sábado, setembro 28, 2013

Acordos na Guarda? #16 - nota quase final (actualizado)

Há, nestas eleições na cidade da Guarda, alguns factos curiosos que não foram referidos ou, se o foram, devem ter sido ditos baixinho não fosse o diabo tecê-las. 
Um desses factos é o caso da participação massiva de independentes nestas eleições, alguns dos quais foram desenterrados propositadamente para estas eleições e outros entenderam ser a altura certa para se declararem, fervorosamente, à virgem não partidária. Dentro destes, há o caso daqueles que desde sempre ligados aos partidos tiveram alguma participação no debate público, expondo, no entanto, ideias dos partidos. Foi curioso ouvi-los e vê-los a dizerem quase a mesma coisa sobre os "outros" que, já não sendo os "outros" iniciais, passaram a ser os "outros" actuais e, possivelmente, não serão os "outros" futuros, pois os "outros" actuais podem bem vir a ser outra vez os "outros" iniciais. Mas... vejamos outros filmes! Depois destes há os que descobriram que existia participação pública e que era salutar a exposição pública das suas ideias com estas eleições. Pena que só o tenham feito com a pretensão de alcançar o "tacho" dourado que ferve as águas mornas da preguiça. Pena, também, que estes, agora, se sintam mal por ter terminado o debate público que iniciaram. Mas... e se, agora, começarem a trazer para a praça pública as ideias independentes que, ao que parece, tanta e tão fecunda discussão geraram? A opinião pública é um dever de todos os cidadãos, sim, mesmo sem estarmos em alturas de eleições, sabiam?
Um dos outros factos, e que me preocupa fortemente, é o pouco investimento político que se fez ao nível das listas naquela que todos os candidatos principais reconhecem ser uma das principais áreas de investimento concelhio (eu diria mesmo a mais importante!): a cultura! Observadas as listas dos dois principais candidatos (Amaro e Igreja) é curiosa a posição daquele que é o candidato a vereador mais relacionado com a cultura: quinto lugar! O Victor Amaral, o meu conterrâneo que me surpreendeu ao apresentar-se nestas eleições, surge num lugar que (dadas as sondagens) não lhe permitirá entrar na vereação. No lado do PS não consigo perceber (honestamente!) quem pode representar a cultura. Logo, parece-me que estamos muito mal, meus senhores, quando deixam de lado a área que representa o potencial diferenciador e enriquecedor que a Guarda adquiriu ao longo de vários anos. Mas... ainda temos o Mário Martins, da CDU, que pode ser a voz que traga essa marca.
Por fim, deixem-me dizer que estas são as eleições que apresentam mais candidatos dos quais não conhecemos uma qualquer ideia ou um qualquer assumir de opinião na praça pública (salvaguardando os cabeças de lista, claro!). Dado esse facto, é difícil perceber o que trarão à Guarda os novos protagonistas políticos.

P.S. - Continuo a pensar que a vitória, dadas as últimas ocorrências, será do PS com uma pequena vantagem sobre o PSD/CDS-PP (talvez a vantagem mais escassa de sempre). A CDU será, para mim, a força política que virá em terceiro lugar.  

P.S. 2 - Há muitas interpretações a fazer sobre este meu post e é por causa de uma dessas interpretações feita por um amigo (que me foi comunicada e com a qual concordo em parte) que quero aqui fazer uma pequena nota: não fiz aqui qualquer comentário sobre a importância cultural dos cabeças de lista, porque, na minha modesta opinião, não os vi como elementos que podem tomar para si a pasta da cultura. No entanto, concordei com a interpretação e, alargando o meu raciocínio aos cabeças de lista, é óbvio que o PS terá feito, através da experiência de Igreja como vereador da cultura de anteriores elencos camarários, um investimento forte (caso ele assuma mesmo a pasta da cultura) naquela que é a área principal para o desenvolvimento do concelho e da região. Sim, penso que este esclarecimento fica bem para que as ideias que vão sendo lidas não sejam mal entendidas!  

quinta-feira, setembro 26, 2013

terça-feira, setembro 24, 2013

Hospital privado ajuda bombeiros!

