sábado, agosto 30, 2014

Pensalamentos #267 - veneno social

abrupto
o veneno social
a destilar
com contornos morais
pago com dinheiros públicos
desde 1975

o exemplo maior
da preocupação elitista social
que vai fingindo 
que o mundo em que vive
é dele e só dele

quinta-feira, agosto 28, 2014

Momentos em imagem #21 - Eu, o GAM e Camilo

(Foto de Eunice Lopes)

(Foto de Eunice Lopes)
(Foto do Município de Pinhel)


Na passada segunda-feira, dia 25, apresentámos em Pinhel um pouco do romance "O Bem e o Mal", de Camilo Castelo Branco, numa adaptação para teatro preparada por mim. Foi mais um trabalho intenso e exigente para todos os que compõem o Teatro do Imaginário e o Grupo de Amigos do Manigoto (GAM), mas que nos deu um grande gozo e, penso que a todos, uma imensa satisfação. Espero que o resultado final possa ter sido do agrado de todos aqueles que assistiram e também da memória de Camilo Castelo Branco. 

À Fernanda Fernandes, ao Daniel Ferreira, à Raquel Castelo, ao José Martins Ferreira e à Ana Mesquita, fica um agradecimento pela dedicação e profissionalismo que empregaram na construção das suas personagens!
Ao Roberto, um obrigado pelo esforço e cuidado para fazer com que a música e o som desta peça fossem uma realidade!
E a todos aqueles que se esforçaram por nos ajudar a conseguir todas as peças de roupa para compormos um "quadro" próximo daquele que o século XIX apresenta: Centro Cultural de Famalicão da Serra, Eunice Esteves, Julieta Bico, Daniel Martins, Tânia (amiga da Ana Mesquita), e tantos outros que se esforçaram por ajudar.

(Foto de Eunice Lopes)

Ao José Martins: desculpa qualquer coisinha, especialmente o facto de te fazer voltar ao hábito paroquial!

quarta-feira, agosto 20, 2014

Dia de Pinhel com Teatro e com Camilo Castelo Branco

(A Casa de Camilo, visitada e fotografada pela família Ferreira)

(O Bem e o Mal, exemplar de edição recente fotografado pela família Ferreira)

É já no próximo dia 25 de Agosto, pelas 10:15, junto aos Paços do Concelho de Pinhel, que o Teatro do Imaginário, do Manigoto, vai responder a mais um desafio diferente do habitual. Nesse dia, será inaugurado um monumento dedicado a Camilo Castelo Branco e à obra que ele dedicou a Pinhel: O Bem e o Mal. E o desafio lançado pela Câmara Municipal de Pinhel ao Teatro do Imaginário vai ter resposta exactamente nesse momento da inauguração. É um desafio que merece destaque e que será um enriquecimento para quem o fez, neste caso a Câmara e o seu Presidente, e para quem tem o prazer de o executar, eu e todos os elementos que participam nesta representação (entre actores, técnico de som, apoio aos figurinos e todos os restantes apoios).

Serão seis os actores que vão entrar em "palco" (José Ferreira, Ana Mesquita, Fernanda Fernandes, Daniel "o novo" Ferreira, Raquel Castelo e eu). A peça é... para já surpresa (para os novos no blogue)! O texto é a duas "penas", sendo o meu texto invadido por frases de Camilo. A encenação é uma delicada viagem num curto espaço, mas onde a emoção e os encontros vão marcar lugar de destaque.

Espero que possam estar presentes e ver o fantástico esforço e dedicação que "amadores" conseguem transportar para o teatro e para a sua divulgação! A não perder... digo eu!


Pensalamentos #266 - férias

as trevas da noite e do dia
não tiram férias?

quarta-feira, agosto 13, 2014

ainda o teatro

e, no centro de tudo,
o teatro
envolve e revolve os sentidos
reinventando a vida
e as ficções

terça-feira, agosto 12, 2014

Até sempre, "O Captain! My Captain!"

(Foto de Buena Vista International)
 
"Se vos causamos enfado por sermos sombras, azado plano sugiro: é pensar que estivestes a sonhar; foi tudo mera visão no correr desta sessão. Senhoras e cavalheiros, não vos mostreis zombeteiros; se me quiserdes perdoar, melhor coisa hei-de dar-vos. Puck eu sou, honesto e bravo; se eu puder fugir do agravo da língua má da serpente, vereis que Puck não mente. Liberto, assim, dos apodos, eu digo boa noite a todos. Se a mão me derdes, agora, vai Robin, alegre, embora."

