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quarta-feira, junho 12, 2013
terça-feira, junho 04, 2013
Crónica dos caminhos para as autárquicas 2013 (parte dois): as esquerdas(*) - 16. Crónica Diária na Rádio Altitude (4.ª temporada)
1. Esta
minha incursão de hoje vai visitar as esquerdas que se passeiam pela Guarda e
que, com toda a margem de subjectividade que me é permitida, era suposto que
trouxessem algum tipo de partilha do bem comum a todos os cidadãos. Haverá
necessidade de voltar atrás no tempo para se verificar o potencial dos que
agora se perfilam para a guerra, mas tentarei olhar com atenção para o que
estes cabeças de lista podem trazer para a batalha autárquica futura. Como o
Bloco de Esquerda ainda não tem um candidato assumido, o que podemos esperar da
sua candidatura é uma posição de ataque constante a políticas velhas e caducas,
e a actuantes políticos da Guarda que nada, ou quase nada, fizeram para colocar
um caminho sustentado debaixo dos pés das gentes do concelho. Para além disto, nada
mais poderei referir sobre esta alternativa bloquista até à sua apresentação.
2. Ao
nível dos candidatos, a grande surpresa é Mário Martins. Não conheço a sua intervenção
política, visto que o conheço de outros quadrantes, por exemplo o cultural e o
ambiental. Daí a minha imensa surpresa quando o vi como candidato pela CDU. Pesquisei
e reparei que no sítio do partido é referido como um independente. E é apenas
este ponto que me deixa completamente espantado, pois não conhecia este tipo de
abertura à sociedade por parte do Partido Comunista Português. Avancemos! Mário
Martins sabe que as suas hipóteses são reduzidas, até pela história, mas não se
resigna a figura de cartaz. Disponibilizou no seu blogue o discurso de
apresentação onde surge já todo o programa de acção, mostrando estar consciente
daquilo que, segundo a sua visão, será o melhor caminho para o concelho. De
forma corajosa e muito interessante, assume que tudo deve partir do campo e do
ambiente até chegar à cultura. Bem sei que não é neste tabuleiro que se decide
algo, mas penso que Mário Martins terá um papel muito importante na definição
do debate que se seguirá.
3. O Partido Socialista é o
grande enigma do momento! Não se sabia que era um partido fracturado, visto que
sempre houve um grande respeito pelo líder, por um lado, e uma grande sede de
beber na fonte, pelo outro lado. Apostar no PS da Guarda era como apostar no
cavalo que já se sabia ser o vencedor, uma vez que o jogo assim estava
construído. Traído ou enovelado pelo partido durante anos, finalmente e numa
disputa interna do partido José Igreja consegue uma vitória e, puff!!, a cisão
acontece. A pergunta do milhão de euros é: O que representa Igreja para os
militantes socialistas e para os fazedores da ordem política na Guarda? Todos
sabemos que Igreja é um dos bons advogados da cidade e que a sua carreira pode
ficar prejudicada com este assumir da pasta política. Da parte dele parece
existir o querer servir a res publica
e o querer responder ao apelo da população cansada de assistir a benefícios de
uns e outros. A sua vitória interna foi lida como um corte com o passado e o que
se seguiu pode indiciar uma questão importante: podemos estar, efectivamente,
perante uma candidatura de renovação da política socialista concelhia. É que os
consensos sempre foram conseguidos e aqui parecem não interessar. Logo, ou o
mal está na política nova que alguém quer implantar ou o mal está na política
velha que alguém poderá ter interesse em preservar. Em breve saber-se-á, mas
cheira-me a alguma prepotência! Avancemos! Qual é a novidade positiva que o
candidato José Igreja traz para esta campanha? Parece-me que é a visão de um
político não de carreira mas de missão, alguém que sente que é chegada a hora
de dar a sua parte de saber à sociedade. Lembremo-nos que a política citadina é
uma espécie de ramo de socialismo enxertado no tronco de um capitalismo mais
selvagem, existindo sempre o benefício de diversos elementos da cidade que se
alojaram no PS e assim engordaram a bom engordar. Com Igreja não se sabe bem o
que lá virá e esse é efectivamente o ponto negativo da sua candidatura. A
deserção de alguns “notáveis” concelhios do partido, alguns dos quais parecem
querer continuar disseminados no meio de duas candidaturas, pode ser, sem
ironias, um bom prenúncio para o futuro de Igreja, caso este saiba daí tirar
dividendos, mas o facto de não haver uma apresentação rápida e clara das suas ideias
e da sua equipa de trabalho poderá ser interpretada como uma tentativa de
esconder o jogo e as suas reais pretensões. Posto isto, como advogado que é,
defina-se José Igreja e apresente as provas de forma clara e honesta para que o
júri não faça más interpretações.