A resposta foi rápida e meritória. 

IdealMed Unidade Hospitalar de Coimbra Boa tarde Daniel António Neto Rocha, o post continua visível na nossa página, publicado no dia 31 de Agosto. A cronologia do Facebook por vezes não permite visualizar imediatamente todos os posts, mas se pesquisar o mês de Agosto, o referido post surge, da mesma forma que foi publicado. A mensagem da IDEALMED mantém-se, tal como anunciado nesse mesmo post. Obrigado

Fui procurar e aqui está

O meu agradecimento e o meu pedido de desculpa por ter, em parte, julgado mal a empresa hospitalar!

Hospital privado ajudava bombeiros e agora já não?




É daquelas "coisas" que acontecem e que podem ser ou não verdade. No passado dia 31 de Agosto um hospital privado, IdealMed Unidade Hospitalar de Coimbra, lançou uma campanha onde, palavras deles:

"Numa iniciativa de solidariedade para com os Soldados da Paz, a IDEALMED irá entregar cinco cêntimos por cada novo like na nossa página de Facebook. A IDEALMED acresce à presente Campanha a oferta de todos os serviços de saúde necessários à recuperação de bombeiros feridos em serviço."

Curiosamente, hoje voltei à página do facebook deste hospital, onde foi feito este anúncio, e já não encontrei nada! Então fiz uma pesquisa e encontrei (valha-nos esta internet que tudo guarda) este sítio que me provou que eu não estava maluco e em que alguém responsável responde a alguém com estas palavras:

[IdealMed Unidade Hospitalar de Coimbra] - Boa tarde P F C. Convidamo-lo a ver posts anteriores onde evidenciamos todo o nosso compromisso com diferentes causas sociais. A Idealmed considera sua obrigação a participação civica em diferentes iniciativas, sendo justa toda e qualquer ajuda que possamos aportar aos nossos Soldados da Paz. Assumimos publicamente a oferta dos tratamentos necessários à recuperação dos Bombeiros feridos, bem como a ajuda financeira como contributo para a melhoria possivel das condições de trabalho. Acreditamos que Todos juntos poderemos fazer a diferença, ajudando de forma genuina quem necessita, aproveitando para convidar todas as outras instituições, publicas e privadas, a fazerem o mesmo. Obrigado.

Não quero fazer más interpretações, mas espero, sinceramente, que esta empresa não tenha voltado com a palavra atrás. Já fiz um pedido de esclarecimento na página e darei eco dele. Mas vou ficar muito atento e, caso seja necessário, farei com que esta possível mentira chegue ao sítio certo!
Peço-vos também que estejam atentos a este caso.

Repentes #36 - a humanidade portuguesa

Bem sei que muitas das acções são pequenas gotas de água num oceano de necessidades por parte de quem, de facto, fica dependente de algo, mas é de louvar os movimentos de apoio a quem de um momento para o outro ficou em dificuldades. Daí que fico muito esperançoso num futuro melhor quando vejo que nos homens e mulheres comuns de Portugal existe um espírito de humanidade que os leva a ajudar o outro. Neste caso, é muito bom reparar nos movimentos espontâneos que vão surgindo e que pretendem de forma desinteressada ajudar bombeiros que ficaram feridos durante os vários combates a incêndios. É um gesto que não tem valor, pois é superior e extremamente digno! Gosto muito de ver que há gente preocupada com quem trabalha para defender as pessoas de perigos extremos e que durante o ano se preocupa sempre com a defesa e o socorro de quem precisa! Da minha parte, um grande obrigado a todos!

