É já daqui a pouco, bem sei, mas ainda vou a tempo de vos dar conta do papel reconciliador que a memória e o honrar desta podem ter. Seis anos depois, ou melhor, quase sete anos depois, o distrito da Guarda e uma das suas instituições honra a memória de quem deu a própria existência em nome de uma causa. Em Fornos de Algodres, daqui a algumas horas, será homenageado o Sérgio pelos seus próprios pares, que é o mesmo que dizer: pelos bombeiros do distrito. Atrasados! Não o sei, talvez, mas não confundamos entidades com os múltiplos camaradas de missão que já tinham dedicado um abraço ao meu Irmão! Aprecio muito o gesto do Presidente cessante da Federação dos Bombeiros do Distrito da Guarda, ironicamente o médico de família responsável por me detectar um "caroço" na tiróide, o Dr. Gil Barreiros e da sua equipa federativa. mas aprecio também o gesto da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros de Famalicão que, perante a possibilidade de recomendar alguém para ser homenageado, se lembrou do Sérgio. Agora é só esperar pela decisão da Assembleia Municipal da Guarda, que desde Agosto de 2006 está a analisar e a considerar a atribuição da Medalha da Cidade ao Sérgio e aos cinco sapadores chilenos (conforme podem ler aqui).
sábado, dezembro 29, 2012
Desligando o ano de 2012 (II)
Um dos grandes momentos do ano 2012 foi o meu lançamento como autor e editor (tudo ao mesmo tempo). Chamem-me pequeno empreendedor ou criador do próprio negócio, mas estarão um pouco longe da realidade. Não é um negócio, é mais uma vocação com a necessária vertente comercial.
Pois bem, para 2013 só desejo que corra como este ano. A edição de 150 exemplares do livro "refracções em três andamentos" está neste momento reduzida a 43 exemplares que estão nas lojas FNAC de Coimbra e Almada e na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda, mas não sei quantos foram vendidos nestes espaços. No entanto, vender cerca de cem exemplares em cinco meses não me parece nada mau. Lembrem-se que sou um perfeito estranho para o "mundo"! Daí que não posso ainda dizer que se encontra esgotada esta edição, mas estará em breve. Conto fazer uma recolha de exemplares das FNAC em Fevereiro e aí poderei fazer um novo ponto de ordem no que diz respeito às vendas.
Em 2013 irá sair, pelo menos, mais um livro com o autor e o editor chamados Daniel António Neto Rocha e espero que este pequeno sucesso de 2012 seja reproduzido em 2013. Vamos ver, vamos ver, pois eu sou o primeiro a recear o mercado e os seus estranhos comportamentos!
Segundo desejo para 2013:
Publicar no mínimo um livro em edição de autor que seja lido e criticado!
sexta-feira, dezembro 28, 2012
Desligando o ano de 2012
Não é difícil para mim assumir que 2012 foi um dos anos mais importantes da minha vida. Em poucas palavras, posso dizer-vos que consegui manter-me fiel aos meus princípios e sobreviver! Sim, é possível não se ser lambe botas e maria vai com as outras e conseguir viver só das minhas competências e das competências que outros reconhecem que tenho. Claro que foi complicado, mas isso fica para o dia em que escrever as minhas memórias.
Aos novos amigos com os quais me cruzei este ano, agradeço a confiança e dedicação que me concederam, prometendo eu a minha amizade e a minha preocupação.
Aos que me acompanharam sem medos, apesar das dificuldades que existiram, tenho-vos no coração e sei bem quem são, não vos prometendo nada porque já sabem aquilo que vos posso dar.
Assim sendo, primeiro desejo para 2013:
Que o ano seja no mínimo como este!
Que o ano seja no mínimo como este!
domingo, dezembro 23, 2012
Boas Festas com um cheiro a Gouveia
A imagem de Boas Festas que partilho aqui convosco é o presépio mais
simples e mais criativo que vi este ano. Feito de palha e de pano
representa bem a forma como devemos olhar para esta altura do ano. Para o
poderem ver ao vivo, teriam de ir a Gouveia e visitar a creche e
infantário da ABPG (Associação de Benefeciência Popular de Gouveia), uma instituição que é um pequeno mundo de boas surpresas e um grande exemplo que devia ser seguido por muitas do distrito.
