sexta-feira, fevereiro 07, 2014

Repentes #36 - dinheiro que nasce

É uma das "coisitas" que me tem dado "a volta ao miolo" e que tem a sua piada. O Governo português tem cortado a torto e a direito na educação, mas sempre que é para dar o jeito a alguém lá desencanta uns milhões para "investir". Agora, à laia de uma qualquer necessidade de emprego para alguns amigos, lá desencantam 140 milhões de euros para "coisos" (há quem lhe chame cursos) de dois anos, para enganar mais uns quantos incautos estudantes que pensarão que estão a fazer pela vida e estarão, apenas, a pagar para adiar ainda mais o futuro!
Parece que ainda acrescentou, o cratino do ministro, que o futuro dos exames passará pela sua informatização, ou coisa do género. Para já nem sequer vou comentar, mas parece-me que Crato continua a ser o único ministro da educação em Portugal que, realmente, faz bem ao ensino.   

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

"O convento" está à venda!


O opúsculo O convento integra um conto, com o mesmo nome do opúsculo, que escrevi a partir da lenda do Convento de Famalicão (para muitos será de Valhelhas). O que fiz foi criar uma história/acção que irá culminar com o levantamento das paredes deste impressionante edifício que, infelizmente, padece de abandono crítico.
O conto O convento não segue a lenda! Ou melhor, o conto baseia-se na lenda mas vive para além da lenda, podendo, de certa forma, criar alguma discussão sobre as diferenças que o leitor poderá por ali encontrar. Mas uma história é isso mesmo, olhar para lá das paredes da lenda e recriá-la!
É uma história que possui uma linguagem simples e, pelo menos tentei, clara para todos.

O opúsculo possui 32 páginas, tamanho A5 e 100 exemplares assinados. 

O opúsculo tem um preço de 7 euros, sem despesas inerentes a entrega em Portugal (território continental).

Para efectuarem a encomenda deverão enviar uma mensagem, com a referência O Convento - Compra no assunto, para o endereço silenciosasdiscussoes@gmail.com
Caso prefiram, também podemos combinar a encomenda por telefone (caso o tenham ou o peçam por endereço electrónico) ou presencialmente, mas os dados relativos ao envio e forma de pagamento por transferência terão de ser partilhados através deste endereço email - silenciosasdiscussoes@gmail.com

Podem comprá-lo também em Famalicão da Serra, na loja da minha mãe. Para já, são estas as duas formas de aceder ao opúsculo

Pensalamentos #203 - moral

ver
de longe ou entre os enganos
a queda feroz da moral
envolta em pequenos burgos
de interesses mesquinhos

?

sábado, fevereiro 01, 2014

Conversa com o jornal O Interior

Respondi a um conjunto de questões à Sara Quelhas, jornalista do jornal O Interior, e daí nasceu este pequeno artigo que ela escreveu sobre mim e sobre o futuro. Aqui têm para ler:


Daniel Rocha ambiciona viver somente da escrita
«As obras ficaram-me com suor e algumas lágrimas»

