Sim, ficámos hoje a saber o custo da traição que as Universidades portuguesas fizeram a todos os seus alunos, negando-se a tomar partido numa questão que as enterrou na lama da desconsideração e da nulidade das suas competências formativas.
Alguns meses depois de este mesmo Governo, que agora dá "lampeiro" a esmola caridosa, ter considerado que o trabalho das Universidades não merecia credibilidade, percebe-se o porquê e o custo do "silêncio compincha": 42 milhões de euros!
Este é, a partir de agora e sem a garantia de ser pago, o primeiro vislumbre (primeira tranche?) da vergonha universitária e, claro, o vislumbre daquilo que é o ensino universitário dos nossos dia: um mero ponto de passagem! Razão tinha Torga quando, com uma visão profética, declarou que tinha por lá passado "como cão por vinha vindimada." Nem ele reparando nela nem ela reparando nele. Claro está que, nos dias que correm, a Universidade repara no número de cabeças que por ali entram, mas só para efeitos contabilísticos, e não tem em consideração nada mais. É pena, pois a educação deveria ser o seu centro de acção!
«"Interrogado sobre se garantia que os
montantes cortados em excesso nos orçamentos das instituições,
relativamente aos que estritamente corresponderiam aos novos cortes
salariais aplicados aos seus trabalhadores para 2014, o secretário de
Estado respondeu afirmativamente, referindo que, com os dados da
execução orçamental de Fevereiro, ou com os de Março, as contas seriam
feitas e os orçamentos das instituições seriam reforçados com as
diferenças (previstas em cerca de 42 milhões no total do sistema), na
altura da aprovação do próximo orçamento rectificativo", lê-se num
comunicado da Federação Nacional de Professores (Fenprof) divulgado
depois da reunião.» (Público)
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