segunda-feira, maio 06, 2013

Na Guarda a não perder: exposição de Jos van Den Hoogen

"As Cores da Alvorada", de Jos van Den Hoogen

Descobri o Jos... Melhor, o Jos (e a sua esposa Jose, também uma artista a descobrir) descobriu-me a mim em Gouveia, onde trabalhamos as suas competências na Língua Portuguesa. Depois fomos sabendo aquilo que íamos fazendo para além das aulas. Ainda não vi as suas telas, mas já as pressenti no sítio que partilhei aqui há algum tempo atrás. A partir de amanhã, dia 7 de Maio, vai ter os seus quadros expostos no Café Concerto do Teatro Municipal da Guarda. 
Vale mesmo a pena visitar esta exposição que é um olhar de um holandês sobre as nossas vivências.


"Entre 7 e 26 de Maio o Café Concerto do TMG recebe a exposição de pintura de Jos Van Den Hoogen, intitulada “Sonho Lusitano”.
As pinturas expostas fazem parte da série Sonho Lusitano e incidem na paisagem e na gente da região da Serra da Estrel
a, onde o autor reside actualmente.
Jos van den Hoogen nasceu na Holanda em 1949. Linguista, trabalhou durante anos como professor no ensino superior. Aposentou-se em 2011 e em 2012 mudou-se para Portugal. Sempre guiado por Pieter Sonnemans, o seu mestre e amigo. As obras concentram-se sobre temas que o preocupam. Muitas vezes contêm textos ou têm textos como ponto de saída. Isso talvez reflicta o seu passado como linguista.
A exposição tem entrada livre e pode ser visitada no horário de funcionamento do Café Concerto, entre Terça e Domingo
.
" (Fonte: blogue do Teatro Municipal da Guarda)

sábado, maio 04, 2013

Repentes #23 - A Guarda e a cápsula do tempo!


Não tenho grande "pachorra" para coisas que considero pouco úteis e que, estas sim, criam uma letargia entre a hora em que se enterra algo e, passados 37 anos, se volta a desenterrar (e estou a imaginar que alguém tem curiosidade em desenterrá-la!), mas há expressões que não deveriam ser ditas, especialmente por gente que, com estas considerações, demonstra que passa ao lado daquilo que diz não existir por descuido ou por claro e manifesto desinteresse. 
Li hoje, nas páginas do jornal "Público", declarações que são atribuídas a um dos responsáveis pelo projecto da cápsula do tempo em que o mesmo diz que "Precisamos de iniciativas para contrariar alguma letargia social, económica e cultural que se vai instalando", acrescentando ainda que o enterramento de uma cápsula do tempo vai "criar atractividade sobre a Guarda para os próximos anos". Pois bem, eu não conheço pessoalmente este responsável pelo projecto, mas sei que é o principal obreiro de um Clube que congrega nomes sonantes da Guarda e que tem ao longo do tempo trazido o nome da cidade bem alto ao nível do desporto automóvel (lembro-me de alguns prémios que pilotos de Motocross de Famalicão ganharam nas suas galas!). Agora, se se referisse a outra cidade qualquer até se aceitava, mas dizê-lo numa cidade que tem vindo ao longo dos últimos anos a ter uma produção artística, logo cultural, cada vez com maior presença de guardenses, com diversas associações a produzir cultura, com um Teatro de âmbito nacional e com várias produções (desde livros a música a teatro a pintura ...) a terem reconhecimento nacional... Só pode ser brincadeira! E, atenção, nem sequer falo das várias actividades relacionadas com turismo natural ou histórico que também merecem participar ne chamada "questão cultural".
 