Daniel Rocha, de 31 anos, contactou com a escrita desde cedo, nos versos da mãe sobre os santos populares e nas histórias do avô. Mais tarde chegou a vontade de a levar mais “a sério”: «A literatura está demasiado comprometida e tenho uma palavra a dizer para a libertar», afirma, salientando que, se iniciou este caminho, «é para o continuar da forma mais profissional».
Nascido na Guarda, Daniel Rocha tem uma «grande ligação» a Famalicão e reside atualmente em Moimenta da Serra (Gouveia), mas defende que a região não determina a sua escrita, exceto «no campo das crónicas, em que ela é o centro da análise». Já as suas fontes de inspiração surgem no dia-a-dia, sendo que os “bloqueios” acontecem, mas «não me posso dar muito ao luxo de os ter», ironiza o autor. Exigente por natureza, Daniel Rocha confessa que «a versão final de um texto nunca é aquela que o tempo obriga a ser final». Todas as personagens que cria são suas «amigas», pelo que «as obras ficaram-me com suor e algumas lágrimas», confessa. O livro que mais o marcou ainda está na “gaveta”, mas, entre os publicados, “Refrações em três andamentos” foi o que mais “custou” «emocionalmente».
Ainda assim, não dedica tanto tempo à escrita quanto gostaria, muito por ter escolhido «a pior profissão para ter uma vida descansada do ponto de vista monetário», sublinha, adiantando que as suas ambições a curto prazo são «estabilizar profissionalmente, seja a dar aulas ou noutro trabalho». Escritor “freelancer”, Daniel Rocha acredita que é possível viver da escrita em Portugal, mas somente com os «romances da moda», considerando que «se exigir que o leitor pense a obra, terá uma vida de autossatisfação regada com dificuldades constantes». «Gosto que os meus leitores pensem o que leem e que especulem sobre a obra», sublinha. O escritor espera publicar alguns dos livros que tem na “gaveta” para «dar mais um empurrão a esta vontade de um dia viver da escrita». Daniel Rocha lançou recentemente “O Convento”, em edição de autor, encontrando-se já em pré-venda. Mais informações e encomendas para o email silenciosasdiscussoes@gmail.com. 

(Texto publicado no jornal O Interior de 30-01-2013, ver aqui)

sexta-feira, janeiro 31, 2014

A viagem de "O convento" começou com uns dias de antecedência






Não quiseram esperar pelo fim-de-semana. Alguns exemplares do opúsculo "O convento" seguiram já hoje viagem pelo correio. Que sejam bem recebidos e que a leitura seja aprazível!
Durante o fim-de-semana penso entregar "em mão" mais alguns devidamente reservados! Veja as condições de acesso ao conto aqui!



quarta-feira, janeiro 29, 2014

"O Convento" chegou para seguir viagem


Chegou e está pronto para seguir viagem!

Se ainda não fez a encomenda, mas quer fazer, leia aqui as condições!

Sim, pela poesia tudo... mas pela da vida!

Leia a notícia: 


Uma discussão entre dois russos sobre os méritos da poesia e da prosa acabou com um deles, um antigo professor, a matar o amigo à facada, disseram hoje investigadores.
Os dois amigos estavam a beber na cidade de Irbit, nos montes Urais, quando começaram a discutir literatura, «sobre qual dos géneros literários, poesia ou prosa, é mais significativo», de acordo com uma declaração dos investigadores da região de Sverdlovsk.
«O anfitrião insistiu que a verdadeira literatura era a prosa, enquanto o convidado, um antigo professor, defendeu a poesia», acrescentaram.
«A discussão literária tornou-se rapidamente num conflito e o amante de poesia, de 53 anos, matou o oponente à facada», disseram os investigadores. O antigo professor, que se escondeu em casa de um amigo, foi detido mais tarde.
Em setembro passado, uma discussão entre dois amigos, na cidade de Rostov-on-Don, sobre qual dos dois gostava mais do filósofo alemão Immanuel Kant, acabou com um deles a alvejar o outro na cabeça. A vítima sobreviveu. 

(Fonte: TSF)


A notícia pode ser reduzida a esta frase "a poesia mata". E mata mesmo, metaforicamente exercitando, mas neste exemplo vemos que isso mudou. Claro que não foi a poesia, mas é mais poético que assim se diga.
Claro que é destes abusos humanos, condensados num tamanho "absurdo", que a vida se faz e tantas e tantas vezes se desfaz. 
A pergunta, no entanto, impõe-se: precisamos de hostilizar tudo e extremar a mesma parte até a corda partir? 
Este é um dos meus pensamentos contínuos e, para meu bem, sou incapaz de partir uma corda que não se quer partir. E agradeço por isso todos os dias! Gosto das pessoas e adoro os meus amigos, talvez só eu os adore, e não haja o reverso, mas não me chateio por isso.
Estes dias vão ser terríveis... Padeço do mal de pensar demasiado!

terça-feira, janeiro 28, 2014

Até um dia destes, Francisco!


