- Fiz no post anterior a previsão de algumas pessoas que seriam condecoradas no 10 de Julho. A lista oficial foi conhecida hoje e é a seguinte (a negrito estão aqueles que consegui acertar):
- "O Presidente da República vai condecorar, na Sessão Solene Comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a realizar na Guarda, no próximo dia 10 de junho, as seguintes entidades:
Antigas Ordens Militares
- Dr. António Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino – Ordem Militar de Cristo (Grã-Cruz)
- Juiz Conselheiro Vítor Manuel da Silva Caldeira – Ordem Militar de Cristo (Grã-Cruz)
- Vice-Almirante José António de Oliveira Viegas – Ordem Militar de Avis (Grã-Cruz)
- Tenente-General António José Maia de Mascarenhas – Ordem Militar de Avis (Grã-Cruz)
- Major-General Sílvio José Pimenta Sampaio – Ordem Militar de Avis (Grande-Oficial)
- Dr. Mário Costa Martins de Carvalho – Ordem de Sant’Iago da Espada (Grande-Oficial)
- Prof. Doutor Rui L. Reis – Ordem de Sant’Iago da Espada (Comendador)
- Doutor Rui M. Costa – Ordem de Sant’Iago da Espada (Comendador)
- Rui Chafes – Ordem de Sant’Iago da Espada (Oficial)
Ordens Nacionais
- Dr. António Castel-Branco do Amaral Borges – Ordem do Infante D. Henrique (Grã-Cruz) – A título póstumo
- Prof. Doutor Manuel António Garcia Braga da Cruz – Ordem do Infante D. Henrique (Grã-Cruz)
- Dr. Miguel António Igrejas Horta e Costa – Ordem do Infante D. Henrique (Grã-Cruz)
- Prof. Doutor Eduardo Lourenço – Ordem da Liberdade (Grã-Cruz)
- Dr. Álvaro dos Santos Amaro – Ordem do Infante D. Henrique (Grande-Oficial)
- Prof. Doutor António Ressano Garcia Lamas – Ordem do Infante D. Henrique (Grande-Oficial)
- Maria João Avillez Van Zeller – Ordem do Infante D. Henrique (Grande-Oficial)
- Rodrigo Costa Leão Munoz Miguez – Ordem do Infante D. Henrique (Grande-Oficial)
- Luís Manuel Godinho de Matos – Ordem do Infante D. Henrique (Comendador)
- Maria Cristina de Castro – Ordem do Infante D. Henrique (Comendador) - A título póstumo
Ordens de Mérito Civil
- Prof. Doutor Jorge Quina Ribeiro de Araújo – Ordem da Instrução Pública (Grã-Cruz)
- Dr. António Mota de Sousa Horta Osório – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Comercial (Grã-Cruz)
- Eng.º Zeinal Abedin Mohamed Bava – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Comercial (Grã-Cruz)
- Eng.º António Afonso Reynaud de Melo Pires – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Indistrial (Grande-Oficial)
- Alfredo Henriques – Ordem do Mérito (Comendador)
- Eng.º António Jorge Nunes – Ordem do Mérito (Comendador)
- Dr. António Magalhães da Silva – Ordem do Mérito (Comendador)
- Maria da Luz Rosinha – Ordem do Mérito (Comendador)
- Dra. Maria das Dores Meira – Ordem do Mérito (Comendador)
- Dr. Sebastião Francisco Seruca Emídio – Ordem do Mérito (Comendador)
- Mário Sérgio Alves Nuno – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Agrícola (Comendador)
- Alberto Machado Ferreira – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Industrial (Comendador)
- Dra. Isabel Maria Mendes Furtado – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Industrial (Comendador)
- João Miranda – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Industrial (Comendador)
- José Eduardo Marques de Amorim – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Industrial (Comendador)
- Manuel Barbeiro Costa – Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Industrial (Comendador)
- Manuel Madeira Grilo – Ordem do Mérito (Oficial)
- Jorge Nunes - Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Comercial (Oficial)
- Escola Regional Outeiro de S. Miguel – Ordem do Mérito (Membro Honorário)"
sexta-feira, junho 06, 2014
Agora os condecorados de Cavaco no 10 de Junho na Guarda
quinta-feira, junho 05, 2014
10 de Junho na Guarda: os condecorados são...