As perguntas que deixo no ar, sabendo eu que devem estar todos muito interessados em discutir o conceito de cultura, são estas: Sabem o significado de letargia? Os textos que integram uma cápsula do tempo podem ser consultados desde que a dita cápsula é enterrada e até que é desenterrada para assim criar interesse na sua consulta ao longo dos anos? Têm a certeza que os "velhos vícios e manhas" da Guarda são documentos que vão ter algum interesse no futuro? A geração que lerá esses textos terá algum interesse em seguir os conselhos ou reflectir sobre os pensamentos (e até auto-elogios!) de pessoas que hoje querem transformar a cidade na sua Quinta Pessoal? O que é preciso que a actividade cultural na cidade da Guarda demonstre mais para poder deixar de ser letárgica para as suas gentes? Haverá interesse em perpetuar uma filosofia maquiavélica e mesquinha para o futuro que se quer sustentável e mais social?

Por fim, é óbvio que estou a generalizar, mas, pelos vistos, na Guarda tudo se generaliza e só o que é do nosso foro pessoal e privado é que parece merecer o valor absoluto e o elogio!

Como obter o livro "A Casa da Memória"?



O livro "A Casa da Memória" é uma peça de teatro da minha autoria e editada pelo Grupo de Amigos do Manigoto (GAM). Assim sendo, o livro pode ser adquirido no Manigoto, na sede do GAM, ou através de um contacto mais directo com o seu Presidente, o José Martins Ferreira, através do seu perfil no facebook ou através do seu endereço de email (josemarferreira_1@hotmail.com). Se preferirem, podem também encomendar o livro através do meu endereço de email (danielroc@gmail.com), que depois eu agilizo a encomenda com o GAM. O preço por cada exemplar é de 6€ e, caso pretendam o envio por correio, acresce a este preço 0,50€ para fazer face a despesas de envio.

Compõem este livro, para além da peça "A Casa da Memória": 
- "Nota Inaugural" de José Martins Ferreira (Presidente do GAM); 
- "Prefácio" da Professora Ana Maria Machado (Professora de Literatura Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra); 
- "Posfácio" de João Neca
- "Introdução" e "Notas Finais", da minha autoria.

O design é de Ricardo Torrão sobre fotografia de Alexandre Sampaio e a revisão de texto é de Eunice Lopes.

sexta-feira, maio 03, 2013

Playlist com amizade dentro. Em Maio o tom é fraterno.


Saber, assim ao calhas, que o designer do cartaz para a Playlist de Maio no Café Concerto (CC) do Teatro Municipal da Guarda (TMG) tinha escolhido Miles Davis como figura central foi uma surpresa muito agradável e que tem uma carga simbólica muito grande. Celebraria o seu aniversário a 26 de, precisamente, Maio, tendo nascido em 1926, e parece-me que há aqui uma vontade de se lembrarem os 87 anos do seu nascimento neste cartaz. Se assim foi, fantástica escolha! Por outro lado, o mês de Maio é especial para mim (não, não é por causa das aparições de Fátima) pois o meu irmão Sérgio nasceu no dia 23 de Maio e, apreciador de Miles Davis (o CD que integra esta playlist é dele), faria nesse dia 33 anos. Desde logo, o mês de Maio merece da minha parte uma atenção cuidada e capaz de tornar o ambiente do CC um local de encontro ainda mais intimista do que aquilo que já é. Assim, a playlist foi efectuada com cuidado, mas devo confessar que a música em formato digital (fornecida através do Youtube e de outras fontes) me fez apreciador de música fantástica que não tenho em formato físico, logo disponível para integrar esta mesma playlist (ainda tentei que alguém me fornecesse por empréstimo o álbum "Funeral" dos Arcade Fire, por exemplo). 
Com tantas e tão boas razões para celebrar Maio, desejo apenas que passem bons momentos musicais no CC!        

quinta-feira, maio 02, 2013

"Provavelmente uma pessoa" no TMG no dia 3 de Maio

(Foto: Teatro das Beiras)

