sábado, janeiro 26, 2013
Casa da Rádio, na Rádio Altitude (26-01-2013)
Estive na conversa com o Joaquim Martins na Casa da Rádio, na Rádio Altitude. Hoje de manhã foi uma conversa muito agradável e onde fiz questão de, como sempre, falar direito e de forma incisiva. Os assuntos foram muitos e diversificados. Talvez lhes apeteça ouvir o que disse ou talvez não. Caso queiram, oiçam depois o podcast.
quarta-feira, janeiro 23, 2013
Julgamento e Morte do Galo do Entrudo 2013 - Guarda (II)
Porque a maldade não pode continuar, este ano serei eu a julgar! Preparem-se para assistir ao verdadeiro castigar!
É já no próximo dia 11 de Fevereiro, pelas 21h30, entre o Jardim José de Lemos e a Praça Luís de Camões (Praça Velha) - Guarda. A não perder!
segunda-feira, janeiro 21, 2013
Pensalamentos #66
continuar
atroz e maldoso
na triste síncope social
torturando
espoliando
matando
a esperança da dignidade
e da verdade
num meio
apelidado
de sociedade
moderna
sexta-feira, janeiro 18, 2013
Julgamento e Morte do Galo do Entrudo 2013 - Guarda
"Foi apresentada, dia 17 de janeiro, em conferência de imprensa, a edição de 2013 do Julgamento e Morte do Galo do Entrudo. A atividade decorrerá entre o Jardim José de lemos e a Praça Luís de Camões no próximo dia 11 de fevereiro, pelas 21h30.
Este ritual expiatório contará uma vez mais com a participação das coletividades do concelho da Guarda e com um conjunto de atores e artistas convidados. Sob a coordenação de Américo Rodrigues, o Julgamento e Morte do galo do Entrudo terá os textos de Hélder Sequeira e a interpretação de Daniel Rocha, Valdemar Santos, Ivo Bastos, Antónia Terrinha, José Neves e Filipa Teixeira. A música original é de José Tavares, o Galo será concebido e construído por Rui Miragaia e o videomapping estará a cargo de Hugo Moreira, Mecca, João Pires e Pedro Baía.
No final da noite, a organização distribuirá a habitual canja... de galo.
De destacar ainda que nesta edição, paralelamente, a Culturguarda, em colaboração com o FotoClube da Guarda e com a autarquia, irão promover um concurso de fotografia no âmbito do Julgamento e Morte do Galo do Entrudo, cujo regulamento iremos revelar em breve. Fiquem atentos!
Recordamos que o Julgamento e Morte do Galo do Entrudo está baseado em tradições populares da região e é por isso um Carnaval 100% português!
O Julgamento e Morte do Galo do Entrudo é uma produção da Culturguarda Guarda para a Câmara Municipal da Guarda.
Mais informações em jmg.mun-guarda.pt ."
Fonte: Câmara Municipal da Guarda
Este país é uma anedota #4
PSP usa gás pimenta com alunos de uma escola de Braga que se manifestavam contra a decisão de agrupar a sua escola com outras do concelho de Braga. Parece que, para não baterem nos miúdos, decidiram encher-lhes a cara com gás pimenta, provocando a hospitalização de um deles. Chegámos ao ponto em que a primeira resposta é violenta e a segunda também. Seria difícil negociar com os manifestantes? Se calhar não se negoceia com terroristas, mesmo que portugueses, que defendem a sua escola e que têm entre 12 e 17 anos. Mas nada disto me surpreende! A resposta da polícia está de acordo com o que parece existir por estes dias pelas estradas e cidades de Portugal: os cães andam havidos de sangue! Ao que parece, pelo número de radares e de acções fotográficas que andam a aparecer pelas ruas das cidades e aldeias de Portugal, a polícia anda a fazer o serviço sujo e a comportar-se como a PIDE. Agora já não zelam pela ordem pública! Andam sim à busca de alguém que se desleixe ou que, face às urgências que a vida tem, ultrapasse a velocidade em rectas com visibilidades extremas. Viva a polícia! Viva o país cheio de grilhetas! Viva Salazar e esta sua nova prole! Viva esta anedota de país!
quinta-feira, janeiro 17, 2013
Pensalamentos #65
Pensar-nos como indício de
um fim
mesmo que aparente
perante a morbidez dos dias
e do frio daqueles que nos envolvem.
