Despedaçado
O meu corpo ofegante
Em mil provações
E em não esperadas desilusões
A minha sede de vida
Cansou-se em ti
Que me olhas triste
E que desesperas a minha dor
O meu ar gastou-se
Em te amar do fundo de mim
E ofereci-te o meu último olhar
O meu último suspiro
E o meu derradeiro aspecto
Perguntas
Se te oiço amorosamente
Se te sinto suave
Se te vejo em traços definidos
Respondo-te
Mas não em gestos largos
Ou em tonitruantes sons
“Eu amo-te
Como pétala que ama a abelha
Em silêncio
Do fundo de mim
Eu amo-te
Até ao mais breve fio
Da minha dura e crua existência
Eu amo-te
Do fundo do coração!”
Tu não o ouviste
Não o sentiste
Não o viste
Eu falei-te na língua
Dos amantes
Na língua dos desesperados
Na língua dos conjurados
Eu pedi para partir…
Eu deixei o aconchego
Junto ao teu coração!
(d.r. 30-07-2011)
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