Epitáfio 1
Não me lamente
a Hipocrisia
terça-feira, maio 27, 2014
sexta-feira, maio 23, 2014
quarta-feira, maio 21, 2014
O Américo e o seu "Porta-voz" em Coimbra
É sempre um gosto ver a Universidade de Coimbra a actualizar a sua componente formativa e a procurar a qualidade nas áreas mais fascinantes. Então o facto de ver a "minha" Faculdade receber um amigo, que é só a grande referência portuguesa e um dos grandes nomes europeus da poesia sonora, enche-me de grande orgulho. O Américo Rodrigues vai a Coimbra mostrar e falar sobre o seu último trabalho poético: "Porta-Voz".
A quem andar e estiver em Coimbra, aconselho que não perca. Criatividade ligada a muita qualidade!
"Américo Rodrigues apresentará ao vivo a obra «Porta-Voz»
no próximo dia 23 de maio de 2014, pelas 21h30, na Casa das Caldeiras,
em Coimbra. Esta apresentação é uma organização do Programa de
Doutoramento em Materialidades da Literatura (Programa Doutoral FCT) e
integra igualmente a programação do ciclo «Paisagens Neurológicas» (TAGV, maio de 2014, org. de Isabel Maria Dos)."
Vídeo das apresentações Teatrais em Pinhel
E aí está o vídeo da presença do Teatro do Imaginário na Feira das Tradições em Pinhel!
terça-feira, maio 20, 2014
A "louca" da Andreia e Fernando Pessoa, em Barcelona
Itália, Grécia, Espanha e a sua terra natal. Eis aquele que é o percurso "profissional" da mais "louca" das minhas amizades.
E não se tem safado mal! Aliás, tem sido um prazer ver e saber dos feitos dela.
Agora está em Barcelona, onde tem um criativo TeaTuga (aulas de Língua Portuguesa com teatro pelo meio) e onde amanhã (dia 21) vai levar Fernando Pessoa aos ouvidos da cidade condal.
segunda-feira, maio 19, 2014
Pensalamentos #234 - frestas
o som da água
do esquecimento
que escorre das mãos
de alguém
ressuma colorido
entre as frestas
incolores
de um aroma
triste
do esquecimento
que escorre das mãos
de alguém
ressuma colorido
entre as frestas
incolores
de um aroma
triste
domingo, maio 18, 2014
Teatro das Beiras (Covilhã): "RADIO CABARET"
Como outros terão o vício de tudo e de mais alguma coisa, eu tenho o vício de aconselhar bom teatro e com excelentes actores e encenadores. Sendo assim, e que tal não perderem por nada nesta vida o (tenho a certeza ainda sem ter visto) "RADIO CABARET"apresentado pelo Teatro das Beiras. Se não conhecem, vão até à Covilhã e perguntem onde fica o auditório do Teatro das Beiras.
A peça estreou no dia 15 Maio, mas haverá ainda sessões hoje (18) às 16h, assim como acontecerá no dia 25 (votem a tempo e vão ao teatro depois), e depois nos dias 22, 23 e 24 de Maio às 21h30.
A encenação é de um amigo e Mestre, Gil Nave, que tem um imenso defeito, pois tudo o que encena tem um toque de excelência.
Informação do Teatro das Beiras:
"RADIO CABARET" de Karl Valentin no auditório do Teatro das Beiras
estreia: 15 Maio às 21h30
em cena: 16, 17, 22, 23 e 24 de Maio às 21h30 e 18 e 25 Maio às 16h
sinopse:
“Radio Cabaret” é um espetáculo construído a partir dos textos do comediógrafo alemão Karl Valentin. Num ambiente social de um bairro popular é emitido a partir de um pequeno auditório, (o auditório da Emissora de Rádio do Bairro), um programa de variedades onde desfilam personagens-tipo, criados pelo imaginário daquele que foi um dos autores que no seu exercício de criação teatral, mais influenciou e determinou o chamado teatro de variedades europeu. Através de paródias, jogos de palavras, trava-línguas, enredos linguísticos, a construção deste espetáculo é estruturada tendo como ponto de partida alguns dos elementos mais representativos da sua obra; monólogos, diálogos, cenas, peças e canções, que são o universo da criação artística e teatral de Karl Valentin, organizadas numa linha estética que supõem poder interessar e agradar ao público contemporâneo português. O carácter clownesco e multidisciplinar inspirado em situações do real confluem para um universo ficcional onde ao real-programático se opõe o absurdo e o irreal-fantástico. Propagado e difundido pela produção artística no século XX no espaço europeu e de origem remota e distante no tempo (antiguidade clássica e idade média), o chamado teatro de variedades, que em Portugal era designado por Teatro de Revista, foi sempre um território de expressão artística onde a crítica e o sentido cómico, às vezes trágico, era consubstanciado em torno das questões sociais. As obras de Karl Valentin, como Charlie Chaplin ou Buster Keaton cujas características são exemplo de comunicação estética e artística, influenciaram a criação teatral do último século. Muita da criação teatral contemporânea está marcada por esta influência, visível no teatro do absurdo (Ionesco, Samuel Beckett , Adamov), surgido no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, cuja atmosfera é marcada por um ambiente de devastação, isolamento e falta de comunicação na sociedade contemporânea, mostrada artisticamente por meio de alguns traços estilísticos e temas que divergem decididamente do teatro de carácter realista.
