segunda-feira, junho 21, 2010

Ainda se lembra?



10 de Julho de 2010 venha aprender connosco!

IV Jornada de Análise ao Incêndio de Famalicão da Serra - Guarda

(inscrições em breve no Portal Bombeiros.pt)

quinta-feira, junho 17, 2010

Lançamento - IV Jornada de Análise ao Incêndio de Famalicão da Serra (Guarda)


É já no próximo dia 10 de Julho de 2010. O programa definitivo estará dentro em breve disponível no Portal Bombeiros.pt , assim como o formulário para efectuarem a inscrição.

(O cartaz da Jornada é, este ano, da autoria de Rafael Ferrão, um jovem bombeiro da Corporação de Manteigas. O cartaz ainda está inacabado.)

quarta-feira, junho 16, 2010

Para uns pequenos aprendizes

1. O Adeus é uma palavra que contém múltiplas acepções e diferentes sentidos na constante vivência do ser humano. Por isso, dizê-la é, de alguma forma, construir um horizonte dúbio e difícil de entender. Mesmo assim, há horizontes longínquos onde os ramos de pequenas árvores se tocam e se entrelaçam. Não somos, nós, árvores desconhecidas ou de origens diversas mas, sim, pequenos entes que coexistem numa ampla floresta de emoções vestida. Esta floresta encontra-se sempre em perigo e, por vezes, é vítima de descuidados anseios que a perturbam e a deixam reduzida a cinzas. Aqui chega um Adeus! Permitido pela incúria de uns e pelo desejo de outros. Nós somos as árvores, nós somos os seres que vão ser estilhaçados e transformados nessa cinza que é descrita com um Adeus sentido. Apesar disto, existe, sempre, um amanhã glorioso e brilhante que, a nós, nos espera e nos ilumina na sombra de um Adeus. Amanhã!

2. A metáfora é longa e pode ser triste, mas é nela que nos encontrámos e que nos serve agora de doce recordação. Tudo aquilo que deixamos são comparações, paralelismos, hipérboles, sinestesias, muita ironia e imensas interrogações retóricas. Valeu a pena? Para o eu, que sou, fui e serei eu, toda a metáfora valeu a pena e, qual Fénix, voltará, um dia, a valer. Amanhã!

3. Para vós… Amanhã! Não é um Adeus, mas sim um “Até outro dia!”.

Guarda, 16 de Junho de 2010

Deste vosso, incorrigível, agitador e amigo,
Daniel António Neto Rocha

quinta-feira, junho 10, 2010

10. Crónica Altitude – Crónica a uma vida crónica ou Crónica Educação

1. Todos os santos dias existe algo de crónico que nos atinge e nos deixa completamente rendidos às evidências físicas e metafísicas da compulsiva estupidificação social. O problema não é pequeno nem se resolve com uma dúzia de antibióticos enfiados pela goela abaixo. Bem pelo contrário! De certa forma, a doença é incurável e persegue-nos desde a criação do Berço de Portugal. Desde sempre o povo foi desconsiderado e reduzido àquele fiel servidor que respeita o pagamento da dízima ou do imposto, que sempre foram impostos, e que assume “as palas” com que deve sempre olhar em frente. Caso estas fossem uma imposição que resultasse numa melhoria das condições de vida, ainda se suportavam com algum desdém; agora, sendo uma imposição que agrava cada vez mais as ilustres condições de miséria do “Zé Povinho” e engorda as cada vez maiores barrigas burguesas, parece-me que “as palas” só servirão para enobrecer o acto do rebaixamento popular.

(...)

