terça-feira, março 12, 2013

Finalmente, em crónica - 10. Crónica Diária na Rádio Altitude (4.ª temporada)

1. Em todos os cantos da cidade se vai por estes dias levantando a voz para comentar ou tentar perceber quem vão ser as caras que aparecerão como candidatos à presidência da Câmara Municipal da Guarda. Há já candidatos assumidos, como são os casos daquele que tem nome de Rei Mago e do outro que na minha meninice se me apresentou sempre como o advogado do Diabo, mas consubstanciado num eufemismo religioso. E há os putativos candidatos, sendo que, na minha modesta opinião, um é mais putativo do que outro. Por um lado Virgílio Bento, um candidato forte e com provas dadas junto dos cidadãos que vive refém dos apoios que não desejaria ter, mas que lhe são dados porque esses apoios não têm mais nenhum candidato sério que os aceite como apoiantes, e refém também de uma “esquisita” vontade popular que parece capaz de galvanizar o próprio Vice-presidente da Câmara. E o problema de Virgílio coloca-se neste exacto ponto, pois não parece ser conciliável o apoio da massa cidadã que está cansada dos bastidores da política com o apoio da velha guarda que só sobrevive à custa dos bastidores da política e do carneirismo. 

(...)


Moimenta da Serra, 11 de Março de 2013 
Daniel António Neto Rocha 

(Excerto da Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 12 de Março de 2013 - disponível em podcast em Altitude.fm

segunda-feira, março 11, 2013

Guarda: Finalmente o "Finalmente"

(Foto: Armando Neves/TMG)

"Estreia a 14 de Março a nova aventura do Projéc~; chama-se “Finalmente [em quatro andamentos]” e é levada a cabo no âmbito do seu laboratório criativo, o Lab~. Foram desafiados quatro criadores guardenses a encenar, cada um deles, uma peça com o mesmo tema: o fim. ”. Quatro artistas, quatro pontos de vista, quatro abordagens criativas, o mesmo “Fim”. Daniel Rocha, Daniel Martins, João Louro e Élia Fernandes são os encenadores convidados. Entre quinta e sábado (de 14 a 16 de Março) o espectáculo sobe ao palco do Pequeno Auditório do TMG com sessões às 21h30.

Na história de Daniel Rocha há uma casa em construção e duas pessoas que não se conhecem, mas que se relacionam profissionalmente. Com eles ficaremos a saber mais sobre as estranhas errâncias do Fim.
O texto e encenação são de Daniel Rocha e a interpretação estará a cargo de Carla Morgado e Pedro Sousa.
Daniel Rocha iniciou-se na encenação em 2007 num curso promovido pelo Inatel e pelo TMG que teve como orientador Gil Nave. Desde esse curso, tem vindo a preparar pequenas encenações em contexto escolar e formativo. Tem colaborado, como actor e autor, em vários espectáculos do TMG, como o Julgamento e Morte do Galo do Entrudo.

No segundo andamento de “Finalmente” surge a trabalho de Daniel Martins. O criador guardense mostra que «… unicamente o infinito pode ter fim!», numa interpretação de Paulo Lisboa e Paula Costa com encenação de Daniel Martins e Tânia Maria.

Na versão de João Louro, o “fim” é «Um dia bem passado entre a vida e a morte nas viagens que se somem no trilho da sorte de cada homem e seu filho». O texto é de Galo Porno; a encenação é de João Louro; a interpretação de João Neca, Nuno Tavares, Carlos Morgado e Filipe Ruas; a música/sonoplastia tem a autoria de João Clemente, o vídeo de Mecca e a voz off de Américo Rodrigues.
João Louro nasceu na Guarda em 1979. É licenciado em Design Multimédia pela Universidade da Beira Interior. Entre 1996-2006 integrou várias peças como actor no Teatro Aquilo no qual colaborou também como cenógrafo, figurinista e em bandas sonoras. Posteriormente encenou “Gregoire” com texto de Galo Porno e realizou “Fado Citrino”.