Ficha técnica:
Encenação: Gil Salgueiro Nave
Interpretação: Adriana Pais, Marco Ferreira, Pedro Damião e Sónia Botelho
Cenografia e figurinos: Luís Mouro
Desenho de Luz: Jay Collin
Operação de som e luz: Jay Collin
Fotos: Paulo Nuno Silva
estreia: 15 Maio às 21h30
em cena: 16, 17, 22, 23 e 24 de Maio às 21h30 e 18 e 25 Maio às 16h
sinopse:
“Radio Cabaret” é um espetáculo construído a partir dos textos do comediógrafo alemão Karl Valentin. Num ambiente social de um bairro popular é emitido a partir de um pequeno auditório, (o auditório da Emissora de Rádio do Bairro), um programa de variedades onde desfilam personagens-tipo, criados pelo imaginário daquele que foi um dos autores que no seu exercício de criação teatral, mais influenciou e determinou o chamado teatro de variedades europeu. Através de paródias, jogos de palavras, trava-línguas, enredos linguísticos, a construção deste espetáculo é estruturada tendo como ponto de partida alguns dos elementos mais representativos da sua obra; monólogos, diálogos, cenas, peças e canções, que são o universo da criação artística e teatral de Karl Valentin, organizadas numa linha estética que supõem poder interessar e agradar ao público contemporâneo português. O carácter clownesco e multidisciplinar inspirado em situações do real confluem para um universo ficcional onde ao real-programático se opõe o absurdo e o irreal-fantástico. Propagado e difundido pela produção artística no século XX no espaço europeu e de origem remota e distante no tempo (antiguidade clássica e idade média), o chamado teatro de variedades, que em Portugal era designado por Teatro de Revista, foi sempre um território de expressão artística onde a crítica e o sentido cómico, às vezes trágico, era consubstanciado em torno das questões sociais. As obras de Karl Valentin, como Charlie Chaplin ou Buster Keaton cujas características são exemplo de comunicação estética e artística, influenciaram a criação teatral do último século. Muita da criação teatral contemporânea está marcada por esta influência, visível no teatro do absurdo (Ionesco, Samuel Beckett , Adamov), surgido no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, cuja atmosfera é marcada por um ambiente de devastação, isolamento e falta de comunicação na sociedade contemporânea, mostrada artisticamente por meio de alguns traços estilísticos e temas que divergem decididamente do teatro de carácter realista.
Ficha técnica:
Encenação: Gil Salgueiro Nave
Interpretação: Adriana Pais, Marco Ferreira, Pedro Damião e Sónia Botelho
Cenografia e figurinos: Luís Mouro
Desenho de Luz: Jay Collin
Operação de som e luz: Jay Collin
Fotos: Paulo Nuno Silva
sábado, maio 17, 2014
Pensalamentos #233 - destino
trocar o destino às voltas
e correr
correr
em volta dos próprios passos
e correr
correr
em volta dos próprios passos
quarta-feira, maio 14, 2014
Pensalamentos #232 - moiras
vaguear
ferozmente
tricotando as linhas
e as quebras
do fio do jogo
da vida
tecer
com a calma aparente
os sons
as falhas
e as vitórias
cortar
com cruel desvelo
o sopro
merecido
moiras
domingo, maio 11, 2014
Pensalamentos #230 - cansaço
viver cansado
viver cansado
viver cansado
viver cansado
...
morrer cansado
viver cansado
viver cansado
viver cansado
...
morrer cansado
sexta-feira, maio 09, 2014
Crónica Bombeiros.pt: Pela boca morrerá o bombeiro
Muitas vezes nos habituámos/
habituamos a ouvir dos nossos “mais velhos”, dos pais e dos nossos conselheiros
da interacção social a célebre expressão “O SILÊNCIO É DE OURO”. No correr dos
dias e da nossa actividade profissional ou de outra espécie, lá fomos dando
conta (alguns mais do que outros) da razão que assistia a esses abençoados
seres que nos deram o “melhor” dos conselhos.
