o dia infiltrou-se
nos ossos
nas veias
e nas sinapses irregulares
(que morrem devagar)
sexta-feira, março 14, 2014
A não fusão na Guarda #1
"Vamos pedir ajuda a uma empresa especializada para fazermos uma análise profunda!"
"Essa empresa ainda não está escolhida, obviamente!"
"Essa empresa ainda não está escolhida, obviamente!"
Mais uma vez, é numa "empresa" que a conversa começa. As duas frases são da mesma pessoa e tratam dos passos que se seguem à não aprovação da fusão das empresas municipais da Guarda. Não me querendo repetir, mas mais uma vez, aí está uma análise que deve ser feita aos discursos e ditos das gentes com responsabilidade. Para quê tentar inventar, senhores?
quarta-feira, março 12, 2014
Pensalamentos #213 - observadora
tu,
que altiva e dissimulada,
observas
espreitando
os passos vagarosos
esquece-te de ti
e olha
bem
para o teu vazio
terça-feira, março 11, 2014
O Homem Sem Cabeça
segunda-feira, março 10, 2014
Devaneios regionais? #1
Tive mesmo de ler mais do que uma vez, pois não estava a acreditar naquilo que lia (e desculpem-me a honestidade)! Ver aqui.
Diz o Presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela que "não querer um aeroporto, túneis na serra e IC6 é «visão redutora»"? Uma Serra que não consegue, diz-se que por manifesta falta de vontade de alguns "figurões" da região, coordenar uma estratégia de transporte de turistas para o alto da serra em pleno inverno - deixando turistas a jurar que não voltam -, está preocupada com (na minha opinião) luxos!? É redutor não ver qualquer utilidade numa cópia de Beja? Quem/ o que serviria um aeroporto? Túneis (sorvedouros de dinheiros públicos como no Marão) para aproximar o quê? Via rápida de montanha (sim, não sei por onde seria construído este itinerário)?
Claro que a "guerra" vem da política nacional e, por aí, percebe-se a contenda. No entanto, e percebendo-se também quais são as prioridades dos "nossos" eleitos, a questão que se coloca é a seguinte: descobriu-se petróleo na Serra da Estrela?
Não, é fácil de perceber que tudo não passa de uma estratégia para que as obras públicas, a política do betão, volte a funcionar à custa dos contribuintes, claro! Em tempos como os de hoje, e visitem os centros de emprego e vejam a quantidade de desempregados que por lá existem, as prioridades "camarárias" são mais elefantes brancos? Eu ia jurar que nós andamos a pagar o preço de negócios destes (que deram muito jeitinho a alguns!) a juros bem elevados, mas, se calhar, não é bem isso que se passa.
Realmente, só temos o que merecemos!
Pensalamentos #212 - raízes
encolher
ossos e raízes
de encontro ao chão
e colher
(fingidamente)
as molas que prendem as vestes
de almas enfeitadas
domingo, março 09, 2014
"Porta-voz" de Américo Rodrigues, no próximo fim-de-semana
Raros são os dias em que podemos assistir e participar num lançamento e apresentação como aquele que vai decorrer no próximo fim-de-semana. Depois de "Cicatriz:ando", lançado há cerca de meia dúzia de anos, Américo Rodrigues volta aos "objectos sonoros" e constrói um "Porta-voz" que há-de ser mais um daqueles trabalhos raros e únicos que quem aprecia arte gostará de ter. Eu lá irei! Estou muito curioso por aquilo que ainda não conheço, mas que, aposto, será um trabalho de grande qualidade. Sim, e apesar de o Américo me chamar tantas vezes de exagerado, é o trabalho daquele que é hoje visto (felizmente também pela Academia) como o mais importante "poeta sonoro" de Portugal e um dos mais reconhecidos ao nível Europeu. Não assistir a este lançamento seria, na minha humilda opinião, uma falha grave para quem gosta daquilo que a poesia traz de novidade e de criatividade!
Sábado, dia 15 de Março, pelas 16 horas, na "Quinta da Maluca", Faia (Guarda).
