Vejam e percebam o porquê da pequena ausência dos últimos dias. Conhecem alguém neste vídeo?
domingo, março 02, 2014
terça-feira, fevereiro 25, 2014
Momento Zen pouco Zen
Por vezes, ao encontrar pessoas que se vão tornando aos poucos uma necessidade, penso que talvez este mundo não esteja, realmente, cheio de hipocrisias e de meros aproveitadores. Hoje à tarde, numa aula muito especial, percebi que há pessoas muito especiais que nós, por vezes, não temos a sorte de encontrar, mas que, encontrando-as, nos fazem muito bem! Obrigado aos dois!
Pensalamentos #210 - orgulhoso desterro
apátrida
de terra e de campos
cidadão do nada e do tudo
enraizado
no silêncio do mundo
e nas margens sociais
homem
de duros caminhos
e de demandas gloriosas
de terra e de campos
cidadão do nada e do tudo
enraizado
no silêncio do mundo
e nas margens sociais
homem
de duros caminhos
e de demandas gloriosas
Teatro em Pinhel
Em ritmo de velocidade supersónica a "Feira das Tradições de Pinhel" aproxima-se e os momentos teatrais também. Tirar dúvidas, fazer últimos acertos e definir o que houver para definir!
É tão bom andar ocupado!
domingo, fevereiro 23, 2014
O melhor de tudo?
Uma tarde de partilha caseira de um filhote sem sono e de um pai que vai trabalhando aos poucos!
Teatro em Pinhel - 28/02 e 1 e 2/3
Vou ser um dos actores do Teatro do Imaginário (do Grupo de Amigos do Manigoto - GAM) no próximo fim-de-semana em Pinhel (na Feira das Tradições). As peças, que também tive o prazer de escrever, estão relacionadas com a promoção das Casas do Juízo, um espaço do concelho de Pinhel que merece uma visita e uma estadia, e com a afirmação do GAM como grande dinamizador cultural do concelho.
Penso que quem se deslocar à Feira ficará agradado com as nossas propostas!
sábado, fevereiro 22, 2014
X Files guardense #1 - as frases de Amaro
Primeiro, façam o favor de carregar "play" neste vídeo:
E completamente estonteado com a frase de Amaro, esta:
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Agora, sim, posso dizer que estou admirado com a notícia que acabo de ler no "Terras da Beira", que é esta:
"Apesar dos muitos parceiros envolvidos na programação de Carnaval, a
Câmara da Guarda adjudicou, ontem, à Cooperativa Aquilo Teatro,
presidida por Carla Morgado, a «Conceptualização e Implementação do
Evento “Um Alto Carnaval 2014 Guarda Folia”», pelo valor de 41 mil e 850
euros, acrescido de IVA.
Quando questionado na Sexta-feira da semana passada, aquando da apresentação deste evento, sobre o porquê desta prestação da serviços, o presidente da autarquia, Álvaro Amaro, respondeu que «a entidade que ganhou esse concurso ajuda à execução, executa outras tarefas, aquilo que está no caderno de encargos». E disse mais: «Agora, nunca é a empresa que substitui à criação e à imaginação que a Câmara teve.»
O contrato para aquela prestação de serviços, assinado ontem, não contém muitos pormenores, apenas especifica que «o preço contratual que inclui todos os custos, encargos e despesas cuja responsabilidade não esteja expressamente atribuída ao Município da Guarda é pago da seguinte forma: 30% do valor contratado com a assinatura do contrato; 20% até ao dia 3 de Março de 2014; 50% logo após a realização do evento».
O Aquilo Teatro, a quem foi adjudicada a «Conceptualização e Implementação do Evento “Um Alto Carnaval 2014 Guarda Folia”», é uma cooperativa sem fins lucrativos, com sede no Largo do Torreão, na Guarda, e que existe desde 1982. Desde Janeiro de 2012 que a direcção é liderada por Carla Morgado." (Facebook do Terras da Beira - 22-02-2014)
Quando questionado na Sexta-feira da semana passada, aquando da apresentação deste evento, sobre o porquê desta prestação da serviços, o presidente da autarquia, Álvaro Amaro, respondeu que «a entidade que ganhou esse concurso ajuda à execução, executa outras tarefas, aquilo que está no caderno de encargos». E disse mais: «Agora, nunca é a empresa que substitui à criação e à imaginação que a Câmara teve.»