Aqui há dias esteve lá no infantário o Senhor Bispo D. Manuel Felício que terá ficado
também convencido da beleza desta pequena representação do nascimento de
Jesus!
Feliz Natal a todos e, principalmente, a todos aqueles que
cuidam do meu filhote nesta instituição, aturando também os pais babados e respectivas pancadas.
sexta-feira, dezembro 21, 2012
Recensão crítica a "Refracções em três andamentos"
Recensão crítica ao meu livro "Refracções em três andamentos" pelo Professor Fernando Carmino Marques, publicada no último número da Revista Praça Velha (n.º 32).
quarta-feira, dezembro 19, 2012
Crónica de Natal e da sinceridade comportamental - 04. Crónica Diária na Rádio Altitude (4.ª temporada)
1. O meu filhote tem andado a experimentar palavras e umas coisas que parecem frases, mas tudo com uma boa dose de graça e de sorrisos na cara. É verdade, o meu pequeno mais que tudo está a descobrir com uma interessante intensidade o admirável mundo novo da comunicação verbal e não se tem saído lá muito mal, principalmente naquilo que diz respeito à capacidade de levar a água ao seu moinho, que é como quem diz, conseguir que os papás lhe façam a vontade. É um espertalhão, direi eu. E até por isso, a época de Natal que se aproxima a toda a velocidade é vivida de uma forma mais intensa do que é habitual. Se noutras alturas a reunião familiar era vista como uma forma de juntar os amores das nossas vidas, agora é também a altura de viver com a certeza do seu sorriso atrevido e do seu ar maroto. Sim, porque se há coisa que eu nunca tinha imaginado era esta alegria que ele nos dá a cada dia que passa e a forma doce e desinteressada como ele nos dá as melhores prendas que um pai alguma vez pode receber: um abraço verdadeiro e beijos cheios de ternura.
Moimenta da Serra, 17 de Dezembro de 2012
Daniel António Neto Rocha
(Excerto da Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 18 de Dezembro de 2012 - disponível em podcast em Altitude.fm)
sábado, dezembro 08, 2012
Pensalamentos #61
3.
Seguir sempre as intenções
e vergar a espinha perante a fé
que se assemelha a algo divino.
Não é preciso acreditar, basta parecer!
sexta-feira, dezembro 07, 2012
Revista Praça Velha n.º32
No próximo dia 13 de Dezembro, pelas 18 horas, acontece na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço - Guarda, o lançamento do número 32 da Revista Praça Velha. Neste número colaboro com poemas de teor mais dolente, que espero que o caro leitor consiga compreender e apreciar. Para além desta colaboração, serão alvo de recensões críticas o meu "Refracções em três andamentos (poesia)" e o meu "Julgamento e Morte do Galo do Entrudo - 2012 (teatro)". Estou com curiosidade para conhecer o que a "crítica" diz destes meus trabalhos e para conhecer o nome dos que manusearam a pena.
"O 32º número da Revista conta com colaborações de
Carlos d’Abreu/Emilio Rivas Calvo, Pedro Carvalho/João Carlos Lobão/
António Carlos Marques, Rui Pissarra, João Bigotte Chorão, Manuel a.
Domingos, Maria de Lurdes Sampaio, Carlos Barroco Esperança, Célio
Rolinho Pires. Portfolio é da responsabilidade de Daniel Margarido. A
Grande Entrevista a Valentín Cabero Diéguez é conduzida por Fernando
Paulouro. Poesia conta com a participação de Daniel Rocha e João Esteves
Pinto. Recensões críticas de livros e cd’s incluem colaborações de José
Manuel Mota da Romana, José Luis Lima Garcia, José Monteiro, Antónia
Terrinha, Fernando Carmino Marques, Teresa Correia, António José Dias de
Almeida, Adelaide Lopes, Joaquim Igreja, Antonieta Garcia, Manuel
Sabino Perestrelo, Aires Almeida, e Pedro Pires. Este número termina com
a já habitual Súmula de Atividades Culturais." (Fonte: TMNEntradaLivre)
quinta-feira, dezembro 06, 2012
Crónica Bombeiros.pt: Ventos de mudança!