terça-feira, janeiro 15, 2013
Crónica de uma Vela bem acesa ou de um “Retrato de Mónica” - 06. Crónica Diária na Rádio Altitude (4.ª temporada)
1. Há
momentos e acontecimentos que não se podem perder e, sei-o, aquilo que eu perdi
neste fim-de-semana é de facto uma grande perda. Nem é pelo facto de saber se
alguém lhe prestou a devida atenção ou se, como é comum nestas paragens de
gentes pasmadas, tudo não passou para todos como um mero exercício visual e
juvenil. Não pensem que falo no concerto da fadista Ana Moura, que deve ter
tido centenas de espectadores em pose de ocasião e de desinteresse pelo futuro
da cultura na Guarda. Falo, isso sim, de 10 minutos de trágica visitação de um
dos contos mais absurdos e ao mesmo tempo mais esclarecedores de Sophia de
Mello Breyner Andresen, que se chama: “Retrato de Mónica”. Esta visitação, com
contornos teatrais e tão ironicamente oportuna, tem como actor António Rebelo e
todo o trabalho da equipa que compõe os Gambozinos
e Peobardos – Grupo de Teatro da Vela (Guarda). Não sei como correu a
estreia, sabê-lo-ei em breve, mas tenho uma firme certeza: aqueles que se
vendem na praça pública e que são dissimulados profissionais, e que mesmo assim
ousarem assistir a esta peça, levarão metaforicamente um forte murro no
estômago.
Moimenta da Serra, 14 de Janeiro de 2013
Daniel António Neto Rocha
segunda-feira, janeiro 14, 2013
Pensalamentos #64
A sociedade continuará a ser uma mera ilusão enquanto o evitar da fome não for a prioridade antes da distribuição dos direitos adquiridos.
sábado, janeiro 12, 2013
Repentes #16 - Luxos de uma vida baseada na política: o caso do Mário!
Fonte: Jornal i |
É, talvez, o primeiro texto do ano que vai trazer, com toda a certeza, alguma polémica a este blogue ao nível das várias opiniões que existem sobre a figura de Mário Soares e sobre as várias visões que cada qual terá sobre a sua importância para a vida do país. Estando eu numa fase em que vou pressentindo e absorvendo tudo o que disse e diz respeito a estas figuras, tenho também a minha opinião sobre este homem destacado na vida política portuguesa. Não quero, no entanto, falar hoje daquilo que penso politicamente sobre ele.
Este texto é sobre o internamento "por mera precaução", acrescenta o Jornal i, de Mário Soares no Hospital da Luz, que, dizem alguns, é o "Ferrari" dos hospitais em Portugal. Claro está que quero que o homem fique bem e que recupere, pois não sou daqueles que deseja qualquer mal aos outros, mas... podem dizer-me quantos portugueses têm a "sorte" de, indo a uma urgência, ficarem internados "por mera precaução"? Dir-me-ão alguns que ele tem dinheiro para pagar as particularidades que o tal hospital encerra. Então porque continua a ser suportado por dinheiro dos contribuintes? Não, não estou a dizer que, como me dizia em tempos um destacado guardense, o homem não tenha de viver com dignidade, dado ser um nome da história de Portugal. Mas, como eu dizia na altura, porque é que os outros portugueses não têm também direito a uma morte com alguma dignidade?
A lógica é muito simples. Mário Soares tem um tratamento de luxo e privado pago por dinheiros públicos ou dos contribuintes. O resto do povo, que nunca esteve em destacados lugares da política nacional, paga com dinheiro do seu trabalho o acesso a um tratamento simples em locais públicos e paga também o tratamento em hospitais privados ao ilustres (e suas rémoras) da política nacional. Isto é, se a opção não passar por não ir sequer ao hospital quando a sua doença efectivamente o recomenda para, "por mera precaução" pessoal, não chegar ao fim do mês com a família a passar fome.
Claro que estou para aqui a puxar uma conversa que, dirão alguns de vós, não passa de uma questiúncula, mas não é de pessoas que se trata? Não é Mário Soares um homem como o anónimo desgraçado que morreu num qualquer corredor de hospital deste país por não haver ordem para comprar uns medicamentos? "Por mera precaução" não se deveriam tratar todos os doentes da mesma forma? Ou, como Abril parece ter indicado e feito lei, a democracia e os seus direitos são só para quem foi a tempo de os tomar de assalto?
sexta-feira, janeiro 11, 2013
Repentes #15 - Ironias
E quando já todos estamos fartos de uma certa mulher baixinha e alemã que por estes dias parece ter perdido a voz, eis que surge um alemão que, mais aberto para a realidade do que os nossos políticos deificados, desce as escadarias da Assembleia da República para falar com manifestantes portugueses. A notícia pode ser lida aqui e demonstra bem aquilo que se passa em Portugal: o povo só fala com enviados estrangeiros, porque os nossos governantes preferem passar ao lado do diálogo! E a ironia é completa quando é um alemão a admitir que Portugal está demasiado envolto em austeridade. Ironia ainda: Passos Coelho diz que as vozes europeias têm de se ouvir umas às outras. Para quem o diálogo se reduz a "paguem e não estrebuchem", o homem até que está bastante democrático.