O contrato para aquela prestação de serviços, assinado ontem, não contém muitos pormenores, apenas especifica que «o preço contratual que inclui todos os custos, encargos e despesas cuja responsabilidade não esteja expressamente atribuída ao Município da Guarda é pago da seguinte forma: 30% do valor contratado com a assinatura do contrato; 20% até ao dia 3 de Março de 2014; 50% logo após a realização do evento».
O Aquilo Teatro, a quem foi adjudicada a «Conceptualização e Implementação do Evento “Um Alto Carnaval 2014 Guarda Folia”», é uma cooperativa sem fins lucrativos, com sede no Largo do Torreão, na Guarda, e que existe desde 1982. Desde Janeiro de 2012 que a direcção é liderada por Carla Morgado." (Facebook do Terras da Beira - 22-02-2014)
E completamente estonteado com a frase de Amaro, esta:
«Agora, nunca é a empresa que
substitui à criação e à imaginação que a Câmara teve.»
??????????????????????????????????????????????????????
Não, não vou fazer comentários à construção gramatical da frase (aqueles "à" parecem-me uma criancice muito grande, para não lhe chamar outra coisa), pois não a ouvi para poder aferir sobre a sua correcção, mas o mistério que encerra é ensurdecedor (e, sim, o mistério nos vários sentidos possíveis e imaginários!). "A empresa substitui" a criação e a imaginação "que a Câmara teve"? Isto é um recado para quem ou para quê?
Enfim, neste Carnaval e no seu seguimento, a diversão está prometida com Amaro e seus "muchachos"!
Enfim, neste Carnaval e no seu seguimento, a diversão está prometida com Amaro e seus "muchachos"!
sexta-feira, fevereiro 21, 2014
quinta-feira, fevereiro 20, 2014
terça-feira, fevereiro 18, 2014
Pensalamentos Emprestados #17 - Este é o tempo
Este
é o tempo
Da selva mais obscura
Da selva mais obscura
Até
o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura
E a luz do sol se tornou impura
Esta
é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura
Densa de chacais
Pesada de amargura
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
domingo, fevereiro 16, 2014
sexta-feira, fevereiro 14, 2014
Dúvida sobre a Folia na Guarda
Depois de ficar mais esclarecido sobre o programa da Guarda Folia e de ter visto que tudo, ou quase tudo, é organizado pela Câmara Municipal da Guarda, fiquei com uma grande dúvida: porque é que o senhor Presidente anunciou que a organização seria entregue a uma empresa?
Pelos vistos, a empresa não é a Culturguarda (que até parece já ter sido extinta face ao silêncio que se abateu sobre ela), pois nada é referido feito por ela. Já o Teatro Municipal da Guarda, talvez este, pode surgir como fiel depositário, mas em apenas uma actividade, pois, por mais absurdo que pareça, passou a ser, em vez de organizador, uma estrutura de "Apoio" à Câmara. A estranheza, como vejo, continua.
Logo, a pergunta de um milhão de euros (aqui diminuída a 51 mil euros) é: quem, senhores organizadores, é a empresa mistério?
Vá, já sei que esta pergunta me arranja mais uns "amigalhaços", mas... não havia um compromisso com a verdade?
O teatro e os dias
Tenho andado divertido com uns textos teatrais e com as suas propostas de apresentação. Desta vez, é uma visita a um sítio pequenino do concelho de Pinhel que tem uma beleza imensa. Em breve, darei mais pormenores!
quinta-feira, fevereiro 13, 2014
quarta-feira, fevereiro 12, 2014
Dei um salto à Guarda
Aqui há dois dias, se tanto, dei um salto à Guarda e vim de lá encantado! Não é que, ao que parece, a cidade mudou de localização e já se vende como se estivesse plantada no centro dos Alpes? Só não vi as pistas de ski, mas deve ter sido só por não ter ficado o tempo suficiente. E tudo, também ao que parece, se deve à chegada de Amaro que, não se sabe como, terá roubado as chaves da neve ao São Pedro e a ele (só a ele!) se deve todo o reboliço que a neve trouxe à cidade.
Para além disso, parece que o Carnaval será este ano mesmo em grande: vai ter FOLIA! O samba e as "brasileiras descascadas" terão este ano, finalmente, o prazer de encher o olho aos guardenses e amarenses! Finalmente, meu caro substituto de São Pedro, a Guarda vai entrar no panorama nacional pela... igualdade! Já o preço, é interessante, pois pagar-se-á 51 mil euros (pelo que percebi) a uma empresa para fazer o Carnaval na Guarda!
