Agustina Bessa-Luís
quinta-feira, outubro 31, 2013
Boa Noite de Bruxas, desde Gouveia
E mais uma vez é na escolinha do meu filhote que eu encontro uma das imagens mais curiosas deste Dia de Bruxas. Quando o fui buscar, para irmos para casa, já era noite e andavam os professores a distribuir pelo espaço exterior umas engraçadas abóboras que continham várias figuras. Logo, aqui fica o desejo de boa noite de bruxas para todos os que seguem este blogue com um pedacinho de Gouveia.
quarta-feira, outubro 30, 2013
Acordos na Guarda? #23 - a estrutura oficial
Depois de sermos bombardeados pela comunicação social com os novos pelouros da Câmara da Guarda, eis que no sítio oficial da Câmara surge a versão oficial desta divisão feita por Álvaro Amaro e aceite pelos vereadores. Por aqui se percebe melhor o papel coordenador que estes homens e mulher terão na gestão camarária nos próximos anos. Agora, sim, entendo o porquê da enfatização das "funções". Já agora convém deixar uma interrogação no ar: Isto significa que cada um dos "serviços" terá uma certa autonomia ao nível da decisão?
Quanto ao resto, vamos esperar para saber o que será feito com os "serviços" que não surgem nomeados nesta estrutura.
Presidente da Câmara Municipal - Álvaro Amaro
|
- Gabinete de Apoio Pessoal à Presidência e Vereadores - Gabinete de Apoio e Desenvolvimento Estratégico - Gabinete de Apoio às Juntas de Freguesia - Subunidade de Apoio aos Órgãos Autárquicos - Comunicação e Marketing |
Vice-Presidente - Carlos Alberto Chaves Monteiro
|
DEPARTAMENTO ADMINISTRAÇÃO GERAL - Balcão Único, Loja do Cidadão (Front Office) DIVISÃO DE ADMINISTRAÇÃO GERAL - Subunidade de Arquivo e Expediente Geral - Subunidade Apoio Jurídico e Contencioso - Assuntos Jurídicos, Contraordenações e Execuções Fiscais - Taxas e Licenças - Informática - Qualidade e Modernização Administrativa - Fiscalização SERVIÇO DE RECURSOS HUMANOS- Subunidade de Gestão de Recursos Humanos - Subunidade de Recrutamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos DIVISÃO DE PLANEAMENTO ECONÓMICO – FINANCEIRO- Subunidade de Planeamento Económico-Financeiro - Subunidade de Tesouraria - Subunidade de Contabilidade - Subunidade de Contratação Pública e Gestão de Stocks - Subunidade de Contabilidade de Custos - Planeamento Económico- Financeiro - Contabilidade - Património - Controlo Interno DIVISÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - Desporto |
Vereadora - Ana Isabel Antunes Monteiro Baptista
|
DIVISÃO DE ADMINISTRAÇÃO GERAL- Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho
DIVISÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - Ação Social Gabinete de Sanidade e Higiene Veterinária |
Vereador - Sérgio Fernando da Silva Costa
|
DEPARTAMENTO DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
DIVISÃO DE PLANEAMENTO E OBRAS- Subunidade de Vistorias - Subunidade de Gestão Urbanística - Subunidade de Desenvolvimento de Projetos - Subunidade de Acompanhamento e Fiscalização de Obras Públicas - Planeamento, Gestão Urbanística e Vistorias - Fiscalização - Desenvolvimento de Projetos, Acompanhamento e Fiscalização de Obras Públicas DIVISÃO DE EQUIPAMENTOS MUNICIPAIS - Conservação - Equipamentos - Jardins e Espaços Verdes SERVIÇO DE EQUIPAMENTOS MUNICIPAIS- Subunidade de Transportes e Logística - Oficinas e Parque Auto - Gestão de Energia - Higiene e Limpeza - Feiras e Mercados - Ambiente SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL |
Vereador - Victor Manuel dos Santos Amaral
|
DIVISÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
- Educação - Animação Cultural - Arqueologia, Património e Museologia. - Bibliotecas - Turismo - Juventude - Subunidade Educação Pré-Escolar - Subunidade de Educação do 1º. Ciclo |
Vereador - José Martins Igreja (PS)
Vereador - Joaquim Francisco Alves Carreira (PS)
segunda-feira, outubro 28, 2013
Li: "Diz-me quem sou", de Julia Navarro
É um romance imenso, a começar na quantidade de páginas, e que tem como principal valia o conjunto de dados sobre o século XX político e social, assim como a forma corajosa e (parece-me!) certeira como faz a análise às ideologias que têm controlado o mundo desde a 1.ª Grande Guerra.