Moimenta da Serra, 3 de Junho de 2013
Daniel António Neto Rocha
(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 4 de Junho de 2013 -
disponível em podcast em Altitude.fm)
(*) Disponível por tempo limitado
domingo, junho 02, 2013
Crónicas na Guarda
A crónica desta Terça-feira (dia 4 de Junho) na Rádio Altitude fará uma visita às esquerdas concorrentes à Câmara Municipal da Guarda. Pelo que sei, há neste momento duas candidaturas de partidos de esquerda que já foram formalmente apresentadas. Logo, é nessas duas que incidirá a minha singela e despreocupada análise. Sabendo eu que ninguém a ouvirá ou lerá, até posso dizer duas ou três coisas mais conflituosas. Para daqui a cerca de duas semanas (dia 18), ficarão as candidaturas da direita e uma pequena súmula do "tudo" ou do "nada" que estas eleições trarão ao concelho.
sábado, maio 25, 2013
Fechar o dia de hoje
(Foto de Sérgio Cipriano - "staff-ride" do Curso de Combate a Incêndios Florestais em Famalicão da Serra) |
Sugiro-vos, neste encerrar de dia de Curso de Combate a Incêndios Florestais, uma leitura a uma pequena crónica que deixei incompleta aqui (para lerem a versão completa basta seguirem o link para o Portal Bombeiros.pt). Já que o tempo vai começar a ficar "quentinho", é sempre bom ficar a conhecer um pouco os homens e mulheres que vão passar o Verão a correr. Abraço a todos os bombeiros e, não se esqueçam, voltem bem e com saúde às vossas casas.
terça-feira, maio 21, 2013
Crónica dos caminhos para as autárquicas 2013: as independências (parte um) (*) - 15. Crónica Diária na Rádio Altitude (4.ª temporada)
1. Começo
hoje a fazer uma análise aos caminhos políticos que culminarão nas Eleições Autárquicas
2013 e aos protagonistas que vão aparecendo. Estas minhas análises não são de um
entendido na matéria política ou de um comentador profissional. Sou apenas um
cidadão que lê o que se escreve e o que se diz, e que se preocupa com o futuro que
terão as suas terras do berço, tendo uma
clara percepção dos joguinhos e dos oportunismos políticos que teimam em não
desaparecer das ruas escuras da Guarda. São estas sombras vampirescas de falas
angelicais que temos de desalojar a todo o custo, uma vez que é impensável
criar a tão desejada cidade sustentável e sustentada quando ela sacia a jorros,
qual ama-de-favores, os eternos chupistas que, habitando os bastidores, se
refastelam eternamente de pança inchada ao sol. E é este o meu propósito: olhar
e perceber, ao mesmo tempo que comunico aquilo que vejo e aquilo que se apresta
a acontecer. Vou exagerar, perguntam vocês. Sim, possivelmente, mas no meu
exagerar verão que há questões que são extremamente curiosas e oportunas e,
pergunto agora eu, não teremos nós de exagerar para depois haver uma, por mais
pequeníssima que seja, reflexão sobre a matéria?
2. A
candidatura independente de Baltasar Lopes. Do cabeça de lista sei aquilo que
todos sabem e que são factos públicos: presidente de junta, deputado da Assembleia
Municipal, principal motor de uma triste e escusada censura a um cidadão e
obreiro de uma jogada de mestre que o colocou como principal beneficiário na
exploração da praia fluvial da freguesia que preside ou presidiu. Depois disso
o vazio é pontuado com o seu anúncio de candidatura, com a distribuição de um
folheto com uma espécie de apresentação pessoal do candidato e com as recentes
referências à sua retirada da política caso não fosse eleito e a uma frase
enigmática: “nalgumas [freguesias] não vale a pena [ter lista] porque há lá
meia dúzia de pessoas”. Estará o candidato, cuja lema é “Juntos pela Guarda”, a
referir-se ao pequeno universo de votantes que existem naquelas freguesias ou
será uma referência a ódios de estimação que terá por determinadas pessoas das
freguesias em questão. Sendo efectuada uma ou outra leitura, talvez o candidato
queira mesmo retirar-se, após as eleições, de toda a participação política. E
faz muito bem se o fizer!