Não consigo escrever nada... Talvez amanhã ou noutro dia consiga descrever um pouco de tudo aquilo que foram muitos anos de convivência, com muitos anos bons e alguns de alguma perturbação. Penso que aprendemos muito os dois, um com o outro, mas eu aprendi mais com ele. Somos amigos e vamos continuar a sê-lo, pois para mim nada se acaba, continuando de alguma forma. Acredito nisso e sei que vamos conseguir manter tudo aquilo que iniciámos juntos, porque só assim vamos conseguir honrar quem connosco caminha, mesmo que em pensamento! Amanhã caminharemos juntos!

Pensalamentos #202 - sina

correr
contra o tempo
ofegante e...

tudo fica parado
envolto na negra sina
que um dia
ignorantes
aceitámos dos deuses
ou dos seus representantes

continuar...

domingo, janeiro 26, 2014

sexta-feira, janeiro 24, 2014

A cultura pela Guarda? Para já quase tudo na mesma.

E se há algum tipo de consolo que pode vir de más decisões, hoje fiquei um pouco mais descansado em relação à Guarda e ao tipo de eventos culturais que por lá ainda vou continuar a encontrar. 
Por um lado, fiquei muito contente por ver surgir o novo Teatro do Calafrio (o Américo Rodrigues sempre na linha da frente da criação), projecto que surge do "defeito" principal daquele que foi até Novembro o Director do Teatro Municipal. Ah!, o "defeito" principal é o de ser sempre um criador e um criativo! O que é óptimo! Aposto que vai ser um projecto vencedor e que vai, novamente, encher a cidade de orgulho!
Por outro lado, a agenda do TMG está cá fora e, para já, a continuidade é bem visível e a qualidade também. Pena o número de espectáculos ser inferior e ter de existir a necessidade de optar pela inclusão de cinema e documentários (atenção que eu sou um "adepto" de cinema e de documentários!). É para mim óbvio, já que conheço relativamente bem toda a programação que o TMG sempre apresentou, que existiu uma necessidade de "tapar buracos" através deles. Oxalá não seja sempre assim ou que, pelo menos, possa existir aquilo que o Victor Afonso defende: o debate a partir das visualizações! E chegamos ao Victor Afonso! Este é o novo responsável pela programação, mas não director ou "chefe" (conforme anunciou, agora oficialmente, o vereador da Cultura Victor Amaral). Nesta escolha, óbvia, tendo em conta a exigência de qualidade que todos fazemos, vemos que o novo elenco camarário procurou apaziguar um pouco as águas que ficaram agitadas com a intempestiva (e despropositada) actuação de Álvaro Amaro no processo que moveu contra Américo Rodrigues. Agora, e tendo a tal decisão do Tribunal de Contas como dead line, procurará o executivo uma acalmia que terminará, na minha opinião, com a decisão (comenta-se que contrária aos interesses culturais da cidades - oxalá esteja errado!) de dissolver as empresas municipais. Aí, sim, será percebido o real impacto da visão do executivo na vida cultural da cidade e perceberemos melhor quais são os reais padrões de qualidade e de exigência que Amaro e seus vereadores têm para a cidade.

Qual o futuro? Não sei. Qual a exigência? Não sei. Qual o tipo de proposta que será feita aos criadores? Não sei. Será feita a todos os criadores? Não, isto sei. Haverá comprometimento e favorecimento sem olhar a padrões de qualidade? Sim, sei. O TMG será envolvido nesta onde de "culturite mais política"? Até ver, não. Depois da já célebre (e ainda não anunciada) decisão do Tribunal de Contas haverá uma cidade a olhar para padrões de qualidade ao nível da cultura? Não sei, mas desconfio que não. Haverá "perseguição cultural"? Tenho a certeza que sim!