sexta-feira, setembro 11, 2009

A minha tardia homenagem ao Professor Bonito Perfeito

Fugiu-me, ou terei fugido eu, das leituras jornalísticas semanais, na semana em que terminou o passado mês de Agosto, um dos textos que merece destaque pela sua admirável honestidade e intensa dolência, para além da fluidez do discurso e da capacidade expositiva que aprendi a admirar e a fruir.
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Eu não conheci o Dr. Bonito Perfeito pessoalmente. Conheci, através do Professor Honorato Esteves (meu familiar) e do Professor António José Dias de Almeida (meu Mestre e considerado amigo), o seu currículo de exemplo e a sua estatura moral e intelectual fora de série. Foi através deles que o seu nome (aparentemente hiperbólico) ganhou uma dimensão terrena e uma profusão corpórea. Atrás da sua (deles) admiração pelo "seu Professor", encaminhei-me a alguns dos seus artigos publicados na Revista Praça Velha. Não me espantei ou torci o "sobrolho". Li um dos seus textos sobre Virgílio Ferreira e Ovídio. A mistura entre seres tão díspares, no tempo, e, para o Professor Bonito Perfeito, tão próximos na capacidade de exporem aos seus contemporâneos obras de valor excepcional. Se eu tinha dúvidas, de adolescente à descoberta de autores valiosos, sobre o valor e a arte de Virgílio Ferreira, a partir das palavras limadas e sabedoras deste Professor "embebedei-me psicologicamente", noites dentro, com a leitura atenta e reflexiva de todos os livros (faltavam-me quatro ou cinco), que tinha à minha disposição e que entretanto ía comprando, daquele que me ensinou, realmente, a olhar para o ser humano enquanto homem e não enquanto máquina.
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O Professor Bonito Perfeito não foi meu professor. O Professor António José Dias de Almeida foi meu professor e é, neste momento, um dos modelos que sigo na minha profissão como Professor. Não conheci Virgílio Ferreira, mas leio no elogio da vida (texto que vos aconselho de seguida) toda a capacidade aglutinadora do homem enquanto ser capaz de influenciar vidas tão distantes.
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Aconselho vivamente a leitura deste texto belíssimo e agradeço a oportunidade concedida pelo Professor "Tó Zé" (como o aprendi a conhecer, carinhosamente, desde a minha infância) de nos permitir uma entrada no seu mundo de recordações pessoais.

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