(fala da personagem Puck em A Midsummer Night's Dream, de William Shakespeare)


(Foto de Buena Vista International)

E há dias em que a realidade se torna real.

segunda-feira, agosto 11, 2014

mais teatro

Ver o silêncio frio ganhar alegre som.
Eis a magia do teatro!
O aparecimento do imaginado.

quinta-feira, agosto 07, 2014

Momentos em imagem #20 - O Bem e o Mal


É a próxima (penso eu) aparição do teatro. Baseada no romance "O Bem e o Mal", de Camilo Castelo Branco, esta para já parte de peça será apresentada na inauguração de um monumento a este grande nome da literatura portuguesa. E eu gosto muito de Camilo. Já me vi, várias vezes, a ver-me como seu "seguidor", nomeadamente na obrigação em escrever em virtude de ter de sobreviver. A sua biografia é trágica mas apaixonante. Espero que este futuro momento possa ser delicioso para quem assistir. Logo darei mais pormenores!

domingo, agosto 03, 2014

Teatro

Missão Camilo em passo acelerado a partir de amanhã!
Destino: Pinhel, 25 de Agosto!
Bravos Imaginários do Manigoto!

quinta-feira, julho 31, 2014

Pensalamentos #264 - desejos

desejar
o desejado
proibido e longínquo
e tocar
de leve
na fímbria
da sua negação

Dois textos com interesse sobre a Guarda

No dia de hoje houve neste blogue dois textos que mereceram um especial interesse por parte dos leitores. Por um lado, a minha última crónica na Rádio Altitude (que pode ser lido aqui ) que faz a análise daquilo que Álvaro Amaro poderia trazer enquanto possível vencedor das eleições camarárias, como acabou por vir a acontecer. Por outro lado, o texto que escrevi sobre a desastrosa demissão de Américo Rodrigues e o fim que se vislumbrava do Teatro Municipal da Guarda enquanto espaço de excelência (que pode ser lido aqui).
Um e outro textos têm os seus pontos de interesse e são, ainda, a minha opinião. Penso que nenhum deles se afasta daquilo que tem sido a entrada a matar de um e a perda de consistência (apesar do grande esforço da equipa que ainda se mantém activa) de outro. Não preciso de dizer mais nada, pois não?

quarta-feira, julho 30, 2014

06. Crónicas Silenciosas – Moralidades



Sempre desconfio de quem, do alto da sua imponente inutilidade real, debita conselhos e críticas a quem, espantado pelo desacerto constante de políticas decisões e surreais decisões, vai fugindo à sina imposta e se transforma numa espécie de Robin dos Bosques para sobrevivência familiar. Entre banqueiros, líderes de grandes empresas, políticos, gente bem assegurada pelo erário público, ex-qualquer coisa, descendentes de figuras dos antigos e actuais regimes e, até, ilustres desconhecidos que, vai ver-se, são concubinas ou concubinos de qualquer um dos outros. Daí que aprendi a desconfiar desta “maralha” toda e lanço sempre uma questão: como sobrevivem? “Do seu trabalho”, aponta-me logo o mais perfeito defensor da coisa alheia com um ligeiro interesse a pender sobre si. “Dos lucros dos seus investimentos”, afirma logo outro que conhece tão bem a realidade como nós conhecemos o que vais acontecer ao planeta Terra daqui a um milhão de anos. “Olha, das mentiras que contadas tantas vezes parecem verdades”, liberta infeliz o consciente da desgraça que nos acompanha. E a realidade é bem evidente. Todos os acima não citados, mas insinuados, possuem uma qualidade que é clara: dizem coisas que fazem mas que criticam nos outros. Seja, viver de empréstimos! Seja, consumir acima das necessidades e das próprias posses (apesar do milhão vivem com dois ou três que lhes não pertencem)! Seja, enganar o estado não para sobreviverem, como criticam nos outros, mas para “arrepanharem” mais uns quantos milhares ou milhões! Seja, prejudicar as contas públicas com os seus actos de gestão disparatada, mas elogiada por toda a classe governamental!

Tudo o que acima refiro é uma constatação ingénua e que não possui qualquer validade real, mas que assenta, sobretudo, na memória que tenho (infelizmente, de elefante!) dos anos em que até agora me foi permitido viver.

Para uma conclusão inconclusiva, como não poderia deixar de ser, tenho de fazer aqui uma “declaração de verbo” sobre um assunto que considero essencial para a “limpeza” das falsas moralidades deste país: eu, abaixo assinado, assumo a minha total inclinação para os aventais de cozinha!

Tenho dito!     





Moimenta da Serra, 30 de Julho de 2014

Daniel António Neto Rocha

terça-feira, julho 29, 2014

Teatro e Camilo


As personagens por vezes querer viver outra vida e outra forma de estar nela. Por isso, dar-lhes vida é o melhor remédio. Trazer Camilo para o meio da rua também é uma óptima opção, mesmo que - para já - seja só por breves, mas intensos, instantes.