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quinta-feira, outubro 17, 2013

Acordos na Guarda? #20 - vereadores e pelouros



Se eu fosse um fanático pela análise política, confesso-vos que não hesitaria em ter já lançado quinhentas análises às possibilidades que ficaram em aberto com as últimas eleições autárquicas aqui pelo burgo. Teremos imensos homens e mulheres novos nestas coisas da política guardense (até pela cratera que se abriu com a queda de algumas figuras e figurões que ficaram pelo caminho com a impossibilidade de “A Guarda Primeiro” se candidatar e, convém salientar, muitos desses homens e mulheres eram filhos desta vida autárquica). Mais ainda, poderá existir uma corrente crítica que avalia todas as acções comparativamente, optando por dizer que tudo aquilo que se faz seria melhor feita por quem está a criticar e de forma diferente, mesmo que se trate de coisas que antes já tinham sido apresentadas pelo mesmo que agora se sente “diferente”. Será, portanto, um período de diversão constante e aliciante, pelo menos para quem gosta de analisar os movimentos sociais e políticos.
Quanto à nova Câmara, parece que será feita a tomada de posse dentro de alguns dias e, entre cessantes e iniciantes, haverá uma não habitual dança de cadeiras e de pelouros que me tem suscitado muita curiosidade, pois habituamo-nos desde há longos anos a ligar um rosto com uma determinada área. Mas o que interessa agora é ver como serão dispostos os Generais em campo. Depois de sabermos isso, poderemos começar a pensar em como poderão actuar uns e outros perante as tropas que lhes estarão atribuídas. Quanto aos pelouros, a conta é fácil de fazer e, numa lógica simplista e não racional, podemos até admitir (apesar de eu não ter qualquer dúvida de que não será assim e que deverá haver uma maior atenção por parte do Presidente em pelouros que tenham um interesse económico superior!) uma colagem aos pelouros anteriores.
Olhemos para o antes, mesmo antes, quando o elenco socialista ainda vivia pacificamente. Assim sendo, os pelouros estavam assim divididos:

Joaquim Valente - Presidente:  
Planeamento Financeiro Economia Investimento
Recursos Humanos
Ordenamento do território
Ambiente
Obras Municipais
Protecção Civil
Relações Internacionais

Virgílio Bento – Vice-Presidente:
Educação
Cultura
Apoio às Freguesias
Gestão de Fundos Comunitários

Elsa Fernandes:
Acção Social e Inserção Social
Comunicação e Imagem
Marketing Territorial

Victor Santos:
Actividades Económicas
Qualidade e Modernização Administrativa
Gestão Operacional
Obras Particulares
Serviços Municipalizados
Desporto e Tempos Livres

Gonçalo Amaral:
Juventude
Serviços Municipais de Higiene
Limpeza e Qualidade de Vida
Saúde Pública
Zonas Verdes
Trânsito


A divisão de pelouros era a anterior e, na figura do Presidente e do Vice-Presidente, podemos observar as grandes prioridades governativas da Câmara (esta é a imagem que eu tenho das responsabilidades dos elementos mais “graduados” dentro do executivo camarário). Assim sendo, é esta mesma lógica que eu observo no próximo executivo camarário. No entanto, penso que aqui o Presidente quererá “controlar” as áreas que poderão potenciar economicamente a cidade, deixando todas as outras áreas para um plano não secundário mas secundarizado (e infelizmente penso que a cultura e a educação sofrerão com isso!).
A minha aposta de divisão dos pelouros, feita com pouco conhecimento das reais competências de alguns dos elementos que compõem este executivo, é a que se segue. Deixem-me apenas salientar que esta é uma perspectiva que tenho a partir das informações profissionais e associativas que são do domínio público, às quais junto uma ou outra informação de nível pessoal que eu conheço.


Álvaro Amaro – Presidente:
Gestão de Fundos Comunitários
Obras Particulares
Actividades Económicas
Qualidade e Modernização Administrativa
Relações Internacionais
Obras Municipais
Planeamento Financeiro Economia Investimento
Recursos Humanos

Carlos Monteiro – Vice-Presidente:
Apoio às Freguesias
Desporto e Tempos Livres
Juventude
Gestão Operacional
Protecção Civil
Ordenamento do território

Ana Isabel Baptista:
Educação
Acção Social e Inserção Social
Saúde Pública

Sérgio Costa:
Zonas Verdes
Trânsito
Serviços Municipalizados
Serviços Municipais de Higiene
Limpeza e Qualidade de Vida
Ambiente

Victor Amaral:
Comunicação e Imagem
Marketing Territorial
Cultura


Não tenho qualquer pretensão em acertar qualquer uma destas minhas apostas, até porque tive alguma dificuldade em atribuir um ou outro pelouro a qualquer um dos elementos, mas terei alguma curiosidade em saber se haverá algum em que acertarei.

domingo, outubro 13, 2013

Acordos na Guarda? #19 - apostas

Amanhã ou depois, quando conseguir os dados todos que pretendo, irei por aqui tentar colocar as minhas previsões (ainda bem que falham) para os pelouros que Álvaro Amaro, Carlos Monteiro, Ana Isabel, Sérgio Costa e Victor Amaral vão assumir, querendo ou eles ou impostos pelo novo Presidente. Penso que nenhum dos Vereadores Socialistas irão ter direito a pelouros, até pelo exemplo anterior de Amaro como Presidente da Câmara de Gouveia. Por isso, será interessante perceber aquilo que cada um destes novos responsáveis pelos destinos da cidade terá em mãos para resolver. Já tenho as minhas apostas feitas, mas quero primeiro tirar uma dúvida a limpo.
Para já, se quiserem ir dando a vossa opinião... força! Têm é de se identificar!

