segunda-feira, outubro 14, 2013

Crónica Bombeiros.pt – Bestas não, mas pouco sérios sim!

1. As palavras fogem quando a vontade de as aprisionar na velha folha de papel gasto é maior do que o próprio sentido daquilo que foi acontecendo nos últimos meses na nossa comunidade de bombeiros. E, não, não estou a falar daquilo que a sociedade pensa de nós e que alguém já caracterizou, numa linguagem mais térrea do que a minha, como uma espécie de passagem do oito ao oitenta, regressando depois ao oito. Estou, sim, a referir-me ao nosso (e estou a apontar directamente para cada um dos senhores leitores e para mim próprio!) vício tremendo de sermos os maiores lá no bairro e, quase de certeza, no universo inteiro. Sim, porque nós somos os supra-sumos que não foram apanhados pelas chamas e que, desengane-se quem disser o contrário, nunca o seremos, pois, como num golpe de magia, seremos sempre safos pela nossa experiência e pela nossa capacidade de estarmos fora do lugar errado à hora certa. E, mais ainda, nós somos aqueles que nunca erraram, pois as nossas decisões podem ter sido, e isso sim, mal interpretadas por aqueles (os ignorantes e inexperientes e… sim, traumatizados!) que acabaram por vir a morrer ou a ficar feridos. É que nós, os que tudo sabem e a quem quase nada passa ao lado, podemos sempre falar e especular à confortável distância dos problemas. Já os outros, os que ficam feridos e hão-de, talvez, não perceber bem o que se passou porque afinal tudo correu bem, vão por certo compreender a sorte que tiveram em ficar vivos e querem é esquecer e não voltar a olhar para aquela direcção que lhes deixou cicatrizes e uma má recordação, mas irão, por certo, ser agraciados com as palmadinhas de quem lhes há-de dizer que se não fosse a forma como actuou e teve sangue frio não teria saído dali, avisando-o, contudo, que a culpa foi toda dele. E há ainda os que nunca vão ter hipótese de ler esta crónica e que nunca irão poder analisar nada daquilo que aconteceu e que nunca mais serão lembrados porque a sua memória nos poderá causar algum tipo de insónias por aquilo que não fizemos ou não soubemos fazer. Sim, nós, enquanto comunidade de bombeiros parecemos unidos mas não o somos, porque se cometemos um erro havemos de o querer empurrar até nos sair da vista e cair nas mãos de um dos nossos que até tem o azar de não se saber defender e de ficar com um problema nas mãos, mesmo se estivesse a quilómetros de distância do sítio onde ele aconteceu. Sim, porque nós, bombeiros portugueses, antes que alguém nos diga o que na realidade aconteceu num qualquer acidente, já sabemos que os nossos camaradas foram azelhas, burros, ignorantes e todos os outros adjectivos que lhes manchem o nome ou a, em alguns casos, memória. Sim, porque para nós é mais importante mostrar que sabemos algo do que perceber aquilo que efectivamente aconteceu e, neste ponto, mostramos que toda a nossa vocação é unicamente destruir o outro. 

2. Porque lhes digo isto com uma carga de ironia tão acentuada? Porque é impressionante como no nosso universo se criam histórias mirabolantes para acusar os outros de algo que nem sabemos bem como aconteceu ou para nos descolarmos de algo que efectivamente aconteceu sob a nossa responsabilidade. E é este o ponto que mais me importa ressalvar. Estaremos nós a educar as nossas hostes com o devido respeito pela incorporação da responsabilidade? Estará a nossa vocação de bombeiros preparada para assumir sobre os ombros o peso responsável das nossas próprias decisões? Deixo esta reflexão à vossa consideração. 

3. E chegamos por fim àquele momento quase “zen” em que olhamos para factos que fazem parte do mundo surreal das esferas mais elevadas dos bombeiros. E, como penso que fica sempre bem, este momento pertence por inteiro ao senhor Presidente da Liga. É que estou neste momento perante um imenso dilema que é quase trágico mas que também é cómico. Gabriel García Márquez, escritor colombiano e um dos galardoados com o prémio Nobel da Literatura, publicou em 1961 um dos romances que me vêm à memória todas as vezes que penso no senhor presidente. Chama-se “Ninguém Escreve ao Coronel” e relata a vida de um Coronel na reforma que espera ansiosamente pela chegada de uma carta. No maravilhoso jogo de contrários que a nossa comunidade de bombeiros permite, este romance serviu de ponto de partida para eu inverter esta história e para poder lançar aqui uma questão em jeito de provocação consciente que espero não seja mal percebida pelos adeptos sportinguistas. A minha dúvida é esta: se quiser escrever uma carta ao senhor Comandante, onde é que ele a poderá receber e dar resposta? Já tentei para a Rua Eduardo Noronha e não obtive resposta. Será que tenho de a enviar para o Estádio de Alvalade? 