Em época de poupanças e de chamadas de atenção para os gastos de anos transactos, é interessante ouvir a justificação de Amaro para o facto de ter gasto mais uns trocos do que foi gasto no ano anterior e verificar que em "Terça-feira Gorda" (espalhada por uma semana) não se toca, nem com a justificação das cantinas escolares!
Estou muito curioso para saber, ao exemplo de outros anos, quanto será gasto no "Enterro do Entrudo" de Famalicão da Serra. Ou este ano ninguém se queixará?
segunda-feira, fevereiro 10, 2014
sexta-feira, fevereiro 07, 2014
Repentes #36 - dinheiro que nasce
É uma das "coisitas" que me tem dado "a volta ao miolo" e que tem a sua piada. O Governo português tem cortado a torto e a direito na educação, mas sempre que é para dar o jeito a alguém lá desencanta uns milhões para "investir". Agora, à laia de uma qualquer necessidade de emprego para alguns amigos, lá desencantam 140 milhões de euros para "coisos" (há quem lhe chame cursos) de dois anos, para enganar mais uns quantos incautos estudantes que pensarão que estão a fazer pela vida e estarão, apenas, a pagar para adiar ainda mais o futuro!
Parece que ainda acrescentou, o cratino do ministro, que o futuro dos exames passará pela sua informatização, ou coisa do género. Para já nem sequer vou comentar, mas parece-me que Crato continua a ser o único ministro da educação em Portugal que, realmente, faz bem ao ensino.
segunda-feira, fevereiro 03, 2014
"O convento" está à venda!
O opúsculo O convento integra um conto, com o mesmo nome do opúsculo, que escrevi a partir da lenda do Convento de Famalicão (para muitos será de Valhelhas). O que fiz foi criar uma história/acção que irá culminar com o levantamento das paredes deste impressionante edifício que, infelizmente, padece de abandono crítico.
O conto O convento não segue a lenda! Ou melhor, o conto baseia-se na lenda mas vive para além da lenda, podendo, de certa forma, criar alguma discussão sobre as diferenças que o leitor poderá por ali encontrar. Mas uma história é isso mesmo, olhar para lá das paredes da lenda e recriá-la!
É uma história que possui uma linguagem simples e, pelo menos tentei, clara para todos.
O opúsculo possui 32 páginas, tamanho A5 e 100 exemplares assinados.
O opúsculo tem um preço de 7 euros, sem despesas inerentes a entrega em Portugal (território continental).
Para efectuarem a encomenda deverão enviar uma mensagem, com a referência O Convento - Compra no assunto, para o endereço silenciosasdiscussoes@gmail.com .
Caso prefiram, também podemos combinar a encomenda por telefone (caso o tenham ou o peçam por endereço electrónico) ou presencialmente, mas os dados relativos ao envio e forma de pagamento por transferência terão de ser partilhados através deste endereço email - silenciosasdiscussoes@gmail.com .
Caso prefiram, também podemos combinar a encomenda por telefone (caso o tenham ou o peçam por endereço electrónico) ou presencialmente, mas os dados relativos ao envio e forma de pagamento por transferência terão de ser partilhados através deste endereço email - silenciosasdiscussoes@gmail.com .
Podem comprá-lo também em Famalicão da Serra, na loja da minha mãe. Para já, são estas as duas formas de aceder ao opúsculo
Pensalamentos #203 - moral
ver
de longe ou entre os enganos
a queda feroz da moral
envolta em pequenos burgos
de interesses mesquinhos
?
de longe ou entre os enganos
a queda feroz da moral
envolta em pequenos burgos
de interesses mesquinhos
?
sábado, fevereiro 01, 2014
Conversa com o jornal O Interior
Respondi a um conjunto de questões à Sara Quelhas, jornalista do jornal O Interior, e daí nasceu este pequeno artigo que ela escreveu sobre mim e sobre o futuro. Aqui têm para ler:
Daniel Rocha ambiciona viver somente da escrita
«As obras ficaram-me com suor e algumas lágrimas»
Daniel Rocha, de 31 anos, contactou com a escrita
desde cedo, nos versos da mãe sobre os santos populares e nas histórias
do avô. Mais tarde chegou a vontade de a levar mais “a sério”: «A
literatura está demasiado comprometida e tenho uma palavra a dizer para a
libertar», afirma, salientando que, se iniciou este caminho, «é para o
continuar da forma mais profissional».
