de olhos fechados
envoltos em trevas
e em espaços vazios
respirei
levemente
como quem arfa de dor
um pensamento
incapaz e sereno
na sua inexistência
"não gosto de silêncio"
disse baixinho
não querendo acordar
a vida ou a morte
e rezei
sem som
sem eco
sem existência
"não gosto de silêncio"
e calei
a voz surda das rochas
e o som grave do ar
no fundo do coração
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