Por certo já todos saberão quem vão ser os condecorados pelo Presidente da República no dia 10 de Junho na cidade da Guarda. No entanto, como eu estou aqui para o outro lado da serra onde o vento nem sempre passa, nada chegou sobre os "nomes" que receberão tão almejada condecoração. Assim sendo, vou deitar-me a adivinhar, com aquele grau de acerto que me caracteriza. Ou seja, com a grande possibilidade de não acertar nenhum dos nomes. Mas, tal como faço ocasionalmente com o Euromilhões, farei a minha aposta em alguns nomes e tentarei juntar-lhe uma pequena nota justificativa daquilo que poderá pesar para essa atribuição ser afastada do simples afago amigável. Quero, para que não me critiquem sem razão mas com alguma dose de sentido, deixar bem claro que não faço a mínima ideia se alguns destes nomes já terão sido condecorados noutros anos (e não me apeteceu fazer grandes pesquisas para o garantir, pois isto não passa de um exercício divertido sobre a cidade e o país).
Para começar, gosto de pensar que Cavaco Silva dará um bom rebuçado aos seus amigos mais próximos ou antigos Ministros e Secretários de Estado, logo Marília Raimundo (talvez pelo seu papel no Apoio Social com a Fundação Augusto Gil) será, na minha opinião, uma das condecoradas. Ao mesmo nível estará Álvaro Amaro (talvez pelo papel no desenvolvimento do interior (?) e na "batalha" que trava contra a sua desertificação) que, todos sabemos, foi também um secretário de estado de Cavaco.
Depois, porque fica sempre bem na fotografia ter alguns nomes da oposição, penso que será uma boa altura para Almeida Santos, histórico do PS e antigo Presidente da Assembleia da República, receber uma condecoração na "sua terra". E será pelo papel importante no desenvolvimento da democracia e na defesa de Portugal.
Como empresários que são, vejo uma possível distinção de Luís Veiga, dono da cadeia IMB Hotels, e do antigo primeiro-ministro Pinto Balsemão. Também pelo valor acrescentado de serem oriundos na Guarda e por serem bem sucedidos.
Depois, e pelo grande destaque que sempre pareceu ter ao nível da política nacional e do associativismo automóvel, o nome de Luís Celínio também surge como uma das possibilidades na minha mente, apesar de não conhecer a fundo todo o papel e trabalho dele nesta área.
Na área unicamente do mérito individual que a ciência permite, os nomes fortes são Rui Costa e Carvalho Rodrigues. Dois cientistas guardenses que são nomes fortes para a lista de condecorados e que, julgo, serão merecidamente condecorados.
Na área das artes e literaturas, dois nomes surgem desde logo: Eduardo Lourenço, por ser um dos nomes portugueses mais respeitados ao nível do "pensamento" cultural e literário mundial; e Américo Rodrigues, pelo trabalho realizado ao longo de cerca de 40 anos no elevar dos padrões culturais e artísticos de uma região e pelo trabalho poético e teatral que a sua já vasta obra encerra.
Por fim, outros nomes poderia aqui colocar, como o de Pinto Monteiro, Santinho Pacheco, Alípio de Melo, Adriano Vasco Rodrigues, o dono da empresa Gelgurte, ...
São, portanto, meia dúzia de nomes de que me lembrei e que quis deixar na ordem do dia para ver se percebo alguma coisa desta coisa da escolha dos condecorados Os nomes correctos devem estar quase a ser lançados para a comunicação social e, nessa altura, farei um comentário breve às condecorações do 10 de Julho que forem efectivamente feitas.
terça-feira, junho 03, 2014
Nota Guardense: Amaro é Scolari
É bonito quando a "energia positiva" é para ser partilhada!
