Ao ver as imagens e as frases (escritas e ditas) da nova "imagem corporativa" da Câmara Municipal da Guarda, nem sei como fiquei.
Sim, cores vivas, alegres, parecendo que o arquitecto Tomás Taveira chegou à cidade, e merecedoras de enriquecer os próximos cartazes carnavalescos. Mas, sinceramente, é assim que deve ser uma imagem formal de uma cidade? Não concordo! E desculpem lá por isso! A justificação parece aparecer no vídeo de explicação da construção da nova imagem e a associação com "o dar cor à vida das pessoas" é demasiado demagógica e digna de figurar em manuais de enganos. A vida das pessoas, para este senhores, melhora apenas com o apogeu da "imagem" e da "cor"? Espero bem que não, senhores, e que este princípio seja apenas uma postura colorida para o lado fanfarrão da vossa actuação. Sim, estou a dizer que espero que também haja o outro lado - o do trabalho honesto e não ludibriante.
Por outro lado, a frase é dúbia em demasia (e eu até gosto de caleidoscópios linguísticos) e fez-me logo pressentir uma associação não muito favorável: "cada um por si". Admito que possa ser uma ligação estranha, mas sendo possível... leva ao descrédito. Para além disso, todos sabemos que existe ostracização na cidade, seja qual for o partido (pois as famílias, senhores, continuam a mandar).
Para terminar, aquela pequena imagem associada à cultura... Não é possível colocar o ponto mais alto virado para baixo, rodando a imagem 180º? É que com aquele castanho... parece uma "poia"! Espero que não seja um mau prenúncio para aquilo que aí virá na cultura!
Já o facto de o designer dizer que se baseou numa caixa tridimensional... nem sequer vou comentar!
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