(personagem Mónica, em "Para Roma com Amor" de Woody Allen)
sábado, setembro 07, 2013
sexta-feira, setembro 06, 2013
Promessa pelos nossos homens
Há sete anos que tenho tentado ajudar a evitar o que nos dias que correm parece ser assunto inevitável! Hoje, mais uma vez este ano, fui apanhado de surpresa e admito que chorei. Há coisas que trato como meros adereços que são. Mas a vida... essa não! E hoje mais famílias estão tristes e sem razão para continuarem a viver! Outras estão com o coração nas mãos, esperando que o futuro as ajude a trazer os seus para casa.
Eu fiz hoje uma promessa! Não a vou aqui partilhar, mas tem como pressuposto o regresso seguro de todos os meus amigos e camaradas a casa.
No dia em que isso acontecer, levanto-me e ando. De um sítio até outro sem grandes pausas, tal como fazemos sempre que existe um incêndio para apagar. No dia em que possa cumprir esta promessa, direi do que se trata.
Acordos na Guarda? #13 - o enigma
É uma das questões que a decisão do Constitucional traz para a baila no dia de hoje e que, tenho a certeza disto, poderá ser determinante no desfecho final das eleições de 29 de Setembro. Vamos por partes. O Tribunal Constitucional decidiu (na minha opinião mal, por motivos que envolvem, entre outros, o abuso daquilo a que nos negócios se chama de "posição dominante") que os autarcas de outros concelhos possam candidatar-se a concelhos vizinhos. Logo, Álvaro Amaro é, agora, um candidato legítimo e com legítimas ambições. Portanto, agora acaba-se este problema (pois neste momento já não há o problema da interpretação da lei que tanta e tanta tinta fez correr).
Agora, o novo e esperado problema está em saber como é que o mesmo Tribunal vai resolver a questão das listas de "A Guarda Primeiro", pois poderá ser determinante para o desfecho final das eleições a possibilidade ou não de esta lista estar a votação. Passo a explicar ou a tentar fazer uma breve análise que poderá ser tudo menos acertada. Caso o tribunal permita a ida às eleições de "A Guarda Primeiro" haverá uma dispersão de voto que já vimos que será favorável à candidatura de Álvaro Amaro, uma vez que a sua posição saiu reforçada com esta decisão que é coerente com aquilo que ele diz desde o início da pré-campanha. Caso o tribunal não permita essa ida às eleições de "A Guarda Primeiro" que vai sair reforçado é José Igreja e o seu Partido Socialista (PS) que poderão ter para si aquilo a que eu chamo "os votos da vingança menor e os votos do mal-o-menos". Claro está que nesta última versão assistiremos ao regresso dos desavindos ao PS, talvez com o "rabo entre as pernas" e com aquela típica versão muito portuguesa do "eu sempre estive deste lado, fui foi ver o que os outros faziam para te dizer".
Seja lá como for a história, aqui estaremos para ver o seu desenlace. Uma ou duas certezas, porém, ficam desta decisão do Tribunal Constitucional: primeira, a três a vitória é laranja; segunda, a dois ficaremos pelo rosa. Esta é, pelo menos, a minha leitura dos dias hoje.
quarta-feira, setembro 04, 2013
Acordos na Guarda? #12 - Guarda ilegal
Há pequenos pormenores que fazem a diferença nesta coisa da política e que fazem como cidadão eleitores, tal como eu, acreditem nos políticos de partido ou de listas independentes. Uma delas é a transparência e a clareza da intenção com que se candidatam (o que, digamos, ninguém consegue trazer para a campanha, pois é sempre um jogo de oportunidades e de sombras). Outra é o conjunto de apoiantes e de gentes que rodeiam as candidaturas sem mostrarem que estão ali, mas que se vai notando que estão por pequenos elementos que fazem a interligação entre "famílias". Outra ainda é a forma honesta como conseguem, ou não, obter aquilo que a democracia (não me apetecendo fazer qualquer alusão a este nome tão abstracto e tão difícil de perceber) prevê, por exemplo a recolha de assinaturas. Neste último campo parece-me que devemos estar conscientes de que há formas legítimas de recolher assinaturas (por exemplo, quando explicamos às pessoas que as assinaturas servem para x e elas acedem e assinam) e outras que não são aceitáveis (por exemplo, pedir a alguém que passe nomes das listas eleitorais e que assine por esses mesmos nomes). Não é democrático aquilo que se consegue cometendo um crime, mas isso é só um pormenor, não é?
