sábado, outubro 05, 2013

A força dos homens (3)

Passo a passo, lentamente como se quer, a força dos homens vai sendo recompensada e as notícias são encorajadoras. Ainda há um longo caminho a percorrer, mas cá estamos para vos dar a mão e a nossa amizade. Estamos aqui!

Coimbra: TEUC às escuras?

Devido a um conjunto de factores que dariam origem a um ensaio sobre a integração coimbrã e suas variantes, nunca entrei ou visitei as instalações do Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC) com o propósito de integrar a sua equipa de actores. No entanto, a minha grande paixão artística quando entrei para a Universidade era mesmo o teatro. Estive até, só devido às exigências (data de realização de pré-requisitos) de então o não fiz, para ir para Évora onde poderia ter cumprido esse sonho de ser actor. Águas passadas... adiante! O TEUC é um dos grandes nomes culturais de Coimbra e um dos palcos iniciáticos de alguns dos grandes actores portugueses do meio teatral. Isto, por si só, não tem validade? Claro que tem! Por isso penso que é importante focar com atenção um comunicado revelado por este grupo teatral e tentar perceber o que se passa. 
O comunicado é este:

No dia 7 de Outubro o TEUC estreia a sua nova co-produção com o Projecto D - VITRAL.
Ironicamente esta estreia e a respectiva temporada vão realizar-se às escuras. A razão destas circunstâncias prende-se com os cortes que o TEUC tem vindo a sofrer nos apoios por parte da universidade de Coimbra e instituições a ela agregadas (AAC e SASUC). Primeiro cortaram o apoio financeiro, depois o apoio logístico, e finalmente a iluminação.
Não nos restando nenhuma outra hipótese, estreamos às escuras.

Percebemos bem as contingências a que todo o país está sujeito. Todavia, não nos conformamos com cortes cegos, não justificados e camuflados em redes de autorizações burocráticas. Assistimos a um estrangulamento que vai levar à extinção do Teatro Universitário.
Neste contexto é importante perceber que o TEUC é o grupo de teatro universitário mais antigo da Europa em actividade contínua, comemorando este ano o seu 75º aniversário, e pelo qual passaram inúmeras figuras do panorama cultural português. A actividade do TEUC e as suas propostas são reconhecidas por toda a parte mas nunca pela sua cidade. As instituições de Coimbra têm progressivamente deixado de apoiar as nossas actividades subsistindo apenas com o apoio anual da Fundação Calouste Gulbenkian.

Pensamos ser nosso dever dar conhecimento público desta situação e da nossa indignação.

Grata pela atenção,
Pela Direcção do TEUC,
Rafaela Bidarra

Perante este comunicado fiquei algo preocupado com o que se passa em Coimbra e com a falta de unidade académica que isto pode revelar. A sala do TEUC funciona nas instalações da Associação Académica de Coimbra (AAC) e, sendo um organismo autónomo, terá um contrato que lhe dará deveres e direitos de usufruto do espaço. A questão que eu coloco é esta: será que, não havendo dinheiros, a direcção da AAC ou a própria Reitoria não conseguem perceber a importância que este grupo carrega? É que não é só uma questão de história passada mas também uma questão de história futura.
Como não quero ser tão papista como me parece que estará a ser alguém em todo este processo, cabe-me apenas referir que irei acompanhar com redobrada atenção este caso. É que, no meu tempo de dirigente associativo em Coimbra, no Coral de Letras da Universidade de Coimbra (CLUC), estas questões eram resolvidas com um diálogo entre as partes e com o superior interesse das várias partes a ser salvaguardado. Mas talvez a importância da cultura e, especificamente, da cultura centrada nos estudantes esteja a agonizar por terras que são, na base, o centro onde nasceu muita da da cultura portuguesa. 

sexta-feira, outubro 04, 2013

Pensalamentos #130 - bem-comum

ter a plena noção de que o mundo é grande demais para o bem-comum

Acordos na Guarda? #18 - nova Câmara

Mais do que as palavras da campanha, estou agora na expectativa de ver como resolverá Amaro a questão dos pelouros camarários. Não querendo, para já, tecer qualquer juízo de valor sobre algo que ainda não conheço, estou curioso para saber quem ficará com as obras públicas e com as áreas da cultura e da educação. Por um lado, porque as obras públicas sempre obedeceram à lei da proximidade, ou seja, a obra era para o que fosse mais amigo. Como vai ser agora? A área da cultura e da educação interessam-me por uma questão de gosto pessoal. Neste campo, a pergunta para a cultura é: haverá a continuação da aposta na criação e nos criadores locais ou haverá o fechamento nas associações? Na educação: haverá a defesa de um ensino preocupado com a evolução ou, à laia daquilo que se faz por muitos sítios, faremos apenas o essencial para que os pais não chateiem? Vamos ver, efectivamente, o que o futuro nos traz!