O último andamento de “Finalmente” é o da criadora Élia Fernandes. A encenadora apresenta um excerto da obra ”O Fim” de António Patrício, peça estreada em 1909, integrando-se na estética teatral simbolista. Este trabalho conta com a interpretação de Teresa Mendonça e de Américo Rodrigues.
Élia Fernandes é co-fundadora do Aquilo-Teatro e da Associação Luzlinar. Como actriz participou em “Nana Ina Não…”, “O homem de V.W branco da minha juventude”, “A morte de príncipe”, “ A mão deslizante sábia no amor e deslizante” e “O amor a dois”. Desenhou figurinos e criou música original para várias peças. Encenou “Memória de sombras e de pedra”, “Duendes do lago”, “A menina do circo” e “Escolinha do mar” e “O amor está no ar”, entre outras.

“Finalmente [em quatro andamentos]” fica em cena até sábado, dia 16 de Março, o espectáculo é para maiores de 16 anos."
(Fonte: TMG)

domingo, março 10, 2013

Estreia de "A casa da memória"

Alegria, esforço e muita dedicação são os grandes ingredientes de uma estreia com um resultado final muito interessante. Como em todas as estreias, o nervoso miudinho e a ânsia de fazer bem foram os grandes obstáculos que este Teatro do Imaginário teve de enfrentar, mas, na modesta opinião deste membro do público, o sucesso da peça está garantido! Sobre o texto não falarei, pois estaria a ser juiz em causa própria, reservando algumas palavras para o lançamento do livro com a peça no, sempre poético, dia 23 de Março. Gostei muito da encenação e do esquema de luz. Ambos simples, mas muito eficazes. O trabalho dos actores é maravilhoso e extremamente gratificante. Parecendo simples, é muito exigente e requer uma disciplina rígida durante cerca de 1 (uma) hora. E todos eles se comportam muito bem! Mais importante ainda, e tanto que eu gosto desse aspecto, é o brilho que emana dos olhos de todos eles! Correções e melhorias? Claro que há a fazer, mas sempre se pode fazer melhor, mesmo quando tudo parece já perfeito!
Daqui a minutos voltam a pisar o palco e o meu desejo é que, no mínimo, corra como ontem e que os seus olhos voltem a cativar todos aqueles que tiverem o privilégio de assistir!

quinta-feira, março 07, 2013

Pausa

Depois de mês e meio de intensa labuta, apanho com dois dias de zero actividade que, aliada ao tempo cinzento e húmido, me empurra para dentro de casa. Depressão potencial, dirão os mais atentos pesquisadores e investigadores deste espaço. Leitura e escrita, direi eu. "A vida em surdina", de David Lodge, está prestes a encerrar as suas capas e o conto "O fato", deste vosso amigo, verá a luz do dia. Amanhã é dia de fins! 

terça-feira, março 05, 2013

A equipa responsável por "A casa da memória"

Foto do ensaio ("pedida emprestada" da página do facebook do Município de Pinhel)


"A Casa da Memória", pelo Teatro do Imaginário - Manigoto
Cineteatro São Luís - Pinhel
Sábado - 9 de março, 21.30h | Domingo - 10 de março, 16.00h



Ficha técnica: 

Encenação de Alexandre Sampaio a partir da obra “A Casa da Memória”, de Daniel Rocha; 

Interpretação de Ana Mesquita, Bernardo Cerdeira, Daniel Ferreira, Diogo Cerdeira, Diogo Paulino, Fernanda Fernandes, José Ferreira, Maria Gonçalves, Maria Luísa Mesquita e Sofia Paulino; 

Luminotecnia de António Freixo; 

Produção Teatro do Imaginário 2013.


