quinta-feira, dezembro 09, 2010

Prenda de Natal para ti

Concentrado em demandas
Esvai-se a realidade
Por entre os dedos esguios
Do simples esqueleto de um ser!

“Amo-te sem vergonha!”

Procuro o fim da estrada
O fim do cansaço a ter
Em cada sílaba do teu corpo.

Julgo as estrelas a cada
Passo invisível de solidão.

Saboreei-te o corpo vestido
De artificiosos enganos alimentando
De infindáveis aromas
A luxuriosa animação da noite
E os sonhos escarrados da tua boca!

Sigo concentrado em devaneios
Tacteando a realidade em busca
Do que não tive.

(24/12/2007)

2 comentários:

abc disse...

o tormento da carne num homem que amadurece

Daniel Rocha disse...

Tens toda a razão. As agruras é que nos desbravam o intelecto.