quinta-feira, agosto 08, 2013

quarta-feira, agosto 07, 2013

Pensalamentos #112

Imaginar que do pó
da vida
se erguerá uma gota de sangue
ou uma lágrima tresmalhada.

sábado, agosto 03, 2013

Pensalamentos #110

Entreter os dias perdidos
com palavras doces
e incolores

O regresso do Café Mondego


No próximo mês decorrerá a apresentação de uma antologia de textos do extinto blogue do Américo Rodrigues, o Café Mondego. Não direi, para já, nada mais do que aquilo que penso que deve ser do conhecimento de todos e que, por certo, merecerá a vossa atenção: é um grande momento para a cidade e para a cultura da Guarda ter um pensador a revelar-se nas páginas de um livro.
O blogue Café Mondego foi amado por uns e muito odiado, pois teve sempre como fim o olhar frio e distanciado das conjuras citadinas. O que posso acrescentar é que esta antologia será uma surpresa para todos aqueles que seguem a vida pública e política da cidade, uma vez que (a memória é uma coisa triste!) poderão observar o tempo perdido entre o momento da palavra e do desafio que Américo Rodrigues lançou e a chegada de uma reacção por parte dos políticos e agentes públicos da cidade.
No dia 20 de Setembro, pelas 18 horas, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço - Guarda, far-se-á o lançamento e a apresentação deste livro que será, sem dúvida (respondendo a uma pergunta do António Oliveira), um momento mais importante do que toda a campanha autárquica.

sexta-feira, agosto 02, 2013

Acordos na Guarda? #8 - Jogo escondido com o rabo de fora em Famalicão

As atitudes são o que são e os valores que conduzem as pessoas na vida são cada vez mais esquisitos. Eu já conheço todos estes pequenos pormenores há muito tempo, mas agora, como já disse há uns dias, tenho tido a oportunidade de os conhecer bem melhor e de ver coisas a acontecerem que não imaginava possível. 
O medo! Eis a palavra certa para caracterizar os tempos que correm. E que tipo de medo nos caracteriza hoje? O medo de agir, de enfrentar, de pensar e de ser diferente. Hoje, tudo rola para o favor maior e para o ganho fácil e instantâneo. Por um lugar ou um desconto ou uma mais-valia associada à venda da coluna vertical, calamo-nos e benzemo-nos, esquecendo todos os outros valores que aprendemos a amar e a respeitar. E o silêncio ganha amarras e não se quebra, talvez por vergonha, para aqueles que sempre estiveram, nos bons e maus momentos, ao nosso lado. Mas isto também mostra muito da fibra de que são feitos os homens, não me esquecendo eu de pedir aqui desculpa a quem se sentir atingido por estas palavras que assumo por inteiro, como é costume eu fazer. E, sim, estou a ser um pouco introspectivo demais, mas não se preocupem com isso. 

Tudo isto para dizer duas palavras sobre a visita de uma das candidaturas à Câmara da Guarda a Famalicão da Serra para um encontro com o movimento associativo da aldeia. Pois bem, parece que nem todo o movimento associativo merece consideração por parte desta candidatura. Explico porquê: o Projecto Sérgio Rocha é um movimento que ao longo de sete anos tem sido um dos principais factores de valorização de Famalicão da Serra e da Guarda a nível nacional, pelo menos no que diz respeito ao campo da protecção civil, e terá sido o único movimento da aldeia a não ser “convocado” para este encontro. Como sei isso? Talvez porque sou um dos “tipos” que deveriam ter sido ou convocados ou informados! Por que não o terei sido? A questão é mesmo esta e é preocupante. A resposta: haverá aqui uma atitude de filhos e de enteados que no futuro será bem mais cavada e assegurada. 
Iria eu a este encontro, perguntam vocês. Sim, quero conhecer o que têm estas pessoas a dizer. Uma coisa é eu concordar com as motivações e as “motivadelas” de que padecem estas gentes políticas e superiores. Outra, bem distinta, é eu querer saber quais são as propostas que trazem e fazer perguntas na primeira pessoa. É que eu gosto de fazer perguntas e de ter respostas, de gerar discussão e de tirar conclusões. 
A questão mantém-se então na mesma premissa: o que levou a que eu nem sequer soubesse de nada? E aqui há duas leituras possíveis: ou os pregadores não me quiseram no auditório; ou o auditório não quis mostrar-se mais alargado e mais inquisidor (perguntando eu quem foi o responsável por criar o auditório). Tirando eu uma conclusão mais fina: continuamos em Famalicão (se calhar já não posso usar o nós, mas como ainda não fui oficialmente desterrado…) com baixos níveis de coragem, não só política mas principalmente moral! 

Começa bem a campanha da lista única a Famalicão, começa! Parabéns aos envolvidos que são sombras e, parece que, sombras permanecerão!

quinta-feira, agosto 01, 2013

Repentes #32 – bonito, bonito, é ver os santinhos em muitos e diversos altares


É daqueles efeitos da política que me tocam profundamente e que me deixam sensibilizado para os valores republicanos que muitos apregoam (e, dizem as línguas escondidas) e que até juram segundo rituais secretos e afins. É daqueles momentos quase zen que nos deixam num estado de embriaguez de riso tal que, digo, nem me consigo rir. Sim, estou propositadamente a deixar tudo fechado num metafórico novelo que não convém, para já, desenrolar.
Não é que dou comigo a trabalhar e a aperceber-me de que há gente que tanto dá o ponto num lado (politicamente falando) rosa e outro numa esquisita, mas perfeitamente identificável, conjugação de cores (esta parece um daqueles momentos em que a pantera cor de rosa levou com mil latas de tinta que a deixam de múltiplas cores)?
Mais bonito ainda será ver como se vão movimentar as bestas de louça para resolver mais uma possível remodelação pedagógica. Mas logo vos conto mais!    

quarta-feira, julho 31, 2013

Acordos na Guarda? #7 - listas e desgraça colectiva

Já com quase todas as equipas a mostrarem os dentes e os trunfos, o grande destaque vai para alguns nomes que são piores do que a mulher de César! Mas, disso, falarei lá para meados da próxima semana. Para já, gosto de ver alguns cães de fila bem perfilados e alguns acusadores de esquina bárbaros que, afinal, não têm um só dono! Ou têm e tudo o que disseram até hoje é pura conveniência? Felizmente, a partir de agora posso ter bem a noção de quem são, na realidade, os independentes na Guarda. Ah!, já agora, nos nomes propostos até agora em todas as listas, não vejo um único independente! Pior, vejo que os reis do mundo têm mais tentáculos do que eu pensava. 
Pobre Guarda, não tens qualquer hipótese!

terça-feira, julho 30, 2013

Pensalamentos #109

ver a noite como refúgio
de quem esconde
o olhar atento

Repentes #31 - ecos de Sá Carneiro


Ouvir, como hoje na rádio, sucessivas alusões a Francisco Sá Carneiro como um político diferente e único faz-me pensar em duas coisas: como seria Portugal se ele se tivesse realizado enquanto político; e como seriam os políticos se com ele tivessem aprendido alguma coisa.
Não faço ideia de como era o homem nem sequer o político, mas a história está a pintá-lo com uma aura de perfeição que pode revelar muito.
Caso queiram partilhar comigo as vossas impressões sobre este assunto, façam-no! Eu, seguramente, vou tentar saber mais!