Parece que o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, terá citado Scolari e dito (neste caso) aos guardenses "para colocarem nas suas janelas, varandas e fachadas a bandeira
nacional, símbolo da Pátria, que representa a soberania da Nação e a
independência, a unidade e a integridade de Portugal" (segundo o jornal i). Até me chegaram as lágrimas aos olhos!
E chorei mesmo quando, segundo a mesma fonte, Amaro terá referido que gostaria "que essa energia positiva chegue também à
Seleção Nacional", que lá pelo Brasil estará em competição!
Para não dizerem que sou um desmancha-prazeres, aqui fica a minha bandeira, na minha janela para a Guarda e para o mundo!
domingo, junho 01, 2014
Li: "O Menino Rei", de Carlos Carvalheira
Os espaços vazios: O Menino Rei, de Carlos Carvalheira
Os
homens precisam de monstros para se tornarem humanos.
(José
Gil)
Há quem diga que o espaço do “já
contado” é território proibido e que qualquer acrescento ou substituição de
tópicos será crime de “lesa majestade”. A ser assim o entendimento do leitor do
processo criativo que está implícito na escrita, fica o conselho: não leiam
este livro, livrinho ou opúsculo!
Assente nos textos bíblicos de Mateus, o mais atento dos
autores do Novo Testamento à questão do nascimento, sobrevivência e crescimento
de Jesus da Galileia, o autor, Carlos Carvalheira, concebe um pequeno conto que
vai preencher muitos dos espaços vazios que se se reconhecem nos textos dos
Evangelhos. Carvalheira desconstrói a visão ocidentalizada da ira de Herodes
(como se sabe, o governador sanguinário) e constrói-a segundo uma “visão nova”
onde o perseguidor do Menino se torna num dos centros da acção. E aí está a
riqueza desta narrativa “em dois andamentos”. Por um lado, o nascimento e a
fuga para o Egipto com a finalidade de proteger o recém-nascido. Pelo outro, a
notícia do nascimento e a perseguição movida por Herodes. A novidade, que
também apelidaremos como “Toque de Midas criativo”, está no tratamento que o
autor dá aos espaços não preenchidos nos textos bíblicos e que consistem na
categorização do medo sentido pelos fugitivos e pelo perseguidor. Se os
fugitivos temem pela vida do “Menino de olhos grandes e com caracóis nos
cabelos” e pelas suas próprias, o perseguidor, com traços de monstro
insaciável, teme pelo fim do seu espaço (consubstanciado, ironicamente, em toda
a opulência da posse de bens materiais e do direito a mandar) enquanto “todo-poderoso”.
O autor, segundo nos parece, estabelece aqui um curioso e bem conseguido
paralelismo com os tempos actuais, onde a perseguição ao mais fraco com a
finalidade de se manterem os lugares de destaque permanece uma evidência social
impossível de se menosprezar ou esconder. Neste ponto, uma interrogação parece
ganhar destaque e hipóteses de ressoar para além da leitura: até que ponto estamos
dispostos a chegar para conseguirmos manter o estatuto social? Não existe uma
resposta, ou não se pretenderá dar resposta a esta pergunta, funcionando o
conto como catalisador da reflexão para além das barreiras da própria história.
Como refere José Gil (no texto “Metafenomenologia
da monstruosidade: o devir-monstro”), e como nos parece que Carlos Carvalheira pretende com o seu
conto, “nós exigimos
mais dos monstros, pedimos-lhes, justamente, que nos inquietem, que nos provoquem
vertigens, que abalem permanentemente as nossas mais sólidas certezas; porque
necessitamos de certezas sobre a nossa identidade humana ameaçada de
indefinição. Os monstros, felizmente, existem não para nos mostrar o que não
somos, mas o que poderíamos ser. Entre estes dois pólos, entre uma possibilidade
negativa e um acaso possível, tentamos situar a nossa humanidade de homens.” Ou seja, o conto vem revelar que a sociedade de hoje
precisa de “monstros” que permitam a nossa localização enquanto homens,
entendendo-se estes homens como elementos harmonizadores de uma existência
comum. Herodes ganha, portanto, o direito de ser o centro da acção desde a
primeira até à última página, só perdendo esta centralidade nas últimas linhas
do conto quando (levantem-se em defesa da pureza do “verbo inicial”) o Menino
Rei lhe dirige algumas palavras plenas de ocasião e de ingenuidade. Os dois
planos narrativos interagem por fim e a distância que os afasta transforma-se
no inusitado e no criativo do momento, rendendo-se o “monstro” perante a fragilidade do Menino.
