terça-feira, setembro 18, 2018

09. Crónicas Silenciosas - é como morrer, mas mais difícil!

Fechamo-nos, tantas e tantas vezes, no casulo da esperança à espera do dia em que das fontes jorrem rios de mel e em que dos céus desça a cura para a mais vil das doenças. Apesar deste (aparente) afastamento da "vida real", sabemos que a terra prometida nunca chegará e que apenas nos estamos a enganar mais alguns minutos ou a perder mais uns segundos de vida.
Chegou o fim. Chegou o dia em que tudo acaba. Chegou o dia em que a missão terminou e em que é hora de mudar de ares.
Traição? Sim, aos meus ideais e ao teu sangue, à tua memória e aos nossos sonhos. Quanto ao resto... Aqueles que merecem o nosso abraço saberão retribuir-nos um sorriso saudoso. Os outros? Que tenham uma boa vida e que engordem, como sempre quiseram, à conta do esforço e do suor de muitos.
Para mim acabou. E como me custa aceitar que acabou. Sinto-me como se morresse, mas com uma dor mais profunda. Peço-te perdão, a ti, mas não consigo.
A canalhice entrou já onde não deveria ter entrado e, por certo, até laços seguros desapareceram.
Adeus!

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