Famalicão da Serra, 14 de Outubro de 2013 
Daniel António Neto Rocha

 
(Texto publicado e disponibilizado no Portal Bombeiros.pt no dia 14 de Outubro de 2013)

domingo, outubro 13, 2013

Acordos na Guarda? #19 - apostas

Amanhã ou depois, quando conseguir os dados todos que pretendo, irei por aqui tentar colocar as minhas previsões (ainda bem que falham) para os pelouros que Álvaro Amaro, Carlos Monteiro, Ana Isabel, Sérgio Costa e Victor Amaral vão assumir, querendo ou eles ou impostos pelo novo Presidente. Penso que nenhum dos Vereadores Socialistas irão ter direito a pelouros, até pelo exemplo anterior de Amaro como Presidente da Câmara de Gouveia. Por isso, será interessante perceber aquilo que cada um destes novos responsáveis pelos destinos da cidade terá em mãos para resolver. Já tenho as minhas apostas feitas, mas quero primeiro tirar uma dúvida a limpo.
Para já, se quiserem ir dando a vossa opinião... força! Têm é de se identificar!

Pensalamento #137 - o medo

e o medo
sombrio
regressa feroz

e o medo
e o amanhã
toldam a mente

e o medo
amanhã

sábado, outubro 12, 2013

Os Maias, com a visão de João Botelho

Parece-me que, e ao fim de muito tempo, haverá em Portugal um filme ou série (mesmo que em 4 episódios) que poderá ser um bom instrumento de divulgação do livro "Os Maias", de Eça de Queirós. Digo em Portugal porque no Brasil já foi feito um excelente trabalho de divulgação de "Os Maias", nomeadamente através da Rede Globo.
João Botelho, o mesmo que criou o "Filme do desassossego", a partir dos textos do "Livro do Desassossego", de Bernardo Soares (semi-heterónimo de Fernando Pessoa), meteu mãos à obra e parece que irá voltar a surpreender-nos com o tratamento cinematográfico de um grande livro
Eu estou muito curioso para ver o resultado final deste trabalho e lá terei de me contentar em esperar quase um ano.

Pensalamento #136 - pensar

pensar
o vazio

sexta-feira, outubro 11, 2013

Coimbra: TEUC um pouco menos às escuras?

Gostei de ler esta pequena comunicação por parte dos responsáveis do TEUC. O diálogo ainda é um princípio norteador que deve ser cultivado como forma de chegar a respostas concretas e à resolução de problemas. Espero que se chegue a um bom final!

Ontem foi um espectáculo memorável. Foi arrepiante sentir o público connosco daquela forma. MUITO OBRIGADA!
O VITRAL começou com o ruído da palmas a ecoar no Teatro de Bolso às escuras. A plateia contava com a Exma. Vice-Reitora para a Cultura, Prof. Doutora Clara Almeida Santos e todos os organismos autónomos da associação académica da Universidade de Coimbra.
No final, às escuras ainda, o espaço abriu-se para a voz do GEFAC e do CITAC que com as suas lanternas comunicaram o apoio ao TEUC, bem como o desagrado com a situação vivida pelos organismos autónomos desta academia.
No final a Exma. Vice-Reitora comunicou-nos que estava aberta a uma conversa com os organismos. Juntos, no Teatro de Bolso, falámos quase até à uma da manhã. Foi um primeiro passo, que na verdade foi apenas mais uma conversa informal e não vinculativa, já que continuamos a não saber como será resolvida toda a precariedade das condições facultadas.
Hoje pelo fim da tarde recebi um telefonema por parte da vice-reitoria para as instalações, em que foi garantido que este assunto está a ser tido em consideração e que haverá de facto uma audiência com o Exmo. Vice-Reitor para as Instalações Prof. Doutor Vítor Murtinho, entidade a quem o Reitor delegou esta questão.
Aguardamos esta audiência, não baixamos os braços e o VITRAL continua em cena (às escuras) até domingo, por respeito ao nosso público que nos tem dado todo o apoio.

Rafaela Bidarra

Pensalamento #135 - frio

sentir
com o frio de um dia quente
a mágoa real 
de não poder valer
a outro

quinta-feira, outubro 10, 2013

A força dos homens (4)

Sou um daqueles que trazem diariamente na mente os quatro amigos que se mantêm no hospital, depois de terem tido uma terrível provação no combate a um incêndio. O Filipe, o Albano, o Quim e o Valter estão a recuperar, lentamente, mas a conseguirem fazer com que o sorriso de tanta gente que gosta deles volte a ser uma presença real, mesmo que momentâneo ou preocupado. O caminho deles, em diferentes graus, ainda irá ser longo, mas aqui estamos para eles e para o que for preciso. Depois de ter estado com o Filipe e com o Albano no hospital da Guarda, confesso que as maiores preocupações se centraram naqueles que ainda não vi. Desses, lá fui sabendo notícias por vezes cruéis e outras vezes mais animadoras. Ainda com um nó na garganta, lá fui sabendo que o Quim está a recuperar e espero em breve dar-lhe um abraço. Mais longe, lá no Porto, está o Valter que é o motivo de pensamento de uma aldeia e de um conjunto enorme de homens e mulheres. É ele que nos tem preocupado mais e por quem as nossas orações têm sido mais fortes. E é por isso que o seu "acordar" nos deu a nós, também, um pouco mais de alento e de esperança num retorno em segurança. Eu quero, muito em breve, lembrar-lhe através de um abraço que é o seu exemplo de luta e de vontade em regressar a casa que faz com que todos nós, hoje, estejamos com um sorriso mais aberto do que ontem. Eu estou à espera de todos, tal como todos aqueles que me rodeiam.
Enfim, todos estes nossos homens valorosos estão a percorrer um caminho difícil e demorado que todos nós, que os queremos de volta, iremos tornar mais agradável através do nosso espírito de amizade e de entreajuda!

