A Calafrio - Associação Cultural vai organizar a sessão n.º10 do Ciclo
Contradizer. Desta vez decorre em Famalicão da Serra, no Convento do Bom
Jesus. A concentração, no centro da aldeia, tem lugar às 21 horas do
dia 31 de Julho, seguindo os participantes em marcha até ao Convento.
Aí, a actriz Gracinda Nave lerá o conto "O convento" de Daniel Rocha. A
seguir, César Prata e Suzete Marques apresentarão um conjunto de canções
intitulado "Ai, meu rico Santo Antoninho!".
A entrada é livre. A organização é de Calafrio- Associação Cultural e tem o apoio da Junta de Freguesia de Famalicão.
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O Convento:
O Convento é um conto escrito com a lenda primordial da construção do
Convento do Bom Jesus de Famalicão (para muitos será de Valhelhas). A
história é simples e baseia-se nessa lenda do aparecimento de uma
misteriosa imagem que dá início a um culto que perdura nos dias de hoje
(a Lenda do Bom Jesus). O que o autor fez foi criar uma história/acção
que irá culminar com o levantamento das paredes deste impressionante
edifício que, infelizmente, padece de abandono crítico.
No entanto, o conto O Convento não segue a lenda! Ou melhor, o conto
vive para além da lenda, podendo, de certa forma, criar alguma discussão
sobre as diferenças que o leitor poderá por ali encontrar. Mas uma
história é isso mesmo: olhar para lá das paredes da lenda e recriá-la!
É, acima de tudo, uma história que possui uma linguagem simples e clara
para todos, ao mesmo tempo que explora e expõe algumas das querelas
típicas de um povo.
Em Setembro de 2015 será lançada uma segunda edição deste conto. Edição
esta apoiada pela Junta de Freguesia de Famalicão da Serra.
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O autor:
Daniel António Neto Rocha (1982)
Nasceu na Guarda, mas foi em Famalicão da Serra que cresceu. Com uma
Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos
Portugueses, e com um Curso de Especialização em Ensino de Português
como Língua Estrangeira e Língua Segunda (PLELS), da Faculdade de Letras
da Universidade de Coimbra (FLUC), é professor no Instituto de Gouveia –
Escola Profissional, onde lecciona a disciplina de Português.
Nos últimos anos tem publicado e produzido com alguma regularidade.
Publicou em 2011 o livro de poesia Refracções em três andamentos (Edição
de Autor), tendo ainda, ao longo dos anos, publicado vários poemas em
várias revistas nacionais e internacionais: na Revista Praça Velha
(Guarda), na Revista Via Latina (Coimbra) e na Quinqué Revista
Independiente (Casa Xitla, México), onde também está traduzido para a
Língua Espanhola. Em Novembro de 2015 publicou o seu segundo livro de
poesia Tenho uma pedra na cabeça no lado esquerdo anterior frontal ou
nada disto (Edição de Autor). No campo teatral, foi autor dos textos do
Julgamento e Morte do Galo do Entrudo 2012 e dos textos do Julgamento e
Morte do Galo do Entrudo 2011, este último em colaboração, ambos
editados pela Câmara Municipal da Guarda (CMG) na Colecção Fio da
Memória, e é autor da peça para teatro, publicada e representada pelo
Teatro do Imaginário – Grupo de Amigos do Manigoto, A Casa da Memória
(2013). Para além destas obras teatrais já publicadas, devem destacar-se
as peças: Um Outro Fim (apresentada no Teatro Municipal da Guarda em
Março de 2013); O Juízo das Casas (apresentada em Março de 2014 em
Pinhel durante a Feira das Tradições); Visita encenada ao Juízo
(apresentada em Junho de 2014 na aldeia do Juízo – Pinhel); O Bem e o
Mal (adaptação da obra de Camilo Castelo Branco, apresentada
sumariamente em Agosto de 2014 em Pinhel e com estreia integral em
Dezembro de 2014); e Julgamento e Morte do Galo do Entrudo 2015 – In
taberna quando sumus (escrita para a Câmara Municipal da Guarda). A 25
de Agosto de 2015, será apresentada em Pinhel a peça História Breve de
Pinhel em Um Acto. Para além do trabalho como dramaturgo, tem também
efectuado vários trabalhos de encenação e de representação. Ao nível do
texto narrativo, publicou em 2014 o opúsculo O convento (que irá ter uma
nova reedição em 2015). Tem ainda publicado artigos, ensaios, recensões
e crónicas em várias publicações, boletins e catálogos.
