Concentrado em demandas
Esvai-se a realidade
Por entre os dedos esguios
Do simples esqueleto de um ser!
“Amo-te sem vergonha!”
Procuro o fim da estrada
O fim do cansaço a ter
Em cada sílaba do teu corpo.
Julgo as estrelas a cada
Passo invisível de solidão.
Saboreei-te o corpo vestido
De artificiosos enganos alimentando
De infindáveis aromas
A luxuriosa animação da noite
E os sonhos escarrados da tua boca!
Sigo concentrado em devaneios
Tacteando a realidade em busca
Do que não tive.
(24/12/2007)
2 comentários:
o tormento da carne num homem que amadurece
Tens toda a razão. As agruras é que nos desbravam o intelecto.
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