segunda-feira, setembro 02, 2013
Pensalamentos #120 - conta gotas
seguir
estrondosamente
com a calma vagueante
de gotas de sangue
a flutuar pela vida
Momentos em imagem #17 - os nossos homens
O Tiago Anjos criou e partilhou esta imagem. Eu faço-a chegar até vós. Estes são os nossos homens que lutam para voltar para junto das suas famílias e de nós. Nós estamos à espera deles e todas as nossas orações são por eles. Volto a pedir-vos, a vós, boas energias e um lugar para eles nas vossas orações.
sexta-feira, agosto 30, 2013
Pequeno pedido a quem lê este blogue
Não vos quero gastar o tempo ou sequer exigir algo que não esteja na vossa vontade, mas gostava de vos pedir que por estes dias incluíssem nas vossas orações os meus quatro amigos e camaradas bombeiros que estão magoados. Obrigado!
terça-feira, agosto 27, 2013
segunda-feira, agosto 26, 2013
Acordos na Guarda? #11 - golpe de teatro ou trágedia?
E aí está mais uma "acha" para a fogueira política da Guarda: listas de "A Guarda Primeiro" rejeitadas pelo tribunal da Guarda.
A piada: nunca vi umas eleições com tantas supostas ilegalidades! Parece-me um bom presságio para os próximos quatro anos de trabalho político no concelho.
domingo, agosto 25, 2013
Repentes #35 - o recolher obrigatório e os incêndios
Há um dado que salta à vista de quem o quiser ver e que indicia aquilo a que noutros países chamam terrorismo. Aqui pelas nossas latitudes e longitudes parecemos não prestar atenção a isso, mas, depois, temos os canais informativos a falar de ataques terroristas e de triângulo do mal noutras zonas do globo.
Pergunta: é admissível haver (e olho para o exemplo de hoje) 106 incêndios entre a meia-noite e as nove horas da manhã? Este tipo de comportamento não é terrorismo? Se em vez de incêndios fossem bombas, já alguém se preocupava a sério com isto?
Pois bem, não é altura de decretar o recolher obrigatório com carácter de urgência em alguns distritos ou regiões do país?
sexta-feira, agosto 23, 2013
Pensalamentos #117 - palavras enlutadas de bombeiro
tantas coisas e palavras encaixadas na garganta
tantas lembranças passadas
tantas caras e lágrimas que hoje pressinto lá longe
não, hoje não escrevo nem mais uma palavra.
hoje estou triste e apetece-me ficar quieto e reflectir.
hoje apetece-me pensar se continua a valer a pena.
talvez amanhã, com a mente turvada de insónia
as palavras brotem e alguém as ouça.
chega! chega! chega!
tantas lembranças passadas
tantas caras e lágrimas que hoje pressinto lá longe
não, hoje não escrevo nem mais uma palavra.
hoje estou triste e apetece-me ficar quieto e reflectir.
hoje apetece-me pensar se continua a valer a pena.
talvez amanhã, com a mente turvada de insónia
as palavras brotem e alguém as ouça.
chega! chega! chega!
quinta-feira, agosto 22, 2013
Crónica Bombeiros.pt: Basta um gesto simples e desinteressado!