3. Noutro campo de
independência surge a candidatura de Virgílio Bento. Este traz para o seu lado,
para além desse epíteto de independente, as cores desavindas dos arco-íris
monocolores laranja e rosa. O papel e a capacidade de Bento como autarca são
reconhecidos por todos nós, mas afundam-se nos exageros que aparecem e que
aparecerão criados pela sua ainda secreta base de apoio a estas eleições. Dizem
alguns apoiantes (identificados) que Bento é o único elemento do, até há pouco
tempo, actual elenco autárquico que foi brilhante e que não cometeu qualquer
erro, faltando, por estes dias, atribuir-lhe o papel de profeta curador das
chagas dos pobres e de principal baluarte da ordem mundial. Se é para exagerar,
exagerem em grande! Antes deste papel enquanto autarca, Bento dava aulas e bem,
acreditando eu no que escrevem alguns seus antigos alunos. Claro que, para
construir uma opinião, isto não chega! O candidato principal é bom, este é um
facto, mas a sua ascensão é problemática e levanta muitíssimas questões. A
primeira é o porquê de um socialista que defende a liberdade não aceitar o
resultado das eleições que perdeu e que, como é óbvio desde cedo, têm
implicações nas escolhas das equipas de trabalho. Depois, há quem diga que a
sua candidatura é independente e que os vícios dos partidos ficarão de fora,
mas o que parece existir é um curioso ajuntamento de gente com fortes
responsabilidades partidárias nos últimos 12 (doze) anos. Gente essa que é dissidente
dos partidos e que decidiu apostar forte numa espécie de Aliança Democrática tutti
colori com pretensões independentistas, tentando fazer de conta que nada
tiveram a ver com os anos que originaram o mal-estar entre cidadãos e partidos,
e assumindo camaleonicamente uma oportuna capa de escuteiros bem comportados. “Chama-se
a isto branqueamento do passado e resultará com os papalvos da Guarda”, dirão
eles na sombra! Mas será que esta saída estratégica não serve também para
desparasitar os partidos? Desviei-me em demasia do cabeça de lista. Virgílio
tem grandes hipóteses, é certo, mas mais terá se enxotar as velhas sombras
multicolores e prepotentes que lhe segredam ao ouvido já ouvidas lições de
poder e se se rodear com um “exército” pobre, esquecendo os “mercenários” ricos.
É que em Alcácer-Quibir houve um rei que confiou nos mercenários e, diz a
história, em Portugal seguiu-se o indesejável jugo de Espanha. No fundo de tudo
a filosofia bem nos alerta para o facto de os sofismas não terem desaparecido
com a morte de Górgias e de serem cada vez em maior número os sofistas comportamentais
com pretensões políticas e sociais.
Moimenta da Serra, 20 de Maio de 2013
Daniel António Neto Rocha
(*) Disponível por período limitado de tempo
domingo, maio 19, 2013
As minhas crónicas futuras na Rádio Altitude: isenção e real independência
A partir desta Terça-feira (dia 21 de Maio) e até ao final da temporada de programação da Rádio Altitude, onde tenho um imenso gosto em colaborar, farei a minha análise pessoal e extremamente subjectiva sobre as candidaturas já conhecidas (tanto as oficiais legais como as oficiais ainda sem assinaturas para serem consideradas legais como as oficiais que não se sabe se são ou não legais). Serão desassombradas e têm como propósito trazer à onda da rádio uma visão de alguém que não tem "rabos presos" nem qualquer compromisso secreto com ninguém. Por isso, cá vou eu trazer verdadeira independência às autárquicas 2013, pois não sei se de outro modo poderá haver!
terça-feira, maio 07, 2013
Crónica das trovoadas rosas - 14. Crónica Diária na Rádio Altitude (4.ª temporada)
1. A frase já não é de ontem, pois foi verbalizada no ocaso de Abril, mas o nosso quase privativo assessor guardense para as questões meteorológicas, o Vítor Baia, confirmou através da análise científica disponível aquilo que a sabedoria popular vai avançando sobre o mês de Maio. Claro está que ainda não sei qual foi a previsão que lhe foi permitida fazer sobre esta segunda semana de Maio, mas, a ver pela amostra que me atinge, lá virá mais uma semana de inconstante transformação atmosférica e de uma estranha fascinação pela vida de modelo, vestindo e despindo roupas a cada passo do dia.