Um conto em forma infantil (notem-se as repetições, as
aliterações e a recorrência, na sua maioria, a um vocabulário simples e
claramente perceptível), mas com um subtexto forte e socialmente capaz de
provocar no leitor atento uma visão diferente da forma como o mundo de hoje se
manifesta.
Guarda, Abril de 2014
Daniel António Neto Rocha
(recensão crítica publicada In: Revista Praça Velha n.º 34. – Guarda: NAC/ CMG, Maio de 2014. – p. 224 a 225.)
sábado, maio 31, 2014
Pensalamentos #239 - dúvida
criar feridas
como quem cria filhos
amá-las
acariciá-las
e, numa alucinação permanente,
duvidar
a alma cheia
de vazio
como quem cria filhos
amá-las
acariciá-las
e, numa alucinação permanente,
duvidar
a alma cheia
de vazio
quinta-feira, maio 29, 2014
terça-feira, maio 27, 2014
sexta-feira, maio 23, 2014
quarta-feira, maio 21, 2014
O Américo e o seu "Porta-voz" em Coimbra
É sempre um gosto ver a Universidade de Coimbra a actualizar a sua componente formativa e a procurar a qualidade nas áreas mais fascinantes. Então o facto de ver a "minha" Faculdade receber um amigo, que é só a grande referência portuguesa e um dos grandes nomes europeus da poesia sonora, enche-me de grande orgulho. O Américo Rodrigues vai a Coimbra mostrar e falar sobre o seu último trabalho poético: "Porta-Voz".
A quem andar e estiver em Coimbra, aconselho que não perca. Criatividade ligada a muita qualidade!
"Américo Rodrigues apresentará ao vivo a obra «Porta-Voz»
no próximo dia 23 de maio de 2014, pelas 21h30, na Casa das Caldeiras,
em Coimbra. Esta apresentação é uma organização do Programa de
Doutoramento em Materialidades da Literatura (Programa Doutoral FCT) e
integra igualmente a programação do ciclo «Paisagens Neurológicas» (TAGV, maio de 2014, org. de Isabel Maria Dos)."
Vídeo das apresentações Teatrais em Pinhel
E aí está o vídeo da presença do Teatro do Imaginário na Feira das Tradições em Pinhel!
terça-feira, maio 20, 2014
A "louca" da Andreia e Fernando Pessoa, em Barcelona
Itália, Grécia, Espanha e a sua terra natal. Eis aquele que é o percurso "profissional" da mais "louca" das minhas amizades.
E não se tem safado mal! Aliás, tem sido um prazer ver e saber dos feitos dela.
Agora está em Barcelona, onde tem um criativo TeaTuga (aulas de Língua Portuguesa com teatro pelo meio) e onde amanhã (dia 21) vai levar Fernando Pessoa aos ouvidos da cidade condal.
segunda-feira, maio 19, 2014
Pensalamentos #234 - frestas
o som da água
do esquecimento
que escorre das mãos
de alguém
ressuma colorido
entre as frestas
incolores
de um aroma
triste
do esquecimento
que escorre das mãos
de alguém
ressuma colorido
entre as frestas
incolores
de um aroma
triste
domingo, maio 18, 2014
Teatro das Beiras (Covilhã): "RADIO CABARET"
Como outros terão o vício de tudo e de mais alguma coisa, eu tenho o vício de aconselhar bom teatro e com excelentes actores e encenadores. Sendo assim, e que tal não perderem por nada nesta vida o (tenho a certeza ainda sem ter visto) "RADIO CABARET"apresentado pelo Teatro das Beiras. Se não conhecem, vão até à Covilhã e perguntem onde fica o auditório do Teatro das Beiras.