Guarda, 8 de Junho de 2010
Daniel António Neto Rocha

(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 9 de Junho de 2010 - disponível em podcast em Rádio Altitude)

quarta-feira, junho 02, 2010

quinta-feira, maio 27, 2010

09. Crónica Altitude – Crónica de Aulas

1. O trabalho de preparação de aulas e de planificação de conteúdos a leccionar é, cada vez mais, moroso e complexo, tendo em conta os interesses e as motivações que os alunos de hoje carregam. No entanto, e de um ponto de vista totalmente docente, é um espaço privilegiado para a reflexão sobre o tempo e o espaço desta e de outras épocas sociais. Neste acto contínuo, o contacto com as tendências sociais e com o pensamento de homens de intelecto é um facto incontornável e, desde logo, impossível de olvidar. Estou, por este dias, a estudar Os Maias, magistral obra de Eça de Queirós, com os meus alunos. E assim sendo, releio vários textos deste meu Mestre da escrita para, mais afincadamente, demonstrar todas as potencialidades literárias e humanas que aquele delicioso romance encerra. A recepção, deste texto maior da literatura portuguesa, por parte dos meus alunos tem sido, no mínimo, “inconstante”. Vejamos: por um lado, as alusões às curvas e contracurvas das espanholas, e as relações adúlteras de Carlos da Maia têm obtido os grandes e divinais aplausos; por outro lado, a crítica social tão certeira e irónica que Eça apresenta tem merecido, ao contrário daquilo que eu previra, as maiores pateadas. Como explicar isto? Não sei, mas tendo a acreditar que a sociedade perdeu todo o pendor crítico, revelando-se transvestida num corpo sensual ao qual nós nos entregamos voluptuosamente. Infelizmente, quando nos apercebemos da sua essência podre, já é tarde para remendar o estrago, pois já nos estamos a queixar de ter apanhado “chatos”.

(...)

Guarda, 25 de Maio de 2010
Daniel António Neto Rocha



Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 26 de Maio de 2010 - disponível em podcast em Rádio Altitude

terça-feira, maio 25, 2010

segunda-feira, maio 24, 2010

quarta-feira, maio 12, 2010

08. Crónica Altitude – Crónica de um rol de liberdades permitidas

1. A liberdade de cada um de nós enquanto cidadãos deste país dito democrático é uma questão que me preocupa há muito tempo. Não por pensar que essa liberdade é inexistente, pois estaria a ser tremendamente injusto com a ditadura que nos oferece o direito de escolher entre o mau e o péssimo, mas por não encontrar um elenco ou uma publicação em Diário da República que me esclareçam sobre o patamar de liberdade em que me encontro. É que isto de não haver, logo que a sociedade nos abraça e nos enche de impostos, uma clara indicação daquilo a que temos ou não temos direito ao nível da liberdade é muito mau para nós, dado que podemos fazer algo que não nos é permitido devido ao nosso baixíssimo patamar de liberdade. Dadas estas dúvidas que são originadas pela inexistência de uma lista desse tipo, defendo a criação de uma listagem intitulada "Rol de liberdades permitidas e dos seus respectivos fruidores no estado de coisas português". O título é pomposo, não? Defendo que este rol possua três níveis: primeiro, a liberdade superior: reservado a governantes, familiares de governantes, ajudantes de governantes, seguidores de governantes e amigos de governantes – por vezes variam as caras, mas pouco – que têm acesso a todas as liberdades e mais algumas, inclusive a levar o país para a cova e a ser recompensado de seguida; segundo, a liberdade por serviços prestados: reservado a interesseiros, vendidos e carneiristas, que têm acesso a lugares em empresas de capital público e a serem indemnizados à saída; e terceiro, a liberdade que nos permitem ter: reservado a homens e mulheres honestas, que fazem do trabalho e da família os seus objectivos de vida, não tendo acesso a quaisquer regalias, mas com o direito de pagar atempadamente os seus impostos e a serem espoliados a bem da nação.

(...)


Guarda, 11 de Maio de 2010
Daniel António Neto Rocha


Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 12 de Maio de 2010 - disponível em podcast em Rádio Altitude

quinta-feira, maio 06, 2010

Semântica de hoje

Hoje, ressumaram
as plantas
as flores
as rosas...

Convoquei as pausas,
as exclamações
e toda a semântica
de uma noz.

Hoje, convoquei
o orgasmo catártico
e cuspi na mais pura idealização.