2. Mas de outras e metafóricas tempestades está a Guarda a ficar repleta e acredito que as próximas semanas serão plenas de agitação escondida e de jogos de bastidores, misturados com trovoadas fortes e tempestuosas onde as comadres se zangam e acabam por descobrir-se um sem número de verdades, quanto mais não seja ali para os lados da sede do Partido Socialista guardense e para os lados da futura sede de campanha do candidato independente que sabemos já existir e que se apresentará mais daqui a pouco. E a questão que se coloca sobre estes assuntinhos é bastante simples e merecerá a atenção de um especialista em matérias meteorológicas que consiga de forma bem mais perspicaz e certeira perceber qual será a evolução deste clima temperado guardense em vias de se transformar em clima agitado guardense. Para já, adianto algumas achas para a fogueira que podem ser úteis na análise mais profunda que a seguir obrigatoriamente se fará. Dizem as enciclopédias que o tempo depende principalmente dos seis elementos meteorológicos que passo a enunciar: a temperatura do ar, a pressão atmosférica, a velocidade e direcção do vento, a humidade, as nuvens e as precipitações. E, verdade seja dita, todos estes factores estão nos picos da sua agitação. Se não acreditam, vejamos! (...)
Gouveia, 6 de Maio de 2013
Daniel António Neto Rocha
(Excerto da Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 7 de Maio de 2013 - disponível em podcast em Altitude.fm)
terça-feira, abril 23, 2013
Crónica ao Miguel “Faísca” ou do problema da diarreia mental - 13. Crónica Diária na Rádio Altitude (4.ª temporada)
1. E sempre que se fala em abuso de poder e se exige uma maior responsabilização dos “pagadores” face aos seus empregados lá vêm os belos e perfeitos exemplares da ilustre massa palradora de Portugal a defender que o que está mal, ouçam bem, é “que os desempregados portugueses ou, simplesmente, os portugueses não gostam de trabalhar e não querem trabalho“. É óbvio que eu não sei onde estas mentes escancaradas se baseiam para dizer isto, mas não acredito que tenham a mais pequena noção dos esforços que pais e mães deste país fazem para conseguirem trabalhar e, assim, conseguirem matar a fome dos seus filhos. Sim, a única parte em que concordo com aquelas palavras abusadoras e claramente de gente que vive dos subsídios ou da carteira da mamã (que até chora por causa das pessoas dizerem que o seu filho, além de oportunista, é um jovem dado para dizer coisas estúpidas) é a parte em que ele quer dizer que os portugueses não gostam de trabalhar para pagar ordenados às sanguessugas que vivem à mama do estado! Sim, eu também não gosto de trabalhar doze meses por ano, para o estado me fazer descontos sobre catorze meses, pois imagina que recebo subsídios de férias e de natal, e para o mesmo estado me recusar qualquer tipo de protecção social caso, e olhem a minha sorte, eu fique sem emprego! Mas o menino Miguel deve gostar! Numa entrevista que hoje tive o azar de ler, o homem diz que não teme ser polémico. O que não diz, mas devia dizer, é que também não teme parecer estúpido e oportunista, pois a vida dele e o seu sucesso assentam claramente nisso mesmo, numa oportuníssima convocação do exemplar Relvas através do Youtube. Novas tecnologias, velhas potencialidades de carreirismo.
(...)
Moimenta da Serra, 22 de Abril de 2013
Daniel António Neto Rocha
(Excerto da Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 23 de Abril de 2013 - disponível em podcast em Altitude.fm)
terça-feira, abril 16, 2013
Crónica Bombeiros.pt: Acerca dos livros e dos bombeiros
(Fotos: Sara Esteves - em reportagem para o Portal Bombeiros.pt) |
1. Tenho muitas vezes a
ousadia de querer encontrar nexos de entendimento entre este mundo dos
bombeiros e o universo da literatura. Não pensem que é por uma questão de
fechar a compreensão das crónicas, mas, sim, por uma questão de construção de
horizontes de significação mais alargados. O que significa isto? Simplesmente
que o mundo está todo inventado nos grandes livros e quem o quiser conhecer e
analisar mais de perto só tem de ler e interpretar os vários autores.