Podem seguir a apresentação do elenco aqui

domingo, março 03, 2013

Um dia antes

O dia 4 de Março vai ser sempre o dia mais importante que já conheci e que, provavelmente, virei a conhecer.

sábado, março 02, 2013

Pinhel: o bilhete para "A casa da memória"


A estreia da peça "A casa da memória", pelo Teatro do Imaginário, está marcada para o dia 9 de Março, pelas 21h30, no Cine-Teatro de Pinhel. No dia seguinte (10 de Março) haverá, pelas 16h, a segunda representação desta peça. O preço do bilhete ( 3€ ) é simbólico e, por certo, não será impeditivo de assistir a esta realização de uma das entidades mais activas do concelho de Pinhel. Podem comprar os bilhetes com antecedência ou pedir mais informações através do número de telefone do Grupo de Amigos do Manigoto (GAM): 271 411 472

723 anos de História (nem sempre positiva, é certo!)


Parabéns atrasados, Alma Mater! Imagem (da Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra) de marca de uma "casa" com muita e variada história. Ainda aqui há dias falava com alguns imigrantes sobre o peso que esta Universidade continua a carregar como agente de excelência do ensino superior na Europa e no resto do mundo. Diziam-me eles que o reconhecimento da História da Universidade de Coimbra faz com que se olhe para os portugueses como um povo culto e inteligente. O que eles não sabiam era da existência de mais de cinquenta entidades privadas que se dedicam ao ensino superior (o número que avancei foi, sei-o, muito baixo!) e que a maior parte dos governantes deste país saíram (alguns passaram por lá só para recolher um grau, lembrando-me eu das licenciaturas relâmpago que tanto alarido criaram) destas instituições.
Foi ontem, dia 1 de Março de 2013, que se celebrou o Septingentésimo Vigésimo Terceiro aniversário da Universidade de Coimbra. Convém aqui fazer uma chamada de atenção para algo que é pouco importante para os Relvas e Coelhos deste país, mas que é um facto: foi um Rei poeta que imaginou esta Universidade!
Continuo eu a dizer: só quando voltarmos a ter um Governo de humanistas é que este país da treta poderá reinventar-se!

quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Estreia em Pinhel no dia 9 de Março, pelas 21h30



Estreia: 9 de março, 21.30h | 10 de março, 16.00h
Cineteatro São Luís - Pinhel

Para aquisição dos bilhetes, contactar o Grupo de Amigos do Manigoto - 271 411 472


(Fonte da Informação: Facebook do Município de Pinhel e Câmara Municipal de Pinhel)

terça-feira, fevereiro 26, 2013

Crónica dos “caga-sentenças” ou de como Portugal tem um governo de mercenários - 09. Crónica Diária na Rádio Altitude (4.ª temporada)

1. E o mais triste de tudo é que nós ainda continuamos a permitir que haja gente desta a gerir o todo nosso, que é o Estado. Ainda hoje, e já passaram dois ou três dias, tenho uma vontade extrema de pegar em facas e em outros objectos que possam causar dano de cada vez que me lembro dos mercenários Borges, Botas e Moedas. Não estão a ver quem possa ser? Pois, estamos tão concentrados em saber a letra do “Grândola Vila Morena” que nos esquecemos de ler e ouvir aquilo que vai sendo babujado aqui pela parvónia lusitana. Este trio de animalejo sentido, representativo daquilo que está bem e se recomenda por muitos e bons anos, parece ter cada vez maior o ego e a bolsa. Neste fim-de-semana, o Borges veio do alto da sua cadeira de “caga-sentenças a mando do Governo” afirmar a plenos pulmões que, e passo a citar, “os portugueses ainda têm de apertar mais o cinto!” Será óbvio que o vómito asinino do senhor assenta em toda a política de recuperação financeira que o país atravessa, mas não foi esta questão falsa e preocupante que me deixou atarantado. A questão principal, que é transversal ao Botas e ao Moedas e que parece ser uma das características dos currais políticos deste país, é esta: a que raça ou a que nacionalidade pertencem estes seres que se afastam do comum dos portugueses? É bastante normal ouvir em debates da Assembleia da República os senhores deputados referirem-se aos “portugueses” e às “portuguesas”. É mais difícil, mas também acontece, ouvir o senhor Presidente da República afirmar que os “portugueses” e as “portuguesas” não podem mais em vez de fazer análises linguísticas que só favorecem os amigos do peito. É muito normal ouvir os líderes dos partidos dizerem que “os portugueses” e “as portuguesas”. E então os caciquistas da nação… nem se fala! 