1. É um mundo completamente avesso e cheio de complexas incoerências este em que nós vivemos. Se, por mero acaso, já nos habituámos a coexistir com as grandes tempestades junto aos Estados Unidos da América, parecemos ainda não ter percebido que o clima se alterou e que hoje até nós, gente feliz mas esquecida do passado tremente, estamos susceptíveis a ser atingidos com violenta afeição por um qualquer fenómeno habitual de outros quadrantes. Assim tem acontecido e, estranhamente, continuamos a deixar que tudo se resolva de forma natural, ou seja, com o velho ditado originário do futebol: “Pontapé para a frente e fé em Deus!” Mas, não sabemos já todos que não se combatem as contrariedades só com o espírito voluntarista que, felizmente, ainda vai sendo apanágio do povo português? Os recentes casos dos tornados, o mais recente no Algarve mas não se esqueçam daquele que atingiu a região centro do país no ano passado, vieram colocar a nu uma questão fundamental que exijo que seja respondida pelas entidades competentes: há algum plano formativo a aplicar nas corporações de bombeiros no que diz respeito à reacção a fenómenos meteorológicos extremos? Sim, dirão que o DECIF está preparado para enfrentar um determinado número de eclosões provocadas por altas temperaturas, mas e no que diz respeito a fenómenos provocados por movimentações de ar extremas? Talvez fosse bom que esta variante de acção começasse a ser tida em conta na equação do socorro em Portugal.
2. E chegamos ao ponto mais interessante desta crónica. Aparentemente conseguimos, a partir destes dias frios de Dezembro, atingir a condição perfeita em termos de Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). Não, não sei coisas que o estimado leitor não saiba também. Parece-me é que, pelas sorridentes reacções que tenho lido à provável (certa?) substituição do Comandante Nacional Vítor Vaz Pinto pelo CODIS de Leiria José Manuel Moura, há demasiada gente satisfeita ou aparentemente satisfeita com esta troca no topo da pirâmide operacional. Ao nível curricular conheço muito pouco do futuro (?) CONAC, mas parece ser alguém interessado em melhorar sempre (tendo em conta o número de especializações na área do socorro que tem efectuado), o que é muito positivo para todos aqueles que pensam que é na constante actualização de conhecimentos que está o futuro de todas as áreas do país. Sendo assim, e pressentindo-se já um imenso mar de alterações na organização da estrutura de Comandos Distritais do país, só gostaria que as futuras notícias nos dessem a perceber se existe ou não da parte deste homem (convém lembrar que é um homem, com feitos e defeitos, e que não passará num golpe de asa a ser um deus omnipotente e omnisciente!) uma abertura real para os problemas que atingem a base do socorro e que são constantemente varridos para zonas mais recônditas do “nem sei nem quero saber”.
3. É esta a prenda que desejo que o novo ano (que todos antevemos difícil e penoso) possa trazer a toda a estrutura da ANPC: um olhar real e preocupado sobre os nossos problemas e sobre os futuros problemas do socorro do país, não deixando de ser coerente com o rigoroso cumprimento de todas as missões.
Guarda, 5 de Dezembro de 2012
Daniel António Neto Rocha
quarta-feira, dezembro 05, 2012
Medidas (algumas politicamente incorrectas) para terminar com a crise #4
Se o Governo pede emprestado ao exterior (dizem que!) por obrigação, pagando aquilo que o exterior exige, porque é que o Governo não cria um sistema de empréstimos a partir dos salários dos portugueses, pagando um juro parecido com o que paga no exterior?
Em contas: se o Governo exige que se faça uma retenção em sede de IRS no valor de (imaginemos) 200 euros, porque é que não permite aos cidadãos que essa verba possa ser alterada, permitindo ao comum cidadão emprestar ao Estado um valor maior (250 euros) do que esse e recebendo esse cidadão um pagamento de juros (250+juros- IRS) pelo dinheiro emprestado ao Estado?
No final de contas, o cidadão até podia não receber os juros, pois estes seriam contabilizados como imposto (IRS), mas receberia todo ou parte do dinheiro que tinha entregue em sede do IRS. Quanto ao Estado, não teria de pagar os juros assassinos que ultimamente tem gostado de pagar.
