terça-feira, outubro 20, 2009

A "Residência" Impossível?

Perdemo-nos, por vezes, em demandadas buscas de existências passadas e pouco abonatórias às nossas realizações futuras. Ao embrenharmo-nos nessas realidades, perdemos o rumo do essencial e divagamos em direcção a um acessório perfeitamente desajustado e inútil.
Vi, pela terceira ou quarta vez, o filme "A Residência Espanhola" (no original, "L'Auberge Espagnole") e, mais uma vez, emocionei-me com o mundo que temos e desaproveitamos a cada instante. Qual a identidade que temos hoje? Qual a personalidade cultural que devemos utilizar na partilha de uma maior honestidade identitária?



domingo, outubro 18, 2009

Dias de honrosas condecorações

1. Apercebi-me de que as relações entre o Governo e as instituições que representam os bombeiros estão cada vez mais próximas, chegando até ao ponto de haver condecorações na fase posterior ao período Charlie. Dizia (ou, pelo menos, soou-me) o locutor do programa “Vida por Vida”: “Duarte Caldeira destaca o papel do governo na criação do centro de recursos da protecção civil, que substituirá a Escola Nacional de Bombeiros”. Por favor, corrijam-me! Eu quero estar enganado e quero que aquilo que ouvi seja fruto da minha imaginação!


(...)

Famalicão da Serra, 18 de Outubro de 2009
Daniel António Neto Rocha
(Texto publicado no Portal Bombeiros.pt – 19 a 26 de Outubro de 2009, e disponível no link: http://www.bombeiros.pt/entrevista/entrevista.php?id=43)

quinta-feira, outubro 08, 2009

As ilusões que perdem

Ao contactar directamente com muitos adolescentes todos os dias, tenho sentido e pressentido que nada vai bem "no reino cadaveroso". Estes jovens, mais novos do que os jovens da minha idade, têm navegado à deriva num doce mar de ilusões que, quanto a mim, os tem aproximado cada vez mais de um terrível e imprevisível futuro. Quais os seus sonhos? Quais os seus anseios? Quais as suas aventuras mais utópicas? Quais os seus objectivos? São algumas das perguntas que, regra geral, se fazem antes da, já célebre, resposta:
- Não sei, ainda sou muito novo!
São muito novos? Então e qual é, afinal, a idade para se deixar de ser novo e se passar a ser um elemento válido na sociedade? Haverá limites de idade (nos dois sentidos!) para se ser um cidadão consciente e participativo na vida, mesmo que esta seja SÓ a de cada um dos jovens?
Assistimos nós, agonizados, à infindável (assim a observo!) infantilização dos nossos adolescentes e à não reacção destes contra essas mentes perversas que os tentam "apostar" no "jogo" das estatísticas europeias! Essa imensa "roleta russa", penso-o, só acabará com a desilusão de cada um dos nossos novos cidadãos.
Peço-o a cada um de vós que é pai ou mãe:
- ACORDEM OS VOSSOS FILHOS DA (DES)ILUSÃO FUTURA ANTES QUE PERCAM ESTA, JÁ!, PEQUENA OPORTUNIDADE!