É um bom romance, daqueles que servem para conseguirmos relaxar a mente e aprender um pouco de história universal. Confesso-me culpado, pois gosto dos romances desta jornalista espanhola.
A história deste romance acompanha a vida de dois personagens: Guilherme e Amélia. O primeiro é o protótipo do jovem de trinta anos que trabalha, precariamente, para um jornal online que lhe vai pagando uma miséria para ele escrever análises literárias e outros pequenas apreciações culturais. A segunda, Amélia, é a pesquisa do primeiro. Confusos? Espero que sim, pois se não estivessem eu não poderia explicar mais nada. Guilherme é contratado por uma tia para escrever a biografia de uma avó que está enterrada num silêncio sepulcral. Porque é que todos se recusam a falar dela e a perceber quem era? Esta é a grande questão do romance. Guilherme segue então várias pistas para perceber que é Amélia e quais foram os seus passos, vindo a encontrar-se enredado numa investigação que toca bem de perto os grandes conflitos bélicos (Guerra Civil de Espanha e 2.ª Grande Guerra Mundial), os regimes autoritários de Hitler e Mussolini, as ilusões da revolução comunista de Estaline e a queda do Muro de Berlim.
Mas quem foi esta Amélia que tantas viagens obrigou Guilherme a dar? Amélia era uma jovem filha de burgueses espanhóis que casou e teve um filho, tendo, dada a ilusão dos verdes anos, abandonado marido e filho para fazer a revolução e seguir um amante. E aqui começa a viagem que culminará de forma surpreendente.
Gostei do romance. Considero que é uma boa lição de história política e social sobre a Europa do século XX e uma boa introdução ao estudo do papel do comunismo (ideologia) enquanto oposição aos regimes ditatoriais e enquanto método de governação. As personagens são muito interessantes e a narração surge num formato polifónico, onde existem várias vozes que vão trazendo o conhecimento ao investigador e ao leitor.
Editado pela Bertrand Editora, este romance merecia apenas um pouco mais de consideração por parte da editora e da revisora de texto. São centenas as gralhas e as incorrecções linguísticas que encontramos ao longo da cerca de 1100 páginas. Penso que os leitores (compradores) mereciam maior atenção por parte deste editor, mas compreendo que a estas grandes editoras o que interessa não são os leitores e sim o dinheiro deles.
Pensalamentos #141 - sangue
deixar que o sangue jorre
e se acumule em poças
para
habilmente
podermos ali saltitar
e antever
o futuro que não haverá
e se acumule em poças
para
habilmente
podermos ali saltitar
e antever
o futuro que não haverá
domingo, outubro 27, 2013
Pensalamentos #140 - facas
surgir
peito aberto
junto às facas do agressor
oferecendo
pacificamente
o último reduto
vivo
peito aberto
junto às facas do agressor
oferecendo
pacificamente
o último reduto
vivo
sábado, outubro 26, 2013
Acordos na Guarda? #22 - os "coisos" do executivo da Câmara da Guarda
E afinal as "funções" ou "pelouros" ou, como eu prefiro nestes casos (até pelo conhecimento de Latim que revela esta sublime utilização), os "coisos" (que provém daquela palavra latina "res") do novo executivo da Câmara Municipal da Guarda são: PELOUROS. Pelo menos é o que a comunicação social escreve nos seus espaços de informação. Assim sendo, aqui fica relatada de forma esquemática a distribuição dos "coisos":
Álvaro Amaro - Presidente
- Coordenação Geral
- ligação com as freguesias
- a gestão de fundos comunitários
- a comunicação
- o marketing
- responsabilidade política sobre a Culturguarda
Carlos Monteiro - Vice-Presidente
- a
administração geral
- o planeamento económico e financeiro
- a gestão de
recursos humanos
- o desporto
- a juventude
- responsabilidade política sobre a Guarda Cidade Desporto
Ana Isabel Baptista
- a acção social
- a saúde
- os serviços veterinários
Sérgio Costa
- obras
- ambiente
- equipamentos municipais
- responsabilidade política sobre os serviços municipalizados
Victor Amaral - vereador a tempo parcial
- a educação
- a cultura
- o turismo
O que está exposto acima é a divisão por "coisos" que o novo executivo irá ter nos próximos tempos, mas parece-me que a "coordenação geral" que o Presidente assume para si será uma espécie de "tutoria" para os outros membros do executivo. Álvaro Amaro parece, portanto, querer controlar as rédeas dos principais assuntos que a Câmara irá enfrentar, qualquer que seja a área em que esse assunto possa surgir. Para além disso, preocupa-me que a educação, a cultura e o turismo sejam tratadas a tempo parcial. Parecem-me, a mim, ser questões demasiado importantes para serem menosprezadas. Convém não esquecermos que as duas primeiras eram, inclusivamente, controladas pelo Vice-Presidente do executivo anterior. Vamos ver como se desenvolvem os "coisos". E, claro, faço votos de bom desempenho das novas funções a todos os membros do executivo da Câmara Municipal da Guarda, pois o importante é a melhoria do nosso concelho em todos os quadrantes.
