Por vezes entrego-me ao desnorte de um dia incapacitante e pleno de negativismo. Não é que a culpa seja minha ou do mundo que me rodeia, mas as ideias e os ideais que vislumbro no olhar raiante de vingança de seres com quem me cruzo no vaivém vivo da dinâmica dos dias leva-me ao desgaste mental e ao desejo de alheamento. De onde sou ou por quem me tomam? Não sei, mas duvido que eu queira ter uma resposta capaz de agradar a algum desses raios que não me perturbam. Não lhes darei resposta ou sequer tentarei mostrar uma explicação maior do que a do mero esgar de um bocejo. Não me apetece aturar más vontades ou feudalismos analéptico-vivenciais, nem meras propagandas de um nazismo idealizado na presunção de um autoritarismo alimentar. Desejo-me outrado num canto qualquer e não permito a dura ubiquidade existencial de mim em emoções contrárias. O negativismo foi-se e o desnorte faz-me viver.
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