Há, porém, momentos em que NÃO
DEVEMOS, de forma alguma, seguir este sábio conselho e mantermos a cautelosa
recusa da voz. E é por isso mesmo que vos peço, a vós que ireis para o seio do
perigo e necessitareis de todas as armas possíveis: POR FAVOR, NÃO FIQUEM EM
SILÊNCIO! E, pedindo isto, reforço: oiçam a ordem superior, mas questionem-na
se não a entenderem/ compreenderem ou se sentirem que não serão capazes de
cumprir! Lembrem-se de que nenhum plano de ataque é cumprido com a exactidão da
projecção no papel e que os riscos, que surgem quando menos se esperam, têm de
ser evitados.
Para além disso que escrevo nas
linhas acima, ainda vos digo mais: usem a “porcaria” dos rádios! Sei que há
muitos que não os utilizam por vergonha, para evitar a crítica que outros fazem
à excessiva utilização do rádio, muitos dizendo que “os incêndios não se apagam
por rádio!” Lembrem-se que é através das comunicações que todos temos
consciência dos perigos ou das oportunidades do ataque a um incêndio: eles
servem, portanto, para questionar, para informar e, em suma, para nos ajudar a
manter vivos.
Para terminar, e para que todos
tenham uma boa missão, deixem-me voltar, insistentemente, à sabedoria popular
para a “virar do avesso”. Todos sabemos, por isso tantas vezes nos calamos, que
“pela boca morre o peixe”, mas também sabemos que, se optarmos pelo silêncio
obediente perante uma decisão claramente errada de quem comanda, PELA BOCA
MORRERÁ O BOMBEIRO!
Moimenta da Serra, 6 de Maio de 2014
Daniel António Neto Rocha
(publicado no Portal Bombeiros.pt)
sábado, maio 03, 2014
Instantes teatrais na Feira Ibérica de Turismo - Guarda (01-05-2014)
quinta-feira, maio 01, 2014
Pensalamentos #229 - punho
cair na desordem
gato vadio
com o norte no faro
vadio
com as sete vidas em punho
gato vadio
com o norte no faro
vadio
com as sete vidas em punho
quarta-feira, abril 30, 2014
Sair de um 31 dá em desconto! Só no dia 30 de Abril de 2014!
Dias especiais merecem tratamentos especiais.
Hoje, dia 30 de Abril (entre as 00h01m e as 23h59m), o livro "Refracções em Três Andamentos" está disponível para envio por correio com um desconto muito especial. Assim, o meu primeiro livro de poesia estará disponível não por 10€ mas sim ao preço promocional de 5€. Para beneficiar deste desconto, terão apenas de fazer a encomenda (para o endereço de email silenciosasdiscussoes@gmail.com, referindo no assunto Encomenda Refracções) e efectuar o pagamento até às 23h59m do dia 30 de Abril (mediante indicações fornecidas através do mesmo endereço de email).
Nota 1: esta promoção decorre apenas durante o dia 30 de Abril e apenas no blogue.
Nota 2: promoção limitada aos exemplares existentes.
Como comprar ou encomendar o livro "Refracções em três andamentos"? (actualizado)
(Actualizado no dia 04-04-2015)
O livro "Refracções em três andamentos" está neste momento à venda em Famalicão da Serra (na casa de infância deste vosso humilde servo) e em Moimenta da Serra - Gouveia, (na casa actual).
Para efectuar encomendas para fora dos locais indicados basta enviar um email para silenciosasdiscussoes@gmail.com, referindo no assunto da mensagem: Encomenda do livro REFRACÇÕES. Para um envio mais rápido, juntem logo a morada para onde pretendem o envio do livro.
O preço é este:
- Compra num local de venda ou ao autor =9 euros 5 euros
- Envio através dos CTT =10 euros 6 euros*
* Já inclui despesas de envio.
Atenção: sobram cerca de 10 exemplares. Depois destes, não há reedição.
O livro "Refracções em três andamentos" está neste momento à venda em Famalicão da Serra (na casa de infância deste vosso humilde servo) e em Moimenta da Serra - Gouveia, (na casa actual).
Para efectuar encomendas para fora dos locais indicados basta enviar um email para silenciosasdiscussoes@gmail.com, referindo no assunto da mensagem: Encomenda do livro REFRACÇÕES. Para um envio mais rápido, juntem logo a morada para onde pretendem o envio do livro.
