domingo, janeiro 19, 2014
Pensalamentos #196 - futuro
embarcar em demandas
com argonautas voluntariosos
e, perante a tempestade,
ficar só
por opção
dos outros
com argonautas voluntariosos
e, perante a tempestade,
ficar só
por opção
dos outros
quinta-feira, janeiro 16, 2014
Pensalamentos #195 - correr
correr
em sobressalto
como louco
pelos caminhos
fechados
e impossíveis
ao lado
da vida
em sobressalto
como louco
pelos caminhos
fechados
e impossíveis
ao lado
da vida
Pré-venda: O Convento
O opúsculo O Convento integra um conto, com o mesmo nome do opúsculo, que escrevi a partir da lenda do Convento de Famalicão (para muitos será de Valhelhas). O que fiz foi criar uma história/acção que irá culminar com o levantamento das paredes deste impressionante edifício que, infelizmente, padece de abandono crítico.
O conto O Convento não segue a lenda! Ou melhor, o conto baseia-se na lenda mas vive para além da lenda, podendo, de certa forma, criar alguma discussão sobre as diferenças que o leitor poderá por ali encontrar. Mas uma história é isso mesmo, olhar para lá das paredes da lenda e recriá-la!
É uma história que possui uma linguagem simples e, pelo menos tentei, clara para todos.
O opúsculo, a partir de hoje em pré-venda, possui 32 páginas, tamanho A5 e 100 exemplares assinados. Estará disponível para entrega no final de Janeiro. O preço em pré-venda é de 5 euros, para quem efectuar a encomenda e o pagamento até ao dia 31 de Janeiro, não havendo custos associados ao envio.
O envio ocorrerá no dia 3 de Fevereiro. Após esta data, o opúsculo custará 7 euros.
Para efectuarem a encomenda deverão enviar uma mensagem, com a referência O Convento - Compra no assunto, para o endereço silenciosasdiscussoes@gmail.com . Caso prefiram, também podemos combinar a encomenda por telefone ou presencialmente, mas os dados relativos ao envio e forma de pagamento por transferência terão de ser partilhados através deste endereço email - silenciosasdiscussoes@gmail.com .
quarta-feira, janeiro 15, 2014
segunda-feira, janeiro 13, 2014
domingo, janeiro 12, 2014
sábado, janeiro 11, 2014
Trabalhar no arame
É uma das poucas maneiras de hoje em dia se conseguir trabalhar em Portugal: trabalhar no arame! Quem não sabe o que isto é, por estar confortável num determinado lugar ou por não saber o que é ter mesmo de trabalhar, não percebe como é difícil continuar a acreditar num futuro para Portugal. Ter de criar o futuro, perpectivando, empurrando, acreditando e, tantas vezes, falhando sem ter qualquer tipo de proteção mas apenas a exigência da usura e da cobrança, sem rede e sem qualquer garantia de sobrevivência para a família... como se cria produtividade ou confiança num trabalhador ou cidadão quando o que se garante no futuro é que continuarão a pagar ao Estado?
E lá vem a máxima de Kennedy (o JFK) "Não pergunte o que seu país pode fazer por si, pergunte o que você pode fazer pelo seu país!". Tão habituados à sonoridade e ao protagonismo desta frase, que todos os políticos sabem trautear, os responsáveis por Portugal desenham orçamentos e emitem ordens a exigir que os cidadãos continuem a fazer pelo país aquilo que os "predestinados" ministros e deputados não sabem fazem: carregar o país às costas! E, sim, lá vêm os carregadores da pedra para a construção do convento de Mafra, que Saramago imortalizou no seu Memorial do Convento. É que a exigência ao povo é efectuada de forma desumana, obrigando tantas e tantas vezes à fome e a desesperança. E talvez fosse bom que alguns dos responsáveis políticos deste país, sempre apaparicados por amigalhaços muito bem situados, sentissem na pele algumas destas situações.
E tudo isto vem a propósito desta sensação terrível de projectos que estamos a desenvolver e onde gastamos energias e dinheiros, e a única sensação que temos do futuro é que, se falharem, estaremos perdidos!
sexta-feira, janeiro 10, 2014
quinta-feira, janeiro 09, 2014
Puro Design é puro deleite!
Em primeiro lugar, o Edgar Silva é um amigo, amigo mesmo, de longos anos. Em segundo e continuando, o Edgar Silva é a cara de um projecto de design extremamente competente e moderno, vanguardista até, que a Guarda tem o privilégio de ter como seu.
E a história do Edgar e da sua relação com o design (do trajecto que conheço bem dele) tem um dia que é um marco e com o qual fiquei, e continuo, completamente convencido das suas capacidades fora do normal: um pequeno concurso de design no Liceu da Guarda. Desde então, é com ele que tenho contado para os desafios de design que se me apresentam. Um dia espero poder dar-lhe um pouco daquilo que já me concedeu, mas isso são outras questões.
São dele a capa do meu primeiro livro de poesia (Refracções em Três Andamentos) e o folheto do Projecto Sérgio Rocha para a campanha "Sabia que os seus actos não matam só árvores?". Em breve, terei outro livro editado com a capa elaborada pelo Edgar, mas ainda não tenho data para o lançamento. E, com toda a certeza, outros projectos haverá que me permitirão usufruir do seu belíssimo trabalho.
Para já, conheçam o excelente trabalho dele em https://www.facebook.com/EdgarSilvaES , a página do atelier Puro Design no Facebook, e em http://www.purodesign.eu/ , o sítio do atelier.
