O ano de 2013 foi um dos piores da democracia. O 13 trouxe todos os azares do mundo a este recanto do Sul da Europa.
Medo,
Receio, Cagaço, Pavor, Pânico, são todos sinónimos, mas cada um sente à
sua maneira. Falar, perder o emprego, não encontrar emprego, ter fome,
não ter casa, ser penhorado, ser despachado, migrar. A todos tocam de
alguma maneira as incertezas do dia a dia.
Ao
nível de quem nos governa ou de quem nos quer governar, temos três
“inverdosos”, pois são pessoas que passam o tempo a dizer “inverdades”,
isto é, cada um à sua maneira vai mentindo ao Portugueses conforme lhes
dá jeito. Passos, Portas e Seguro passam o tempo a falar dos consensos e
não consensos e de quem traiu o outro. Nem Mandela os inspirou. Sem
estratégia, limitam-se aos jogos de poder.
E do País chega.
Na
Guarda assistimos de boca aberta a oportunismos, traições, inimizades,
demagogia, estagnação, desespero, poder, derrota, vitória, evolução,
propaganda, inveja, destruição, calúnia, famílias, influências, cunhas,
compadrios. Todas estas palavras foram ditas ao longo do ano e sempre
com duplo sentido e da pior maneira.
Nos diversos sectores, Politico, Económico, Social, Cultural, Desportivo discutiu-se muito mais o quem do que o quê e o como.
Não
vale a pena gastar mais letras com a nomeação dos candidatos à Câmara e
todas as traições que antes e depois contribuíram para se chegar à
seleção de Álvaro Amaro e de José Igreja.
Todo o ano foi gasto nestas questiúnculas políticas que desgastaram ainda mais a cidade.
Na
Indústria a COFICAB destacou-se no País e será sempre uma âncora para a
Guarda. DURA, GELGURT, entre outras, e as existentes no Parque
Industrial e algumas na PLIE ainda conseguem aguentar o emprego na
Guarda.
No comércio o VIVACI, quer
se goste quer não, também é um grande empregador e as lojas deixaram de
fechar e há alguma animação, o mesmo acontecendo no Centro Histórico
com o Comércio Tradicional, com a abertura de algumas lojas ditas
“Gourmet”.
A Cultura continuou bem e
acabou de maneira catastrófica com a demissão do Director do TMG. Neste
momento ainda não se sabe se haverá cultura em 2014, tanto com a
CULTURGUARDA ou Guarda Dinâmica mais o NAC ou outra coisa qualquer. As
Associações Culturais vão fazendo e fizeram o que puderam e por vezes
foi muito.
No Desporto há muita e variada oferta, os resultados não são tão bons como o esperado, sobretudo no futebol.
O
Centro Histórico continua lentamente a reformar-se, não tão rápido como
se desejava, mas não o têm estragado, e isso já não é mau. Mas era
preciso haver mais dinamismo, sobretudo dos proprietários.
O IPG começou finalmente a mostrar-se à cidade com conferências e edições para o público em geral.
A
não abertura do edifício novo do Hospital/ULS por causa de umas portas
corta-fogo é mesmo o escândalo do ano. Infelizmente contou com a
passividade de todos os Guardenses citadinos e Distritais. Ainda está
por esclarecer esta coisa porque isto está a ser tratado como uma coisa e
não como um equipamento indispensável à vida dos cidadãos.
Com
a pobreza a alastrar as Instituições de solidariedade social, IPSS, e
as Organizações Não Governamentais, ONG, têm tentado dar resposta às
necessidades mais urgentes das populações. O Voluntariado é
indispensável nestas situações e já são insuficientes para responder.
Estamos para ver 2014 como vai evoluir a Guarda, pelo menos a propaganda não faltará.
O País terá programa cautelar, haverá quem embandeirará em arco e haverá 4 mil milhões para cortar na despesa do Estado.
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Quem é?
António Oliveira é neste momento uma das vozes mais activas da Guarda, através do blogue Sol da Guarda. Beirão e defensor de uma vivência cultural, faz dessa defesa e do gosto pela fotografia as principais actividades do momento, para além, claro, da dinamização do seu blogue. É, ainda, um Reformado em modo activo e um Voluntário Social em actividade, estando sempre aberto a novas solicitações de voluntariado.
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