que tinha e a aplicá-las de forma séria e inovadora. Terminada a Licenciatura, continuei a colaborar activamente com o Instituto de Língua e Literatura Portuguesas e com o Centro de Estudos de Linguística Geral e Aplicada, através da itinerância de exposições e da edição de textos (disponíveis on-line). Depois de tudo isto e já mais recentemente, iniciei o Mestrado em Português como Língua Estrangeira e Língua Segunda, tendo já concluído a parte curricular, que espero concluir em breve. Em linhas muito gerais, é este o meu percurso académico.
5 – Quando surgiu o Projecto Sérgio Rocha e quais são os seus objectivos?
O Projecto Sérgio Rocha surgiu exactamente no dia 9 de Julho de 2006. Sabe que a morte do meu irmão foi algo que estilhaçou por completo família e tudo o que aconteceu a seguir, com o aproveitamento que muitas pessoas fizeram da sua morte, deixou-me alheado do mundo e da realidade. Daí que tentei ter o meu irmão junto de nós de todas as formas possíveis. O Projecto surge com a necessária consciencialização de que a única forma de o manter connosco era fazer aquilo que ele gostava de fazer com as pessoas que gostavam dele. Essa é a essência do Projecto! Os objectivos são simples e, ao mesmo tempo, ambiciosos. Um deles é mostrar que não é por não haver dinheiro disponível que se deixa de efectuar actividades. Outro é fomentar a actividade colaborativa e, assim, oferecer oportunidades de participação em acções de vários níveis a todos. Por fim, para não haver a ideia de existirem espaços e dinâmicas adormecidas, o Projecto tenta conjugar vários esforços que conduzam a um bem comum. Pensamos que, se todos derem um pouco daquilo de bom que têm sem estarem a contar com algum lucro, podemos fazer a diferença.
6 – Que actividades o Projecto Sérgio Rocha já promoveu e pretende realizar?
A actividade em que o Projecto tem investido mais profundamente é na Jornada de Análise ao Incêndio de Famalicão. Como é óbvio, não seria possível realizar este seminário sobre combate a incêndios e segurança em combate a incêndios sem a colaboração do Professor Xavier Viegas e da equipa formativa do Centro de Estudos Sobre Incêndios Florestais, e da divulgação nacional feita pelo Portal Bombeiros.pt. Esta actividade é, só, a única do género que se realiza na Europa. Aliadas a esta actividade e aproveitando as infra-estruturas de Famalicão, já realizámos concertos e sessões de cinema (as primeiras a serem efectuadas na Casa da Cultura de Famalicão), inovando as actividades que são apresentadas à comunidade. Outra actividade que obteve muita adesão foi o Concurso de elaboração do logótipo do Projecto e que envolveu alunos da Escola Profissional da Guarda. O futuro é ambicioso e o Projecto quer inovar. Para já, estamos já a preparar condignamente a Jornada de Análise de 2011, onde vamos tentar ter o apoio das entidades políticas e da protecção civil da cidade da Guarda que se têm mantido afastadas, talvez por nossa culpa, desta actividade. E depois tenho um sonho de que o meu irmão gostaria imenso: o aparecimento de uma Orquestra Sinfónica na Guarda. Esta é uma realização que é, hoje, possível se as várias “vontades” da Guarda o quiserem. Utopia? Penso que não. Há espaços físicos, há entidades que ensinam música e diversos instrumentos, há instrumentistas locais que andam pelo país e que, decerto, não enjeitariam uma participação nesta Orquestra. Sim, seria necessário investimento financeiro, mas penso que seria facilmente rentabilizado. Olhe, tenho este sonho e um destes dias vou lançar o desafio às pessoas que poderão ajudar-me a realizá-lo.
7 – Como e quando surgiu a sua ligação aos Bombeiros de Famalicão da Serra?
A minha ligação aos Bombeiros surgiu em 1998, aquando da formação da Secção dos Bombeiros de Gonçalo. A entrada para os Bombeiros foi, na altura, uma mobilização de todos os jovens que pensavam fazer algo pela sua aldeia e pela comunidade.
8 – O que pensa da criação da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Famalicão da Serra?
Esta é uma pergunta difícil. Não pense que não fiquei agradado com a sua criação, mas preferia que o tivesse sido noutras circunstâncias. A minha interpretação é que a criação da Associação pretendeu dar-nos a capacidade de regularmos o nosso próprio crescimento, pois a relação com a casa-mãe não estava a funcionar da melhor maneira, e dinamizarmos de forma positiva a nossa integração como voz audível no distrito. O que outros pensam é que foi uma tentativa de o governo calar alguma rebelião que se levantou na altura pelas circunstâncias que rodearam o acidente. Confesso que não posso deixar de dar alguma razão a estes, pois houve muita gente a colher os louros desta criação. Infelizmente, a autonomia ainda não alterou velhos hábitos nem mentalidades, logo a minha interpretação parece ser errada.