"Porta-Voz” é o mais recente disco do performer vocal e poeta Américo
Rodrigues, depois de ”O despertar do funâmbulo”, “Escatologia”, “Aorta
tocante” e “Cicatriz:ando”.
Num estilo muito próprio, o poeta leva ao extremo o desafio que colocou a si mesmo: a sua voz como poesia, a poesia como sua voz. Nesta poética da voz, o autor está todo implicado: corpo, palavras, respirações. Tudo é material sónico: o riso, o barulho da língua contra os dentes, a saliva a circular, o grito, o choro, a dor, os ruídos internos, o estertor, etc. Tudo é material poético.
Este trabalho é marcado pela música (jazz, tradicional e do Paleolítico), mas também pela ironia, pela política e pelo absurdo. Palavras com sentido(s) e libelos contra a “tirania da significação”. Um poeta dividido entre a poesia escrita e a oralidade. Expondo-se.
Num estilo muito próprio, o poeta leva ao extremo o desafio que colocou a si mesmo: a sua voz como poesia, a poesia como sua voz. Nesta poética da voz, o autor está todo implicado: corpo, palavras, respirações. Tudo é material sónico: o riso, o barulho da língua contra os dentes, a saliva a circular, o grito, o choro, a dor, os ruídos internos, o estertor, etc. Tudo é material poético.
Este trabalho é marcado pela música (jazz, tradicional e do Paleolítico), mas também pela ironia, pela política e pelo absurdo. Palavras com sentido(s) e libelos contra a “tirania da significação”. Um poeta dividido entre a poesia escrita e a oralidade. Expondo-se.
Lançamento das seguinte edições "Bosq-íman:os":
- Disco de poesia sonora "Porta-voz" de Américo Rodrigues; objecto concebido pelo escultor José Teixeira. Tiragem reduzida.
- Objecto poético "O asterisco" de José Teixeira. Edição limitada.
Dia 15 de Março, pelas 16 horas, na Quinta da Maluca (Maluca Art Atelier) - Domínio do Vale do Mondego (Faia), Guarda"."
- Disco de poesia sonora "Porta-voz" de Américo Rodrigues; objecto concebido pelo escultor José Teixeira. Tiragem reduzida.
- Objecto poético "O asterisco" de José Teixeira. Edição limitada.
Dia 15 de Março, pelas 16 horas, na Quinta da Maluca (Maluca Art Atelier) - Domínio do Vale do Mondego (Faia), Guarda"."
sábado, março 08, 2014
Crónica Bombeiros.pt: Bombeiros têm medo
São muitos os que apregoam a necessária
revolução em todos os sectores da sociedade portuguesa, e, como é óbvio e
salutar, também no reino dos bombeiros sabemos que algo tem de mudar.
No entanto, e infelizmente, continuamos todos a “assobiar para o lado”
quando os factos são tão óbvios como visíveis, aparentando que todos
temos “o rabo preso” em algum interesse mesquinho ou em algum amigo que
não pode ser tocado pela constatação do erro que realmente cometeu.
Chegamos pois à triste ideia de que os bombeiros portugueses têm medo de
se assumir como os principais obreiros das suas próprias vidas e
carreiras. Ou, espantem-se, pensam todos vocês que a súbita e estranha
aproximação de quadros directivos das várias entidades aos bombeiros
(homens e mulheres, gente que realmente está no terreno) é mera
coincidência? Nós, homens e mulheres bombeiros, temos medo de sermos nós
a tomar a palavra que sabemos que merecemos usar e tornamo-nos tantas e
tantas vezes “instrumentos” de mera utilização calculista e abusiva. Dá
jeito morrermos! Dá jeito que tenhamos lesões graves! Dá jeito que
choremos! Dá jeito que nós, homens e mulheres, sejamos o elo mais
enfraquecido, pois só assimos abutres poderão refastelar-se com os
nossos corpos. No entanto, nós continuamos com medo de dizer “basta!” e
de assumirmos nas nossas próprias mãos a tomada de decisão sobre a nossa
utilização enquanto força mais capaz de defesa dos nossos concidadãos! E
esta “É a Hora!”