Pensalamento #134 - nobel

vender-se-ão 
os livros 
como bolas de berlim 
nos ajuntamentos estivais
mas
ler-se-ão 
os livros
com a ânsia 
de quem
parece aspirar
ali
a compreender
verdadeiramente
a vida?

Fonte segura: o Prémio Nobel da Literatura 2013 vai para...

... Picasso!

Sei de fonte segura que algum vencedor há-de ter este Prémio Nobel da Literatura 2013. Os nomes apontados pelas apostas inglesas são muito curiosos e muito desconhecidos para mim, tirando alguns casos gritantes de presença contínua nestas listas.
Como estou tão curioso para saber quem levará para casa o "dinheirito" que estes reconhecimentos envolvem, vou dar uma volta e comprar comida ao Picasso! Sim, porque a ele a literatura é meramente um assunto do "dono" e um cão tem sempre um apetite voraz. O meu Picasso é um cão e, naquilo que me diz respeito, ele é bem mais importante do que aquele ou aquela que hoje vir a conta mais "gordinha"!

Até mais logo!

P.S. - Claro que este dia é de imensa pressão para as editoras comerciais e que não ligam patavina à literatura, pois podem estar perante um encaixe financeiro repentino de alguns milhares de "petiscos" económicos!

quarta-feira, outubro 09, 2013

Atitude Crónica - a Guarda como centro



Em fase de acabamentos e de revisão. Em breve estará em pré-venda!

Projectos com pedras metafóricas dentro

Há, nestes dias que passam, o regressar de um projecto que esteve a amadurecer na gaveta. Hoje, num café muito agradável pela manhã, vi a surpresa que se vai juntar a estas pedras que andei a perseguir. Uma surpresa de que gostei muito e que já reservei em meu nome. Vamos ver se, como minha prenda de Natal, consigo pôr cá fora o livro de crónicas, já anunciado, e este livro de poesia.
Agora vou trabalhar!

terça-feira, outubro 08, 2013

Pensalamento #133 - o vazio da resposta

um vazio
oco
transparente
quase inexistente 
(semanticamente prestando atenção)
onde o eco
cortante
e sonoro
ocupa 
o espaço
ingrato e 
absurdo
com a esperança de
um preenchimento
leve 
e efémero

lição:
raios para a metáfora!

segunda-feira, outubro 07, 2013

Pensalamentos #132 - falha

falhámos
a sociedade
falhámos 
a civilização
e
parafraseando em parte Ega
falhámos 
a vida
meninos

Pensalamentos Emprestados #13

"Só digo que as pessoas tornam a vida muito pior do que tem que ser e, acreditem, já é um pesadelo sem a ajuda delas. Mas no conjunto, lamento dizer, somos uma espécie falhada."

(Boris Yellnikoff, personagem de "Whatever Works", Woody Allen)

domingo, outubro 06, 2013

Pensalamentos #131 - desilusão


Conclusão:

por tudo isto e por nada mais
abrigámos os dias passados
gloriosos alguns
debaixo de uma capa de esquecimento

enquanto
por caminhos dirigidos ao futuro
um vil apagamento se apoderava de mim
e de tudo aquilo que poderia fazer

finalmente
apercebi-me de que a morte
ainda que distante
era o único elemento
que me dava vida

sábado, outubro 05, 2013

A força dos homens (3)

Passo a passo, lentamente como se quer, a força dos homens vai sendo recompensada e as notícias são encorajadoras. Ainda há um longo caminho a percorrer, mas cá estamos para vos dar a mão e a nossa amizade. Estamos aqui!

Coimbra: TEUC às escuras?

Devido a um conjunto de factores que dariam origem a um ensaio sobre a integração coimbrã e suas variantes, nunca entrei ou visitei as instalações do Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC) com o propósito de integrar a sua equipa de actores. No entanto, a minha grande paixão artística quando entrei para a Universidade era mesmo o teatro. Estive até, só devido às exigências (data de realização de pré-requisitos) de então o não fiz, para ir para Évora onde poderia ter cumprido esse sonho de ser actor. Águas passadas... adiante! O TEUC é um dos grandes nomes culturais de Coimbra e um dos palcos iniciáticos de alguns dos grandes actores portugueses do meio teatral. Isto, por si só, não tem validade? Claro que tem! Por isso penso que é importante focar com atenção um comunicado revelado por este grupo teatral e tentar perceber o que se passa. 
O comunicado é este:

No dia 7 de Outubro o TEUC estreia a sua nova co-produção com o Projecto D - VITRAL.
Ironicamente esta estreia e a respectiva temporada vão realizar-se às escuras. A razão destas circunstâncias prende-se com os cortes que o TEUC tem vindo a sofrer nos apoios por parte da universidade de Coimbra e instituições a ela agregadas (AAC e SASUC). Primeiro cortaram o apoio financeiro, depois o apoio logístico, e finalmente a iluminação.
Não nos restando nenhuma outra hipótese, estreamos às escuras.

