1. Podem não acreditar, mas toda esta conversa sobre maçonaria e sobre a Loja Mozart me fez lembrar as histórias de piratas de Emilio Salgari ou os livros de Hergé e do seu herói Tintim. Cada macaco no seu galho, as histórias do italiano e do belga são grandes pérolas da literatura mundial, que envolvem intensas e inacreditáveis narrativas de piratas e bem urdidas histórias que envolvem “gangsters”! Já estas novelas à volta da maçonaria não passam disso mesmo e são histórias tão mal contadas e com tão maus actores que é uma pena não existir justiça em Portugal, pois, se houvesse, resolver-se-iam ao mesmo tempo dois problemas: primeiro, prendiam-se os maus actores que fazem de gente de alto gabarito e corrupta; e, segundo, desterravam-se os contadores de histórias, para que não houvesse mais destas cenas ou quaisquer próximos capítulos. Mas, como não há lei para esta gente “ilustre”, nem sei porque perco tempo a conjecturar horizontes utópicos. Daí que o melhor mesmo é rir da desgraça que é ser português e acreditar que, por trás de qualquer uma das vastas lojas deste país, existe alguma máfia que ainda nos há-de valer.
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Guarda, 23 de Janeiro de 2012
Daniel António Neto Rocha
(Excerto da Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 24 de Janeiro de 2012 - disponível em podcast em Altitude.fm)
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