quinta-feira, janeiro 10, 2013
Pensalamentos #63
Enquanto te penteares
ou rasgares
o sorriso escondido
nas claras manhãs
de um dia alegre,
irás perder vida
e largar as âncoras
que um dia te abraçaram
ao rio-mar de
simples olhos
já fechados.
quarta-feira, janeiro 09, 2013
Repentes #14 - Sobretaxa no IRS
Caro Gaspar, ao que parece, o pagamento dos subsídios de Férias e de Natal dissolvidos nos ordenados dos próximos 12 meses servirá para "amenizar" o impacto que a sobretaxa sobre o IRS vai ter ao nível do dinheiro disponível para as famílias. Pois bem, não concordando com essa sobretaxa ao nível dos ordenados mais baixos, penso que a estratégia de engenharia criativa que é proposta não é totalmente errada.
Agora, o mais curioso é que essa sobretaxa é também aplicada a quem não tem subsídios de Férias e de Natal. Explica-me lá, como tu sabes bem fazer, muito devagarinho como é que vai ser "amenizado" esse impacto nos orçamentos familiares que só têm rendimentos durante 12 meses ou menos e não têm esses subsídios?
Sim, estou a trabalhar a recibos verdes e gostava de saber o que sugeres, Gasparzinho!
domingo, janeiro 06, 2013
Porque gosto de Obama? #1 - O decadente tratamento da cultura em Portugal
Esta é uma nova rubrica deste blogue. A partir deste momento e quando me lembrar ou for lembrado, comunicarei ao mundo alguns aspectos que me obrigam a apreciar o homem e o político que é Barack Obama.
Durante o mês de Dezembro, enquanto nós nos fartávamos por cá com o barulhento do Cavaco, Barack Obama homenageava alguns americanos relacionados com a cultura, entre os quais os Led Zeppelin.
Enquanto por cá condenamos à fome muitos e muitos agentes culturais e nomes de peso das artes portuguesas, o exemplo de Obama é de valorizar e repisar até que a voz nos doa.
Os grandes estadistas são, quanto a mim, os primeiros a reconhecer o importantíssimo papel da cultura para o desenvolvimento do país que dirigem.
No caso de Portugal é triste a realidade. Sempre gostava de saber qual foi o último espectáculo cultural a que foram ou viram os nossos governantes, mas não estranharia que todos dissessem que foi a última gala da Casa dos Segredos!
Vejam esta magnífica homenagem, através da música, aos Led Zeppelin:
Repentes #13 - A Educação do Crato
E se na aparência física o homem até parece ser competente, na abertura da boca já não se pode dizer o mesmo. Pelo menos nesta última aparição televisiva. Ou o senhor homónimo da Vila Alentejana não sabe o que quer dizer coerência ou anda a faltar muito às reuniões onde ele próprio define e regulamenta o que se deve passar nas escolas. Pois bem, ao que parecia ontem e deixou de parecer hoje e deverá voltar a ter outro parecer amanhã, o senhor Ministro disse numa entrevista à RTP (que agora parece estar a regressar ao papel de televisão do regime) que haveria um apoio extra para alunos que tiveram dificuldades neste início de ano. Não faço ideia, dadas as múltiplas leituras que já foram apresentadas, de que horas de apoio falam, se resultam de novas contratações ou do escalonamento dos tais professores efectivos com horário zero, mas fiquei muito, muito sensibilizado com algumas palavras daquele que tem um nome que mistura duas figuras históricas extremamente importantes do nosso país. Quase, quase no fim da reportagem que está nesta ligação (ver aqui), o senhor Engenheiro diz qualquer coisa deste tipo: "Os alunos não têm todos os mesmos ritmos de aprendizagem!" E, voilá!, eu fiquei para aqui a dar voltas e a tentar perceber que tipo de lógica escondida haverá por ali. "Deve ser engenharia criativa", pensei eu. E perguntei-me: "Se os alunos não têm todos os mesmos ritmos de aprendizagem, o facto de colocarmos uma média de trinta alunos por turma significa que haverá trinta ritmos diferentes para um único professor acompanhar durante a mesma hora. Certo? Mas isso não é o contrário do aconselhável para a obtenção de um ensino de qualidade?" E concluí: "Ok! Então isto tudo está um pouco confuso e o resultado não vai agradar a ninguém, pois não?"
Confusos? Eu também!
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