Eu Gosto!
Espaço: A Silenciosa Discussão de 2013 de... Pedro Cardoso
O ano 2013 terminou, passou, já não pode ser alterado. Agora pertence à História. Foi um ano marcado por acontecimentos e personalidades que importa destacar. No plano mundial a tomada de posse de Barack Obama para o seu segundo mandato dá tranquilidade ao mundo. Os perigosos e muitas vezes ignorantes extremistas da política americana continuam afastados da presidência dos Estados Unidos da América. A Coreia do Norte com o seu peculiar regime “comunista” de absolutismo monárquico, com o seu jovem líder em fase de cruel afirmação, continua a ser uma ameaça (nuclear) para a comunidade internacional e uma sentença para os seus pobres habitantes. A abdicação do Papa Bento XVI e a eleição do cardeal argentino Jorge Bergoglio como Papa Francisco também merece destaque. A novidade de um Papa que quer ser mais coerente e fiel a determinados princípios cristãos é algo que devia fazer reflectir os católicos de todo o mundo. A instabilidade no Norte de África e no Médio Oriente continua (guerra na Síria, golpe de Estado e conflitos no Egipto), apesar do acordo internacional sobre o programa nuclear do Irão trazer alguma esperança de pacificação. Malala Yousafzai, de 16 anos, entre outros prémios recebeu o Prémio Sakharov para os direitos humanos atribuído pelo Parlamento Europeu pela sua coragem e luta em prol da educação das raparigas no Paquistão. A adesão da Croácia à União Europeia, mostra que apesar da crise a construção europeia continua a ser uma referência para muitos países. Algumas personalidades de relevo que faleceram em 2013: a morte de Hugo Chávez, presidente da Venezuela, que goste-se ou não do estilo e dos objectivos marcou a história da Venezuela; a morte da ex-primeira-ministra britânica Margaret Tatcher, uma das artífices e impulsionadora da ordem económica e financeira em que vivemos actualmente; a morte da escritora britânica Doris Lessing, Prémio Nobel da Literatura de 2007; e a morte de Nelson Mandela, uma referência ética para toda a humanidade, herói da luta contra a segregação racial na África do Sul e primeiro presidente a ser eleito democraticamente neste país.
Em Portugal continuou o empobrecimento colectivo (exceptuando os mais ricos que aumentaram as suas fortunas) e a política de subjugação aos interesses dos bancos internacionais. A crise na coligação governamental, originada pela demissão “irrevogável” e regresso com poderes reforçados de Paulo Portas. A produção regular de leis e medidas declaradas inconstitucionais pelo Tribunal Constitucional revela um governo que em vez de XIX Governo Constitucional, talvez merecesse ser designado nos livros de História como o I Governo Inconstitucional da Terceira República Portuguesa. Na literatura o falecimento do escritor Urbano Tavares Rodrigues e do poeta António Ramos Rosa são perdas a destacar para a lusofonia. No futebol a selecção portuguesa conseguiu o apuramento para o Mundial 2014 no Brasil, o Futebol Clube do Porto conquistou o tri-campeonato nacional e o Sport Lisboa e Benfica que ao perder mais uma final europeia (sétima derrota consecutiva em finais de competições europeias) ainda não se libertou da maldição Béla Guttmann.
Na Guarda em ano de eleições autárquicas importa referir a derrota histórica do Partido Socialista que pela primeira vez perdeu a Câmara Municipal da Guarda, a tentativa frustrada de um movimento intitulado “A Guarda Primeiro” se apresentar a eleições e a vitória de uma coligação de direita encabeçada pelo ex-Secretário de Estado da Agricultura de Cavaco Silva e ex-presidente da Câmara Municipal de Gouveia, Álvaro Amaro, que viu a sua candidatura validada pelo Tribunal Constitucional depois de chumbada pelo Tribunal da Guarda. Muito mais podia ser dito mas termino com a interrogação: 2014 novo, vida nova? Será 2014 um ano de importantes transformações tanto individuais como colectivas?
(texto anteriormente publicado no jornal Terras da Beira - 2/1/2014)
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Pedro Cardoso é doutorando na Universidade de Lisboa. Olha para a Guarda (de onde é natural) com vontade de a modificar, uma vez que é investigador na área das alterações climáticas e políticas de desenvolvimento sustentável.
quarta-feira, janeiro 08, 2014
Finalmente... vi!
Estou ainda a ver, mas finalmente, ironicamente depois da sua morte, posso dizer que vi jogar Eusébio! E mais não digo.
terça-feira, janeiro 07, 2014
Pensalamentos #190 - aos amigos desconhecidos
aos amigos "desconhecidos"
fechados os olhos
ou vendados
ou desviados
mortos os outros
esquecidos os actos
ou escondidos
ou ignorados
mortos os outros
agarrados os interesses
ou comprados
ou vendidos
mortos os outros
apagados os nomes
ou alterados
ou dispensados
mortos os outros
vivem
em rede:
social
virtual
sobrenatural
mortos os outros
sinapse perdida
na irrealidade das
vivências
palavras
verdades
mortos os outros?
fechados os olhos
ou vendados
ou desviados
mortos os outros
esquecidos os actos
ou escondidos
ou ignorados
mortos os outros
agarrados os interesses
ou comprados
ou vendidos
mortos os outros
apagados os nomes
ou alterados
ou dispensados
mortos os outros
vivem
em rede:
social
virtual
sobrenatural
mortos os outros
sinapse perdida
na irrealidade das
vivências
palavras
verdades
mortos os outros?
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