1. A crise, a malfadada crise que varre o planeta e, especialmente, os povos que sempre se julgaram imunes ao perigo de bancarrota, não afecta unicamente as actividades dos outros. A reorganização, com cortes acentuados, das contas públicas e dos gastos inerentes à contratação de serviços por parte das entidades estatais veio provocar um cataclismo de resultados ainda não completamente visíveis nas nossas corporações de bombeiros. Por um lado, temos um corte imenso nas receitas que provêm do transporte de doentes (vejam que nunca ninguém assumiu que esta era até há bem pouco tempo a maior fonte de receitas de quase todas as associações de bombeiros do país) e, como sabemos, sem transporte de doentes deixa de haver espaço para a existência de contratados. Por outro lado, quais serão os apoios governamentais que numa situação de crise financeira poderão colmatar essa ausência de receita e quais serão os apoios populares que resistirão ao desgaste provocado por muitos anos de exploração política?
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Guarda, 10 de Abril de 2011
Daniel António Neto Rocha
(Texto publicado e disponibilizado no Portal Bombeiros.pt a partir das 17h00m do dia 11 de Abril de 2011)
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