Acordos na Guarda? #15 - ainda o sentido independente

Nunca ouvi as palavras "independente" e "independência" tão mal aplicadas e utilizadas como nos dias de hoje. Talvez o pessoal que as tem usado pense que significam aquilo que o 25 de Abril nos trouxe e que nem é preciso consultar o dicionário. Mas, num país que tem Alberto João Jardim como paladino dos valores de Abril (como há alguns dias se atreveu a anunciar aos berros em mais um dos momentos "zen" madeirenses), nem a semântica se safa de ser enxovalhada em praça pública.
E não é que uma leitura por alguns sítios que fazem questão de se dizerem independentes prova que de independência só devem ter o servidor onde têm alojado o blogue? É que é fácil, e em tempo "record", ganhar "clientes" num blogue que destila veneno e que foi criado com o propósito de esconder quem por lá escreve, mas a política na Guarda já merecia que todos nós, que a comentamos (mal ou bem), mostrássemos a cara e obrigássemos todos os outros que comentam a fazer o mesmo. Bem sei que isso afasta as multidões, mas eleva a discussão. E é isso que todos queremos!

segunda-feira, setembro 23, 2013

Guarda, na 6.ª: cidadãos com nome à mesa do "Café Mondego"


Gostei muito de estar sentado com estes dois homens da Guarda numa sessão que foi plena de cidadania. Sim, porque a cidadania não é só para eleger gentes e para apregoar como se de um rega-bofe se trate. A cidadania é usar da palavra para participar activamente todos os dias do ano. E esta foto representa um pouco da cidadania que o Américo praticou durante sete anos. A foto é da Élia Fernandes e ilustra o momento em que o professor Mota da Romana fazia a apresentação do conteúdo deste "Café Mondego: uma antologia". 
Convido-vos a ler e a dizerem de vossa justiça se este livro de Américo Rodrigues não é um excelente projecto de cidade para qualquer ponto do país? Sim, com as devidas adaptações, pois o património não é transferível. Mas leiam e vejam como pelo interior do país há gente com uma capacidade de pensar o futuro de forma sustentada e com a cultura como parceiro preferencial. Para além disso, como se fosse já pouco, terão também acesso a literatura de qualidade.
A sessão foi concorrida e gostei de ver pessoas de vários quadrantes a assistir, pois isso só veio dar mais sentido à palavra cidadania.

A força dos homens (2)

Já temos, afinal, dois dos nossos mais perto de casa. Ainda não tinha esta boa notícia, mas fui informado dela pouco tempo depois do post anterior. Espero voltar a ser surpreendido desta forma nos próximos tempos!
Estamos todos por aqui a esperar o seu regresso a casa!

A força dos homens

Há muitos momentos de dúvida entre nós, mas sabemos também que, passo a passo, a força que manda reunir os homens em torno da sua casa é grande. Um deles já se aproximou de nós - o que é uma boa notícia -, agora esperamos ansiosamente que os restantes venham também bem e com a mesma força e brilho nos olhos. 
Estamos por aqui a esperar pelo seu regresso!

quinta-feira, setembro 19, 2013

Pensalamentos #122

enegrecer
noite dentro
em paz com o incerto

Guarda: "Café Mondego" na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço


É já amanhã que o "Café Mondego" vai abrir as suas páginas. Depois de ser um local de conversas e de copos, passou para o mundo digital como um dos blogues mais lidos e tem agora a sua realização enquanto livro. Américo Rodrigues escreveu milhares de textos durante cerca de 7 anos e vai agora apresentar uma selecção, feita por mim, desses seus textos. O que nos revela este "novo" "Café Mondego"? Amanhã todos ficarão a saber.