Nascido na Guarda, Daniel Rocha tem uma «grande
ligação» a Famalicão e reside atualmente em Moimenta da Serra (Gouveia),
mas defende que a região não determina a sua escrita, exceto «no campo
das crónicas, em que ela é o centro da análise». Já as suas fontes de
inspiração surgem no dia-a-dia, sendo que os “bloqueios” acontecem, mas
«não me posso dar muito ao luxo de os ter», ironiza o autor. Exigente
por natureza, Daniel Rocha confessa que «a versão final de um texto
nunca é aquela que o tempo obriga a ser final». Todas as personagens que
cria são suas «amigas», pelo que «as obras ficaram-me com suor e
algumas lágrimas», confessa. O livro que mais o marcou ainda está na
“gaveta”, mas, entre os publicados, “Refrações em três andamentos” foi o
que mais “custou” «emocionalmente».
Ainda assim, não dedica tanto tempo à escrita
quanto gostaria, muito por ter escolhido «a pior profissão para ter uma
vida descansada do ponto de vista monetário», sublinha, adiantando que
as suas ambições a curto prazo são «estabilizar profissionalmente, seja a
dar aulas ou noutro trabalho». Escritor “freelancer”, Daniel Rocha
acredita que é possível viver da escrita em Portugal, mas somente com os
«romances da moda», considerando que «se exigir que o leitor pense a
obra, terá uma vida de autossatisfação regada com dificuldades
constantes». «Gosto que os meus leitores pensem o que leem e que
especulem sobre a obra», sublinha. O escritor espera publicar alguns dos
livros que tem na “gaveta” para «dar mais um empurrão a esta vontade de
um dia viver da escrita». Daniel Rocha lançou recentemente “O
Convento”, em edição de autor, encontrando-se já em pré-venda. Mais
informações e encomendas para o email silenciosasdiscussoes@gmail.com.
(Texto publicado no jornal O Interior de 30-01-2013, ver aqui)
(Texto publicado no jornal O Interior de 30-01-2013, ver aqui)
sexta-feira, janeiro 31, 2014
A viagem de "O convento" começou com uns dias de antecedência
Não quiseram esperar pelo fim-de-semana. Alguns exemplares do opúsculo "O convento" seguiram já hoje viagem pelo correio. Que sejam bem recebidos e que a leitura seja aprazível!
Durante o fim-de-semana penso entregar "em mão" mais alguns devidamente reservados! Veja as condições de acesso ao conto aqui!
quarta-feira, janeiro 29, 2014
"O Convento" chegou para seguir viagem
Chegou e está pronto para seguir viagem!
Se ainda não fez a encomenda, mas quer fazer, leia aqui as condições!
Sim, pela poesia tudo... mas pela da vida!
Leia a notícia:
Uma
discussão entre dois russos sobre os méritos da poesia e da prosa
acabou com um deles, um antigo professor, a matar o amigo à facada,
disseram hoje investigadores.
Os
dois amigos estavam a beber na cidade de Irbit, nos montes Urais,
quando começaram a discutir literatura, «sobre qual dos géneros
literários, poesia ou prosa, é mais significativo», de acordo com uma
declaração dos investigadores da região de Sverdlovsk.
«O
anfitrião insistiu que a verdadeira literatura era a prosa, enquanto o
convidado, um antigo professor, defendeu a poesia», acrescentaram.
«A
discussão literária tornou-se rapidamente num conflito e o amante de
poesia, de 53 anos, matou o oponente à facada», disseram os
investigadores. O antigo professor, que se escondeu em casa de um amigo,
foi detido mais tarde.
Em setembro passado, uma discussão entre
dois amigos, na cidade de Rostov-on-Don, sobre qual dos dois gostava
mais do filósofo alemão Immanuel Kant, acabou com um deles a alvejar o
outro na cabeça. A vítima sobreviveu.
(Fonte: TSF)
A notícia pode ser reduzida a esta frase "a poesia mata". E mata mesmo, metaforicamente exercitando, mas neste exemplo vemos que isso mudou. Claro que não foi a poesia, mas é mais poético que assim se diga.
Claro que é destes abusos humanos, condensados num tamanho "absurdo", que a vida se faz e tantas e tantas vezes se desfaz.
A pergunta, no entanto, impõe-se: precisamos de hostilizar tudo e extremar a mesma parte até a corda partir?