(Foto de Sérgio Cipriano/ Bombeiros.pt) |
1. Bastaram duas semanas de calor intenso e de (é
minha crença) actividades negligentes e criminosas para que não fossem só as
matas e pinhais do país a ficarem incendiadas. Também as línguas e vontades dos
altos responsáveis desta coisa dos bombeiros ganharam nova força e começaram a
disparar numa única direcção: a subida, rápida e em força, na hierarquia económica
e política. Mas, comecemos pelo fim, ou seja, por estas últimas horas de
grandes incêndios que, segundo o senhor Ministro da Administração Interna logo
depois secundado pelo senhor Presidente da Associação Nacional de Bombeiros
Profissionais (ANBP), se devem a uma não racionalização de meios (???). Ou
seja, o problema, para estes senhores, deve-se a uma existência exagerada de
meios que não são aplicados com exactidão nos respectivos incêndios. Pelo menos
foi também isto que percebi. Pois bem, tentando perceber melhor esta conjugação
de palavras governamentais com as palavras profissionais do senhor presidente
da ANBP, cheguei à triste conclusão de que a realidade do interior do país é
completamente desconhecida por parte destes excelentíssimos senhores. Algum
destes senhores terá perguntado aos centros distritais quantas ocorrências de
incêndios têm durante um só dia de trabalho? E já algum destes senhores se deu
ao trabalho de perceber os meios complementares (máquinas de rasto, por
exemplo) que não existem para um combate poder ser mais efectivo? Sim, estou a
ler as palavras ditas e trazidas na comunicação social de forma localizada e,
se calhar, não coincidentes com as intenções finais destes senhores, mas não me
parece que esteja longe daquilo que eles pretendem. Limando um pouco estas
constatações, permitam-me que conclua duas coisitas que gostava que estivessem
na mente do senhor Ministro quando disse aquilo que disse perante os
jornalistas: primeiro, ele estava a falar do desaparecimento do Grupo de Intervenção,
Protecção e Socorro (GIPS) enquanto força que duplicava aquilo que já existia e
que foi, digamo-lo, um gasto exagerado de dinheiros públicos em nome de uma
qualquer vontade política; segundo, ele fez uma comparação (generalização)
despropositada entre o elevado número de operacionais e de meios que é possível
colocar nos vários Teatros de Operações (TO) do país, sabendo nós que na região
de Lisboa podemos no espaço de 1 (uma) hora colocar facilmente num incêndio
florestal 300 (trezentos) homens e sabendo nós também que isso é uma missão
impossível de concretizar em qualquer outra área do país (talvez após uma
dezena de horas de incêndio isso seja possível). As leituras destes dois pontos
ficam em aberto para as considerações dos senhores leitores.
2. Outra das questões que por estes dias veio a lume
foram os acidentes na frente de incêndio. Comecemos, outra vez, pelo fim. Na
região de Penacova deu-se, naquilo que está relatado e que eu pude ler, um
pequeno milagre. O senhor Presidente da Liga, no entanto, chamou-lhe
“sangue-frio”. Pois bem, parece-me que teremos os dois um pouco de razão, mas
(sem estar a ser arrogante) penso que tenho um pouco mais de razão do que ele.
Porquê? Porque o caminho que escolheram foi dar ao sítio certo. Elementar, não
é? Sim, imaginem só que o caminho que escolheram e que o “sangue-frio” que eles
tiveram os levava para um beco sem saída criado pelo incêndio? Sim, senhor
presidente da Liga, as nossas decisões contam muito, mas também conta a
conjugação de factores que não depende de nós. Em todo o caso, não há ninguém
que fique mais feliz com o desfecho do incêndio de Penacova do que eu.
3. Por fim, volto devagar e com um sentimento de
solidariedade imenso aos dias tristes de Miranda do Douro e às faces de todos
aqueles que deixaram de ter motivos para sorrir. Não tenho a intenção de dar
conselhos ou recomendar qualquer paliativo, pois sei que as palavras que possa
dizer aos familiares do António Ferreira ou aos seus companheiros não
significam muito. Quero, portanto, virar-me para todos aqueles que serão
essenciais no futuro próximo e que, a faltarem, farão com que a vida se
transforme num sítio terrível para se habitar. Quero, então, virar-me para as
famílias de todos os bombeiros e para as comunidades de Miranda do Douro, e
pedir-lhes uma coisa muito simples e que não custará qualquer soma ou esforço:
estejam presentes e, quando sentirem que é hora, dêem uma mão, um abraço ou uma
palavra de conforto a quem, não o pedindo, o precisará.