Como gosto de ser confrontado com a minha própria participação pública e cívica, aqui vos deixo, novamente, as minhas apostas (baseadas no desenho do executivo anterior) antes das decisões de Amaro:
Álvaro Amaro – Presidente:
Gestão de
Fundos Comunitários
Obras
Particulares
Actividades
Económicas
Qualidade e
Modernização Administrativa
Relações
Internacionais
Obras
Municipais
Planeamento
Financeiro Economia Investimento
Recursos
Humanos
Carlos Monteiro – Vice-Presidente:
Apoio às
Freguesias
Desporto e
Tempos Livres
Juventude
Gestão
Operacional
Protecção
Civil
Ordenamento
do território
Ana Isabel Baptista:
Educação
Acção Social
e Inserção Social
Saúde
Pública
Sérgio Costa:
Zonas Verdes
Trânsito
Serviços
Municipalizados
Serviços
Municipais de Higiene
Limpeza e
Qualidade de Vida
Ambiente
Victor Amaral:
Comunicação
e Imagem
Marketing
Territorial
Cultura
quinta-feira, outubro 24, 2013
Pensalamentos #139 - caminhos
olhar
lado a lado
o ritmo insaciável
da desilusão
e da ilusão
continuando
rumo ao vazio
a desenhar
incessantemente
castelos utópicos
e caminhos reais
quarta-feira, outubro 23, 2013
Acordos na Guarda? #21 - A mudança, by Amaro
Poderia dizer que é "o início da mudança", mas não seria a mesma coisa, pois para já nem início me parece ser. Parece-me mais o começo de alguma coisa que poderá desembocar na mudança de políticas e de opções duvidosas. Para já saliento apenas duas coisas que me parecem interessantes e com contornos ainda não muito perceptíveis. Em primeiro lugar, a mudança no vocabulário e a opção clara por sinónimos: em vez de "pelouros" haverá "funções"! Aplicando uma regra matemática a este jogo da sinonímia, parece-me que em vez de "despedimentos" poderá haver "recolocações", onde? Não sei, talvez na rua. Em segundo lugar, outra mudança. Em vez de quatro vereadores, haverá três e meio. Porquê? Também não sei, mas poderá isto significar que haverá por ali alguma desconsideração e, quem sabe, até alguma menorização da tarefa difícil que a Câmara da Guarda tem pela frente? Espero que a questão seja outra outra e que tudo não se trate apenas da preservação de futuros caminhos profissionais.
A mudança, no entanto, está aí e a escolha de um Chefe de Gabinete bem ligado com o aparelho partidário e vindo de terras não guardenses demonstra bem a desconfiança que aparentemente os partidários laranjas guardenses ainda suscitam a Álvaro, demonstrando-se também que o agora Presidente da Câmara da Guarda está já a mostrar que a sua magistratura partidária parece ser, realmente, de influência distrital e supradistrital.
Quais serão as próximas mudanças, Álvaro?
terça-feira, outubro 22, 2013
Cápsula enregelada na Guarda
Foi uma das grandes bandeiras no início de 2013 e continuou até à Primavera, prometendo revolucionar a cultura "adormecida" no meio guardense. Os nomes "ilustres" que surgiram nas imagens e fotografias daquela grande festança para inglês ver prometiam o que agora se vê: toda a dinâmica prometida terá ficado dentro da cápsula. Ou haverá um meio cultural imensamente dinamizado nos subterrâneos elitistas da Guarda? Seja lá como for, parece que a cápsula e todo o ruído que surgiu em torno dela estão a cumprir o seu real papel! Ou alguém pensava o contrário?
sábado, outubro 19, 2013
Pensalamentos Emprestados #14
(...)