(...)

Moimenta da Serra, 25 de Fevereiro de 2013 
Daniel António Neto Rocha 

(Excerto da Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 26 de Fevereiro de 2013 - disponível em podcast em Altitude.fm)

Pensalamentos #73

Na curvatura da descida
encontrem-me uma espiral
de deleitosa expiação.

sábado, fevereiro 23, 2013

"Finalmente" na Guarda

E os dias de trabalho intenso com o projecto "Finalmente" continuam em grande ritmo. Dois actores são quase trucidados por um encenador furioso e chato. Gabo-lhes a paciência! 
Entre os dias 14 e 16 de Março, sempre às 21h30m, no Pequeno Auditório do Teatro Municipal da Guarda, poderão ver o resultado final.
Isto é... se os actores não fugirem até lá!

terça-feira, fevereiro 19, 2013

Teatro: estreia de "A Casa da Memória"



Vai ser já no início do próximo mês, mais concretamente no dia 9 de Março, pelas 21h30, que o Cineteatro São Luís, em Pinhel, vai receber a estreia da peça "A Casa da Memória". Escrevi esta peça a partir do imaginário e das vivências do Manigoto, e estou "em pulgas" para ver e ouvir o trabalho incansável de actores, encenador e restante equipa técnica. 
É uma peça com um encanto especial e que não devem perder. Daqui a uns dias digo-vos onde e quando podem começar a procurar os bilhetes! Podem descarregar a Agenda Cultural de Pinhel aqui.

Teatro: já reservaram o vosso lugar?


terça-feira, fevereiro 12, 2013

Crónica séria sobre Bento XVI e cómica sobre a sede de poder - 08. Crónica Diária na Rádio Altitude (4.ª temporada)

1. A renúncia de Ratzinger ao seu papel de pastor da Igreja Católica e ao nome de Bento XVI é vista por muitos como algo completamente inesperado. Claro está que o timing escolhido é completamente inesperado e poderá causar alguns debates curiosos entre aqueles que estão sempre disponíveis para criar alguma teoria da conspiração sobre a forma como são geridos os muros do Vaticano. No entanto, se tivéssemos estado atentos ao que se disse e escreveu naquele já longínquo mês de Abril de 2005, poderíamos hoje reconhecer que tudo não passa do final de um período de transição que até nem correu muito mal. A idade do cardeal Ratzinger e o papel que desempenhou junto de João Paulo II, até ao fim da vida deste, apontavam desde o início do pontificado de Bento XVI para uma solução que seria obrigatoriamente de curta duração. E o facto é que isso aconteceu. Mesmo assim este homem, que liderou a Igreja durante sete anos de altos e baixos, teve momentos de grande atitude e conseguiu surpreender todos aqueles que lhe imaginavam um percurso penoso e de contínuo afastamento dos crentes. É certo que hoje ainda se olha para trás e, para aqueles que aprenderam a admirar João Paulo II, se sente a falta daquela presença constante e contagiante do papa de Fátima, mas Bento XVI não foi o conservador e reaccionário que muitos esperariam, sendo mesmo capaz de derrubar muros que separavam a Igreja da sociedade moderna e que João Paulo II nunca consentiu que fossem derrubados. Agora, e sabendo nós do calculismo que costuma existir ao mais alto nível dentro da religião católica, esperemos calmamente pelo novo nome que ocupará a cadeira de São Pedro e vejamos se a solução de transição serviu mesmo para preparar um melhor futuro da Igreja. O certo é que se a preparação do futuro que se avizinha foi desleixada esse seria, sim, um grande e rude golpe na credibilidade da Igreja e na fé cristã.

(...)
Moimenta da Serra, 11 de Fevereiro de 2013
Daniel António Neto Rocha

(Excerto da Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 12 de Fevereiro de 2013 - disponível em podcast em Altitude.fm