sexta-feira, junho 08, 2012

Momentos em imagem #7


Esta foto foi tirada por uma romena, acompanhada de uma portuguesa, na praia de Vai que fica no extremo Este de Creta. Eu tentava encontrar um rumo, um caminho que apontasse para algo que, efectivamente, vim a encontrar algum tempo depois. Hoje, recordo e partilho este momento numa altura em que a minha faceta de Infante D. Henrique e o meu espírito de Vasco da Gama se cruzam.
A decisão está perto. Penso-o!

quinta-feira, junho 07, 2012

Obrigado, Ray Bradbury!


Faleceu ontem (dia 6) um dos homens que escreveu contra os regimes totalitários e limitadores do pensamento humano. A sua novela quase romance (como gosto de lhe chamar) Fahrenheit 451 é um grito de alerta, com mais de cinquenta anos, ao futuro. Já o aqui apresentei segundo um determinado contexto, mas leiam-no e evitem que o nosso futuro seja assim!
Até sempre, Ray Bradbury!

quarta-feira, junho 06, 2012

Pensalamentos #50


Sorte ou azar?
Momento ou pausa?
Compasso ou descontínuo?

Azul celeste ou vermelho fogo?

Verde!

terça-feira, junho 05, 2012

Repentes #9 - esperança estatal

Ouvir um alto representante do estado afirmar que a única coisa que o Governo tem para oferecer aos jovens é "esperança" é tremendamente encorajador. Associar isso à Ministra da Agricultura e pensar que ela esperava um milagre dada a escassez da água é traçar um retrato fantástico da nossa sociedade democrática: "Fiquem à espera de milagres e não corram!"
Quando eu esperava uma visão objectiva e real dos governantes, eles respondem com esperança, milagres e, um destes dias, fé!
Percebi a mensagem: "O único remédio é sair!"
Amém!

segunda-feira, junho 04, 2012

Pensalamentos #49 - matar


Matar,
matar talvez de fome
com mesquinhez
e com tortuosa
intenção.

Matar,
matar talvez de solidão
rompendo os laços
e impedindo o fonema
de se articular.

Matar,
matar talvez de sufoco
apertando os pulmões
de sílabas
até acabar o ar.

Matar,
matar talvez de página branca
apagando as palavras quentes
e raspando os ecos
de significantes enleios.

Matar,
matar talvez de silêncio
as sílabas de liberdade
e as rimas ricas
dos versos.

Matar,
matar talvez...
o opressor!

Momentos em imagem #6


Foi uma das suas últimas "batalhas". Há cerca de seis anos, enquanto alguns se remetiam a um silêncio político, o Sérgio e os seus amigos da música, juntaram-se às vozes que defendiam a manutenção da Maternidade da Guarda. Rezam as crónicas que o fez de forma séria e brincalhona. Acredito! "Conseguiu" mantê-la aberta até dela terem saído mais uma primita sobrinha, a Clara, e um sobrinho, o seu homónimo Sérgio. E agora? Quando se volta a falar de fechar a Maternidade da Guarda, haverá quem encabece outra luta? Haverá quem queira dar o nome por causas que não dão dinheiro? Haverá um grito musical que embale futuros pais e mães na defesa do nosso "ninho"? Só para vos clarificar uma coisa, o Sérgio (tio) nasceu na Covilhã, o local para onde parecem desembocar hoje as correntes nascedoiras da região centro, mas defendeu esta Maternidade da Guarda por ser o sítio onde nasceram os irmãos e todas as primas e primos.
A imagem mostra tudo: com um sorriso conseguimos tudo, até o que parece impossível! Há seis anos o Sérgio deixou-nos mais ricos. Espero que também este seu esforço não tenha sido em vão!

sábado, junho 02, 2012

Pensalamentos Emprestados #9

"Já nada nos pertence,
nem a nossa miséria.
O que vos deixaremos
a vós o roubaremos."


(Manuel António Pina)

sexta-feira, junho 01, 2012

Lá vem livro!

Estou a ultimar os preparativos para o meu primeiro lançamento de livro. Será em Julho! É um livro que vem com algum tempo de atraso, mas que tem as suas virtudes. É de poesia e espero por vós no dia do lançamento. Em breve darei dados mais precisos.

terça-feira, maio 29, 2012

15. Crónica Diária na Rádio Altitude (3.ª temporada) – Crónica do turismo ou da “cock” para o vinho australiano

1. Se não vivesse em Portugal, com toda a certeza que não seria tão feliz como sou. Portugal é um país que continua a dar mundos ao mundo e a ganhar destaque em todos os cantos do globo. Vejam-se as últimas informações sobre redes de lavagem de dinheiro que se estendem até Singapura! Fabuloso não é? Dirão todos aqueles que tiverem a consciência normalizada que se trata de uma falta de vergonha e, no mínimo, de um crime, mas eu só posso aplaudir este regresso do espírito empreendedor de outrora. Lembrem-se de que já andámos por aqueles cantos do mundo há algumas centenas de anos e, se na altura foi rentável, por que não investir em mais do mesmo ou coisa parecida! É este espírito de compadrio que fará avançar Portugal para águas mais profundas e, por fim, afundar-se em beleza, podendo transformar-se numa real Antárctida e, por causa disto, numa potência turística submarina. Já estou a imaginar os catálogos turísticos: “Portugal, um destino de eleição! Descobrimos novos mundos para o mundo e, agora, empreendemos na arte de afundar tudo aquilo em que tocamos. Venha afundar-se connosco e contacte com a nossa memória líquida!”