O preço é este:
- Compra num local de venda ou ao autor =
- Envio através dos CTT =
* Já inclui despesas de envio.
Atenção: sobram cerca de 10 exemplares. Depois destes, não há reedição.
terça-feira, abril 29, 2014
Pensalamentos #228 - quase no fim
instante
indefinido ou mordaz
quase no fim da linha
quase no fim
de tudo
do instante
do fim
quinta-feira, abril 24, 2014
Pensalamentos #227 - urgente
o silêncio
urgente
cegou-me a ânsia
e calou-me a alma
ateando os sons
duros
nas fímbrias
da ilusão
urgente
cegou-me a ânsia
e calou-me a alma
ateando os sons
duros
nas fímbrias
da ilusão
quarta-feira, abril 23, 2014
terça-feira, abril 22, 2014
Pensalamentos #225 - gigantes
ter gigantes
sobre os meus ombros
empoleirados para um bem maior
e ser o garante
infeliz
da sua ascensão
sobre os meus ombros
empoleirados para um bem maior
e ser o garante
infeliz
da sua ascensão
quinta-feira, abril 17, 2014
Gabriel García Márquez: tanto que ficou por escrever
Em 2002, ano em que me divertia noite dentro com livros, Gabriel García Márquez lançava "Viver para contá-la" a então primeira parte daquilo que se pensava vir a ser uma autobiografia em dois volumes. "Devorei" aquele pequeno tesouro em dois ou três dias e esperava ansiosamente a sua continuação. Com o passar do tempo e com as más notícias que a saúde de García Márquez gritava, comecei a temer não vir a conhecer essa segunda parte. Hoje a pior notícia chegou!
Claro que já algo naquele homem estava silenciado, fazendo lembrar o início do seu primeiro conto publicado, "A terceira resignação": "Ali estava outra vez o
ruído. Aquele ruído frio, cortante, vertical, que tão bem conhecia já, mas que
agora se lhe apresentava agudo e doloroso, como se de um dia para o outro se
tivesse desabituado dele." E é este silêncio, tão pleno de palavras, que hoje ganha vida com a morte de um García Márquez que eu, na minha leitura, aprendi como simples e tremendamente vivo!
Até sempre, Mestre Márquez!
A mais velha profissão do mundo
E ao contrário daquilo que os "gulosos" esperariam, não, não se trata de prostituição mas, sim, de algo muito similar. É impressionante como, em quem se quereria isento e capaz de analisar a realidade de forma coerente, se assiste à proliferação da opinião "nim". Esta, uma espécie de doença rara mas mais antiga do que a até agora apelidada como a mais antiga do mundo, consiste na avença (paga, claro está) a determinadas figuras que empestam jornais, televisões e rádios, e que se acotovelam na defesa intransigente do líder (que, leia-se, não é só o que tem o poder absoluto mas também aquele que tem os pequenos poderes) e das suas decisões, mesmo que estas sejam completamente contrárias àquilo que a figura opinativa pensa, ou melhor, acha!
É, portanto, a mais velha profissão do mundo: a de defensor do chefe de fila!
Basta ler, ver ou ouvir um qualquer meio de comunicação social durante "o poder" de dois partidos diferentes para percebermos as incongruências discursivas de uns e outros. Custará assim tanto ser coerente? Ou o ganho pessoal é maior se optarmos por fazer de conta que até somos um pouco "esquecidos"?
quarta-feira, abril 16, 2014
terça-feira, abril 15, 2014
As portas que Abril abriu #1 - fome
Vários relatórios indicam níveis tremendos de fome ao nível das crianças e a discussão mediática está centrada na forma como Portugal deve sair do empréstimo que a Europa e compinchas fizeram?
As portas que Abril abriu são negras!
segunda-feira, abril 14, 2014
Repentes #37 - os cargos
Há, no dias de hoje, uma interessante e preocupante questão que deveria ser interiorizada e pensada por todos: O que são cargos públicos? Pois bem, isto é algo que, hoje, tem uma leitura muito complexa e muito limitada, pois os cargos públicos de hoje são uma espécie de prémio que se dá a quem "ajuda" a chegar a um determinado sítio. No entanto, e da experiência de cidadania que cada um de nós deve ter, estes cargos devem ser de gente capaz e competente para melhorar a "coisa pública" que se gere. É este o caso em Portugal? Não, não, não. Não estará na hora de nós, eternos culpados pelo mal do país, começarmos a exigir e a forçar que haja responsabilidade, e não desvios, na gestão daquilo que nos sai do bolso? Vejam o caso das mais recentes notícias sobre fundos europeus e de um desejo intenso dos gestores portugueses em ter mais dinheiro para estradas. Isto é responsabilidade?