- O senhor não professa nenhuma ideologia?
- Sim, considero-me de esquerda, mas insisto em pensar livremente e em não ser correia de transmissão de ninguém, o que me torna uma pessoa pouco digna de confiança.
- Não julgue que em Itália as coisas são muito diferentes... Se estivesse no seu lugar, tentaria escrever sobre outras matérias que não a política.
- É precisamente isso que estou a fazer. O problema é que já ganhei a fama de rebelde e não confiam em mim nem sequer para escrever recensões culturais.
- De facto, as coisas não lhe correm muito bem.
- É como vê.
(...)
(Julia Navarro, Diz-me quem sou)
sexta-feira, outubro 18, 2013
Momentos em imagem #19 - a surpresa
A surpresa do pintor Jos van den Hoogen em casa e ainda embrulhada! Foi uma surpresa que em breve poderão, caso queiram (é óbvio!), ter, num outro material, mais perto de vós. Para já, gostei muito do resultado final e penso que um destes dias, quem sabe num qualquer lançamento de algo, poderão apreciar as cores reais e tudo aquilo que não é perceptível por esta imagem. Este reservei-o para mim assim que o vi. Narcisista? Talvez!
quinta-feira, outubro 17, 2013
Acordos na Guarda? #20 - vereadores e pelouros
Se
eu fosse um fanático pela análise política, confesso-vos que não hesitaria em
ter já lançado quinhentas análises às possibilidades que ficaram em aberto com
as últimas eleições autárquicas aqui pelo burgo. Teremos imensos homens e
mulheres novos nestas coisas da política guardense (até pela cratera que se
abriu com a queda de algumas figuras e figurões que ficaram pelo caminho com a
impossibilidade de “A Guarda Primeiro” se candidatar e, convém salientar,
muitos desses homens e mulheres eram filhos desta vida autárquica). Mais ainda,
poderá existir uma corrente crítica que avalia todas as acções
comparativamente, optando por dizer que tudo aquilo que se faz seria melhor
feita por quem está a criticar e de forma diferente, mesmo que se trate de
coisas que antes já tinham sido apresentadas pelo mesmo que agora se sente “diferente”.
Será, portanto, um período de diversão constante e aliciante, pelo menos para
quem gosta de analisar os movimentos sociais e políticos.
Quanto
à nova Câmara, parece que será feita a tomada de posse dentro de alguns dias e,
entre cessantes e iniciantes, haverá uma não habitual dança de cadeiras e de
pelouros que me tem suscitado muita curiosidade, pois habituamo-nos desde há
longos anos a ligar um rosto com uma determinada área. Mas o que interessa
agora é ver como serão dispostos os Generais em campo. Depois de sabermos isso,
poderemos começar a pensar em como poderão actuar uns e outros perante as tropas
que lhes estarão atribuídas. Quanto aos pelouros, a conta é fácil de fazer e,
numa lógica simplista e não racional, podemos até admitir (apesar de eu não ter
qualquer dúvida de que não será assim e que deverá haver uma maior atenção por
parte do Presidente em pelouros que tenham um interesse económico superior!)
uma colagem aos pelouros anteriores.
Olhemos
para o antes, mesmo antes, quando o elenco socialista ainda vivia
pacificamente. Assim sendo, os pelouros estavam assim divididos:
Joaquim Valente - Presidente:
Planeamento
Financeiro Economia Investimento
Recursos
Humanos
Ordenamento
do território
Ambiente
Obras
Municipais
Protecção
Civil
Relações
Internacionais
Virgílio Bento –
Vice-Presidente:
Educação
Cultura
Apoio às
Freguesias
Gestão de
Fundos Comunitários
Elsa Fernandes:
Acção Social
e Inserção Social
Comunicação
e Imagem
Marketing
Territorial
Victor Santos:
Actividades
Económicas
Qualidade e
Modernização Administrativa
Gestão
Operacional
Obras
Particulares
Serviços
Municipalizados
Desporto e
Tempos Livres
Gonçalo Amaral:
Juventude
Serviços
Municipais de Higiene
Limpeza e
Qualidade de Vida
Saúde
Pública
Zonas Verdes
Trânsito
A
divisão de pelouros era a anterior e, na figura do Presidente e do
Vice-Presidente, podemos observar as grandes prioridades governativas da Câmara
(esta é a imagem que eu tenho das responsabilidades dos elementos mais “graduados”
dentro do executivo camarário). Assim sendo, é esta mesma lógica que eu observo
no próximo executivo camarário. No entanto, penso que aqui o Presidente quererá
“controlar” as áreas que poderão potenciar economicamente a cidade, deixando
todas as outras áreas para um plano não secundário mas secundarizado (e
infelizmente penso que a cultura e a educação sofrerão com isso!).
