1. Num dia de Janeiro de 2035: Os dias frios deste Inverno rigoroso fazem com que os seres vivos que ainda conseguem resistir às contrariedades deste planeta em mutação se abriguem em espaços quentes ou aquecidos pela acção já inocente do Homem. Foi na longínqua entrada deste século que os cientistas e políticos (mais preocupados com a sobrevivência dos seus filhos e netos) começaram a incrível discussão que hoje ganhou contornos reais e apocalípticos. O que fazer com estes milhares de hectares de terra infértil e morta? O que fazer com as vítimas inocentes desta guerra que matou o equilíbrio da Terra? O que fez com que os valores morais voltassem a fazer sentido? O que fez com que estes exércitos, numa luta cruel pela sobrevivência, passassem a colaborar entre si de forma a proteger os poucos "oásis" de árvores que restam e que nos fornecem o precioso oxigénio? Pois é, hoje os dias são vividos com a mais alta tecnologia. Os nossos dias são alimentados por energia renovável, mas continuamos a depender daquilo que é mais antiquado e mais natural: o processo da fotossíntese. Hoje os exércitos que existem são os mais improváveis e aqueles que já desde há muitos anos tentavam defender com uma vontade férrea a vida do Homem. Daqui a uns meses, quando as temperaturas dos espaços exteriores alcançarem o calor real do Inferno, lá irão eles com os seus equipamentos e viaturas tentar preservar o pouco que resta das florestas globais. Hoje a Amazónia é uma imagem desoladora e cheia de esqueletos mortos. As florestas europeias são minúsculas ervas espalhadas por terrenos abandonados à sua sorte. Hoje percebemos: as nossas árvores são um bem precioso que merece ser guardado a sete chaves! É isso que estes homens e mulheres fazem hoje. Têm os equipamentos mais modernos de entre todos os que existem. Eles e os nossos exploradores galácticos, que tentam encontrar o dia de amanhã no espaço que não sabem ainda se existe. Estes exércitos são constituídos pelos descendentes daqueles que usavam um lema que muitos não percebiam: "vida por vida". Ainda hoje se chamam Bombeiros, em memória daqueles que passaram e que também procuravam a segurança do Homem. Ainda hoje correm em socorro daquilo que é mais precioso. São exércitos que não tiram nenhuma vida. Dão a sua vida pela vida de todos nós, enfrentando os calores infernais que o dia apresenta e que alimentam as chamas que consomem as poucas árvores que existem. Num mundo que teve a 3ª Guerra Mundial por causa das últimas gotas de petróleo existentes, reina hoje uma paz sombria e obrigada pela necessidade. Hoje a colaboração não é mera conveniência, mas sim uma questão de sobrevivência. Hoje estes modernos exércitos correm em defesa da sobrevivência global. E ontem?
2.Hoje, dia 12 de Janeiro de 2009: O texto que vos apresento no ponto anterior não é mais que uma mera chamada de atenção para uma questão que me preocupa e que preocupará (suponho!) milhares de pessoas por esse mundo fora. O que é mais importante: salvar o nosso ou salvar-nos? Não é mera questão linguística. Admito que não será também uma pergunta de fácil resposta. Aceito que seja passível apenas de uma mera imaginação dolente e, ainda, lírica! Mas não é uma questão que devemos fazer? O que interessará no amanhã longínquo possuir um grande arsenal de material bélico se a questão não estará no defendermo-nos de um inimigo que pretende subjugar-nos?! Estará sim a questão na necessidade de nos defendermos de nós próprios e dos nossos erros. O futuro está longe, pensamos. Mas será que está assim tão longe? Devemos aproveitar o dia de ânimo leve ou pressentindo o que virá? Amanhã o que hoje não tem interesse poderá ser uma questão fundamental e imprescindível à sobrevivência global! Amanhã os bombeiros de hoje poderão vir a ser os exércitos da "estória" que vos contei no ponto anterior!
Daniel António Neto Rocha
11/01/2009
(Texto publicado no sítio www.bombeiros.pt - 12 a 18 de Janeiro de 2009, e disponível no link: http://www.bombeiros.pt/entrevista/entrevista.php?id=9)
2.Hoje, dia 12 de Janeiro de 2009: O texto que vos apresento no ponto anterior não é mais que uma mera chamada de atenção para uma questão que me preocupa e que preocupará (suponho!) milhares de pessoas por esse mundo fora. O que é mais importante: salvar o nosso ou salvar-nos? Não é mera questão linguística. Admito que não será também uma pergunta de fácil resposta. Aceito que seja passível apenas de uma mera imaginação dolente e, ainda, lírica! Mas não é uma questão que devemos fazer? O que interessará no amanhã longínquo possuir um grande arsenal de material bélico se a questão não estará no defendermo-nos de um inimigo que pretende subjugar-nos?! Estará sim a questão na necessidade de nos defendermos de nós próprios e dos nossos erros. O futuro está longe, pensamos. Mas será que está assim tão longe? Devemos aproveitar o dia de ânimo leve ou pressentindo o que virá? Amanhã o que hoje não tem interesse poderá ser uma questão fundamental e imprescindível à sobrevivência global! Amanhã os bombeiros de hoje poderão vir a ser os exércitos da "estória" que vos contei no ponto anterior!
Daniel António Neto Rocha
11/01/2009
(Texto publicado no sítio www.bombeiros.pt - 12 a 18 de Janeiro de 2009, e disponível no link: http://www.bombeiros.pt/entrevista/entrevista.php?id=9)
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