Dia 20 de Setembro
18 horas
Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço
Lançamento de “Café Mondego: uma antologia” de Américo Rodrigues
Apresentação por José Manuel Mota da Romana
Leituras por Vasco Queiroz e Antónia Terrinha

Organização: Bosq-íman:os
 

quarta-feira, setembro 18, 2013

Acordos na Guarda? #14 - um pouco de carma constitucional? (corrigido)

Sim, o karma inglês tem um correspondente na língua portuguesa - carma. E é esta palavra que eu vejo como transportadora de sentido nestas eleições. Talvez a intenção fosse boa e pudesse estar cheia de boas vontades, mas a forma, senhores, e o ardor como alguns tentam impor a sua "mão de ferro" por vezes falha e, como diz a história do lobo com pele de cordeiro, no fim acaba tudo por redundar num fim com contornos trágicos mas, na minha opinião, algo justo. 
Agora, Igreja, Amaro, Martins, Loureiro ou Espírito Santo? Continuo a dizer que a dois (laranja e rosa) o rosa tem mais encanto e permite que a mole familiar da cidade não se perca. Daí que os seres independentes com cartão rosa (parece que há gente que se rebelou contra o partido mas continua a pensar que pertence àqueles contra os quais se rebelou) não vão perder a hipótese de conseguir começar por eventuais migalhas e passar depois ao naco mais suculento. Já Amaro terá perdido, na minha opinião, a hipótese de ganhar a Câmara, pois é, numa escala de simpatia sombria, o tipo mais odiado e, ao que sei, terá uns conselheiros que tratarão de lhe provocar a queda (lembremo-nos de Viriato e de César!). 
Voto útil? Talvez em Martins, o independente que sobra e que encabeça a lista do PCP. Será, a ser eleito como vereador, uma voz construtiva e preocupada com o futuro sustentável do concelho, sendo, no entanto, um incómodo para alguns bem assentes da cidade. Loureiro poderá beneficiar de alguns votos, mas terá de se contentar com alguns lugares na Assembleia. Espírito Santo igual.

Lições a retirar: em todos os processos e grupos é tão importante o líder como a equipa ou equipas que o rodeiam, logo as pancadinhas nas costas não servem para nada se não houver um verdadeiro e rigoroso trabalho em todas as vertentes (até nas que parecem mais simples!).


Nota: Não foi por mal que errei no nome de Espírito Santo. Obrigado a quem me alertou! 

Um Projecto apresenta-se e pede um pouco de vós




O Projecto Sérgio Rocha foi convidado para se apresentar na recente homenagem que a RTP fez aos bombeiros portugueses. A Marta e eu estivemos em Lisboa em representação do Projecto e em representação dos nossos amigos que continuam hospitalizados. Mais do que dar-vos a conhecer um pouco mais do Projecto (vejam a partir das 2h04m35s), a quem o não conhece, peço-vos, mais uma vez, que reforcem as orações pelos nossos homens. Eles precisam de toda a nossa força e fé.

sábado, setembro 14, 2013

Aos nossos homens

Estamos ainda no início do caminho onde a escuridão nos obrigou a entrar. As nossas esperanças e a nossa fé são fortes, tal como vós estais a provar ser. Não temos qualquer dúvida da força que vós, nessa vossa difícil batalha, estais a ter para voltar a estas vossas casas que vos esperam ansiosas. E, sim, como dizia há dias a Jéssica, ninguém disse que ia ser fácil, mas eu atrevo-me a dizer que também não merecíamos que fosse tão difícil. Enfim... a vida só é difícil para aqueles que têm a capacidade de se superarem a todo o instante e para aqueles que fazem a diferença no coração dos que os rodeiam. É por isso que vos escrevo este pequeno desabafo. O amanhã que aqui vos espera está cheio de incertezas e nós também não temos certezas. Ou melhor, temos a certeza de vos querer aqui, em casa, junto de nós e a sorrir. Quanto ao resto, os novos caminhos ou a continuação de velhos caminhos, não interessam para agora. Queremos que regressem a casa, que cumpram a missão e que voltem para a finalizarem. Nós estamos ansiosos por vos ter de volta e todos os dias queremos que as notícias cheguem. Não de forma rápida, mas de forma segura e com as vossas melhorias. Vós tendes força e nós sabemos isso. Nós faremos tudo por vós! Contai com isso! Força, malta! Força, Valter! Força, Ti Albano! Força, Quim! Força, meu jovem Filipe! É para estes momentos difíceis que são feitos os grandes homens. E vós sois grandes homens!