A
minha aposta de divisão dos pelouros, feita com pouco conhecimento das reais
competências de alguns dos elementos que compõem este executivo, é a que se
segue. Deixem-me apenas salientar que esta é uma perspectiva que tenho a partir
das informações profissionais e associativas que são do domínio público, às
quais junto uma ou outra informação de nível pessoal que eu conheço.
Álvaro Amaro – Presidente:
Gestão de
Fundos Comunitários
Obras
Particulares
Actividades
Económicas
Qualidade e
Modernização Administrativa
Relações
Internacionais
Obras
Municipais
Planeamento
Financeiro Economia Investimento
Recursos
Humanos
Carlos Monteiro – Vice-Presidente:
Apoio às
Freguesias
Desporto e
Tempos Livres
Juventude
Gestão
Operacional
Protecção
Civil
Ordenamento
do território
Ana Isabel Baptista:
Educação
Acção Social
e Inserção Social
Saúde
Pública
Sérgio Costa:
Zonas Verdes
Trânsito
Serviços
Municipalizados
Serviços
Municipais de Higiene
Limpeza e
Qualidade de Vida
Ambiente
Victor Amaral:
Comunicação
e Imagem
Marketing
Territorial
Cultura
Não tenho qualquer pretensão
em acertar qualquer uma destas minhas apostas, até porque tive alguma
dificuldade em atribuir um ou outro pelouro a qualquer um dos elementos, mas
terei alguma curiosidade em saber se haverá algum em que acertarei.
quarta-feira, outubro 16, 2013
Educação: aberta a porta à "cunha"?
![]() |
(FREIRE, Anselmo Braamcamp; Brasões da Sala de Sintra, Livro Primeiro (2ª ed.), pág. 34, Imprensa da Universidade, Coimbra, 1921.) |
Sou um defensor da autonomia das escolas, mas não em Portugal! Volto a repetir o que já disse várias vezes devido a esta notícia . Ao que parece, está arrombada a porta das escolas públicas para o saque organizado pelas máfias de interesses mesquinhos e pessoais. Vamos lá outra vez a dizer o mesmo: em Portugal existe um problema muito grave que se chama "favorecimento" e que também é conhecido por "cunhice". No caso de esta medida ser implementada de forma leviana (como está a ser!) haverá o regresso aos tempos feudais também nas escolas. Alguém tem dúvidas disto? Agora, juntem-lhe uma época de crise instalada em que é o "salve-se quem puder" quem "dá cartas" e têm uma verdadeira oportunidade de ouro para esse tal de favorecimento proliferar como os tartulhos após as primeiras chuvas outonais. E é assim que, segundo Crato, as escolas melhoram as competências dos alunos! Fantástico, Crato!
terça-feira, outubro 15, 2013
Pensalamento #138 - prostituir
prostituir
violenta
e
ferozmente
o corpo
ou
a alma?
a alma
ou
o corpo?
violenta
e
ferozmente
o corpo
ou
a alma?
a alma
ou
o corpo?
segunda-feira, outubro 14, 2013
Crónica Bombeiros.pt – Bestas não, mas pouco sérios sim!
