terça-feira, janeiro 21, 2014

05. Crónicas Silenciosas – A educação Cratada em Portugal e, agora, também no estrangeiro

Não tenho qualquer fé no futuro! Cultura pelas ruas da amargura. Valores morais completamente apagados da realidade, mais íntima ou mais social. E uma educação, princípio universal para o melhoramento dos homens, de rastos e sem qualquer condição de ser revitalizada. É nisto mesmo que penso por estes dias quando leio, vejo e me apercebo de várias “jogadas” e “jogatanas” que acontecem à vista desarmada e que revelam o que de melhor tem este país: a proximidade de uma fronteira por onde é bom que se fuja enquanto é tempo! Mas vem tudo isto a propósito de uma notícia, espampanante, que leio ainda com alguma dúvida: devo rir ou chorar? Crato, ministro de ocasião (que se espera curta e sem provocar mais danos), revela agora um dos objectivos do seu Ministério: convencer os ingleses a apostar no Português, mandando professores de lá para cá e pagando por isso, de forma a que a nossa língua possa ser implementada em Inglaterra. E a primeira pergunta que eu faço é: mas não houve um corte radical no ensino do Português no estrangeiro que era assegurado pelo Instituto Camões? E a segunda pergunta que faço é: isto tudo é para dar o jeitinho e compor alguma desavença entre o senhor Ministro e os representantes do Ensino Superior em Portugal? A lógica apontada pelo senhor Ministro é, então, enternecedora e baseia-se na “expansão do ensino da língua portuguesa” dada a importância da afirmação do idioma e o benefício que disso podem tirar “os filhos dos emigrantes portugueses” (?). Quer beneficiar os filhos dos emigrantes portugueses? Talvez o senhor Ministro se tenha esquecido que muito deles estão lá, na emigração, por causa das decisões que foram tomadas no país que os rejeitou, mas talvez isso não seja, politicamente, importante. Libertada a fúria, permito-me a acrescentar duas pequenas coisas: primeira, “com papas e bolos se entretêm os tolos”; segunda, a integração das crianças no estrangeiro é essencial que se faça pela aprendizagem da língua do país e não pela criação de guetos linguísticos (como, infelizmente, acontece em Portugal) que não são combatidos pela tutela do ensino. Quanto à segunda afirmação que faço, penso que este incentivo à aprendizagem do Português no estrangeiro para alunos portugueses é uma pequena brincadeira pré-carnavalesca de um ministro que já não sabe mais o que deve inventar dentro de portas para conseguir ser convincente. Eu, na minha pequenez, pediria ao senhor Ministro que não fosse ridículo e deixasse que os outros países tratassem da sua própria Educação, pedindo-lhe de seguida que, se não fosse pedir muito, tratasse também com os princípios que recomenda aos outros da do seu próprio país! 

Moimenta da Serra, 21 de Janeiro de 2013 
Daniel António Neto Rocha

segunda-feira, janeiro 20, 2014

Tarde de fins teatrais

Para início de semana, o que proponho para aqui para estes lados é uma tarde de fins teatrais. Esquemas quase completos, personagens (que se escolhem a elas próprias) escolhidas e palavras a borbulharem de intensidade!
Depois digo como correu!



Pensalamentos #197 - sorriso cansado

julgar os dias
e juntar as horas
descontando a vida

quinta-feira, janeiro 16, 2014

Pensalamentos #195 - correr

correr
em sobressalto
como louco
pelos caminhos
fechados
e impossíveis
ao lado
da vida

Pré-venda: O Convento


O opúsculo O Convento integra um conto, com o mesmo nome do opúsculo, que escrevi a partir da lenda do Convento de Famalicão (para muitos será de Valhelhas). O que fiz foi criar uma história/acção que irá culminar com o levantamento das paredes deste impressionante edifício que, infelizmente, padece de abandono crítico.
O conto O Convento não segue a lenda! Ou melhor, o conto baseia-se na lenda mas vive para além da lenda, podendo, de certa forma, criar alguma discussão sobre as diferenças que o leitor poderá por ali encontrar. Mas uma história é isso mesmo, olhar para lá das paredes da lenda e recriá-la!
É uma história que possui uma linguagem simples e, pelo menos tentei, clara para todos.
O opúsculo, a partir de hoje em pré-venda, possui 32 páginas, tamanho A5 e 100 exemplares assinados. Estará disponível para entrega no final de Janeiro. O preço em pré-venda é de 5 euros, para quem efectuar a encomenda e o pagamento até ao dia 31 de Janeiro, não havendo custos associados ao envio. 
O envio ocorrerá no dia 3 de Fevereiro. Após esta data, o opúsculo custará 7 euros.