A peça estreou no dia 15 Maio, mas haverá ainda sessões hoje (18) às 16h, assim como acontecerá no dia 25 (votem a tempo e vão ao teatro depois), e depois nos dias 22, 23 e 24 de Maio às 21h30.
A encenação é de um amigo e Mestre, Gil Nave, que tem um imenso defeito, pois tudo o que encena tem um toque de excelência.
Informação do Teatro das Beiras:
"RADIO CABARET" de Karl Valentin no auditório do Teatro das Beiras
estreia: 15 Maio às 21h30
em cena: 16, 17, 22, 23 e 24 de Maio às 21h30 e 18 e 25 Maio às 16h
sinopse:
“Radio Cabaret” é um espetáculo construído a partir dos textos do comediógrafo alemão Karl Valentin. Num ambiente social de um bairro popular é emitido a partir de um pequeno auditório, (o auditório da Emissora de Rádio do Bairro), um programa de variedades onde desfilam personagens-tipo, criados pelo imaginário daquele que foi um dos autores que no seu exercício de criação teatral, mais influenciou e determinou o chamado teatro de variedades europeu. Através de paródias, jogos de palavras, trava-línguas, enredos linguísticos, a construção deste espetáculo é estruturada tendo como ponto de partida alguns dos elementos mais representativos da sua obra; monólogos, diálogos, cenas, peças e canções, que são o universo da criação artística e teatral de Karl Valentin, organizadas numa linha estética que supõem poder interessar e agradar ao público contemporâneo português. O carácter clownesco e multidisciplinar inspirado em situações do real confluem para um universo ficcional onde ao real-programático se opõe o absurdo e o irreal-fantástico. Propagado e difundido pela produção artística no século XX no espaço europeu e de origem remota e distante no tempo (antiguidade clássica e idade média), o chamado teatro de variedades, que em Portugal era designado por Teatro de Revista, foi sempre um território de expressão artística onde a crítica e o sentido cómico, às vezes trágico, era consubstanciado em torno das questões sociais. As obras de Karl Valentin, como Charlie Chaplin ou Buster Keaton cujas características são exemplo de comunicação estética e artística, influenciaram a criação teatral do último século. Muita da criação teatral contemporânea está marcada por esta influência, visível no teatro do absurdo (Ionesco, Samuel Beckett , Adamov), surgido no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, cuja atmosfera é marcada por um ambiente de devastação, isolamento e falta de comunicação na sociedade contemporânea, mostrada artisticamente por meio de alguns traços estilísticos e temas que divergem decididamente do teatro de carácter realista.