Percebemos bem as contingências a que todo o país está sujeito. Todavia, não nos conformamos com cortes cegos, não justificados e camuflados em redes de autorizações burocráticas. Assistimos a um estrangulamento que vai levar à extinção do Teatro Universitário.
Neste contexto é importante perceber que o TEUC é o grupo de teatro universitário mais antigo da Europa em actividade contínua, comemorando este ano o seu 75º aniversário, e pelo qual passaram inúmeras figuras do panorama cultural português. A actividade do TEUC e as suas propostas são reconhecidas por toda a parte mas nunca pela sua cidade. As instituições de Coimbra têm progressivamente deixado de apoiar as nossas actividades subsistindo apenas com o apoio anual da Fundação Calouste Gulbenkian.

Pensamos ser nosso dever dar conhecimento público desta situação e da nossa indignação.

Grata pela atenção,
Pela Direcção do TEUC,
Rafaela Bidarra

Perante este comunicado fiquei algo preocupado com o que se passa em Coimbra e com a falta de unidade académica que isto pode revelar. A sala do TEUC funciona nas instalações da Associação Académica de Coimbra (AAC) e, sendo um organismo autónomo, terá um contrato que lhe dará deveres e direitos de usufruto do espaço. A questão que eu coloco é esta: será que, não havendo dinheiros, a direcção da AAC ou a própria Reitoria não conseguem perceber a importância que este grupo carrega? É que não é só uma questão de história passada mas também uma questão de história futura.
Como não quero ser tão papista como me parece que estará a ser alguém em todo este processo, cabe-me apenas referir que irei acompanhar com redobrada atenção este caso. É que, no meu tempo de dirigente associativo em Coimbra, no Coral de Letras da Universidade de Coimbra (CLUC), estas questões eram resolvidas com um diálogo entre as partes e com o superior interesse das várias partes a ser salvaguardado. Mas talvez a importância da cultura e, especificamente, da cultura centrada nos estudantes esteja a agonizar por terras que são, na base, o centro onde nasceu muita da da cultura portuguesa. 

sexta-feira, outubro 04, 2013

Pensalamentos #130 - bem-comum

ter a plena noção de que o mundo é grande demais para o bem-comum

Acordos na Guarda? #18 - nova Câmara

Mais do que as palavras da campanha, estou agora na expectativa de ver como resolverá Amaro a questão dos pelouros camarários. Não querendo, para já, tecer qualquer juízo de valor sobre algo que ainda não conheço, estou curioso para saber quem ficará com as obras públicas e com as áreas da cultura e da educação. Por um lado, porque as obras públicas sempre obedeceram à lei da proximidade, ou seja, a obra era para o que fosse mais amigo. Como vai ser agora? A área da cultura e da educação interessam-me por uma questão de gosto pessoal. Neste campo, a pergunta para a cultura é: haverá a continuação da aposta na criação e nos criadores locais ou haverá o fechamento nas associações? Na educação: haverá a defesa de um ensino preocupado com a evolução ou, à laia daquilo que se faz por muitos sítios, faremos apenas o essencial para que os pais não chateiem? Vamos ver, efectivamente, o que o futuro nos traz!

Pensalamentos #129 - basta

ganhar inimigos?
basta
respirar bem

quinta-feira, outubro 03, 2013

Olhar a Educação: "A importância do professor tutor no percurso académico"

Há alguns anos, como proposta conjunta que podem ler aqui ("Projecto Pedagógico de Ensino do Português"), propusemos algo que agora (ver o artigo "A importância do professor tutor no percurso académico" aqui) alguns investigadores da Universidade de Coimbra comprovaram através de estudos: a importância da existência, nos dias que correm, de um professor tutor. A nossa proposta, especificamente este ponto, era um olhar novo para o ensino profissional, tal como nós, a Liliana Verde e eu, o imaginávamos então e, penso-o, continuamos hoje a imaginar. Este trabalho deu origem a um artigo mais reduzido: "Re(com)pensar o Ensino do Português – Proposta para um Projecto Pedagógico no Ensino Profissional". In: Cadernos do E.C.B. n.º 3. – Benedita: Instituto N.ª Senhora da Encarnação, Fevereiro de 2010. – p. 85 a 98. 
Gosto de ver este tema na ordem do dia, pois é um mecanismo essencial para recuperar algum do tempo perdido ao nível do nosso ensino e dos crimes cometidos contra ele.