2. Porque me lembrei disto? Porque
neste fim-de-semana (14 de Abril) foi completado o primeiro Quadro de Comando
da história dos Bombeiros Voluntários de Famalicão da Serra. Dito só assim
também não serve de explicação, mas tem tudo a ver com aquilo que nestas datas
se deseja aos recém-empossados. Não é um hábito dar-lhes os “Parabéns”? Claro
que sim, mas, na minha modesta opinião, não é esta palavra que devemos utilizar
nestas alturas. O melhor que podemos desejar a quem assume estas funções são
votos de bom trabalho e de boa sorte. E é isto que todos nós esperamos que
tenham todos aqueles que assumem as funções de comando nos Corpos de Bombeiros,
para que no futuro, quando deixarem de desempenhar estas mesmas funções,
podermos, aí sim, dar-lhes os parabéns!
3. No livro O Nome da
Rosa, de Umberto Eco, encontramos uma história que é, por si, um imenso
mundo de significados e de possibilidades de análise. Não me interessa aqui
desfolhar este livro, mesmo que pudesse aqui tentar lançar as bases de uma
análise quase irreal sobre os métodos mais eficazes de ataque a um incêndio que
ocorre numa grande biblioteca. Mas não é isso que me interessa. Interessa-me
sim o potencial de análise da sua personagem principal: Guilherme de
Baskerville. Construído debaixo do enigmático véu da Idade Média, este frade
franciscano é um observador atento do mundo que o rodeia e um ágil decifrador
de mistérios que se adensam à sua volta. Claro está que isso lhe causa alguns
dissabores, mas nada que o destino não se encarregue de corrigir. Pois bem,
este frade franciscano tem um aprendiz, que o segue pelo mundo e que com ele
apreende aos grandes ensinamentos da vida, até que é hora de se separarem. Mas
é a este aprendiz que ensina a melhor forma de pensar e compreender o mundo.
Diz Guilherme, logo depois de o seu aprendiz ter ficado admirado com a forma
como o Mestre descobre o que parecia impossível de descobrir: “Em toda a viagem te tenho ensinado a
reconhecer os traços com que o mundo nos fala como um grande livro.” E é
este reconhecimento dos traços negativos que existem no mundo dos bombeiros que
eu gostava que acontecesse, visto que permitiria a todos aqueles que “comandam”
melhorar, na realidade, as nossas corporações de bombeiros.
Famalicão
da Serra, 14 de Fevereiro de 2013
Daniel
António Neto Rocha
Importante: ver aqui a foto-reportagem da tomada de posse do 2.º Comandante e do Adjunto de Comando, e da bênção das viaturas adquiridas recentemente!
quarta-feira, abril 10, 2013
Crónica sobre o “cóninhas” do Coelho da Páscoa vingativo - 12. Crónica Diária na Rádio Altitude (4.ª temporada)
1. A
parte mais interessante de viver em Portugal é, como todos sabem, poder de
quando em vez e de vez em quando chegar à conclusão de que não há o raio de um
político que acerte uma única vez. Não estou (claro que estou, mas não o posso
dizer de uma forma muito espampanante!) a dizer que não haja por aí por esse infinito
mar de jovens jotas e de seniores tachistas um outro que, pelo menos, sirva
para melhorar um ou outro canto do país. Mas, na generalidade, talvez só sirvam
mesmo para estrume e mesmo para isso, não sei não. Estão já dois elementos do
auditório com o cabelo em pé? Pois bem, caros ouvintes, em Abril não são só as
águas mil que o ditado popular diz que aparecem mas também as mil e uma
queixinhas que um Primeiro-Ministro “cóninhas” e pieguinhas vem fazer depois de
lhe terem tirado o fato de Action-Man
que tudo pode fazer em nome da sua consciência intimamente capitalista e
bancária. Não pensem que estou a defender a oposição ao Governo, pois também
esses parecem uns desmiolados que querem deitar areia na engrenagem e não
apresentam qualquer solução para este triste país que não seja a das eleições
antecipadas. Irra, é caso para constatar que são tantos os lobbys que criam para favorecer não sei quantos mil dos vossos
partidários nas empresas ou em fundações que vivem à mama do estado e não
conseguem, durante dois ou três mesitos, criar um plano de acção conjunta? E aquele
exemplo mal-amanhado de homo erectus
com orelhas de herbívoro saltitão ainda não aprendeu que ao ameaçar o seu
próprio país e depois defender a diabólica trindade só está a cavar mais fundo
o buraco, mostrando que mesmo que a fome nos mate os esclavagistas continuarão
a ter a anuência do poder político para sugarem o país? (...)
Moimenta da Serra, 8 de Abril de 2013
Daniel António Neto Rocha
(Excerto da Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 9 de Abril de 2013 -
disponível em podcast em Altitude.fm)
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