Ficha técnica:
Encenação: Gil Salgueiro Nave
Interpretação: Adriana Pais, Marco Ferreira, Pedro Damião e Sónia Botelho
Cenografia e figurinos: Luís Mouro
Desenho de Luz: Jay Collin
Operação de som e luz: Jay Collin
Fotos: Paulo Nuno Silva
estreia: 15 Maio às 21h30
em cena: 16, 17, 22, 23 e 24 de Maio às 21h30 e 18 e 25 Maio às 16h
sinopse:
“Radio Cabaret” é um espetáculo construído a partir dos textos do comediógrafo alemão Karl Valentin. Num ambiente social de um bairro popular é emitido a partir de um pequeno auditório, (o auditório da Emissora de Rádio do Bairro), um programa de variedades onde desfilam personagens-tipo, criados pelo imaginário daquele que foi um dos autores que no seu exercício de criação teatral, mais influenciou e determinou o chamado teatro de variedades europeu. Através de paródias, jogos de palavras, trava-línguas, enredos linguísticos, a construção deste espetáculo é estruturada tendo como ponto de partida alguns dos elementos mais representativos da sua obra; monólogos, diálogos, cenas, peças e canções, que são o universo da criação artística e teatral de Karl Valentin, organizadas numa linha estética que supõem poder interessar e agradar ao público contemporâneo português. O carácter clownesco e multidisciplinar inspirado em situações do real confluem para um universo ficcional onde ao real-programático se opõe o absurdo e o irreal-fantástico. Propagado e difundido pela produção artística no século XX no espaço europeu e de origem remota e distante no tempo (antiguidade clássica e idade média), o chamado teatro de variedades, que em Portugal era designado por Teatro de Revista, foi sempre um território de expressão artística onde a crítica e o sentido cómico, às vezes trágico, era consubstanciado em torno das questões sociais. As obras de Karl Valentin, como Charlie Chaplin ou Buster Keaton cujas características são exemplo de comunicação estética e artística, influenciaram a criação teatral do último século. Muita da criação teatral contemporânea está marcada por esta influência, visível no teatro do absurdo (Ionesco, Samuel Beckett , Adamov), surgido no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, cuja atmosfera é marcada por um ambiente de devastação, isolamento e falta de comunicação na sociedade contemporânea, mostrada artisticamente por meio de alguns traços estilísticos e temas que divergem decididamente do teatro de carácter realista.
Ficha técnica:
Encenação: Gil Salgueiro Nave
Interpretação: Adriana Pais, Marco Ferreira, Pedro Damião e Sónia Botelho
Cenografia e figurinos: Luís Mouro
Desenho de Luz: Jay Collin
Operação de som e luz: Jay Collin
Fotos: Paulo Nuno Silva
sábado, maio 17, 2014
Pensalamentos #233 - destino
trocar o destino às voltas
e correr
correr
em volta dos próprios passos
e correr
correr
em volta dos próprios passos
quarta-feira, maio 14, 2014
Pensalamentos #232 - moiras
vaguear
ferozmente
tricotando as linhas
e as quebras
do fio do jogo
da vida
tecer
com a calma aparente
os sons
as falhas
e as vitórias
cortar
com cruel desvelo
o sopro
merecido
moiras
domingo, maio 11, 2014
Pensalamentos #230 - cansaço
viver cansado
viver cansado
viver cansado
viver cansado
...
morrer cansado
viver cansado
viver cansado
viver cansado
...
morrer cansado
sexta-feira, maio 09, 2014
Crónica Bombeiros.pt: Pela boca morrerá o bombeiro
Muitas vezes nos habituámos/
habituamos a ouvir dos nossos “mais velhos”, dos pais e dos nossos conselheiros
da interacção social a célebre expressão “O SILÊNCIO É DE OURO”. No correr dos
dias e da nossa actividade profissional ou de outra espécie, lá fomos dando
conta (alguns mais do que outros) da razão que assistia a esses abençoados
seres que nos deram o “melhor” dos conselhos.
Há, porém, momentos em que NÃO
DEVEMOS, de forma alguma, seguir este sábio conselho e mantermos a cautelosa
recusa da voz. E é por isso mesmo que vos peço, a vós que ireis para o seio do
perigo e necessitareis de todas as armas possíveis: POR FAVOR, NÃO FIQUEM EM
SILÊNCIO! E, pedindo isto, reforço: oiçam a ordem superior, mas questionem-na
se não a entenderem/ compreenderem ou se sentirem que não serão capazes de
cumprir! Lembrem-se de que nenhum plano de ataque é cumprido com a exactidão da
projecção no papel e que os riscos, que surgem quando menos se esperam, têm de
ser evitados.
Para além disso que escrevo nas
linhas acima, ainda vos digo mais: usem a “porcaria” dos rádios! Sei que há
muitos que não os utilizam por vergonha, para evitar a crítica que outros fazem
à excessiva utilização do rádio, muitos dizendo que “os incêndios não se apagam
por rádio!” Lembrem-se que é através das comunicações que todos temos
consciência dos perigos ou das oportunidades do ataque a um incêndio: eles
servem, portanto, para questionar, para informar e, em suma, para nos ajudar a
manter vivos.
