quarta-feira, junho 16, 2010

Para uns pequenos aprendizes

1. O Adeus é uma palavra que contém múltiplas acepções e diferentes sentidos na constante vivência do ser humano. Por isso, dizê-la é, de alguma forma, construir um horizonte dúbio e difícil de entender. Mesmo assim, há horizontes longínquos onde os ramos de pequenas árvores se tocam e se entrelaçam. Não somos, nós, árvores desconhecidas ou de origens diversas mas, sim, pequenos entes que coexistem numa ampla floresta de emoções vestida. Esta floresta encontra-se sempre em perigo e, por vezes, é vítima de descuidados anseios que a perturbam e a deixam reduzida a cinzas. Aqui chega um Adeus! Permitido pela incúria de uns e pelo desejo de outros. Nós somos as árvores, nós somos os seres que vão ser estilhaçados e transformados nessa cinza que é descrita com um Adeus sentido. Apesar disto, existe, sempre, um amanhã glorioso e brilhante que, a nós, nos espera e nos ilumina na sombra de um Adeus. Amanhã!

2. A metáfora é longa e pode ser triste, mas é nela que nos encontrámos e que nos serve agora de doce recordação. Tudo aquilo que deixamos são comparações, paralelismos, hipérboles, sinestesias, muita ironia e imensas interrogações retóricas. Valeu a pena? Para o eu, que sou, fui e serei eu, toda a metáfora valeu a pena e, qual Fénix, voltará, um dia, a valer. Amanhã!

3. Para vós… Amanhã! Não é um Adeus, mas sim um “Até outro dia!”.

Guarda, 16 de Junho de 2010

Deste vosso, incorrigível, agitador e amigo,
Daniel António Neto Rocha

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