Este é um dos meus pensamentos contínuos e, para meu bem, sou incapaz de partir uma corda que não se quer partir. E agradeço por isso todos os dias! Gosto das pessoas e adoro os meus amigos, talvez só eu os adore, e não haja o reverso, mas não me chateio por isso.
Estes dias vão ser terríveis... Padeço do mal de pensar demasiado!
terça-feira, janeiro 28, 2014
Até um dia destes, Francisco!
Não consigo escrever nada... Talvez amanhã ou noutro dia consiga descrever um pouco de tudo aquilo que foram muitos anos de convivência, com muitos anos bons e alguns de alguma perturbação. Penso que aprendemos muito os dois, um com o outro, mas eu aprendi mais com ele. Somos amigos e vamos continuar a sê-lo, pois para mim nada se acaba, continuando de alguma forma. Acredito nisso e sei que vamos conseguir manter tudo aquilo que iniciámos juntos, porque só assim vamos conseguir honrar quem connosco caminha, mesmo que em pensamento! Amanhã caminharemos juntos!
Pensalamentos #202 - sina
correr
contra o tempo
ofegante e...
tudo fica parado
envolto na negra sina
que um dia
ignorantes
aceitámos dos deuses
ou dos seus representantes
continuar...
contra o tempo
ofegante e...
tudo fica parado
envolto na negra sina
que um dia
ignorantes
aceitámos dos deuses
ou dos seus representantes
continuar...
segunda-feira, janeiro 27, 2014
Pensalamentos #200 - negros dias
não haver
nada
não haver
nada
não haver
nada
não haver
nada
lágrimas...
nada
não haver
nada
não haver
nada
não haver
nada
lágrimas...
domingo, janeiro 26, 2014
sexta-feira, janeiro 24, 2014
A cultura pela Guarda? Para já quase tudo na mesma.
E se há algum tipo de consolo que pode vir de más decisões, hoje fiquei um pouco mais descansado em relação à Guarda e ao tipo de eventos culturais que por lá ainda vou continuar a encontrar.
Por um lado, fiquei muito contente por ver surgir o novo Teatro do Calafrio (o Américo Rodrigues sempre na linha da frente da criação), projecto que surge do "defeito" principal daquele que foi até Novembro o Director do Teatro Municipal. Ah!, o "defeito" principal é o de ser sempre um criador e um criativo! O que é óptimo! Aposto que vai ser um projecto vencedor e que vai, novamente, encher a cidade de orgulho!
Por outro lado, a agenda do TMG está cá fora e, para já, a continuidade é bem visível e a qualidade também. Pena o número de espectáculos ser inferior e ter de existir a necessidade de optar pela inclusão de cinema e documentários (atenção que eu sou um "adepto" de cinema e de documentários!). É para mim óbvio, já que conheço relativamente bem toda a programação que o TMG sempre apresentou, que existiu uma necessidade de "tapar buracos" através deles. Oxalá não seja sempre assim ou que, pelo menos, possa existir aquilo que o Victor Afonso defende: o debate a partir das visualizações! E chegamos ao Victor Afonso! Este é o novo responsável pela programação, mas não director ou "chefe" (conforme anunciou, agora oficialmente, o vereador da Cultura Victor Amaral). Nesta escolha, óbvia, tendo em conta a exigência de qualidade que todos fazemos, vemos que o novo elenco camarário procurou apaziguar um pouco as águas que ficaram agitadas com a intempestiva (e despropositada) actuação de Álvaro Amaro no processo que moveu contra Américo Rodrigues. Agora, e tendo a tal decisão do Tribunal de Contas como dead line, procurará o executivo uma acalmia que terminará, na minha opinião, com a decisão (comenta-se que contrária aos interesses culturais da cidades - oxalá esteja errado!) de dissolver as empresas municipais. Aí, sim, será percebido o real impacto da visão do executivo na vida cultural da cidade e perceberemos melhor quais são os reais padrões de qualidade e de exigência que Amaro e seus vereadores têm para a cidade.
