segunda-feira, julho 06, 2009

Entretido a entreter os entretidos!

Juízo nenhum! Paciência nenhuma!
Pachorra pouca!
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Com epígrafes destas (ou se lhe quiserem chamar mote!) nem o Camões resistia e deixava imediatamente de escrever. Há quem diga que ele deixou de escrever e foi o outro parecido com ele que continuou a deliciosa aventura dos descobrimentos portugueses pelo mundo (tanto os materiais como os carnais!). Admito que Camões foi um homem carnal e até o admiro por isso, mas o que se esperava de um homem que sabia que iria tornar-se imortal e daí logo imaterial? Bem, perdi o encanto por Camões! Se ele supostamente sabia, já não tem valor aquilo que ele escreveu não sabendo ou supostamente pensando que nunca seria imortal. Porque falo de Camões e não de outro? Não faço a mínima intenção de saber! Deu-me para, de um jacto, imitando Pessoa, começar a falar de algo que é parecido com o que Camões significa na mente de muita boa gente: o nada que de repente é tudo! (Lá volta o Pessoa!) Quem foi Camões? Foi o tipo que decidiu que haveria de haver no futuro bem longínquo um feriado que daria muito jeito se estivesse colocado no dia anterior ao do Corpus Christi. Corpus Christi ou Corpo de Cristo e lá vem o Saramago com as riquezas visuais dos enfeites das ruas de Lisboa de D. João IV. Bem engraçada a forma como transformamos uma história numa não história e a levamos a ser mais uma crítica do que uma história. Assim é: sobe, sobe Baltazar e livra-te deste inferno terrestre. Qual filho de Camões, na desgraçada ausência de membro, qual outro de Pessoa, no jacto que te transportou até aos céus desconhecidos sem uma única letra escrita, qual alter de Saramago, na ansiosa aventura pelo mundo louco e estratosférico da literatura.
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Algo de jeito se escreve? Não me parece. Deliciosa aventura dos sentidos reunidos na escrita que confunde e infunde de interior as letras pesadas da internet.
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Pergunto-me por vezes: Acrescento algo ao meu futuro? Respondo com uma desmesurada ambição e mesurada consciência tecnológica: Sim! Acrescento uns quantos "bites".

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