Publicou em Abril de 2015, no dia 30, o livro Bloemlezing 7+7+1, uma
antologia de poemas traduzidos para holandês, numa edição bilingue com
apenas 33 exemplares, com a particularidade de todos os exemplares terem
capas diferentes pintadas manualmente pelo pintor, e também responsável
pela tradução, Jos van den Hoogen.
Em colaboração com Jos van den Hoogen, tem desenvolvido um trabalho de
tradução da obra do poeta holandês Lucebert para a língua portuguesa,
tendo sido publicado em Maio de 2015 o opúsculo Lírios Cortados (Edição
do Tradutor).
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A actriz:
Gracinda Nave iniciou-se no Teatro dos Estudantes da Universidade de
Coimbra (TEUC), cursando Formação de Actores no Instituto de Ficção,
Investigação e Criação Teatral (IFICT) e Instituto Franco Português.
Profissionaliza-se em 1990, trabalhando no teatro com encenadores como
Rogério de Carvalho, Aldona Skiba Lickel, Luís Miguel Cintra, António
Augusto Barros, Hélder Costa, Maria do Céu Guerra, Manuel Wiborg, Jorge
Silva Melo ou Solveig Nordlund. Interpretou peças de Harold Pinter,
Bertolt Brecht, Goethe, Arne Sierens, entre outros.
Participou, no cinema, em mais de dez películas, entre eles A Comédia de
Deus (1995) e Le Bassin de J. W. (1997), de João César Monteiro;
António, Um Rapaz de Lisboa (1999), de Jorge Silva Melo; Quando Troveja
(1999), de Manuel Mozos; A Filha (2003), de Solveig Nordlund; Ferida
(2003), de Margarida Leitão; A Casa Esquecida (2004), de Teresa Garcia; A
Cara Que Mereces (2004), de Miguel Gomes; Vanitas (2005), de Paulo
Rocha.
Actriz pontual em televisão (2006 - Tempo de Viver, 2003 - Queridas
Feras, 2002 - Amanhecer), salienta a sua participação no telefilme Rádio
Relâmpago, de José Nascimento (2003). Etc.Etc.
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"Ai, meu rico Santo Antoninho!":
César Prata e Suzete Marques irão apresentar uma sessão dedicada ao
frade franciscano Santo António: duas canções do cancioneiro popular
português (Aboio e Oração de Santo António); uma canção original
(Encontro - poema de António Salvado e música de César Prata); um
rimance' (Oração do Beato António - letra tradicional e música de César
Prata), um responso para fazer aparecer objetos perdidos (Responso a
Santo António - recolha de Suzete Marques e música de César Prata) uma
Oração a Santo António e uma história tradicional.
César Prata:
Fundou e dirigiu diversas associações culturais e trabalhou com inúmeras
colectividades no âmbito da recolha do património imaterial. Criou e
dirigiu diversos espectáculos. Orientou oficinas de formação na área da
música: instrumentos tradicionais, cultura popular e informática
musical. O seu nome encontra-se ligado a inúmeros discos, quer como
compositor, arranjador, criador, intérprete ou técnico dos quais se
destacam Chuchurumel, Assobio, Chukas (encomenda do IGESPAR para o
Parque Arqueológico do Vale do Côa) e Ai!. Publicou cadernos sobre
tradição oral. Criou e assegurou a direção musical de espetáculos.
Compôs para teatro e cinema. Colabora regularmente com o Projéct~
(Teatro Municipal da Guarda).
Integrou o GEFAC. Fundou os projectos Chuchurumel, Assobio e Ai!.
Participou em festivais internacionais, dos quais se destacam "Canti di
Passione" (Salento, Itália, Abril de 2007), "Ahoje é ahoje!" (Maputo,
Moçambique, Agosto de 2008). Integrado na coleção "a IELTsar se vai ao
longe" do IELT (Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa)
editou, em Dezembro de 2010, Canções de cordel. Em novembro de 2013
estreou Ai!, o seu novo projeto musical em parceria com Suzete Marques e
Tiago Pereira, e em fevereiro de 2014 editou Futuras Instalações, o seu
CD mais recente a solo.
Suzete Marques:
É natural de Pinhel. Licenciada em Línguas e Literaturas Clássicas pela
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com uma Pós-Graduação e
Mestrado em Ciências da Documentação e da Informação, na opção de
Arquivo, pela mesma instituição.
Frequentou aulas de viola dedilhada, no Conservatório de Música de São
José da Guarda, e aulas de técnica vocal, na Escola de Música Luís
António Maldonado Rodrigues, em Torres Vedras, e na Oficina de Música de
Aveiro.
Compõe o projeto musical Ai!, com César Prata e Tiago Pereira, desde novembro de 2013.