(...)

Guarda, 28 de Maio de 2012
Daniel António Neto Rocha

(Excerto da Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 29 de Maio de 2012 - disponível em podcast em Altitude.fm)

sábado, maio 26, 2012

Guarda decrépita

Tenho uma opinião muito própria sobre a forma como funcionam determinadas instituições. Tenho para mim que eles lá se "cozem" como quiserem e como lhes der quotidianamente na real gana, mas tenho que discordar de algumas dessas formas de funcionamento, nem que seja só em "vazio". E isto tudo porquê? Bem, li algures a citação de uma determinada figura que dizia que outra determinada figura "representa bem os ideais" de uma determinada instituição. É claro que o determinismo (de Claude Bernard) responde a isto de forma muito concreta e clara, logo, se a outra determinada figura tem traços de pau-mandado, interesseiro, manipulador e traiçoeiro e "representa bem os ideais" de uma determinada instituição, isto quer dizer que uma determinada instituição é conhecida por ser um pau-mandado, interesseira, manipuladora e traiçoeira.
Em conclusão, a Guarda está a aproximar-se daquilo que nunca pensei que alguma vez fosse: um mau sítio para viver, educar, trabalhar e criar!

quinta-feira, maio 24, 2012

Momentos em imagem #5 - homens da minha vida


Talvez não seja difícil de perceber, mas aqui está uma foto de um gesto simples e cheio de ternura. Felizmente, apesar de pensarem que isto não acontece, a minha vida está a transbordar de felicidade. Há quem não perceba nem nunca vá perceber, mas a humilde procura e a sincera entrega conseguem fazer com que os amigos certos e os gestos generosos nos encontrem. Estes são Tio e Sobrinho, num gesto único!

segunda-feira, maio 21, 2012

Crónica Bombeiros.pt: Que futuro?

1. O futuro é aquilo que nós quisermos, dizem muitos e com alguma razão, mas só em parte. O “tempo que há-de vir” é o que gera a preocupação de muitos homens e mulheres que pensam a sua vida em função de muitas variantes: sociais, políticas, económicas e, até, habitacionais. Mas nada disto é preocupação dos muitos que se preocupam unicamente com o seu umbigo e com o número de ganhos que conseguirão ao usurpar mais umas quantas de mais-valias. É com o horizonte, aquele espaço indefinido que está sempre muitos metros à nossa frente, que devemos interagir, pensando em formas mais sólidas de fazer uma sociedade justa e tentando sempre errar o mínimo (algo que hoje em dia, a bem de muitos, não se faz!).

(...)


Guarda, 21 de Maio de 2012
Daniel António Neto Rocha

(Texto publicado e disponibilizado no Portal Bombeiros.pt no dia 21 de Maio de 2012)

sexta-feira, maio 18, 2012

Sim, sou ingénuo!

E eu a pensar que havia, ao menos, um presidente de câmara que não se dava com malandros. Sim, sou ingénuo! Já sei em que não votar numa das próximas eleições.

terça-feira, maio 15, 2012

14. Crónica Diária na Rádio Altitude (3.ª temporada) – Crónica de um dia diferente ou dos alunos do Zé (*)


1. No dia 4 (quatro) deste mês estive na Escola Secundária Afonso de Albuquerque, a convite do seu Centro de Recursos e do Professor José Monteiro, para falar sobre literatura, especialmente de poesia, com duas turmas de Humanidades. Estive no “Liceu”, minha escola de tantas e tantas aventuras, como tinha estado tantas vezes no passado e como vou estando em memória sempre que penso no espaço essencial que me preenche. Nesse dia, no entanto, estive noutro papel, a mostrar-me inteiro, a revelar-me e a agradecer os ensinamentos que ali recolhi. Voltei à escola como o escritor e poeta que inicia um caminho que poderá revelar-se real. O convite tinha como pressuposto uma conversa dos alunos com o “autor” Daniel Rocha que ainda não tem um livro. E não é que foi uma conversa franca e aberta entre gente interessada e consciente da existência de algo mais do que crises económicas e promoções de quaisquer sectores comerciais? Até se falou em teoria da literatura!

(...)

Guarda, 14 de Maio de 2012
Daniel António Neto Rocha

(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 15 de Maio de 2012 - disponível em podcast em Altitude.fm)