Pensalamentos #128 - novidade

e em pleno
a novidade cumpre-se
destruindo-se
abrindo
o espaço
à outra 
novidade
perpetuando o movimento
e o ciclo
dos novos olhares

quarta-feira, outubro 02, 2013

Pensalamentos #127 - amizades

vêem passar 
em alarido visual
os outros a quem não falam
falando então
por vergonha ou não?

esquecem tudo
ou são levados à amnésia
o dinheiro é tudo
e pouco mais

as sombras amedrontam
e a luz
que querem apagar
lá vai andando
por aí
a deambular

terça-feira, outubro 01, 2013

segunda-feira, setembro 30, 2013

Acordos na Guarda? #17 - notas finais sobre a eleição

"Sem espinhas!" É esta a expressão que me apraz lembrar como pequeno comentário inicial ao resultado, para mim surpreendente, mas nada inesperado, das eleições para a Câmara Municipal da Guarda. Penso que as leituras que possam fazer a crónicas, que apresentei na Rádio Altitude e que aqui publiquei, às quais chamei de "Crónica dos caminhos para as autárquicas 2013", em três partes ( parte 1, parte 2, parte 3 ), podem ajudar a perceber esta minha introdução.
Ao longo destes meses houve uma clara e preocupante (para quem olha para um partido enquanto unidade de valores e ideologias) desagregação do Partido Socialista guardense. Nas crónicas e comentários que fui fazendo neste blogue apresentei algumas das razões que eu penso que podem explicar essa desagregação, mas a principal (ou única) será a desintegração da malha de interesses (o que é bem visível no ódio que alguns "notáveis" assumiram contra o partido que lhes deu nome) pessoais. E aqui vejo eu uma vitória (pequena, é um facto) para o PS que vier a surgir após esta queda: a limpeza está feita e não acredito que "estes arredios de agora" voltem, pois todos perceberíamos que seria a tentativa de voltar a montar a "tenda". Por isso, esta derrota pode fazer bem ao PS.  
Pena que o Mário Martins tenha sido apanhado nesta conjuntura política desfavorável, pois poderia ter sido um elemento de valor acrescentado para um executivo que tem de fazer na Guarda uma espécie de reorganização de muitos dos sectores estratégicos.
O vencedor Álvaro Amaro... pois bem, apetece-me citar-me "(...) Amaro é o representante quase profissional da mudança, só não sei se positiva se negativa, pois são estranhos os interesses guardenses na defesa de uma iniciativa, mas como última etapa da vida política quererá ele construir em vez de destruir, e isto pode ser importante para a definição de uma política e para a decisão do eleitorado." E estou certo que ele irá empurrar as coisas para que sejam positivas.  Acredito que as rendas e dádivas que eram oferecidas a muitos quintais da cidade vão terminar. E, sim, a sua equipa terá de se adaptar a uma situação nova e complicada, pois vícios e manias implementados são factores que emperram qualquer ideia. Mas, faz bem a mudança! Novas ideias, novas formas de actuar e um novo dinamismo que, seguramente, irá substituir o "piloto-automático" que já não era capaz de inovar.
Enfim, eu fiquei, volto a dizê-lo, muito surpreendido com esta vitória estrondosa e sei que Álvaro vem para a Guarda com uma confiança eleitoral que nem ele deveria ter julgado possível. O que só lhe vem trazer um acréscimo de responsabilidade, pois as pessoas/eleitores parecem acreditar que ele pode, ainda, salvar (não sei se é um termo demasiado exagerado) um concelho e liderar um distrito, dando-lhe todas as armas para o fazer.
Recomendação humilde aos vencedores, se me é permitido fazê-lo: não se acabe com o que está bem feito e bem dirigido, em termos camarários, para enveredar numa qualquer aventura imprevisível.

sábado, setembro 28, 2013

Pensalamentos #124

escolha
criteriosa 
entre o vazio
e o inexistente

Acordos na Guarda? #16 - nota quase final (actualizado)

Há, nestas eleições na cidade da Guarda, alguns factos curiosos que não foram referidos ou, se o foram, devem ter sido ditos baixinho não fosse o diabo tecê-las. 
Um desses factos é o caso da participação massiva de independentes nestas eleições, alguns dos quais foram desenterrados propositadamente para estas eleições e outros entenderam ser a altura certa para se declararem, fervorosamente, à virgem não partidária. Dentro destes, há o caso daqueles que desde sempre ligados aos partidos tiveram alguma participação no debate público, expondo, no entanto, ideias dos partidos. Foi curioso ouvi-los e vê-los a dizerem quase a mesma coisa sobre os "outros" que, já não sendo os "outros" iniciais, passaram a ser os "outros" actuais e, possivelmente, não serão os "outros" futuros, pois os "outros" actuais podem bem vir a ser outra vez os "outros" iniciais. Mas... vejamos outros filmes! Depois destes há os que descobriram que existia participação pública e que era salutar a exposição pública das suas ideias com estas eleições. Pena que só o tenham feito com a pretensão de alcançar o "tacho" dourado que ferve as águas mornas da preguiça. Pena, também, que estes, agora, se sintam mal por ter terminado o debate público que iniciaram. Mas... e se, agora, começarem a trazer para a praça pública as ideias independentes que, ao que parece, tanta e tão fecunda discussão geraram? A opinião pública é um dever de todos os cidadãos, sim, mesmo sem estarmos em alturas de eleições, sabiam?
Um dos outros factos, e que me preocupa fortemente, é o pouco investimento político que se fez ao nível das listas naquela que todos os candidatos principais reconhecem ser uma das principais áreas de investimento concelhio (eu diria mesmo a mais importante!): a cultura! Observadas as listas dos dois principais candidatos (Amaro e Igreja) é curiosa a posição daquele que é o candidato a vereador mais relacionado com a cultura: quinto lugar! O Victor Amaral, o meu conterrâneo que me surpreendeu ao apresentar-se nestas eleições, surge num lugar que (dadas as sondagens) não lhe permitirá entrar na vereação. No lado do PS não consigo perceber (honestamente!) quem pode representar a cultura. Logo, parece-me que estamos muito mal, meus senhores, quando deixam de lado a área que representa o potencial diferenciador e enriquecedor que a Guarda adquiriu ao longo de vários anos. Mas... ainda temos o Mário Martins, da CDU, que pode ser a voz que traga essa marca.
Por fim, deixem-me dizer que estas são as eleições que apresentam mais candidatos dos quais não conhecemos uma qualquer ideia ou um qualquer assumir de opinião na praça pública (salvaguardando os cabeças de lista, claro!). Dado esse facto, é difícil perceber o que trarão à Guarda os novos protagonistas políticos.