P.S. – Ver, ouvir e ler os apelos
desenfreados de alguns dirigentes e antigos altos responsáveis por
entidades de bombeiros a exigir a punição dos “incendiários” do Caramulo
dá-me um certo “nojo”! Em que gabinete se escondiam estes defensores
quando, de 2000 a 2012, morreram 31 (trinta e um) dos nossos camaradas?
Quando dá jeito, somos defendidos! Quando não dá, somos esquecidos!
Famalicão da Serra, 5 de Março de 2014
Daniel António Neto Rocha
sexta-feira, março 07, 2014
Fusão das empresas municipais da Guarda chumbada: e agora?
A notícia é avançada pela Rádio Altitude (aqui) e agora, sim, vamos ficar a conhecer os planos que há para o futuro.
Venha de lá a decisão que já tinha tomado, Senhor Amaro!
quinta-feira, março 06, 2014
Pensalamentos #211 - borrar
perseguir a sorte
borrando os pés
as mãos e a boca
eis as gentes de hoje
borrando os pés
as mãos e a boca
eis as gentes de hoje
quarta-feira, março 05, 2014
"O convento" quase esgotado
Não deixa de ser interessante perceber que um pequeno opúsculo pode esgotar rapidamente. O que vêem são os resistentes que ainda moram cá em casa. 100 exemplares que estão a sair a um ritmo que eu não esperava. Espero que a recepção por parte de todos os que já o leram seja boa e que os que ainda o irão receber possam também gostar.
Como disse, estes são os que ainda estão à venda e que podem ser adquiridos através de endereço electrónico (silenciosasdiscussoes@gmail.com) ou por outra via que seja viável.
Tenho, para entrega nos próximos dias, aqueles que foram encomendados e que eu ainda não tive tempo para fazer chegar aos destinatários. Não se preocupem, os vossos estão guardados e a caminho.
Vamos ver como correm os próximos dias e se, pela primeira vez, tenho de pensar seriamente numa hipotética 2.ª edição!
Dúvida de quem esteve longe da Guarda nos últimos dias
Tenho muito pouca informação sobre o espectáculo teatral que ocorreu no Domingo na Guarda. Em anos anteriores, criou-se uma marca (Julgamento e Morte do Galo do Entrudo) e sempre foi dada informação sobre as personagens e respectivos actores, sobre os textos e respectivos autores, assim como a divulgação do tema que servia de base a tudo. Este ano... não consigo encontrar estas informações. Claro que também não perguntei a ninguém da organização, como muitos de vocês devem estar a responder, mas essa deve ser uma preocupação de quem quer informar, ou seja, fazer com que a informação possa ser encontrada sem ser preciso ir bater a portas. Não sei por que razão isso não aconteceu. Sei apenas que houve uma mudança de nome deste espectáculo, começando a chamar-se "Entrudo e Julgamento do Galo". E é exactamente nesta mudança de nome que surge a piada (?). Uma vez que estava em trabalho noutro ponto do distrito, não pude presenciar o espectáculo. Logo, tentei pesquisar e encontrar informação sobre a realização deste momento que me habituei a apreciar ao longo dos anos. Curiosidade maior: encontrei tantos nomes para um só espectáculo que me parece que ninguém sabia o nome que a organização tinha assumido. Curiosidade: um dos nomes mais divulgados, por jornalistas, fotógrafos e meros cidadãos, foi "Julgamento e Morte do Galo 2014". Perante isto, uma constatação: a organização fez mal em tentar fazer esquecer uma marca que a cidade já tinha conquistado e consolidado.