Figueira da Foz, 13 de Agosto de 2013-08-13
Daniel António Neto Rocha
segunda-feira, agosto 19, 2013
Seia: "A Casa da Memória" de portas escancaradas
No dia 14 de Setembro, pelas 21h30, o Teatro do Imaginário vai apresentar na Casa Municipal da Cultura de Seia a sua mais recente peça: "A Casa da Memória". Deixo aqui o aviso para poderem agendar com calma esta ida ao teatro. A entrada custa 4 euros.
""A Casa da Memória" é uma história de encontros e desencontros passada no centro de uma aldeia tipicamente beirã - o Manigoto. Por ali não faltam as brincadeiras de rua, as tropelias das crianças, as galinhas e os burricos, o sino a rebate, e as beatas, os padres, os apaixonados, e todo um imaginário registado desta aldeia do concelho de Pinhel. Humor e emoções, com um final em festa!
(...) Cada ensaio foi uma evolução, uma hora marcada, uma vontade de crescer, um lanche e convívio festivo. (...) Às vezes uma visita inesperada, um recado, os afazeres, a família, os vizinhos, uma cadeira desmanchada, um vidro que se partiu, a lenha para aquecer… e tudo sem agruras, sem querelas, (...) que bom que assim foi. (...) A maioria dos participantes deste espetáculo pisa pela primeira vez um palco; generosamente, entregaram-se às palavras do Daniel Rocha, que para este grupo escreveu precisamente a obra A Casa da Memória, às experiências que fui propondo sobre elas, e, passo a passo, foi um desabrochar. Ei-las hoje, aqui, convosco, para que estas histórias possam (...) ser vossas, para que este passado possa ser relembrado, e para que esta identidade se crave fortemente no solo de Manigoto. Pudesse todo um país crescer assim.
Alexandre Sampaio in Folha de sala
Ficha técnica:
ENCENAÇÃO E IMAGEM de Alexandre Sampaio, a partir da obra "A Casa da Memória" de Daniel António Neto Rocha. INTERPRETAÇÃO de Ana Mesquita, Bernardo Cerdeira, Daniel Ferreira, Diogo Cerdeira, Diogo Paulino, Fernanda Fernandes, José Ferreira, Maria Gonçalves, Maria Luísa Mesquita, e Sofia Paulino. DESENHO e OPERAÇÃO DE LUZ de António Freixo. APOIO CENOGRÁFICO de Abel Santos. ADEREÇOS de Alex Teixeira, António Guerra, Kevin dos Santos, e Manuel Marques. MÚSICA de Bach (allegro assai do concerto nº2 para violino, e adagio do concerto para duas harpas e cordas), e Mozart (adagio do concerto nº3 para violino, e allegro moderato do concerto nº1 para violino). PRODUÇÃO do Grupo de Amigos do Manigoto. APOIOS da Câmara Municipal de Pinhel, Falcão E.M., Junta de Freguesia de Manigoto, IPDJ, e INATEL."
ENCENAÇÃO E IMAGEM de Alexandre Sampaio, a partir da obra "A Casa da Memória" de Daniel António Neto Rocha. INTERPRETAÇÃO de Ana Mesquita, Bernardo Cerdeira, Daniel Ferreira, Diogo Cerdeira, Diogo Paulino, Fernanda Fernandes, José Ferreira, Maria Gonçalves, Maria Luísa Mesquita, e Sofia Paulino. DESENHO e OPERAÇÃO DE LUZ de António Freixo. APOIO CENOGRÁFICO de Abel Santos. ADEREÇOS de Alex Teixeira, António Guerra, Kevin dos Santos, e Manuel Marques. MÚSICA de Bach (allegro assai do concerto nº2 para violino, e adagio do concerto para duas harpas e cordas), e Mozart (adagio do concerto nº3 para violino, e allegro moderato do concerto nº1 para violino). PRODUÇÃO do Grupo de Amigos do Manigoto. APOIOS da Câmara Municipal de Pinhel, Falcão E.M., Junta de Freguesia de Manigoto, IPDJ, e INATEL."
(Fonte: Casa da Cultura de Seia)
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