Para terminar, e para que todos
tenham uma boa missão, deixem-me voltar, insistentemente, à sabedoria popular
para a “virar do avesso”. Todos sabemos, por isso tantas vezes nos calamos, que
“pela boca morre o peixe”, mas também sabemos que, se optarmos pelo silêncio
obediente perante uma decisão claramente errada de quem comanda, PELA BOCA
MORRERÁ O BOMBEIRO!
Moimenta da Serra, 6 de Maio de 2014
Daniel António Neto Rocha
(publicado no Portal Bombeiros.pt)
sábado, maio 03, 2014
Instantes teatrais na Feira Ibérica de Turismo - Guarda (01-05-2014)
quinta-feira, maio 01, 2014
Pensalamentos #229 - punho
cair na desordem
gato vadio
com o norte no faro
vadio
com as sete vidas em punho
gato vadio
com o norte no faro
vadio
com as sete vidas em punho
quarta-feira, abril 30, 2014
Sair de um 31 dá em desconto! Só no dia 30 de Abril de 2014!
Dias especiais merecem tratamentos especiais.
Hoje, dia 30 de Abril (entre as 00h01m e as 23h59m), o livro "Refracções em Três Andamentos" está disponível para envio por correio com um desconto muito especial. Assim, o meu primeiro livro de poesia estará disponível não por 10€ mas sim ao preço promocional de 5€. Para beneficiar deste desconto, terão apenas de fazer a encomenda (para o endereço de email silenciosasdiscussoes@gmail.com, referindo no assunto Encomenda Refracções) e efectuar o pagamento até às 23h59m do dia 30 de Abril (mediante indicações fornecidas através do mesmo endereço de email).
Nota 1: esta promoção decorre apenas durante o dia 30 de Abril e apenas no blogue.
Nota 2: promoção limitada aos exemplares existentes.
Como comprar ou encomendar o livro "Refracções em três andamentos"? (actualizado)
(Actualizado no dia 04-04-2015)
O livro "Refracções em três andamentos" está neste momento à venda em Famalicão da Serra (na casa de infância deste vosso humilde servo) e em Moimenta da Serra - Gouveia, (na casa actual).
Para efectuar encomendas para fora dos locais indicados basta enviar um email para silenciosasdiscussoes@gmail.com, referindo no assunto da mensagem: Encomenda do livro REFRACÇÕES. Para um envio mais rápido, juntem logo a morada para onde pretendem o envio do livro.
O preço é este:
- Compra num local de venda ou ao autor =9 euros 5 euros
- Envio através dos CTT =10 euros 6 euros*
* Já inclui despesas de envio.
Atenção: sobram cerca de 10 exemplares. Depois destes, não há reedição.
O livro "Refracções em três andamentos" está neste momento à venda em Famalicão da Serra (na casa de infância deste vosso humilde servo) e em Moimenta da Serra - Gouveia, (na casa actual).
Para efectuar encomendas para fora dos locais indicados basta enviar um email para silenciosasdiscussoes@gmail.com, referindo no assunto da mensagem: Encomenda do livro REFRACÇÕES. Para um envio mais rápido, juntem logo a morada para onde pretendem o envio do livro.
O preço é este:
- Compra num local de venda ou ao autor =
- Envio através dos CTT =
* Já inclui despesas de envio.
Atenção: sobram cerca de 10 exemplares. Depois destes, não há reedição.
terça-feira, abril 29, 2014
Pensalamentos #228 - quase no fim
instante
indefinido ou mordaz
quase no fim da linha
quase no fim
de tudo
do instante
do fim
quinta-feira, abril 24, 2014
Pensalamentos #227 - urgente
o silêncio
urgente
cegou-me a ânsia
e calou-me a alma
ateando os sons
duros
nas fímbrias
da ilusão
urgente
cegou-me a ânsia
e calou-me a alma
ateando os sons
duros
nas fímbrias
da ilusão
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