Pensalamentos #129 - basta

ganhar inimigos?
basta
respirar bem

quinta-feira, outubro 03, 2013

Olhar a Educação: "A importância do professor tutor no percurso académico"

Há alguns anos, como proposta conjunta que podem ler aqui ("Projecto Pedagógico de Ensino do Português"), propusemos algo que agora (ver o artigo "A importância do professor tutor no percurso académico" aqui) alguns investigadores da Universidade de Coimbra comprovaram através de estudos: a importância da existência, nos dias que correm, de um professor tutor. A nossa proposta, especificamente este ponto, era um olhar novo para o ensino profissional, tal como nós, a Liliana Verde e eu, o imaginávamos então e, penso-o, continuamos hoje a imaginar. Este trabalho deu origem a um artigo mais reduzido: "Re(com)pensar o Ensino do Português – Proposta para um Projecto Pedagógico no Ensino Profissional". In: Cadernos do E.C.B. n.º 3. – Benedita: Instituto N.ª Senhora da Encarnação, Fevereiro de 2010. – p. 85 a 98. 
Gosto de ver este tema na ordem do dia, pois é um mecanismo essencial para recuperar algum do tempo perdido ao nível do nosso ensino e dos crimes cometidos contra ele.

Pensalamentos #128 - novidade

e em pleno
a novidade cumpre-se
destruindo-se
abrindo
o espaço
à outra 
novidade
perpetuando o movimento
e o ciclo
dos novos olhares

quarta-feira, outubro 02, 2013

Pensalamentos #127 - amizades

vêem passar 
em alarido visual
os outros a quem não falam
falando então
por vergonha ou não?

esquecem tudo
ou são levados à amnésia
o dinheiro é tudo
e pouco mais

as sombras amedrontam
e a luz
que querem apagar
lá vai andando
por aí
a deambular

terça-feira, outubro 01, 2013

segunda-feira, setembro 30, 2013

Acordos na Guarda? #17 - notas finais sobre a eleição

"Sem espinhas!" É esta a expressão que me apraz lembrar como pequeno comentário inicial ao resultado, para mim surpreendente, mas nada inesperado, das eleições para a Câmara Municipal da Guarda. Penso que as leituras que possam fazer a crónicas, que apresentei na Rádio Altitude e que aqui publiquei, às quais chamei de "Crónica dos caminhos para as autárquicas 2013", em três partes ( parte 1, parte 2, parte 3 ), podem ajudar a perceber esta minha introdução.
Ao longo destes meses houve uma clara e preocupante (para quem olha para um partido enquanto unidade de valores e ideologias) desagregação do Partido Socialista guardense. Nas crónicas e comentários que fui fazendo neste blogue apresentei algumas das razões que eu penso que podem explicar essa desagregação, mas a principal (ou única) será a desintegração da malha de interesses (o que é bem visível no ódio que alguns "notáveis" assumiram contra o partido que lhes deu nome) pessoais. E aqui vejo eu uma vitória (pequena, é um facto) para o PS que vier a surgir após esta queda: a limpeza está feita e não acredito que "estes arredios de agora" voltem, pois todos perceberíamos que seria a tentativa de voltar a montar a "tenda". Por isso, esta derrota pode fazer bem ao PS.  
Pena que o Mário Martins tenha sido apanhado nesta conjuntura política desfavorável, pois poderia ter sido um elemento de valor acrescentado para um executivo que tem de fazer na Guarda uma espécie de reorganização de muitos dos sectores estratégicos.
O vencedor Álvaro Amaro... pois bem, apetece-me citar-me "(...) Amaro é o representante quase profissional da mudança, só não sei se positiva se negativa, pois são estranhos os interesses guardenses na defesa de uma iniciativa, mas como última etapa da vida política quererá ele construir em vez de destruir, e isto pode ser importante para a definição de uma política e para a decisão do eleitorado." E estou certo que ele irá empurrar as coisas para que sejam positivas.  Acredito que as rendas e dádivas que eram oferecidas a muitos quintais da cidade vão terminar. E, sim, a sua equipa terá de se adaptar a uma situação nova e complicada, pois vícios e manias implementados são factores que emperram qualquer ideia. Mas, faz bem a mudança! Novas ideias, novas formas de actuar e um novo dinamismo que, seguramente, irá substituir o "piloto-automático" que já não era capaz de inovar.
Enfim, eu fiquei, volto a dizê-lo, muito surpreendido com esta vitória estrondosa e sei que Álvaro vem para a Guarda com uma confiança eleitoral que nem ele deveria ter julgado possível. O que só lhe vem trazer um acréscimo de responsabilidade, pois as pessoas/eleitores parecem acreditar que ele pode, ainda, salvar (não sei se é um termo demasiado exagerado) um concelho e liderar um distrito, dando-lhe todas as armas para o fazer.
Recomendação humilde aos vencedores, se me é permitido fazê-lo: não se acabe com o que está bem feito e bem dirigido, em termos camarários, para enveredar numa qualquer aventura imprevisível.