P.S. - Continuo a pensar que a vitória, dadas as últimas ocorrências, será do PS com uma pequena vantagem sobre o PSD/CDS-PP (talvez a vantagem mais escassa de sempre). A CDU será, para mim, a força política que virá em terceiro lugar.  

P.S. 2 - Há muitas interpretações a fazer sobre este meu post e é por causa de uma dessas interpretações feita por um amigo (que me foi comunicada e com a qual concordo em parte) que quero aqui fazer uma pequena nota: não fiz aqui qualquer comentário sobre a importância cultural dos cabeças de lista, porque, na minha modesta opinião, não os vi como elementos que podem tomar para si a pasta da cultura. No entanto, concordei com a interpretação e, alargando o meu raciocínio aos cabeças de lista, é óbvio que o PS terá feito, através da experiência de Igreja como vereador da cultura de anteriores elencos camarários, um investimento forte (caso ele assuma mesmo a pasta da cultura) naquela que é a área principal para o desenvolvimento do concelho e da região. Sim, penso que este esclarecimento fica bem para que as ideias que vão sendo lidas não sejam mal entendidas!  

quinta-feira, setembro 26, 2013

terça-feira, setembro 24, 2013

Hospital privado ajuda bombeiros!

A resposta foi rápida e meritória. 

IdealMed Unidade Hospitalar de Coimbra Boa tarde Daniel António Neto Rocha, o post continua visível na nossa página, publicado no dia 31 de Agosto. A cronologia do Facebook por vezes não permite visualizar imediatamente todos os posts, mas se pesquisar o mês de Agosto, o referido post surge, da mesma forma que foi publicado. A mensagem da IDEALMED mantém-se, tal como anunciado nesse mesmo post. Obrigado

Fui procurar e aqui está

O meu agradecimento e o meu pedido de desculpa por ter, em parte, julgado mal a empresa hospitalar!

Hospital privado ajudava bombeiros e agora já não?




É daquelas "coisas" que acontecem e que podem ser ou não verdade. No passado dia 31 de Agosto um hospital privado, IdealMed Unidade Hospitalar de Coimbra, lançou uma campanha onde, palavras deles:

"Numa iniciativa de solidariedade para com os Soldados da Paz, a IDEALMED irá entregar cinco cêntimos por cada novo like na nossa página de Facebook. A IDEALMED acresce à presente Campanha a oferta de todos os serviços de saúde necessários à recuperação de bombeiros feridos em serviço."

Curiosamente, hoje voltei à página do facebook deste hospital, onde foi feito este anúncio, e já não encontrei nada! Então fiz uma pesquisa e encontrei (valha-nos esta internet que tudo guarda) este sítio que me provou que eu não estava maluco e em que alguém responsável responde a alguém com estas palavras:

[IdealMed Unidade Hospitalar de Coimbra] - Boa tarde P F C. Convidamo-lo a ver posts anteriores onde evidenciamos todo o nosso compromisso com diferentes causas sociais. A Idealmed considera sua obrigação a participação civica em diferentes iniciativas, sendo justa toda e qualquer ajuda que possamos aportar aos nossos Soldados da Paz. Assumimos publicamente a oferta dos tratamentos necessários à recuperação dos Bombeiros feridos, bem como a ajuda financeira como contributo para a melhoria possivel das condições de trabalho. Acreditamos que Todos juntos poderemos fazer a diferença, ajudando de forma genuina quem necessita, aproveitando para convidar todas as outras instituições, publicas e privadas, a fazerem o mesmo. Obrigado.

Não quero fazer más interpretações, mas espero, sinceramente, que esta empresa não tenha voltado com a palavra atrás. Já fiz um pedido de esclarecimento na página e darei eco dele. Mas vou ficar muito atento e, caso seja necessário, farei com que esta possível mentira chegue ao sítio certo!
Peço-vos também que estejam atentos a este caso.

Repentes #36 - a humanidade portuguesa

Bem sei que muitas das acções são pequenas gotas de água num oceano de necessidades por parte de quem, de facto, fica dependente de algo, mas é de louvar os movimentos de apoio a quem de um momento para o outro ficou em dificuldades. Daí que fico muito esperançoso num futuro melhor quando vejo que nos homens e mulheres comuns de Portugal existe um espírito de humanidade que os leva a ajudar o outro. Neste caso, é muito bom reparar nos movimentos espontâneos que vão surgindo e que pretendem de forma desinteressada ajudar bombeiros que ficaram feridos durante os vários combates a incêndios. É um gesto que não tem valor, pois é superior e extremamente digno! Gosto muito de ver que há gente preocupada com quem trabalha para defender as pessoas de perigos extremos e que durante o ano se preocupa sempre com a defesa e o socorro de quem precisa! Da minha parte, um grande obrigado a todos!