sexta-feira, abril 11, 2014
Pensalamentos #222 - preocupação
a preocupação
ronda ronda ronda
em ziguezagues
turbulentos
em demandas singulares
em vistas curtas e umbiguistas
em ziguezague em ziguezague em ziguezague
olhando
só
só
pensando
só
só
em si
ronda ronda ronda
em ziguezagues
turbulentos
em demandas singulares
em vistas curtas e umbiguistas
em ziguezague em ziguezague em ziguezague
olhando
só
só
pensando
só
só
em si
quarta-feira, abril 09, 2014
Pensalamentos #221 - sei
dar conta
dos dias e das horas das mentiras
sensíveis
e correr
agressivamente
os segundos que faltam
para o fim
dos dias e das horas das mentiras
sensíveis
e correr
agressivamente
os segundos que faltam
para o fim
segunda-feira, abril 07, 2014
Pensalamentos #219 - silêncio
e o silêncio
outrora ingrato e cruel
começa a parecer-me grato
nos olhos de quem o assume
infiel
outrora ingrato e cruel
começa a parecer-me grato
nos olhos de quem o assume
infiel
sábado, abril 05, 2014
Nova imagem da Câmara Municipal da Guarda
Ao ver as imagens e as frases (escritas e ditas) da nova "imagem corporativa" da Câmara Municipal da Guarda, nem sei como fiquei.
Sim, cores vivas, alegres, parecendo que o arquitecto Tomás Taveira chegou à cidade, e merecedoras de enriquecer os próximos cartazes carnavalescos. Mas, sinceramente, é assim que deve ser uma imagem formal de uma cidade? Não concordo! E desculpem lá por isso! A justificação parece aparecer no vídeo de explicação da construção da nova imagem e a associação com "o dar cor à vida das pessoas" é demasiado demagógica e digna de figurar em manuais de enganos. A vida das pessoas, para este senhores, melhora apenas com o apogeu da "imagem" e da "cor"? Espero bem que não, senhores, e que este princípio seja apenas uma postura colorida para o lado fanfarrão da vossa actuação. Sim, estou a dizer que espero que também haja o outro lado - o do trabalho honesto e não ludibriante.
Por outro lado, a frase é dúbia em demasia (e eu até gosto de caleidoscópios linguísticos) e fez-me logo pressentir uma associação não muito favorável: "cada um por si". Admito que possa ser uma ligação estranha, mas sendo possível... leva ao descrédito. Para além disso, todos sabemos que existe ostracização na cidade, seja qual for o partido (pois as famílias, senhores, continuam a mandar).
Para terminar, aquela pequena imagem associada à cultura... Não é possível colocar o ponto mais alto virado para baixo, rodando a imagem 180º? É que com aquele castanho... parece uma "poia"! Espero que não seja um mau prenúncio para aquilo que aí virá na cultura!
Já o facto de o designer dizer que se baseou numa caixa tridimensional... nem sequer vou comentar!
quarta-feira, abril 02, 2014
Crato desmonta o imbróglio
O texto que o jornal "Público" utiliza como forma de chamar a atenção da notícia na sua página do Facebook é elucidativo: "O mapa de Portugal regressa às salas de aula. Desta vez não há ultramar, só mar." Crato e os seus compinchas são a nova face de uma política antiga e incapaz de fugir à totalitarismo e à autodeificação. E até a colocação dos enganosos mapas é "aconselhada" para a mesma hora, numa estupidificante acção de propaganda ideológica e de aparente enobrecimento do acto. O senhor Crato não quer também rezar o "Pai Nosso" enquanto se agradece ao criador o facto de sermos portugueses cheios de água? (Nota: sou católico e percebo bem a ironia que utilizo.) Absurdo, estupidificante, presunçoso, arrogante e, também, de um nacionalismo "bacoco" e "balofo" que faz lembrar as mais primárias acções da corja de Salazar! "Não discutimos a pátria!" faltará afirmar a pulmões pujantes a este pequeno tirano de falsas insinuações. Grande Portugal, feito de água! Sim, agora é mais fácil perceber por que é que vamos metendo tanta e de forma imparável! Em mês de Abril, daquele Abril que se diz da liberdade, faltará alguém fazer uma grande análise aos valores de Abril que são preconizados e efectivados pelos "donos da democracia"!