Qual o futuro? Não sei. Qual a exigência? Não sei. Qual o tipo de proposta que será feita aos criadores? Não sei. Será feita a todos os criadores? Não, isto sei. Haverá comprometimento e favorecimento sem olhar a padrões de qualidade? Sim, sei. O TMG será envolvido nesta onde de "culturite mais política"? Até ver, não. Depois da já célebre (e ainda não anunciada) decisão do Tribunal de Contas haverá uma cidade a olhar para padrões de qualidade ao nível da cultura? Não sei, mas desconfio que não. Haverá "perseguição cultural"? Tenho a certeza que sim!
quinta-feira, janeiro 23, 2014
terça-feira, janeiro 21, 2014
05. Crónicas Silenciosas – A educação Cratada em Portugal e, agora, também no estrangeiro
Não tenho qualquer fé no futuro! Cultura pelas ruas da amargura. Valores morais completamente apagados da realidade, mais íntima ou mais social. E uma educação, princípio universal para o melhoramento dos homens, de rastos e sem qualquer condição de ser revitalizada. É nisto mesmo que penso por estes dias quando leio, vejo e me apercebo de várias “jogadas” e “jogatanas” que acontecem à vista desarmada e que revelam o que de melhor tem este país: a proximidade de uma fronteira por onde é bom que se fuja enquanto é tempo! Mas vem tudo isto a propósito de uma notícia, espampanante, que leio ainda com alguma dúvida: devo rir ou chorar? Crato, ministro de ocasião (que se espera curta e sem provocar mais danos), revela agora um dos objectivos do seu Ministério: convencer os ingleses a apostar no Português, mandando professores de lá para cá e pagando por isso, de forma a que a nossa língua possa ser implementada em Inglaterra. E a primeira pergunta que eu faço é: mas não houve um corte radical no ensino do Português no estrangeiro que era assegurado pelo Instituto Camões? E a segunda pergunta que faço é: isto tudo é para dar o jeitinho e compor alguma desavença entre o senhor Ministro e os representantes do Ensino Superior em Portugal? A lógica apontada pelo senhor Ministro é, então, enternecedora e baseia-se na “expansão do ensino da língua portuguesa” dada a importância da afirmação do idioma e o benefício que disso podem tirar “os filhos dos emigrantes portugueses” (?). Quer beneficiar os filhos dos emigrantes portugueses? Talvez o senhor Ministro se tenha esquecido que muito deles estão lá, na emigração, por causa das decisões que foram tomadas no país que os rejeitou, mas talvez isso não seja, politicamente, importante. Libertada a fúria, permito-me a acrescentar duas pequenas coisas: primeira, “com papas e bolos se entretêm os tolos”; segunda, a integração das crianças no estrangeiro é essencial que se faça pela aprendizagem da língua do país e não pela criação de guetos linguísticos (como, infelizmente, acontece em Portugal) que não são combatidos pela tutela do ensino. Quanto à segunda afirmação que faço, penso que este incentivo à aprendizagem do Português no estrangeiro para alunos portugueses é uma pequena brincadeira pré-carnavalesca de um ministro que já não sabe mais o que deve inventar dentro de portas para conseguir ser convincente. Eu, na minha pequenez, pediria ao senhor Ministro que não fosse ridículo e deixasse que os outros países tratassem da sua própria Educação, pedindo-lhe de seguida que, se não fosse pedir muito, tratasse também com os princípios que recomenda aos outros da do seu próprio país!
Moimenta da Serra, 21 de Janeiro de 2013
Daniel António Neto Rocha
segunda-feira, janeiro 20, 2014
Tarde de fins teatrais
Para início de semana, o que proponho para aqui para estes lados é uma tarde de fins teatrais. Esquemas quase completos, personagens (que se escolhem a elas próprias) escolhidas e palavras a borbulharem de intensidade!
Depois digo como correu!
domingo, janeiro 19, 2014
Pensalamentos #196 - futuro
embarcar em demandas
com argonautas voluntariosos
e, perante a tempestade,
ficar só
por opção
dos outros
com argonautas voluntariosos
e, perante a tempestade,
ficar só
por opção
dos outros
quinta-feira, janeiro 16, 2014
Pensalamentos #195 - correr
correr
em sobressalto
como louco
pelos caminhos
fechados
e impossíveis
ao lado
da vida
em sobressalto
como louco
pelos caminhos
fechados
e impossíveis
ao lado
da vida
Pré-venda: O Convento
O opúsculo O Convento integra um conto, com o mesmo nome do opúsculo, que escrevi a partir da lenda do Convento de Famalicão (para muitos será de Valhelhas). O que fiz foi criar uma história/acção que irá culminar com o levantamento das paredes deste impressionante edifício que, infelizmente, padece de abandono crítico.