sábado, setembro 28, 2013

Pensalamentos #124

escolha
criteriosa 
entre o vazio
e o inexistente

Acordos na Guarda? #16 - nota quase final (actualizado)

Há, nestas eleições na cidade da Guarda, alguns factos curiosos que não foram referidos ou, se o foram, devem ter sido ditos baixinho não fosse o diabo tecê-las. 
Um desses factos é o caso da participação massiva de independentes nestas eleições, alguns dos quais foram desenterrados propositadamente para estas eleições e outros entenderam ser a altura certa para se declararem, fervorosamente, à virgem não partidária. Dentro destes, há o caso daqueles que desde sempre ligados aos partidos tiveram alguma participação no debate público, expondo, no entanto, ideias dos partidos. Foi curioso ouvi-los e vê-los a dizerem quase a mesma coisa sobre os "outros" que, já não sendo os "outros" iniciais, passaram a ser os "outros" actuais e, possivelmente, não serão os "outros" futuros, pois os "outros" actuais podem bem vir a ser outra vez os "outros" iniciais. Mas... vejamos outros filmes! Depois destes há os que descobriram que existia participação pública e que era salutar a exposição pública das suas ideias com estas eleições. Pena que só o tenham feito com a pretensão de alcançar o "tacho" dourado que ferve as águas mornas da preguiça. Pena, também, que estes, agora, se sintam mal por ter terminado o debate público que iniciaram. Mas... e se, agora, começarem a trazer para a praça pública as ideias independentes que, ao que parece, tanta e tão fecunda discussão geraram? A opinião pública é um dever de todos os cidadãos, sim, mesmo sem estarmos em alturas de eleições, sabiam?
Um dos outros factos, e que me preocupa fortemente, é o pouco investimento político que se fez ao nível das listas naquela que todos os candidatos principais reconhecem ser uma das principais áreas de investimento concelhio (eu diria mesmo a mais importante!): a cultura! Observadas as listas dos dois principais candidatos (Amaro e Igreja) é curiosa a posição daquele que é o candidato a vereador mais relacionado com a cultura: quinto lugar! O Victor Amaral, o meu conterrâneo que me surpreendeu ao apresentar-se nestas eleições, surge num lugar que (dadas as sondagens) não lhe permitirá entrar na vereação. No lado do PS não consigo perceber (honestamente!) quem pode representar a cultura. Logo, parece-me que estamos muito mal, meus senhores, quando deixam de lado a área que representa o potencial diferenciador e enriquecedor que a Guarda adquiriu ao longo de vários anos. Mas... ainda temos o Mário Martins, da CDU, que pode ser a voz que traga essa marca.
Por fim, deixem-me dizer que estas são as eleições que apresentam mais candidatos dos quais não conhecemos uma qualquer ideia ou um qualquer assumir de opinião na praça pública (salvaguardando os cabeças de lista, claro!). Dado esse facto, é difícil perceber o que trarão à Guarda os novos protagonistas políticos.

P.S. - Continuo a pensar que a vitória, dadas as últimas ocorrências, será do PS com uma pequena vantagem sobre o PSD/CDS-PP (talvez a vantagem mais escassa de sempre). A CDU será, para mim, a força política que virá em terceiro lugar.  

P.S. 2 - Há muitas interpretações a fazer sobre este meu post e é por causa de uma dessas interpretações feita por um amigo (que me foi comunicada e com a qual concordo em parte) que quero aqui fazer uma pequena nota: não fiz aqui qualquer comentário sobre a importância cultural dos cabeças de lista, porque, na minha modesta opinião, não os vi como elementos que podem tomar para si a pasta da cultura. No entanto, concordei com a interpretação e, alargando o meu raciocínio aos cabeças de lista, é óbvio que o PS terá feito, através da experiência de Igreja como vereador da cultura de anteriores elencos camarários, um investimento forte (caso ele assuma mesmo a pasta da cultura) naquela que é a área principal para o desenvolvimento do concelho e da região. Sim, penso que este esclarecimento fica bem para que as ideias que vão sendo lidas não sejam mal entendidas!  

quinta-feira, setembro 26, 2013

terça-feira, setembro 24, 2013

Hospital privado ajuda bombeiros!

A resposta foi rápida e meritória. 

IdealMed Unidade Hospitalar de Coimbra Boa tarde Daniel António Neto Rocha, o post continua visível na nossa página, publicado no dia 31 de Agosto. A cronologia do Facebook por vezes não permite visualizar imediatamente todos os posts, mas se pesquisar o mês de Agosto, o referido post surge, da mesma forma que foi publicado. A mensagem da IDEALMED mantém-se, tal como anunciado nesse mesmo post. Obrigado

Fui procurar e aqui está

O meu agradecimento e o meu pedido de desculpa por ter, em parte, julgado mal a empresa hospitalar!