quarta-feira, outubro 31, 2012

Renovação de contrato com a Altitude

Gosto de renovar contratos, mesmo os contratos que são apenas verbais. Aliás, destes assim até gosto mais, pois gosto de pessoas que honram as suas palavras e não fazem de conta que nunca disseram nada. Sobre esta questão da honra tenho alguns episódios curiosos que um destes dias poderei começar a contar, mas logo vemos. Renovei contrato, numa sessão simples e discreta, na Segunda-feira, com a Rádio Altitude. Vai ser já o quarto ano de ligação com aquela Rádio. Quatro anos! E parece que foi ontem. Por lá tenho dado o que de melhor tenho: sinceridade e profissionalismo, aliados a muita ironia (e algum sarcasmo) e a uma postura sempre coerente. Talvez as gentes da Rádio, de quem gosto, tenham outras opiniões sobre as minha crónicas e nem gostem muito delas, mas este convite enche-me sempre de orgulho. Afinal, é uma Rádio que não muda de caras. Conheço todos os que lá estão desde o primeiro dia. Coisa rara nestes dias onde a "máquina" exige que se depurem os que não são da cor ou da opinião.
Caro Rui e demais amigos, aqui fica a promessa de mais umas quantas crónicas. As que forem necessárias e com muito picante, para os ouvidos mais sensíveis.
Até breve e vão estando atentos!

segunda-feira, outubro 29, 2012

Colaboração com o NG (II)

Seus malandros, já estavam a pensar coisas relacionadas com o Pravda? Não, não! Já sabem que primo pela decência e nunca conseguiria relacionar-me com gente "pouco credível" (reparem neste interessante eufemismo!). Amanhã inicio uma colaboração com o jornal Notícias de Gouveia. Será uma colaboração literária, já que se tratará de uma coluna (logo veremos com que periodicidade) chamada "Conto em 552 palavras" que se dedicará à microficção. Veremos se será ou não do agrado dos leitores e disso irei dando eco!

sábado, outubro 27, 2012

Colaboração com o NG

Para a semana começa a minha colaboração com o jornal NG. Depois dou mais novidades!

sexta-feira, outubro 26, 2012

Repentes #10

Custa-me continuar a verificar que por mais que se seja competente e capaz o fim é sempre o ser ultrapassado por alguém que é deslocado ou desmobilizado do anterior emprego. Sim, 
é esta a política do Estado! Será que a velhice tem de continuar a ser um posto ou, já que também somos pessoas e contribuintes em Portugal, nós, os mais jovens, também podemos ter direito a alguma estabilidade ou, pelo menos, a continuar a ter o direito de aceder ao mercado de trabalho?

quarta-feira, outubro 24, 2012

Pensalamentos #59

2.
Fixar o podre de nós
em realizações menores
é um meio passo para o reconhecimento social.
Daí a ser-se feliz é uma questão de jotas!

domingo, outubro 21, 2012

Criações pessoais: teatro (II)


Acabei há algum tempo a escrita de uma peça de teatro em que as personagens queriam, por força, ser ouvidas! E foram-no. Bateram o pé, disseram que tinham de ter um papel mais preponderante e o certo é que elas tinham razão. A peça está terminada e prestes a ser tornada pública! Penso que muitos serão afectados, como eu fui, pela força e determinação daquelas personagens que têm (todas!) homens e mulheres dentro. Gosto de dizer que ficaram umas personagens com um ser humano dentro! 
Muita merda, para daqui a algum tempo, para actores, grupo de teatro e, por que não, para este autor.

sexta-feira, outubro 19, 2012

Momentos em imagem #10 - Guarda e o bom teatro

Foto do Victor Afonso


Está quase a fazer um ano (daqui a um mês!) o dia em que esta foto foi tirada. Bem se nota que tentei escapar à objectiva do Victor Afonso, mas não consegui! Como estarei vestido e caracterizado este ano? É uma das perguntas que faço de mim para mim. Gosto de ser surpreendido, mas não muito!
Sabiam que este "Guarda: Sopro Vital" promete ser um grandioso espectáculo e um fantástico exercício teatral?

quarta-feira, outubro 17, 2012

Crónica Bombeiros.pt: Situation closed!


1. Incêndio extinto! Ocorrência resolvida! Pessoal desmobilizado! Época fechada! Tudo já está bem, agora só falta é que não haja mais incêndios e que o São Pedro seja, de facto, um dos nossos e colaborante. Ou seja, fiemo-nos na virgem (santa), mas não demasiado!