Para vosso deleite, ou para sustento da vossa curiosidade, aqui ficam alguns exemplos desta confusão de nomes e respectivos responsáveis por essa má (?) informação:
- "Enterro do Galo na Guarda" (SIC Notícias - Sítio na Internet);
- "Julgamento e Morte do Galo" (SIC - reportagem televisiva);
- "Entrudo e Julgamento do Galo" (Destinos Lusos.com);
- "Julgamento e Morte do Galo do Entrudo" (Guarda.pt - no título e introdução da notícia);
- "Entrudo e Julgamento do Galo" (Guarda.pt - no desenvolvimento da notícia);
- "Entrudo de Julgamento do Galo" (Rádio Altitude - Sítio na Internet);
- "Julgamento e Morte do Galo do Entrudo @ Guarda 2014" (Vídeo de um guardense);
- "Julgamento e Morte do Galo - 2014 - Guarda" (pasta de fotos partilhada no Facebook por um fotógrafo guardense).
Haveria outros exemplos, mas penso que estes servem para demonstrar a confusão que encontrei na análise ao evento.
terça-feira, março 04, 2014
Mais algumas fotos das representações em Pinhel
Mais algumas
imagens do fim-de-semana teatral em Pinhel. O Teatro do Imaginário,
do Grupo de Amigos do Manigoto (GAM), levou o teatro à Feira das
Tradições e provocou sorrisos no público presente. Estas são imagens da
promoção das Casas do Juízo, casas de Turismo Rural em Juízo, no
concelho de Pinhel.
Nas representações efectuadas pelo Teatro do Imaginário, num total de cinco, estiveram envolvidos vários actores (José Ferreira, Maria Gonçalves, Maria Luísa Mesquita, Diana Lopes, Daniel Ferreira e Daniel Rocha) com o auxílio inestimável de todos os elementos do Grupo de Amigos do Manigoto e dos proprietários das Casas do Juízo. Os textos foram da minha autoria, assim como o trabalho de encenação e direcção de autores. Daqui a uns dias dou mais pormenores sobre o trabalho de equipa que fez com que fosse possível ver e fazer teatro no meio de uma Feira das Tradições muito movimentada.
Todas estas fotos são da Câmara Municipal de Pinhel.
segunda-feira, março 03, 2014
"A poesia é o mistério de todas as coisas" no dia 21
O próximo momento de encontro e de partilha poética decorrerá no dia 21 de Março. Este é o dia que ficou marcado globalmente como o "Dia Mundial da Poesia". A organização é do Teatro do CalaFrio e da Casa de São Vicente. Um dia em que se respirará melhor, certamente, o ar da Guarda!
"O Teatro do CalaFrio e a
Casa de São Vicente vão organizar, nesta casa que fica na Rua da
Trindade, nº8A, Guarda, a sessão A POESIA É O MISTÉRIO DE TODAS AS
COISAS, assinalando o Dia Mundial da Poesia.
Participam José Neves, Valdemar Santos, Américo Rodrigues, Fátima Freitas, Daniel Rocha, António Godinho, José Monteiro, o projecto Ai! (de César Prata e Suzete Marques) e o saxofonista Carlos Canhoto, entre outros. Mas qualquer assistente pode ler, gritar ou cantar os seus poemas ou de outros.
Dias 21 de Março, pelas 21.30 horas." (Nota da Organização)
Participam José Neves, Valdemar Santos, Américo Rodrigues, Fátima Freitas, Daniel Rocha, António Godinho, José Monteiro, o projecto Ai! (de César Prata e Suzete Marques) e o saxofonista Carlos Canhoto, entre outros. Mas qualquer assistente pode ler, gritar ou cantar os seus poemas ou de outros.
Dias 21 de Março, pelas 21.30 horas." (Nota da Organização)
Algumas fotos das representações em Pinhel
Algumas imagens de um fim-de-semana teatral em Pinhel. O Teatro do Imaginário, do Grupo de Amigos do Manigoto (GAM), levou o teatro à Feira das Tradições e provocou sorrisos no público presente. Dentro de dias já temos mais alguns registos para mostrar. As primeiras são imagens da promoção das Casas do Juízo, casas de Turismo Rural em Juízo, no concelho de Pinhel. A última é da aldeia do Manigoto e quis mostrar um pouco da rica história e dinamismo dessa bela aldeia.
Todas estas fotos são da Câmara Municipal de Pinhel.
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