É um vício que vou tendo quando tenho hipótese de nele me envolver. Pego no carrito e vou até à Covilhã para assistir às peças do Teatro das Beiras que nunca me desiludiram. É um grupo de gente capaz e competente que apresenta trabalhos de nível fabuloso e nos deixa sempre com vontade de repetir a dose. Aqui há uns meses estiveram no Teatro Municipal da Guarda (TMG) para estrearem a peça "Pagar? Aqui ninguém paga!", de Dario Fo, amanhã (dia 3 de Maio) voltam a pisar o palco do Pequeno Auditório. A peça que trazem chama-se "Provavelmente uma pessoa" do dramaturgo português e teve a sua estreia em Outubro de 2011! Não soubesse eu já o grande trabalho e o valor que esta produção do Teatro das Beiras têm, ficaria extremamente interessado em saber o porquê de ainda estar em cena quase dois anos depois. Aconselho-os vivamente (volto a escrever), mesmo vivamente, a irem ver esta peça. É um drama, não de faca e alguidar, mas um drama psicológico em que um homem (grande interpretação do Fernando Landeira) fica arrasado simplesmente por poder ser o causador de algo (não vos digo o quê). A acção passa-se numa casa da zona sul (Setúbal) e é um retrato bem urdido da sociedade portuguesa dos nossos dias. A não perder!
Por fim, e em jeito de conselho a quem "tropeçar" por acaso em algum espectáculo deste grupo, não percam a oportunidade de assistir ao "Ay Carmela!", um espectáculo que está em cena há três anos, e que é simplesmente fantástico! 
Amanhã (3 de Maio), não percam no Pequeno Auditório do TMG a peça "Provavelmente uma pessoa!", pelo Teatro das Beiras.

quarta-feira, maio 01, 2013

Guarda: no Dia do Trabalhador vá ao Teatro



O preço de entrada é simbólico (3€) e os actores são amantes do teatro! 

"A Casa da Memória" é uma história de encontros e desencontros passada no centro de uma aldeia tipicamente beirã - o Manigoto. Por ali não faltam as beatas, os padres e os apaixonados que representam o imaginário daquela aldeia do concelho de Pinhel.

Esta peça é apresentada pelo Teatro do Imaginário (Grupo de Amigos do Manigoto) e pode ser vista hoje (dia 1 de Maio), às 21 horas, no Auditório da Câmara Municipal da Guarda.

terça-feira, abril 30, 2013

Hitler: 30 de Abril é um grande dia!



Este papel de Chaplin serviu para satirizar a figura de Hitler no filme "O Grande Ditador" (1940). Pois bem, para além de ser um dos meus filmes de eleição (daqueles que numa escola da Guarda são proibidos de apresentar aos alunos), este filme traz de forma irónica à cena Adolf Hitler. Hoje, dia 30 de Abril de 2013, celebram-se 68 anos do seu suicídio. Nunca é de bom tom celebrar um suicídio, mas o de Adolf Hitler desencadeou o culminar da 2.ª Grande Guerra na Europa. Logo, em dia em que celebro o meu trigésimo primeiro aniversário, apeteceu-me lembrar um nome terrível e incontornável da história mundial. Por outro lado, apeteceu-me aconselhar-vos o visionamento deste grande filme que não tem nada a ver com o 30 de Abril, mas que é um dos preferidos de alguém que nasceu no 30 de Abril! 

31% de Desconto, só no dia 30 de Abril de 2013


Dias especiais merecem tratamentos especiais. 

Hoje, dia 30 de Abril (entre as 00h01m e as 23h59m), o livro "Refracções em Três Andamentos" está disponível para envio por correio com 31% de desconto. Assim, o meu primeiro livro de poesia estará disponível não por 10€ mas sim ao preço promocional de 6,90. Para beneficiar deste desconto, terão apenas de fazer a encomenda (para o endereço de email danielroc@gmail.com, referindo no assunto Encomenda Refracções) e efectuar o pagamento até às 23h59m do dia 30 de Abril (mediante indicações fornecidas através do mesmo endereço de email).