2. É hoje encerrada aquela que foi convencionada como a “Época de fogos” em Portugal, ilhas incluídas! E o que sobressai desta espécie de Concordata entre Bombeiros e Governo de Portugal é que a partir de agora as ocorrências de incêndio que vierem a eclodir terão de ser combatidas apenas em horário pós-laboral por muitas das Corporações de Bombeiros do país, pois não me parece que haja pessoal a poder voltar a faltar ao trabalho para apagar fogos. Como digo acima, espero que o nosso São Pedro seja simpático connosco e não nos castigue com muitos dias de tempo quente ou que o conhecido e famoso Verão de São Martinho seja apenas para um par de dias e não nos faça andar a subir e descer serras. É que a partir de agora o nível de prontidão está completamente comprometido e não me parece que só a vontade dos homens e mulheres deste país consiga apagar fogos à nascença. Claro que, visionários como são os nossos governantes e conhecedores do grande número de bombeiros que foram despedidos nos últimos tempos, talvez estejam a contar que esses desempregados bombeiros possam ter disponibilidade para serem, mais uma vez, a resolução para o problema. Mas, num clima social quente e faiscante, estaremos nós disponíveis para colocarmos a vida em risco enquanto alguns insistem em nos deitar a corda ao pescoço? Sinceramente, e falando de forma muito geral, penso que estaremos na disposição de irmos até ao limite da nossa área de intervenção (falo, como é óbvio das áreas de intervenção de cada corpo de bombeiros), mas não me parece que estejamos disponíveis para ir para áreas que não são nossas, até porque os recursos das Associações são cada vez menores e não se podem dar ao luxo de perder meios que podem ser essenciais no seu próprio território. Esta é a minha leitura daquilo que pode vir a acontecer em muitas corporações. Pessoalmente, e perante a reflexão que fiz acima, penso que terei muita dificuldade na tomada de uma decisão, caso seja confrontado com uma situação destas. E, sim, também estou numa situação extremamente precária em termos profissionais. O problema é que o nosso país está a obrigar-nos a pensar de forma individualista e isso significa que o voluntarismo que caracteriza a maior parte dos homens e mulheres que abraçaram esta causa começa a ter problemas em se realizar plenamente. Todos nós sentimos na pele o desrespeito do poder pelo nosso trabalho voluntário, cortando a torto e a direito aquilo que cada um de nós acaba por merecer!

3. De forma muito serena, como é hábito do Professor Xavier Viegas, foi entregue o relatório sobre o grande incêndio florestal do ano que aconteceu em Tavira. Já tive oportunidade de o ler (não sei se incorrendo numa ilegalidade!) e é um óptimo exercício de aprendizagem e de esclarecimento. De uma forma extremamente pedagógica e informativa, os autores vão analisando os diversos factores que estiveram em causa desde a eclosão do incêndio até à sua extinção. Relatando, analisando, confrontando e criticando, o relatório faz aquilo que todos nós deveríamos fazer em todas as nossas corporações e, porque não dizê-lo, nas nossas profissões: uma reflexão sobre o que correu bem e o que correu mal. E, ao contrário do que possivelmente esperávamos todos, a principal causa do desnorte no combate ao incêndio (na leitura que eu faço da informação que li no relatório) ficou a dever-se a algo que é comum acontecer em todos os sectores da nossa sociedade, ou seja, impreparação e falta de treino de cenários extremos e quase impensáveis. É comum sabermos de grandes incêndios que acontecem, principalmente, nos Estados Unidos da América e na Austrália que envolvem milhares de elementos da protecção civil, mas nunca se imaginou que um dia, em Portugal, isso também poderia acontecer. Logo, não se pensou se o pior cenário que o SIOPS preconiza era ou não o pior que poderia/pode vir a acontecer. Penso que o problema está aqui: no planeamento a longo tempo. Não se pode pedir que uma estrutura (desde o topo até ao mais pequeno elemento da base), que não foi treinada para reagir a algo que parecia impensável que viesse a acontecer, que o faça de forma perfeita e coordenada. Daí que os nossos governantes têm de se mentalizar de que nem sempre o nosso espírito de MacGyver resolve os problemas que, essencialmente, foram criados por eles!       

    
Guarda, 15 de Outubro de 2012
Daniel António Neto Rocha

(Texto publicado e disponibilizado no Portal Bombeiros.pt no dia 15 de Outubro de 2012)

quinta-feira, outubro 11, 2012

Leituras atrasadas sobre a última AM na Guarda



Estive a ler uma notícia sobre a última Assembleia Municipal na Guarda e já me ri que nem um perdido. Por um lado, o circo chega à cidade e pede 2200 assinaturas para se poder candidatar! Que grandes discussões se fazem naquele espaço, meus deuses! Outro, que é um dissimulado de excelência, grita a plenos pulmões (lembrei-me logo do Rufino!) que é necessário mostrar que as gentes da Guarda não estão conformadas com a sua sorte e que será preciso chegar com a voz a Lisboa, estando, de forma muito interessante e digna de um comentário futuro, a tentar mostrar-se muito preocupado com as pessoas do concelho. Boa sorte, homónimo de coelho redondinho!
Claro que houve coisas mais sérias, mas isso é a discussão do costume e nem adianta voltar a falar delas!

sábado, outubro 06, 2012

Pensalamentos #58

1.
O fundamental é não ter nada em que acreditar,
julgar que tudo é demasiado efémero ou fugaz,
e crescer entre o restolho sem expectativas.
É assim que se sobrevive na selva!

sexta-feira, outubro 05, 2012

Pequeno desabafo em dia de República

Ouvi agora nas notícias que a celebração do dia da Implantação da República foi apenas para convidados. 
Malgrado as várias opiniões que por aí pululam, a pergunta que deixo em jeito de asserção é esta: não é esta república só para convidados?

segunda-feira, outubro 01, 2012

Guarda: pequeno acrescento ao texto de ontem


O tema de ontem talvez possa ser entendido por alguns como sendo algo que eu tive guardado para relembrar agora. Infelizmente e felizmente não, pois não tenho por hábito perseguir outros. É sim um tema que me surge devido a pesquisas e tentativas minhas de olhar para trás, querendo agora conhecer um pouco do processo que se desenrolou ao longo dos tempos. Algumas dessas pesquisas deram resultados num outro sentido, estando já a ser resolvidas. Esta é uma outra e pretende perceber até que ponto existe gente que não se move só por interesses. É que houve muita gente que se aproveitou deste processo a nível político e, para quem se revelava tão prestável, até chegaram a aproveitar-se da fragilidade psicológica que a dado momento toda a minha família teve. 
Agora é tempo de tentar perceber o que aconteceu.