O conto O Convento não segue a lenda! Ou melhor, o conto baseia-se na lenda mas vive para além da lenda, podendo, de certa forma, criar alguma discussão sobre as diferenças que o leitor poderá por ali encontrar. Mas uma história é isso mesmo, olhar para lá das paredes da lenda e recriá-la!
É uma história que possui uma linguagem simples e, pelo menos tentei, clara para todos.
O opúsculo, a partir de hoje em pré-venda, possui 32 páginas, tamanho A5 e 100 exemplares assinados. Estará disponível para entrega no final de Janeiro. O preço em pré-venda é de 5 euros, para quem efectuar a encomenda e o pagamento até ao dia 31 de Janeiro, não havendo custos associados ao envio.
O envio ocorrerá no dia 3 de Fevereiro. Após esta data, o opúsculo custará 7 euros.
Para efectuarem a encomenda deverão enviar uma mensagem, com a referência O Convento - Compra no assunto, para o endereço silenciosasdiscussoes@gmail.com . Caso prefiram, também podemos combinar a encomenda por telefone ou presencialmente, mas os dados relativos ao envio e forma de pagamento por transferência terão de ser partilhados através deste endereço email - silenciosasdiscussoes@gmail.com .
quarta-feira, janeiro 15, 2014
segunda-feira, janeiro 13, 2014
domingo, janeiro 12, 2014
sábado, janeiro 11, 2014
Trabalhar no arame
É uma das poucas maneiras de hoje em dia se conseguir trabalhar em Portugal: trabalhar no arame! Quem não sabe o que isto é, por estar confortável num determinado lugar ou por não saber o que é ter mesmo de trabalhar, não percebe como é difícil continuar a acreditar num futuro para Portugal. Ter de criar o futuro, perpectivando, empurrando, acreditando e, tantas vezes, falhando sem ter qualquer tipo de proteção mas apenas a exigência da usura e da cobrança, sem rede e sem qualquer garantia de sobrevivência para a família... como se cria produtividade ou confiança num trabalhador ou cidadão quando o que se garante no futuro é que continuarão a pagar ao Estado?
E lá vem a máxima de Kennedy (o JFK) "Não pergunte o que seu país pode fazer por si, pergunte o que você pode fazer pelo seu país!". Tão habituados à sonoridade e ao protagonismo desta frase, que todos os políticos sabem trautear, os responsáveis por Portugal desenham orçamentos e emitem ordens a exigir que os cidadãos continuem a fazer pelo país aquilo que os "predestinados" ministros e deputados não sabem fazem: carregar o país às costas! E, sim, lá vêm os carregadores da pedra para a construção do convento de Mafra, que Saramago imortalizou no seu Memorial do Convento. É que a exigência ao povo é efectuada de forma desumana, obrigando tantas e tantas vezes à fome e a desesperança. E talvez fosse bom que alguns dos responsáveis políticos deste país, sempre apaparicados por amigalhaços muito bem situados, sentissem na pele algumas destas situações.
E tudo isto vem a propósito desta sensação terrível de projectos que estamos a desenvolver e onde gastamos energias e dinheiros, e a única sensação que temos do futuro é que, se falharem, estaremos perdidos!
sexta-feira, janeiro 10, 2014
quinta-feira, janeiro 09, 2014
Puro Design é puro deleite!
Em primeiro lugar, o Edgar Silva é um amigo, amigo mesmo, de longos anos. Em segundo e continuando, o Edgar Silva é a cara de um projecto de design extremamente competente e moderno, vanguardista até, que a Guarda tem o privilégio de ter como seu.
E a história do Edgar e da sua relação com o design (do trajecto que conheço bem dele) tem um dia que é um marco e com o qual fiquei, e continuo, completamente convencido das suas capacidades fora do normal: um pequeno concurso de design no Liceu da Guarda. Desde então, é com ele que tenho contado para os desafios de design que se me apresentam. Um dia espero poder dar-lhe um pouco daquilo que já me concedeu, mas isso são outras questões.
São dele a capa do meu primeiro livro de poesia (Refracções em Três Andamentos) e o folheto do Projecto Sérgio Rocha para a campanha "Sabia que os seus actos não matam só árvores?". Em breve, terei outro livro editado com a capa elaborada pelo Edgar, mas ainda não tenho data para o lançamento. E, com toda a certeza, outros projectos haverá que me permitirão usufruir do seu belíssimo trabalho.