Acordos na Guarda? #15 - ainda o sentido independente

Nunca ouvi as palavras "independente" e "independência" tão mal aplicadas e utilizadas como nos dias de hoje. Talvez o pessoal que as tem usado pense que significam aquilo que o 25 de Abril nos trouxe e que nem é preciso consultar o dicionário. Mas, num país que tem Alberto João Jardim como paladino dos valores de Abril (como há alguns dias se atreveu a anunciar aos berros em mais um dos momentos "zen" madeirenses), nem a semântica se safa de ser enxovalhada em praça pública.
E não é que uma leitura por alguns sítios que fazem questão de se dizerem independentes prova que de independência só devem ter o servidor onde têm alojado o blogue? É que é fácil, e em tempo "record", ganhar "clientes" num blogue que destila veneno e que foi criado com o propósito de esconder quem por lá escreve, mas a política na Guarda já merecia que todos nós, que a comentamos (mal ou bem), mostrássemos a cara e obrigássemos todos os outros que comentam a fazer o mesmo. Bem sei que isso afasta as multidões, mas eleva a discussão. E é isso que todos queremos!

segunda-feira, setembro 23, 2013

Guarda, na 6.ª: cidadãos com nome à mesa do "Café Mondego"


Gostei muito de estar sentado com estes dois homens da Guarda numa sessão que foi plena de cidadania. Sim, porque a cidadania não é só para eleger gentes e para apregoar como se de um rega-bofe se trate. A cidadania é usar da palavra para participar activamente todos os dias do ano. E esta foto representa um pouco da cidadania que o Américo praticou durante sete anos. A foto é da Élia Fernandes e ilustra o momento em que o professor Mota da Romana fazia a apresentação do conteúdo deste "Café Mondego: uma antologia". 
Convido-vos a ler e a dizerem de vossa justiça se este livro de Américo Rodrigues não é um excelente projecto de cidade para qualquer ponto do país? Sim, com as devidas adaptações, pois o património não é transferível. Mas leiam e vejam como pelo interior do país há gente com uma capacidade de pensar o futuro de forma sustentada e com a cultura como parceiro preferencial. Para além disso, como se fosse já pouco, terão também acesso a literatura de qualidade.
A sessão foi concorrida e gostei de ver pessoas de vários quadrantes a assistir, pois isso só veio dar mais sentido à palavra cidadania.

A força dos homens (2)

Já temos, afinal, dois dos nossos mais perto de casa. Ainda não tinha esta boa notícia, mas fui informado dela pouco tempo depois do post anterior. Espero voltar a ser surpreendido desta forma nos próximos tempos!
Estamos todos por aqui a esperar o seu regresso a casa!

A força dos homens

Há muitos momentos de dúvida entre nós, mas sabemos também que, passo a passo, a força que manda reunir os homens em torno da sua casa é grande. Um deles já se aproximou de nós - o que é uma boa notícia -, agora esperamos ansiosamente que os restantes venham também bem e com a mesma força e brilho nos olhos. 
Estamos por aqui a esperar pelo seu regresso!

quinta-feira, setembro 19, 2013

Pensalamentos #122

enegrecer
noite dentro
em paz com o incerto

Guarda: "Café Mondego" na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço


É já amanhã que o "Café Mondego" vai abrir as suas páginas. Depois de ser um local de conversas e de copos, passou para o mundo digital como um dos blogues mais lidos e tem agora a sua realização enquanto livro. Américo Rodrigues escreveu milhares de textos durante cerca de 7 anos e vai agora apresentar uma selecção, feita por mim, desses seus textos. O que nos revela este "novo" "Café Mondego"? Amanhã todos ficarão a saber.


Dia 20 de Setembro
18 horas
Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço
Lançamento de “Café Mondego: uma antologia” de Américo Rodrigues
Apresentação por José Manuel Mota da Romana
Leituras por Vasco Queiroz e Antónia Terrinha

Organização: Bosq-íman:os
 

quarta-feira, setembro 18, 2013

Acordos na Guarda? #14 - um pouco de carma constitucional? (corrigido)