06/05/2010

domingo, maio 02, 2010

IV Jornada de Análise ao Incêndio de Famalicão da Serra

Cabe-me dar conta do estado em que se encontra a edição deste ano deste momento formativo e afectivo. Não existe ainda um programa definido, mas realizar-se-á no dia 10 de Julho de 2010. Quando houver alguma novidade, será anunciado todo o programa e toda a envolvente logística, que será à partida muito mais simples do que a do ano transacto.

terça-feira, abril 27, 2010

07. Crónica Altitude – Crónica de Abril

1. Sempre tive sérias dúvidas sobre tudo aquilo que o 25 de Abril de 1974 representou enquanto movimento revolucionário e enquanto memória educativa a ter em conta nos dias que correm. O problema pode ser exclusivamente meu, admito-o! Mas preocupa-me verificar que a índole da história é bela e amena, mas a forma… Neste ponto, o da forma, vem-me sempre à memória uma frase batida: “Bem fala Frei Tomás, ouve o que ele diz mas não faças o que ele faz!” E questiono-me no porquê desta inquietação, inquietação, inquietação, perante este dogma que insisto em descobrir, enquanto outros se preocupam em o continuar a impingir. Centremos o discurso e questionemos a marca simbólica. O que representou o dia em termos sociais e humanos? Se podemos afirmar que ao nível de uma revolução social a coisa até pegou e anda de “pétalas em popa”, ao nível de uma interacção humanitária a dignidade humana continuou a ser algo desconsiderada, chegando nós ao ponto de discutir, com algumas pessoas ditas “revolucionárias de Abril”, o extracto social onde se deverá iniciar esse picuinhas direito social resumido na expressão “viver com dignidade”. É complexo, eu sei isso! É difícil escolher entre os que “já vivem de barriga cheia” e entre aqueles que “a têm completamente vazia”, não é? Se os primeiros, porventura, perdessem os direitos adquiridos e os partilhassem com os que ainda não tiveram, nem nunca vão ter, acesso a esses mesmo direitos adquiridos, criava-se uma situação de crise partidário-política muito preocupante, pois a barriga ficaria um pouco menos cheia e a maldosa igualdade de oportunidades ganharia contornos reais, o que nenhuma dialéctica neo-tendencialista poderia suportar. É que isto de todos diferentes, todos iguais é aceitável, mas devagar, pois tem múltiplas leituras e também significa: todos iguais na nacionalidade mas todos diferentes na oportunidade. Já me desviei daquilo que me propus cantar nesta crónica, não já?

(...)

Guarda, 27 de Abril de 2010
Daniel António Neto Rocha


(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 28 de Abril de 2010 - disponível em podcast em Rádio Altitude)

quarta-feira, abril 14, 2010

06. Crónica Altitude - Crónica do Coelho Literário ou a outra forma de politizar

1. Hoje estou completamente fascinado sobre e arrependido de tudo aquilo que tenho escrito e dito, em locais muito próprios, sobre a arte e o engenho dos políticos portugueses ao falarem de literatura. Criticava eu, nesses políticos, a só leitura de compêndios repletos de frases feitas e de tiradas fenomenais. Criticava eu a só leitura de livros e de referências a figuras épicas da nossa praça. Criticava eu a referência tonitruante ad aeternum a apenas um verso ou a uma única frase que merecia lugar de destaque em todos os discursos e ajuntamentos públicos, tornando aquele orador muito sabedor e digno das maiores reverências. Hoje deixei de lado essa minha crença antiga ao nível da major league da política nacional mas, se mo permitem, vou deixá-la ainda para a minor league que se joga aqui por estas ruas. Ok? Espero que estejam de acordo comigo.

(...)

Guarda, 13 de Abril de 2010
Daniel António Neto Rocha


(Crónica Radiofónica - Rádio Altitude, no dia 14 de Abril de 2010 - disponível em podcast em Rádio Altitude)

domingo, abril 11, 2010

Ausência forçada

Todos aqueles que seguem este blog devem já ter notado que estou mais ausente do que é habitual. Cabe-me dizer-vos que estou sem computador e sinto-me bem, mas falta-me a escrita digital. Vamos ver se regresso em breve!