Para já, conheçam o excelente trabalho dele em https://www.facebook.com/EdgarSilvaES , a página do atelier Puro Design no Facebook, e em http://www.purodesign.eu/ , o sítio do atelier.
Eu Gosto!
Espaço: A Silenciosa Discussão de 2013 de... Pedro Cardoso
O ano 2013 terminou, passou, já não pode ser alterado. Agora pertence à História. Foi um ano marcado por acontecimentos e personalidades que importa destacar. No plano mundial a tomada de posse de Barack Obama para o seu segundo mandato dá tranquilidade ao mundo. Os perigosos e muitas vezes ignorantes extremistas da política americana continuam afastados da presidência dos Estados Unidos da América. A Coreia do Norte com o seu peculiar regime “comunista” de absolutismo monárquico, com o seu jovem líder em fase de cruel afirmação, continua a ser uma ameaça (nuclear) para a comunidade internacional e uma sentença para os seus pobres habitantes. A abdicação do Papa Bento XVI e a eleição do cardeal argentino Jorge Bergoglio como Papa Francisco também merece destaque. A novidade de um Papa que quer ser mais coerente e fiel a determinados princípios cristãos é algo que devia fazer reflectir os católicos de todo o mundo. A instabilidade no Norte de África e no Médio Oriente continua (guerra na Síria, golpe de Estado e conflitos no Egipto), apesar do acordo internacional sobre o programa nuclear do Irão trazer alguma esperança de pacificação. Malala Yousafzai, de 16 anos, entre outros prémios recebeu o Prémio Sakharov para os direitos humanos atribuído pelo Parlamento Europeu pela sua coragem e luta em prol da educação das raparigas no Paquistão. A adesão da Croácia à União Europeia, mostra que apesar da crise a construção europeia continua a ser uma referência para muitos países. Algumas personalidades de relevo que faleceram em 2013: a morte de Hugo Chávez, presidente da Venezuela, que goste-se ou não do estilo e dos objectivos marcou a história da Venezuela; a morte da ex-primeira-ministra britânica Margaret Tatcher, uma das artífices e impulsionadora da ordem económica e financeira em que vivemos actualmente; a morte da escritora britânica Doris Lessing, Prémio Nobel da Literatura de 2007; e a morte de Nelson Mandela, uma referência ética para toda a humanidade, herói da luta contra a segregação racial na África do Sul e primeiro presidente a ser eleito democraticamente neste país.
Em Portugal continuou o empobrecimento colectivo (exceptuando os mais ricos que aumentaram as suas fortunas) e a política de subjugação aos interesses dos bancos internacionais. A crise na coligação governamental, originada pela demissão “irrevogável” e regresso com poderes reforçados de Paulo Portas. A produção regular de leis e medidas declaradas inconstitucionais pelo Tribunal Constitucional revela um governo que em vez de XIX Governo Constitucional, talvez merecesse ser designado nos livros de História como o I Governo Inconstitucional da Terceira República Portuguesa. Na literatura o falecimento do escritor Urbano Tavares Rodrigues e do poeta António Ramos Rosa são perdas a destacar para a lusofonia. No futebol a selecção portuguesa conseguiu o apuramento para o Mundial 2014 no Brasil, o Futebol Clube do Porto conquistou o tri-campeonato nacional e o Sport Lisboa e Benfica que ao perder mais uma final europeia (sétima derrota consecutiva em finais de competições europeias) ainda não se libertou da maldição Béla Guttmann.
Na Guarda em ano de eleições autárquicas importa referir a derrota histórica do Partido Socialista que pela primeira vez perdeu a Câmara Municipal da Guarda, a tentativa frustrada de um movimento intitulado “A Guarda Primeiro” se apresentar a eleições e a vitória de uma coligação de direita encabeçada pelo ex-Secretário de Estado da Agricultura de Cavaco Silva e ex-presidente da Câmara Municipal de Gouveia, Álvaro Amaro, que viu a sua candidatura validada pelo Tribunal Constitucional depois de chumbada pelo Tribunal da Guarda. Muito mais podia ser dito mas termino com a interrogação: 2014 novo, vida nova? Será 2014 um ano de importantes transformações tanto individuais como colectivas?
(texto anteriormente publicado no jornal Terras da Beira - 2/1/2014)
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Pedro Cardoso é doutorando na Universidade de Lisboa. Olha para a Guarda (de onde é natural) com vontade de a modificar, uma vez que é investigador na área das alterações climáticas e políticas de desenvolvimento sustentável.
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