O senhor Crato virá dizer que ele, sim, viveu e sofreu com a ditadura. Eu, bem mais novo, não vivi nem sofri com "aquela ditadura". Conclusão: ele não aprendeu nada com aquilo que viveu e que (duvido, mas...) sofreu; eu aprendi com "aquela" e com esta que agora vivemos!
terça-feira, abril 01, 2014
segunda-feira, março 31, 2014
Teatro do CalaFrio: "MAS ERA PROIBIDO ROER OS OSSOS", de 9 a 12 de Abril no TMG
É, com toda a certeza, um novo projecto teatral com futuro garantido e com qualidade superior. A sua estreia é a 9 de Abril na Guarda, onde ficará também os três dias seguintes, e conta com a nota de criatividade de Américo Rodrigues e com uma equipa de actores fantástica.
A não perder!
"A partir de "Carta ao pai" e "Relatório a uma Academia", de Franz Kafka.
Neste espectáculo cruzam-se dois textos de Frank Kafka, um dos autores mais importantes (e perturbantes) da literatura ocidental: “Carta ao pai” e “Relatório a uma Academia”.
“Carta ao pai”- Em 1919, Franz Kafka escreveu ao seu pai, o comerciante judeu Hermann Kafka, uma longa carta Na missiva, que nunca chegou a ser enviada, o escritor exprime a sua mágoa em relação ao um pai severo e dominador, que o autor apelida de “autoritário”, "tirano", "rei" e "Deus". Esta peça literária é, sobretudo, uma obra de auto-análise. Kafka escreve sobre a educação perversa que recebeu, considerando que lhe destrui a auto-estima e o condenou ao medo de nunca corresponder às expectativas. Uma sinceridade extrema trespassa esta carta que nos fala, implacavelmente, da nossa fragilidade como humanos.
“Relatório a uma Academia”- Kafka narra a história de um macaco que decidiu tornar-se humano, através de um processo de imitação; fumar cachimbo, cuspir, falar, etc. Depois de domesticado o macaco entrou para um teatro de variedades e chegou a tornar-se uma vedeta no mundo dos espectáculos. Aos sérios doutores de uma Academia revela, no entanto, que “no sexo” continua a ser um macaco. O percurso do símio e da sua transformação são contados de forma "científica", com toques de cariz rocambolesco plenos de comicidade."
Neste espectáculo cruzam-se dois textos de Frank Kafka, um dos autores mais importantes (e perturbantes) da literatura ocidental: “Carta ao pai” e “Relatório a uma Academia”.
“Carta ao pai”- Em 1919, Franz Kafka escreveu ao seu pai, o comerciante judeu Hermann Kafka, uma longa carta Na missiva, que nunca chegou a ser enviada, o escritor exprime a sua mágoa em relação ao um pai severo e dominador, que o autor apelida de “autoritário”, "tirano", "rei" e "Deus". Esta peça literária é, sobretudo, uma obra de auto-análise. Kafka escreve sobre a educação perversa que recebeu, considerando que lhe destrui a auto-estima e o condenou ao medo de nunca corresponder às expectativas. Uma sinceridade extrema trespassa esta carta que nos fala, implacavelmente, da nossa fragilidade como humanos.
“Relatório a uma Academia”- Kafka narra a história de um macaco que decidiu tornar-se humano, através de um processo de imitação; fumar cachimbo, cuspir, falar, etc. Depois de domesticado o macaco entrou para um teatro de variedades e chegou a tornar-se uma vedeta no mundo dos espectáculos. Aos sérios doutores de uma Academia revela, no entanto, que “no sexo” continua a ser um macaco. O percurso do símio e da sua transformação são contados de forma "científica", com toques de cariz rocambolesco plenos de comicidade."
sábado, março 29, 2014
Pensalamentos #217 - ?
dúvida
sentar-se a um canto
preso nas teias visíveis
olhar o vazio e as linhas cruas
enquanto, fora,
as ruas limpam os pés
silenciosos
quinta-feira, março 27, 2014
A não esquecer, porque é Dia Mundial do Teatro
Já sabem: vão ao teatro! Hoje, amanhã e sempre, mantenham um espírito de questionamento e não percam a oportunidade de apreciar o trabalho de quem tanto se esforça para vos agradar!
Mundo de outro mundo, o teatro vive muito para além da realidade, imitando-a, por vezes, e substituindo-a, quase sempre!
