terça-feira, fevereiro 09, 2010
Trevas bem escuras ou obscuras imperfeições do céu?
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
01. Crónica Altitude – Cidade de Poesia
(...)
terça-feira, janeiro 19, 2010
Poesia em movimento incerto
segunda-feira, janeiro 18, 2010
Cicatrizando - TMG, 22 de Janeiro
A não perder, no Café Concerto, a partir das 22 horas.
Estamos todos convidados!
domingo, janeiro 17, 2010
Semana de Manuel António Pina
Vejam, detalhadamente, a programação aqui.
segunda-feira, janeiro 11, 2010
Dr. House - série 6
Adoro séries! Bem... adoro algumas séries que considero boas e capazes de me ensinar alguma coisa. Nem todas o fazem completamente, mas a maior parte das que eu escolho fazem-no perfeitamente. Ora bem, acabo de ver o segundo episódio daquilo a que posso chamar "O episódio do Eu (House) no Manicómio". Sim! É um episódio bipartido em dois e que revela a humanização do intragável médico arrogante. O que me ensinou? Até as árvores mais altas caem... com o seu total acordo.
domingo, janeiro 10, 2010
sexta-feira, janeiro 01, 2010
2010... Mesmas expectativas de sempre?
quarta-feira, dezembro 23, 2009
Consolem-se!
sábado, dezembro 12, 2009
Cercados pelo Fogo: 2.ª parte (3)
quarta-feira, dezembro 09, 2009
Desculpa, Fernando Pessoa!
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Nota - Dias antes do dia 30 de Novembro de 2009, dizia eu (como factor motivacional através da curiosidade e dos seus interesses pessoais ou ausência deles) aos meus alunos de 3.º ano (o equivalente ao 12.º do ensino regular) assim que chegaram de estágio e se preparavam para iniciar o estudo da Obra de Fernando Pessoa e dos seus "EUS" outros: "Meus caros, notem que Fernando Pessoa educou-se com uma dose infindável de cultura britânica. Aliás, reparem que uma das cidades onde se vai realizar o Mundial de Futebol de 2010 é a cidade onde ele cresceu e onde frequentou estudos - a cidade de Durban." Fado português, "factum" latino ou "anankê" grega, o facto é este: no dia 25 de Junho de 2010 (se não me engano e estou com preguiça para comprovar) realiza-se na cidade estrangeira mais pessoana um encontro da língua portuguesa. O Portugal - Brasil desse dia na cidade da adolescência de Pessoa será o factor mítico para o mundo tomar conhecimento do facto de ter havido um português admirado mundialmente pela sua arte literária que passou por ali. Gosto de pensar que será um dia de esplendor da língua portuguesa no mundo.
Cercados pelo Fogo: 2.ª parte (2)
sábado, dezembro 05, 2009
Cercados pelo Fogo: 2.ª parte (1)
Para já fica o aviso:
Cercados Pelo Fogo: 2.ª parte, do Professor Doutor Domingos Xavier Viegas, irá ser apresentado em Coimbra na próxima Quinta-feira (dia 10 de Dezembro de 2009), pelas 17 horas.
terça-feira, dezembro 01, 2009
Uns dias com Mestre Gil!
A oportunidade de contactar com o processo de ensaio de uma peça de teatro é sempre uma oportunidade única e imperdível. A oportunidade de ver trabalhar um encenador e de poder privar com ele, quando coloca no palco e nos actores a carga simbólica sonhada dias antes, são momentos de uma aprendizagem intensa e tremendamente recompensadora.
No final do mês de Agosto, estando eu a preparar o início de mais um ano lectivo, recebi a notícia de que o Teatro das Beiras estaria, dentro de dias, a encetar ensaios para a peça “Antígona”, um dos grandes textos da literatura greco-latina. Como a curiosidade de ver encenado um texto desta magnitude é sempre imensa, decidi contactar o encenador Gil Nave (meu Mestre no Curso de Encenadores realizado há cerca de dois anos no Teatro Municipal da Guarda e patrocinado pelo INATEL) com a intenção de presenciar a mise-en-scène desta peça. Pedido aceite com gosto! O Mestre Gil deu-me acesso ilimitado a todos os momentos de preparação da peça, informando-me do dia em que se iniciariam os ensaios e da particularidade de ele ir trabalhar com a versão de Brecht que foi preparada a partir do texto original de Sófocles (quereria eu melhor?). Era chegada a vez de me deslocar até à Covilhã (cidade berço deste grupo de teatro profissional) e tomar contacto com os actores e com o espaço de trabalho.