Para efectuarem a encomenda deverão enviar uma mensagem, com a referência O Convento - Compra no assunto, para o endereço silenciosasdiscussoes@gmail.com . Caso prefiram, também podemos combinar a encomenda por telefone ou presencialmente, mas os dados relativos ao envio e forma de pagamento por transferência terão de ser partilhados através deste endereço email - silenciosasdiscussoes@gmail.com

quarta-feira, janeiro 15, 2014

sábado, janeiro 11, 2014

Trabalhar no arame

É uma das poucas maneiras de hoje em dia se conseguir trabalhar em Portugal: trabalhar no arame! Quem não sabe o que isto é, por estar confortável num determinado lugar ou por não saber o que é ter mesmo de trabalhar, não percebe como é difícil continuar a acreditar num futuro para Portugal. Ter de criar o futuro, perpectivando, empurrando, acreditando e, tantas vezes, falhando sem ter qualquer tipo de proteção mas apenas a exigência da usura e da cobrança, sem rede e sem qualquer garantia de sobrevivência para a família... como se cria produtividade ou confiança num trabalhador ou cidadão quando o que se garante no futuro é que continuarão a pagar ao Estado? 
E lá vem a máxima de Kennedy (o JFK) "Não pergunte o que seu país pode fazer por si, pergunte o que você pode fazer pelo seu país!". Tão habituados à sonoridade e ao protagonismo desta frase, que todos os políticos sabem trautear, os responsáveis por Portugal desenham orçamentos e emitem ordens a exigir que os cidadãos continuem a fazer pelo país aquilo que os "predestinados" ministros e deputados não sabem fazem: carregar o país às costas! E, sim, lá vêm os carregadores da pedra para a construção do convento de Mafra, que Saramago imortalizou no seu Memorial do Convento. É que a exigência ao povo é efectuada de forma desumana, obrigando tantas e tantas vezes à fome e a desesperança. E talvez fosse bom que alguns dos responsáveis políticos deste país, sempre apaparicados por amigalhaços muito bem situados, sentissem na pele algumas destas situações. 
E tudo isto vem a propósito desta sensação terrível de projectos que estamos a desenvolver e onde gastamos energias e dinheiros, e a única sensação que temos do futuro é que, se falharem, estaremos perdidos!   

quinta-feira, janeiro 09, 2014

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Puro Design é puro deleite!

https://www.facebook.com/EdgarSilvaES

Em primeiro lugar, o Edgar Silva é um amigo, amigo mesmo, de longos anos. Em segundo e continuando, o Edgar Silva é a cara de um projecto de design extremamente competente e moderno, vanguardista até, que a Guarda tem o privilégio de ter como seu.
E a história do Edgar e da sua relação com o design (do trajecto que conheço bem dele) tem um dia que é um marco e com o qual fiquei, e continuo, completamente convencido das suas capacidades fora do normal: um pequeno concurso de design no Liceu da Guarda. Desde então, é com ele que tenho contado para os desafios de design que se me apresentam. Um dia espero poder dar-lhe um pouco daquilo que já me concedeu, mas isso são outras questões.
São dele a capa do meu primeiro livro de poesia (Refracções em Três Andamentos) e o folheto do Projecto Sérgio Rocha para a campanha "Sabia que os seus actos não matam só árvores?". Em breve, terei outro livro editado com a capa elaborada pelo Edgar, mas ainda não tenho data para o lançamento. E, com toda a certeza, outros projectos haverá que me permitirão usufruir do seu belíssimo trabalho.  
Para já, conheçam o excelente trabalho dele em https://www.facebook.com/EdgarSilvaES , a página do atelier Puro Design no Facebook, e em http://www.purodesign.eu/ , o sítio do atelier.
Eu Gosto!