Nota 1: esta promoção decorre apenas durante o dia 30 de Abril e apenas no blogue.
Nota 2: promoção limitada aos exemplares existentes.

domingo, abril 28, 2013

Feriado teatral na Guarda: "A Casa da Memória", pelo Teatro do Imaginário


Na próxima quarta-feira, Dia do Trabalhador, o Grupo de Teatro do Imaginário (do Grupo de Amigos do Manigoto (GAM) - Pinhel) vai apresentar a sua última produção, "A Casa da Memória", no Auditório da Câmara Municipal da Guarda. Como sabem (porque eu já o disse por aqui!), é uma peça escrita por mim a convite do GAM e baseada nas memórias e imaginário das suas gentes.
Posto isto, vamos lá passar um 1 de Maio, pelas 21h, bem agradável! E só custa 3 euros!

quinta-feira, abril 25, 2013

Pensalamentos #80

É nos sorrisos 
tenros e frágeis
que vejo ruir o mundo
e cair a civilidade dos homens.

Repentes #22 - Cavacadas!

 
Depois de ouvir o discurso do nosso "mais que tudo" Cavaco Silva, fiquei sem a mínima dúvida de que ele é o homem certo para o momento! Sim, para este momento em que vendem o país, roubam os contribuintes e exigem que cada um dos portugueses ceda a qualquer preço a sua dignidade. Cavaco Silva conseguirá sempre encontrar uma forma de evitar que esta desgraça acabe, pois a sua missão é essa mesma: colocar o país nas mãos dos amigos especuladores!

P.S. - Enquanto escrevo isto estou a ver uma série sobre um quase fim do mundo e a destruição do mesmo mundo. O meu comentário? Se vivessem em Portugal, os americanos não brincavam tanto com a desgraça!

Repentes #21 - Abril morreu! Ficou só o mês!



Ainda alguém se atreve a gritar "Vivas!" ao 25 de Abril? Aos socialistas de algibeira abastada, só pergunto se estão satisfeitos com o lindo serviço que fizeram com o país? Às demais tendências politiqueiras, só pergunto se ainda têm um bocadinho de consideração pela condição humana? A todos nós só pergunto: é neste "país" que queremos que os nossos filhos cresçam?

O tempo passa e deste "Abril" imaginário só me apercebo dos abutres e dos saqueadores que um dia apareceram para tirar uma fotografia, ou duas, com ar de quem queria criar uma verdadeira democracia e aproveitaram para matar um povo!

terça-feira, abril 23, 2013

Economia de cabeceira #2

Hoje, sentei-me em frente das duas últimas moedas, pretas ou escuras ou castanhas ou sujas ou o raio que as parta, e perguntei muito serenamente: posso gastar alguma?

Este é um drama que me tem atingido nos últimos tempos, visto que nunca sei se uns míseros 5 (cinco) cêntimos podem vir a fazer-me falta na hora de ir entregar a divisa aos vários balcões do Estado. O que eu me rio desta estúpida conversa com as moedas, especialmente quando elas me dizem, muito ironicamente: se ficares a dever o meu valor, vais de cana!

Crónica ao Miguel “Faísca” ou do problema da diarreia mental - 13. Crónica Diária na Rádio Altitude (4.ª temporada)