Gostava de poder editar hoje uma peça de teatro, mas terei ainda de esperar algum tempo para que isso possa voltar a acontecer. Para já, aqui fica uma imagem de uma das últimas peças em que tive o prazer de mergulhar. A foto é do Ricardo Marta. Apresenta um momento de uma das peças com que o Teatro do Imaginário (Manigoto) promoveu em Pinhel as Casas do Juízo! Na imagem têm o Daniel e o Daniel!
quarta-feira, março 26, 2014
Teatro: novos desafios
Gosto de desafios e o que se segue é bem diferente de quase tudo.
Rua, envolvência, múltiplos cenários e um montão de oportunidades e dificuldades cénicas!
Estes desafios são formidáveis!
terça-feira, março 25, 2014
segunda-feira, março 24, 2014
Guarda sede das comemorações do 10 de Junho de 2014
Segundo o jornal A Guarda ( ver aqui ), Cavaco Silva, presidente da República, confirmou já a Guarda, cidade, como sede em 2014 das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das
Comunidades Portuguesas. Nada que me surpreenda, conhecendo-se a "filiação" e empatia que Álvaro Amaro tem com o actual Presidente da República.
Como costumo ser um rapaz que pensa por antecipação, já estou a começar a imaginar a lista de "ilustres" que merecerão a homenagem e as condecorações a que a praxe obriga. E, confesso, não me parece que a cidade se vá ver identificada em algumas delas, pois a onda cavaquista é bastante longa.
Quanto ao destaque nacional para a cidade, seja ele bem-vindo!
domingo, março 23, 2014
"A poesia é o mistério de todas as coisas" com algumas fotos (actualizado)
Foto de poema com Canhoto musical (foto minha) |
(Foto de Elsa Fernandes) |
(Foto de Vasco Pires) |
(Foto de Armando Neves) |
Foi uma noite de intensa comemoração da poesia. Num ambiente intimista, rodeados de amigos, conhecidos e gente menos conhecida, lá nos envolvemos no agradável e tão enriquecedor mundo da poesia. Gostos diversos, sorrisos em dose industrial e a comunhão da liberdade e da diferença. Partilhei poemas meus e espero que tenham trazido aos presentes alguma da satisfação que o dia triunfal da criação de cada um deles me trouxe a mim. Foi uma boa noite e um amanhecer nocturno para a esperança guardense (pelo menos naqueles que partilharam a noite!).
quinta-feira, março 20, 2014
O Dia Mundial do Teatro em Celorico da Beira: 29 de Março "A Casa da Memória" sobe ao palco
Ter uma peça escrita por nós a servir de celebração do Dia Mundial do Teatro é um prazer! E é isso mesmo que irá acontecer já no próximo dia 29 de Março, pelas 21h30, no Centro Cultural de Celorico da Beira. O Teatro do Imaginário, do Grupo de Amigos do Manigoto, vai apresentar "A Casa da Memória" em mais um palco do distrito e espero que possam ir ver o fantástico trabalho que fazem!
Não percam!
"Comemorando-se no dia 27 de Março o Dia Mundial do Teatro, vai esta
Câmara Municipal assinalar esta data, com a apresentação, no dia 29 ,
Sábado, às 21.30h no Centro Cultural , da peça de teatro “A CASA DA
MEMÓRIA”, pelo Teatro do Imaginário – Grupo de Amigos do Manigoto.
"A Casa da Memória" é uma história de encontros e desencontros
passada no centro de uma aldeia tipicamente beirã - o Manigoto. Por ali
não faltam as brincadeiras de rua, as tropelias das crianças, as
galinhas e os burricos, o sino a rebate, e as beatas, os padres, os
apaixonados, e todo um imaginário registado desta aldeia do concelho de
Pinhel. Humor e emoções, com um final em festa!
Encenação e imagem de Alexandre Sampaio a partir da obra “A Casa da Memória” de Daniel António Neto Rocha
Interpretação de: Ana Mesquita, Bernardo Cerdeira, Daniel Ferreira, Diogo Cerdeira, Diogo Paulino, Fernanda Fernandes, José Ferreira, Maria Gonçalves, Maria Luisa Mesquita e Sofia Paulino.
Desenho e operação de luz: António Freixo
Apoio cenográfico de : Abel Santos" (Fonte: Câmara Municipal de Celorico da Beira)
Interpretação de: Ana Mesquita, Bernardo Cerdeira, Daniel Ferreira, Diogo Cerdeira, Diogo Paulino, Fernanda Fernandes, José Ferreira, Maria Gonçalves, Maria Luisa Mesquita e Sofia Paulino.