9 – Considera preocupante aquilo que acontece todos os anos, nos meses de Verão, no que se refere aos incêndios?
Considero muito preocupante o que acontece todos os anos, sim, mas não me espanta nada. O problema é que as entidades políticas e judiciais são responsáveis por este estado de coisas. Porquê? As entidades políticas criam uma embalagem interessante e cheia de leis muito positivas, mas não aplicáveis aos amigos. As entidades judiciais aplicam a lei, não fazendo investigações aprofundadas, e servem unicamente para desculpabilizar os amigos dos políticos e, talvez, de outros entes judiciais. Dou-lhe um exemplo simples: em 2006 aconteceu o que aconteceu e, da parca e mentirosa investigação judicial que se fez, concluiu-se que tinha havido negligência; como todos sabemos, um incêndio com origem negligente é punido por lei; o governo criou um spot televisivo onde se fazia alusão a essa negligência e houve um movimento de empresas que criou vários materiais relativos a essa negligência; no final de contas, os autos reconhecem a negligência e desculpabilizam-na, e o governo retira o spot de “circulação”; logo, a lei não é aplicada. Se a lei não é aplicada uma vez, haverá motivo para ser aplicada em situações semelhantes? Penso que não o deverá ser e preocupa-me isso.
10 – Em sua opinião, o que é que devia ser feito para diminuir o número de incêndios florestais?
Existem alguns factores que são determinantes no combate aos incêndios: as condições atmosféricas, o combustível e o dispositivo de combate. O primeiro não é passível de controlo de maneira nenhuma. O segundo depende dos proprietários dos terrenos e sabemos que existe uma total falta de responsabilização de proprietários e dos seus actos. O terceiro é aquilo que todos nós quisermos fazer com ele. Assim, penso que há três apostas que alterarão o cenário que é montado todos os anos: uma real aplicação da lei, sem favoritismos e sem desculpabilizações, fazendo com que quem arrisca o comportamento negligente opte por não arriscar; uma prevenção efectiva assente na distribuição de meios de combate pelos corpos de bombeiros das zonas mais afectadas pelos incêndios (sabe que não é possível que a corporação a que eu pertenço continue unicamente com uma viatura ligeira de combate a incêndios e ninguém se preocupe com isso); e, como medida eficiente e algo utópica no combate aos incêndios, a criação de grupos de reforço (GRIF’s) distritais assentes no voluntariado, ou seja, a aquisição por parte da protecção civil de veículos de combate que possam estar situados ou estacionados junto dos Centros Distritais de Operações de Socorro e que, em situações de emergência, possam ser accionados pelo recurso a bombeiros que não estejam integrados nas Equipas de Combate (ECIN). Sabe que eu acredito que os problemas que nós vamos ter com os incêndios justificam investimentos elevados, tal como o investimento nas Forças Armadas.
(Entrevista publicada no Jornal A Guarda - do dia 09 de Setembro de 2010)
quarta-feira, agosto 18, 2010
Livro "Cercados pelo fogo - 2"
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Caso vivam na Guarda ou no Distrito e estejam interessados em comprar o livro do Professor Domingos Xavier Viegas, "Cercados pelo fogo - 2", podem fazê-lo junto de mim, pois tenho alguns exemplares que o Professor deixou comigo para facilitar a venda. Caso o desejem, contactem-me pelo meu e-mail: danielroc@gmail.com .
A capa do livro é uma foto do incêndio de Famalicão da Serra.
segunda-feira, julho 12, 2010
terça-feira, julho 06, 2010
O que se vai passar em Famalicão da Serra nos dias 9, 10 e 11 de Julho...
Programa
- 19h: Celebração Eucarística
- 21h: Filme - Mar de chamas (“Backdraft”, de Ron Howard)
09:30 – Sessão de abertura (C. Rossa)
09:45 – “CEIF: Um programa de investigação sobre Incêndios Florestais”
10:15 – “Catástrofes causadas pelos Incêndios Florestais: Austrália 2009”
10:45 – Coffee break
11:15 – “Os ensaios laboratoriais como ferramenta na formação sobre
11:45 – “A investigação de acidentes: lições para a Vida” (C. Rossa)
12:15 – Almoço
14:30 – “Staff-ride: Visita de estudo ao local do acidente”
17:30 – Final das Jornadas
Oradores:
Carlos G. Rossa, PhD Engenharia Mecânica (CEIF/ADAI - Universidade de Coimbra)
David A. Davim, Lic. Engenharia Florestal (CEIF/ADAI - Universidade de Coimbra)
Ricardo F. Oliveira, Lic. Geografia (CEIF/ADAI - Universidade de Coimbra)
- 16h: Filme - Brigada 49 ("Ladder 49" , de Jay Russell)