1. E sempre que se fala em abuso de poder e se exige uma maior responsabilização dos “pagadores” face aos seus empregados lá vêm os belos e perfeitos exemplares da ilustre massa palradora de Portugal a defender que o que está mal, ouçam bem, é “que os desempregados portugueses ou, simplesmente, os portugueses não gostam de trabalhar e não querem trabalho“. É óbvio que eu não sei onde estas mentes escancaradas se baseiam para dizer isto, mas não acredito que tenham a mais pequena noção dos esforços que pais e mães deste país fazem para conseguirem trabalhar e, assim, conseguirem matar a fome dos seus filhos. Sim, a única parte em que concordo com aquelas palavras abusadoras e claramente de gente que vive dos subsídios ou da carteira da mamã (que até chora por causa das pessoas dizerem que o seu filho, além de oportunista, é um jovem dado para dizer coisas estúpidas) é a parte em que ele quer dizer que os portugueses não gostam de trabalhar para pagar ordenados às sanguessugas que vivem à mama do estado! Sim, eu também não gosto de trabalhar doze meses por ano, para o estado me fazer descontos sobre catorze meses, pois imagina que recebo subsídios de férias e de natal, e para o mesmo estado me recusar qualquer tipo de protecção social caso, e olhem a minha sorte, eu fique sem emprego! Mas o menino Miguel deve gostar! Numa entrevista que hoje tive o azar de ler, o homem diz que não teme ser polémico. O que não diz, mas devia dizer, é que também não teme parecer estúpido e oportunista, pois a vida dele e o seu sucesso assentam claramente nisso mesmo, numa oportuníssima convocação do exemplar Relvas através do Youtube. Novas tecnologias, velhas potencialidades de carreirismo. 
(...)


Moimenta da Serra, 22 de Abril de 2013 
Daniel António Neto Rocha 

(Excerto da Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 23 de Abril de 2013 - disponível em podcast em Altitude.fm)

segunda-feira, abril 22, 2013

Li: ”Um Homem de Partes”, de David Lodge


Não me decidi a avançar para a leitura deste livro por saber que ele tratava de Wells, pois não fazia a mínima ideia de que era um romance biográfico, mas surpreendeu-me muito pela positiva. Foi com um incentivo muito ocasional que comecei a ler romances de David Lodge, penso que em 2005 ou 2006. Daí para aqui, lá tenho vindo a descobrir a sua obra, mas de forma muito desligada, ou seja, lendo à medida que posso comprar um ou outro livro. Desta feita, aproveitando uma boa promoção e uma altura em que havia uns trocos disponíveis (situações cada vez mais improváveis), lá me aventurei nesta aventura bastante interessante. 

Abri o livro e fiquei admirado, visto que não esperava uma tão directa alusão a um qualquer personagem “real”. De H. G. Wells conheço os grandes sucessos: “A Guerra dos Mundos” e “A Ilha do Doutor Moreau”, e, depois desta leitura, compreendo o porquê do seu relativo apagamento: uma vida dificilmente tida como moralmente apresentável. 

Abrindo no período final da vida de Wells, o romance de David Lodge é construído de forma analéptica e, nesta estratégia narrativa, evolui até voltar ao ponto de partida que representa o final do romance. A construção do romance é diversa e condensa em si diferentes vozes narrativas, optando o autor por uma curiosa e bem urdida estratégia de misturar a voz de um narrador heterodiegético (presente em todo o romance) com a própria voz do narrador nas várias entrevistas imaginárias (esquizofrenia?) que servem de escape momentâneo à grande analepse, servindo como escapes explicativos de comportamentos ou de decisões. Outra das vozes (múltiplas vozes) é a que sobressai dos registos epistolares que servem de argumento para a estratégia de fuga à ficcionalidade por parte do romancista, que oferece aos seus leitores uma espécie de pista que os leve a olhar para este romance como se se tratasse de uma biografia. 

Os temas são vários e inserem-se na leitura e análise das várias obras da personagem principal. Há, no entanto, uma especial atenção aos relacionamentos sexuais e amorosos que chocaram o Reino Unido e a puritana sociedade do início do séc. XX. Este facto é largamente associado ao tema da batalha que se gerava naqueles anos em relação à ascensão social da mulher e à visão que Wells tinha da sociedade ideal, onde a mulher tinha as rédeas da sua própria vida. Socialista utópico, a visão que tinha do mundo é um dos grandes valores que este romance nos traz e que, no meu caso, me obrigará a uma leitura das suas obras mais interventivas. 

David Lodge consegue construir um romance atractivo e extremamente informativo que terá o condão de chamar o leitor para a redescoberta de H. G Wells. Mas, como é óbvio, esta é só a minha modesta opinião.