Desenho e operação de luz: António Freixo
Apoio cenográfico de : Abel Santos" (Fonte: Câmara Municipal de Celorico da Beira)
Poesia, amanhã, na Guarda
Amanhã, apareçam e juntem-se a nós na celebração da poesia. Numa organização do Teatro do CalaFrio e da Casa de São Vicente, na Rua da Trindade, nº8A, Guarda, acontece a sessão A POESIA É O MISTÉRIO DE TODAS AS COISAS, assinalando o Dia
Mundial da Poesia.
Participam José Neves, Valdemar Santos, Américo Rodrigues, Fátima Freitas, António Godinho, José Monteiro, o projecto Ai! (de César Prata e Suzete Marques) e o saxofonista Carlos Canhoto, entre outros.
Participam José Neves, Valdemar Santos, Américo Rodrigues, Fátima Freitas, António Godinho, José Monteiro, o projecto Ai! (de César Prata e Suzete Marques) e o saxofonista Carlos Canhoto, entre outros.
Vamos ler poesia, respirar poesia e beber à poesia!
A sessão começa pelas 21.30 horas.
O preço da vergonha universitária: 42 milhões de euros
Sim, ficámos hoje a saber o custo da traição que as Universidades portuguesas fizeram a todos os seus alunos, negando-se a tomar partido numa questão que as enterrou na lama da desconsideração e da nulidade das suas competências formativas.
Alguns meses depois de este mesmo Governo, que agora dá "lampeiro" a esmola caridosa, ter considerado que o trabalho das Universidades não merecia credibilidade, percebe-se o porquê e o custo do "silêncio compincha": 42 milhões de euros!
Este é, a partir de agora e sem a garantia de ser pago, o primeiro vislumbre (primeira tranche?) da vergonha universitária e, claro, o vislumbre daquilo que é o ensino universitário dos nossos dia: um mero ponto de passagem! Razão tinha Torga quando, com uma visão profética, declarou que tinha por lá passado "como cão por vinha vindimada." Nem ele reparando nela nem ela reparando nele. Claro está que, nos dias que correm, a Universidade repara no número de cabeças que por ali entram, mas só para efeitos contabilísticos, e não tem em consideração nada mais. É pena, pois a educação deveria ser o seu centro de acção!
«"Interrogado sobre se garantia que os
montantes cortados em excesso nos orçamentos das instituições,
relativamente aos que estritamente corresponderiam aos novos cortes
salariais aplicados aos seus trabalhadores para 2014, o secretário de
Estado respondeu afirmativamente, referindo que, com os dados da
execução orçamental de Fevereiro, ou com os de Março, as contas seriam
feitas e os orçamentos das instituições seriam reforçados com as
diferenças (previstas em cerca de 42 milhões no total do sistema), na
altura da aprovação do próximo orçamento rectificativo", lê-se num
comunicado da Federação Nacional de Professores (Fenprof) divulgado
depois da reunião.» (Público)
quarta-feira, março 19, 2014
Em idos tempos na Guarda #1
Uma aluna, daquelas nervosas e preocupadas com o muito que ainda havia para fazer,"bombardeou-me" um dia com mil e muitas perguntas sobre um trabalho que estava a fazer, um relatório. Hoje deparei-me com as respostas que lhe dei naquele dia e aqui fica um exemplo.
5.º - Na discussão e conclusões é para [fazer o] quê?
Na discussão... deves mandar vir contigo própria! E se aparecer a tua mãe, pai, irmãos, manda vir com eles também! Ok? Mais a sério... A discussão serve para tu referires o porquê de uma opção que tomaste. Porque não escolheste outra cor? Porque seguiste determinada ideia? Deves tentar fazer essa diferenciação.
Conclusões? Conseguiste bater em alguém? Deu resultado descarregar a fúria na pobre velhinha que passava na rua? Deves referir se o resultado final é satisfatório. Se evoluíste em relação ao que pretendias fazer no início do trabalho. Etc..
Na discussão... deves mandar vir contigo própria! E se aparecer a tua mãe, pai, irmãos, manda vir com eles também! Ok? Mais a sério... A discussão serve para tu referires o porquê de uma opção que tomaste. Porque não escolheste outra cor? Porque seguiste determinada ideia? Deves tentar fazer essa diferenciação.
Conclusões? Conseguiste bater em alguém? Deu resultado descarregar a fúria na pobre velhinha que passava na rua? Deves referir se o resultado final é satisfatório. Se evoluíste em relação ao que pretendias fazer no início do trabalho. Etc..
Se resultou?
Boa pergunta!
Penso que sim, pois o nervosismo e o excesso de dúvida têm de se combater com bom humor e com concentração no objectivo final!
terça-feira, março 18, 2014
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