Raros são os dias em que podemos assistir e participar num lançamento e apresentação como aquele que vai decorrer no próximo fim-de-semana. Depois de "Cicatriz:ando", lançado há cerca de meia dúzia de anos, Américo Rodrigues volta aos "objectos sonoros" e constrói um "Porta-voz" que há-de ser mais um daqueles trabalhos raros e únicos que quem aprecia arte gostará de ter. Eu lá irei! Estou muito curioso por aquilo que ainda não conheço, mas que, aposto, será um trabalho de grande qualidade. Sim, e apesar de o Américo me chamar tantas vezes de exagerado, é o trabalho daquele que é hoje visto (felizmente também pela Academia) como o mais importante "poeta sonoro" de Portugal e um dos mais reconhecidos ao nível Europeu. Não assistir a este lançamento seria, na minha humilda opinião, uma falha grave para quem gosta daquilo que a poesia traz de novidade e de criatividade!
Sábado, dia 15 de Março, pelas 16 horas, na "Quinta da Maluca", Faia (Guarda).
"Porta-Voz” é o mais recente disco do performer vocal e poeta Américo
Rodrigues, depois de ”O despertar do funâmbulo”, “Escatologia”, “Aorta
tocante” e “Cicatriz:ando”.
Num estilo muito próprio, o poeta leva ao extremo o desafio que colocou a si mesmo: a sua voz como poesia, a poesia como sua voz. Nesta poética da voz, o autor está todo implicado: corpo, palavras, respirações. Tudo é material sónico: o riso, o barulho da língua contra os dentes, a saliva a circular, o grito, o choro, a dor, os ruídos internos, o estertor, etc. Tudo é material poético.
Este trabalho é marcado pela música (jazz, tradicional e do Paleolítico), mas também pela ironia, pela política e pelo absurdo. Palavras com sentido(s) e libelos contra a “tirania da significação”. Um poeta dividido entre a poesia escrita e a oralidade. Expondo-se.
Num estilo muito próprio, o poeta leva ao extremo o desafio que colocou a si mesmo: a sua voz como poesia, a poesia como sua voz. Nesta poética da voz, o autor está todo implicado: corpo, palavras, respirações. Tudo é material sónico: o riso, o barulho da língua contra os dentes, a saliva a circular, o grito, o choro, a dor, os ruídos internos, o estertor, etc. Tudo é material poético.
Este trabalho é marcado pela música (jazz, tradicional e do Paleolítico), mas também pela ironia, pela política e pelo absurdo. Palavras com sentido(s) e libelos contra a “tirania da significação”. Um poeta dividido entre a poesia escrita e a oralidade. Expondo-se.
Lançamento das seguinte edições "Bosq-íman:os":
- Disco de poesia sonora "Porta-voz" de Américo Rodrigues; objecto concebido pelo escultor José Teixeira. Tiragem reduzida.
- Objecto poético "O asterisco" de José Teixeira. Edição limitada.
Dia 15 de Março, pelas 16 horas, na Quinta da Maluca (Maluca Art Atelier) - Domínio do Vale do Mondego (Faia), Guarda"."
- Disco de poesia sonora "Porta-voz" de Américo Rodrigues; objecto concebido pelo escultor José Teixeira. Tiragem reduzida.
- Objecto poético "O asterisco" de José Teixeira. Edição limitada.
Dia 15 de Março, pelas 16 horas, na Quinta da Maluca (Maluca Art Atelier) - Domínio do Vale do Mondego (Faia), Guarda"."
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