Crónica da água no bico e das histórias com éguas dentro - 03. Crónica Diária na Rádio Altitude (4.ª temporada)
1. Aprender a duvidar da própria sombra quando ela se apresenta perfeita demais é um princípio que nos deveriam ensinar logo nos primeiros anos de escola. Ao contrário daquilo que se vai vendendo e procurando inculcar na sociedade, nem sempre o elogio ou o panegírico é algo que deva ser levado a sério, pois a maior parte das vezes traz anexada uma intenção claramente falsa e com propósitos muito suspeitos. Daí que já aprendi a usar uma expressão tão querida ao povo de cada vez que alguém me diz que fulano ou sicrano proferiu isto ou aquilo em meu favor. A expressão, como todos facilmente reconhecerão, é “Isso traz água no bico!” e significa que alguém pretende fazer algo a seguir ao elogio que é quase sempre negativo para o elogiado. Em Portugal, como já todos percebemos, a onda de elogios é sempre idêntica e apesar de Portugal “ter a geração mais preparada de sempre” e de o “povo português ser o melhor do mundo” percebe-se claramente que o elogio serve apenas para encher balões. Assim sendo, compreendem-se as salvaguardas de quem ouve estas palavras e ouve nelas não um elogio ou uma qualquer constatação, mas sim uma tentativa de criar falsas expectativas e esperanças num futuro que se espera melhor que o presente, mas não para os elogiados.
(...)
Daniel António Neto Rocha
(Extracto da Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 4 de Dezembro de 2012 - disponível em podcast em Altitude.fm)
terça-feira, dezembro 04, 2012
Medidas (algumas politicamente incorrectas) para terminar com a crise #3
Cá venho eu com mais uma das minhas teorias económico-sociais que permitirá ao país salvar-se sem matar ninguém à fome. Pois bem, penso que para alturas excepcionais (em que até se rompem bolsos por tanto lá procurar o dinheiro que já não há) a Europa terá de perceber as nossas medidas quase radicais. A minha pergunta, em jeito de sugestão, é: Porque não criamos um modelo de imposto de valor acrescentado (IVA) com produtos nacionais nos 6% e 13%, e todos os produtos importados taxados a 23% e, para produtos de luxo, 30% ou mais?
segunda-feira, dezembro 03, 2012
Nota sobre o lançamento e apresentações: "A casa incendiada", de Américo Rodrigues
No próximo Sábado (dia 8 de Dezembro) será lançado o livro "A casa incendiada", de Américo Rodrigues. Conhecendo eu (bem!) a obra que antecedeu esta, o "Acidente poético fatal", estou com muita curiosidade em perceber aquilo que as entrelinhas já explanavam. Eu vou até lá, à Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço - Guarda.
Mas há mais apresentações e actividades relacionadas com este livro (conferir aqui)!
sexta-feira, novembro 30, 2012
Guarda: Livraria da BMEL
A partir de hoje o livro Refracções em três andamentos também estará à venda na Livraria da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda.
quarta-feira, novembro 28, 2012
Repentes #12 - Breves enganos
No passado fim-de-semana, como sabem, estive envolvido em mais um grande espectáculo no Teatro Municipal da Guarda (TMG). O meu personagem era um homem martirizado pelo mundo e pela doença, o que me dizem que foi bem visível durante toda a peça. Pois bem, o feitio deste homem, Alberto Aleixo Azevedo, ficou bem marcado nas pessoas que andaram em ensaios atrás de ensaios até ao desenlace final. O comum no início e fim dos ensaios e dos dias do espectáculo era perguntarem as Sr. Azevedo: "Está bem disposto?" E eu ria-me, pois parece que o tipo estava mesmo lá durante os ensaios, o Azevedo! O melhor de tudo, porém, veio nos dias do espectáculo quando uma pequena actriz (da qual me permito preservar o nome) se chegou ao pé de mim, enquanto eu relaxava ouvindo música, e perguntou: "O que está a fazer, Sr. Azevedo?" Ao que eu respondi: "Estou a relaxar!" No dia seguinte, a pequena actriz bateu à porta do camarim onde o Sr. Azevedo ganhava formas e perguntou: "Então o Sr. Azevedo hoje não vem relaxar? Já trouxe a minha música para ir também relaxar!" Pequena M., não te esqueças: "Segunda fila, lugar 14!"
E no final de contas a pergunta fica no ar: "Mas o Sr. Azevedo não era um tipo mal-disposto?"
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