Não foi uma situação muito normal, a que os actores tiveram de passar, pois um “corpo estranho” (que era eu!) tinha, de um momento para o outro, aparecido no seu espaço e observava tudo o que acontecia. No entanto, experiente e sabedor destas coisas surpreendentes do teatro, o Mestre Gil tratou de me dar a conhecer os e aos actores, resolvendo de forma muito simples um problema que o não chegou a ser. O espectáculo tem de continuar, pensei no momento em que vi o Mestre Gil dirigir o início do ensaio, pensando eu que iria pedir que a concentração e a disponibilidade dos actores fossem colocadas em acção. Pensei-o eu? Sim, pensei-o eu! A diferença entre trabalhar com actores profissionais e com actores amadores nota-se nestes pequenos (grandes?) pormenores, tendo eu recordado, após esta constatação, que, no Curso de Encenadores, tinha já sido referido esse facto. Mestre Gil não necessitou de pedir aos actores que o fossem, dado que o profissionalismo daquele grupo revelou-se perante mim sem demora. Calcorreando visualmente os vários momentos da peça que iam sendo ensaiados, não demorei a voltar a recordar os momentos de poeticidade intensa que me envolveram no ano de 2007. O Mestre Gil gere os seus ensaios e os seus actores com a sensibilidade de um Professor que ensina os seus alunos. Aquilo a que assisti, inicialmente, foi a uma imensa aula de história e de cultura que tinha como destinatários alunos que teriam de vivenciar e de reactivar as lendas e realidades que lhes eram apresentadas. Ainda não revelei qual era o meu papel (se é que o tinha!) naquele espaço de confidências! Pois bem, eu assistia a tudo com vontade de entrar na conversa e de partilhar experiências, mas não o fiz! Porquê? Não sei. Talvez o saiba daqui a algumas palavras.
Uns dias passaram, dependendo da minha disponibilidade a maior ou menor presença nos ensaios.
A peça ganhava forma e a minha visão da aula que frequentava também. Esta imensa aula envolvia um papel passivo e de mera observação. Envolvia, também, vários momentos de discussão sadia com o Encenador, onde lhe pedia a explicação de um determinado gesto ou decisão, onde lhe perguntava o porquê de seguir uma metodologia de encenação mais brechtiana ao invés de uma mais clássica, onde o confrontava com a minha constatação do seu papel quase paterno em relação aos actores, onde me explicou o porquê de um movimento, muito usual nele, de aproximação e de isolamento do actor para uns breves momentos de análise e de explicação do seu comportamento cénico e psicológico, onde me mostrou o porquê da existência de uma necessidade muito humana de sentir a peça como um filho prestes a sair dos nossos braços e onde voltei a admirar a capacidade de Mestre Gil em construir horizontes poéticos.
É este texto baseado e fundado numa análise de uma técnica de encenação? Sim, é. No entanto, quem nos diz que a aprendizagem que efectuamos tem sempre como resultado a descrição de um conjunto de metodologias e de estratégias adoptadas? Como uma peça de teatro que demonstra o que é a vida, também a vida se envolve e interage com o teatro, permitindo a recolha de ensinamentos de uma forma, aparentemente, despida. Aprendi? Muito. Vou fazer como o Mestre Gil faz? Não e sim, dado que o seu ideal de teatro é um (do qual gosto imenso e que admiro fervorosamente) e o meu ideal de teatro será outro, mas isso só daqui a uns anos é que poderá ser constatado.
P.S. – Agradeço ao Mestre Gil a sua atenta consideração pelo meu pedido e peço-lhe desculpa pelo modesto texto que lhe dedico; agradeço também ao Teatro das Beiras a oportunidade de conhecer por dentro o seu espaço; agradeço ainda aos actores (António Alves Vieira, Fernando Landeira, Pedro Damião, Pedro da Silva, Rui Raposo Costa, Sónia Botelho e Teresa Baguinho) o consentimento dado para a minha presença nos ensaios.
Daniel António Neto Rocha
(Texto publicado em Boletim Cultural n.º 21 da Fundação INATEL)