Sim, o karma inglês tem um correspondente na língua portuguesa - carma. E é esta palavra que eu vejo como transportadora de sentido nestas eleições. Talvez a intenção fosse boa e pudesse estar cheia de boas vontades, mas a forma, senhores, e o ardor como alguns tentam impor a sua "mão de ferro" por vezes falha e, como diz a história do lobo com pele de cordeiro, no fim acaba tudo por redundar num fim com contornos trágicos mas, na minha opinião, algo justo. 
Agora, Igreja, Amaro, Martins, Loureiro ou Espírito Santo? Continuo a dizer que a dois (laranja e rosa) o rosa tem mais encanto e permite que a mole familiar da cidade não se perca. Daí que os seres independentes com cartão rosa (parece que há gente que se rebelou contra o partido mas continua a pensar que pertence àqueles contra os quais se rebelou) não vão perder a hipótese de conseguir começar por eventuais migalhas e passar depois ao naco mais suculento. Já Amaro terá perdido, na minha opinião, a hipótese de ganhar a Câmara, pois é, numa escala de simpatia sombria, o tipo mais odiado e, ao que sei, terá uns conselheiros que tratarão de lhe provocar a queda (lembremo-nos de Viriato e de César!). 
Voto útil? Talvez em Martins, o independente que sobra e que encabeça a lista do PCP. Será, a ser eleito como vereador, uma voz construtiva e preocupada com o futuro sustentável do concelho, sendo, no entanto, um incómodo para alguns bem assentes da cidade. Loureiro poderá beneficiar de alguns votos, mas terá de se contentar com alguns lugares na Assembleia. Espírito Santo igual.

Lições a retirar: em todos os processos e grupos é tão importante o líder como a equipa ou equipas que o rodeiam, logo as pancadinhas nas costas não servem para nada se não houver um verdadeiro e rigoroso trabalho em todas as vertentes (até nas que parecem mais simples!).


Nota: Não foi por mal que errei no nome de Espírito Santo. Obrigado a quem me alertou! 

Um Projecto apresenta-se e pede um pouco de vós




O Projecto Sérgio Rocha foi convidado para se apresentar na recente homenagem que a RTP fez aos bombeiros portugueses. A Marta e eu estivemos em Lisboa em representação do Projecto e em representação dos nossos amigos que continuam hospitalizados. Mais do que dar-vos a conhecer um pouco mais do Projecto (vejam a partir das 2h04m35s), a quem o não conhece, peço-vos, mais uma vez, que reforcem as orações pelos nossos homens. Eles precisam de toda a nossa força e fé.

sábado, setembro 14, 2013

Aos nossos homens

Estamos ainda no início do caminho onde a escuridão nos obrigou a entrar. As nossas esperanças e a nossa fé são fortes, tal como vós estais a provar ser. Não temos qualquer dúvida da força que vós, nessa vossa difícil batalha, estais a ter para voltar a estas vossas casas que vos esperam ansiosas. E, sim, como dizia há dias a Jéssica, ninguém disse que ia ser fácil, mas eu atrevo-me a dizer que também não merecíamos que fosse tão difícil. Enfim... a vida só é difícil para aqueles que têm a capacidade de se superarem a todo o instante e para aqueles que fazem a diferença no coração dos que os rodeiam. É por isso que vos escrevo este pequeno desabafo. O amanhã que aqui vos espera está cheio de incertezas e nós também não temos certezas. Ou melhor, temos a certeza de vos querer aqui, em casa, junto de nós e a sorrir. Quanto ao resto, os novos caminhos ou a continuação de velhos caminhos, não interessam para agora. Queremos que regressem a casa, que cumpram a missão e que voltem para a finalizarem. Nós estamos ansiosos por vos ter de volta e todos os dias queremos que as notícias cheguem. Não de forma rápida, mas de forma segura e com as vossas melhorias. Vós tendes força e nós sabemos isso. Nós faremos tudo por vós! Contai com isso! Força, malta! Força, Valter! Força, Ti Albano! Força, Quim! Força, meu jovem Filipe! É para estes momentos difíceis que são feitos os grandes homens. E vós sois grandes homens!

quarta-feira, setembro 11, 2013

Precisam de ajuda?


Sim, precisam de ajuda para questões relacionadas com textos? 


O nome «ESCRITOR "FREELANCER"» parece apontar unicamente para a realização de trabalhos de "grande envergadura", por exemplo a escrita de livros. Mas não é só isso que faço. Aliás, essa visão deste trabalho é, talvez, a que terá menor atenção. 



Segue uma listagem com trabalhos tipo que posso fazer: 

- textos curtos, médios ou longos (para os mais diversos fins, basta dizerem); 

- textos artísticos (visando a ligação ao design); 

- escrita de slogan e textos argumentativos que o acompanhem; 

- correcção de textos; 

- trabalho de edição; 

- outros pedidos. 





Todas as questões (perguntas sobre os tipos de texto a trabalhar e pedidos de orçamento) deverão ser enviadas para danielroc@gmail.com





(Atenção: 

Haverá o máximo sigilo no tratamento de quaisquer textos ou questões, nunca se revelando qualquer contacto existente.)

Momentos em imagem #18 - 12 anos


Temos muito para aprender. Há 12 anos um ataque terrorista (tenha lá sido o autor o que foi acusado ou outro que continua impune e sorridente) acordou a América e os noticiários por todo o mundo. Hoje, 12 anos passados, continuam a olhar para trás e a tirar ensinamentos desta tragédia, honrando, de forma honesta, a memória dos que ali perderam a vida.
Não é tempo de se aprender com os erros também em Portugal?

terça-feira, setembro 10, 2013

Pensalamentos #121 - ácido

reparar
de forma una e concreta
que o mal do mundo
e das pessoas
não é que lhe dêem a mão
mas, sim, que 
lhe não ofereçam 
dinheiros