1. As palavras fogem quando a vontade de as aprisionar na velha folha de papel gasto é maior do que o próprio sentido daquilo que foi acontecendo nos últimos meses na nossa comunidade de bombeiros. E, não, não estou a falar daquilo que a sociedade pensa de nós e que alguém já caracterizou, numa linguagem mais térrea do que a minha, como uma espécie de passagem do oito ao oitenta, regressando depois ao oito. Estou, sim, a referir-me ao nosso (e estou a apontar directamente para cada um dos senhores leitores e para mim próprio!) vício tremendo de sermos os maiores lá no bairro e, quase de certeza, no universo inteiro. Sim, porque nós somos os supra-sumos que não foram apanhados pelas chamas e que, desengane-se quem disser o contrário, nunca o seremos, pois, como num golpe de magia, seremos sempre safos pela nossa experiência e pela nossa capacidade de estarmos fora do lugar errado à hora certa. E, mais ainda, nós somos aqueles que nunca erraram, pois as nossas decisões podem ter sido, e isso sim, mal interpretadas por aqueles (os ignorantes e inexperientes e… sim, traumatizados!) que acabaram por vir a morrer ou a ficar feridos. É que nós, os que tudo sabem e a quem quase nada passa ao lado, podemos sempre falar e especular à confortável distância dos problemas. Já os outros, os que ficam feridos e hão-de, talvez, não perceber bem o que se passou porque afinal tudo correu bem, vão por certo compreender a sorte que tiveram em ficar vivos e querem é esquecer e não voltar a olhar para aquela direcção que lhes deixou cicatrizes e uma má recordação, mas irão, por certo, ser agraciados com as palmadinhas de quem lhes há-de dizer que se não fosse a forma como actuou e teve sangue frio não teria saído dali, avisando-o, contudo, que a culpa foi toda dele. E há ainda os que nunca vão ter hipótese de ler esta crónica e que nunca irão poder analisar nada daquilo que aconteceu e que nunca mais serão lembrados porque a sua memória nos poderá causar algum tipo de insónias por aquilo que não fizemos ou não soubemos fazer. Sim, nós, enquanto comunidade de bombeiros parecemos unidos mas não o somos, porque se cometemos um erro havemos de o querer empurrar até nos sair da vista e cair nas mãos de um dos nossos que até tem o azar de não se saber defender e de ficar com um problema nas mãos, mesmo se estivesse a quilómetros de distância do sítio onde ele aconteceu. Sim, porque nós, bombeiros portugueses, antes que alguém nos diga o que na realidade aconteceu num qualquer acidente, já sabemos que os nossos camaradas foram azelhas, burros, ignorantes e todos os outros adjectivos que lhes manchem o nome ou a, em alguns casos, memória. Sim, porque para nós é mais importante mostrar que sabemos algo do que perceber aquilo que efectivamente aconteceu e, neste ponto, mostramos que toda a nossa vocação é unicamente destruir o outro.
2. Porque lhes digo isto com uma carga de ironia tão acentuada? Porque é impressionante como no nosso universo se criam histórias mirabolantes para acusar os outros de algo que nem sabemos bem como aconteceu ou para nos descolarmos de algo que efectivamente aconteceu sob a nossa responsabilidade. E é este o ponto que mais me importa ressalvar. Estaremos nós a educar as nossas hostes com o devido respeito pela incorporação da responsabilidade? Estará a nossa vocação de bombeiros preparada para assumir sobre os ombros o peso responsável das nossas próprias decisões? Deixo esta reflexão à vossa consideração.
3. E chegamos por fim àquele momento quase “zen” em que olhamos para factos que fazem parte do mundo surreal das esferas mais elevadas dos bombeiros. E, como penso que fica sempre bem, este momento pertence por inteiro ao senhor Presidente da Liga. É que estou neste momento perante um imenso dilema que é quase trágico mas que também é cómico. Gabriel García Márquez, escritor colombiano e um dos galardoados com o prémio Nobel da Literatura, publicou em 1961 um dos romances que me vêm à memória todas as vezes que penso no senhor presidente. Chama-se “Ninguém Escreve ao Coronel” e relata a vida de um Coronel na reforma que espera ansiosamente pela chegada de uma carta. No maravilhoso jogo de contrários que a nossa comunidade de bombeiros permite, este romance serviu de ponto de partida para eu inverter esta história e para poder lançar aqui uma questão em jeito de provocação consciente que espero não seja mal percebida pelos adeptos sportinguistas. A minha dúvida é esta: se quiser escrever uma carta ao senhor Comandante, onde é que ele a poderá receber e dar resposta? Já tentei para a Rua Eduardo Noronha e não obtive resposta. Será que tenho de a enviar para o Estádio de Alvalade?
Famalicão da Serra, 14 de Outubro de 2013
Daniel António Neto Rocha
(Texto publicado e disponibilizado no Portal Bombeiros.pt no dia 14 de Outubro de 2013)
Subscrever:
Mensagens (Atom)