sexta-feira, outubro 04, 2013

Acordos na Guarda? #18 - nova Câmara

Mais do que as palavras da campanha, estou agora na expectativa de ver como resolverá Amaro a questão dos pelouros camarários. Não querendo, para já, tecer qualquer juízo de valor sobre algo que ainda não conheço, estou curioso para saber quem ficará com as obras públicas e com as áreas da cultura e da educação. Por um lado, porque as obras públicas sempre obedeceram à lei da proximidade, ou seja, a obra era para o que fosse mais amigo. Como vai ser agora? A área da cultura e da educação interessam-me por uma questão de gosto pessoal. Neste campo, a pergunta para a cultura é: haverá a continuação da aposta na criação e nos criadores locais ou haverá o fechamento nas associações? Na educação: haverá a defesa de um ensino preocupado com a evolução ou, à laia daquilo que se faz por muitos sítios, faremos apenas o essencial para que os pais não chateiem? Vamos ver, efectivamente, o que o futuro nos traz!

segunda-feira, setembro 30, 2013

Acordos na Guarda? #17 - notas finais sobre a eleição

"Sem espinhas!" É esta a expressão que me apraz lembrar como pequeno comentário inicial ao resultado, para mim surpreendente, mas nada inesperado, das eleições para a Câmara Municipal da Guarda. Penso que as leituras que possam fazer a crónicas, que apresentei na Rádio Altitude e que aqui publiquei, às quais chamei de "Crónica dos caminhos para as autárquicas 2013", em três partes ( parte 1, parte 2, parte 3 ), podem ajudar a perceber esta minha introdução.
Ao longo destes meses houve uma clara e preocupante (para quem olha para um partido enquanto unidade de valores e ideologias) desagregação do Partido Socialista guardense. Nas crónicas e comentários que fui fazendo neste blogue apresentei algumas das razões que eu penso que podem explicar essa desagregação, mas a principal (ou única) será a desintegração da malha de interesses (o que é bem visível no ódio que alguns "notáveis" assumiram contra o partido que lhes deu nome) pessoais. E aqui vejo eu uma vitória (pequena, é um facto) para o PS que vier a surgir após esta queda: a limpeza está feita e não acredito que "estes arredios de agora" voltem, pois todos perceberíamos que seria a tentativa de voltar a montar a "tenda". Por isso, esta derrota pode fazer bem ao PS.  
Pena que o Mário Martins tenha sido apanhado nesta conjuntura política desfavorável, pois poderia ter sido um elemento de valor acrescentado para um executivo que tem de fazer na Guarda uma espécie de reorganização de muitos dos sectores estratégicos.
O vencedor Álvaro Amaro... pois bem, apetece-me citar-me "(...) Amaro é o representante quase profissional da mudança, só não sei se positiva se negativa, pois são estranhos os interesses guardenses na defesa de uma iniciativa, mas como última etapa da vida política quererá ele construir em vez de destruir, e isto pode ser importante para a definição de uma política e para a decisão do eleitorado." E estou certo que ele irá empurrar as coisas para que sejam positivas.  Acredito que as rendas e dádivas que eram oferecidas a muitos quintais da cidade vão terminar. E, sim, a sua equipa terá de se adaptar a uma situação nova e complicada, pois vícios e manias implementados são factores que emperram qualquer ideia. Mas, faz bem a mudança! Novas ideias, novas formas de actuar e um novo dinamismo que, seguramente, irá substituir o "piloto-automático" que já não era capaz de inovar.
Enfim, eu fiquei, volto a dizê-lo, muito surpreendido com esta vitória estrondosa e sei que Álvaro vem para a Guarda com uma confiança eleitoral que nem ele deveria ter julgado possível. O que só lhe vem trazer um acréscimo de responsabilidade, pois as pessoas/eleitores parecem acreditar que ele pode, ainda, salvar (não sei se é um termo demasiado exagerado) um concelho e liderar um distrito, dando-lhe todas as armas para o fazer.
Recomendação humilde aos vencedores, se me é permitido fazê-lo: não se acabe com o que está bem feito e bem dirigido, em termos camarários, para enveredar numa qualquer aventura imprevisível.

sábado, setembro 28, 2013

Acordos na Guarda? #16 - nota quase final (actualizado)

Há, nestas eleições na cidade da Guarda, alguns factos curiosos que não foram referidos ou, se o foram, devem ter sido ditos baixinho não fosse o diabo tecê-las. 
Um desses factos é o caso da participação massiva de independentes nestas eleições, alguns dos quais foram desenterrados propositadamente para estas eleições e outros entenderam ser a altura certa para se declararem, fervorosamente, à virgem não partidária. Dentro destes, há o caso daqueles que desde sempre ligados aos partidos tiveram alguma participação no debate público, expondo, no entanto, ideias dos partidos. Foi curioso ouvi-los e vê-los a dizerem quase a mesma coisa sobre os "outros" que, já não sendo os "outros" iniciais, passaram a ser os "outros" actuais e, possivelmente, não serão os "outros" futuros, pois os "outros" actuais podem bem vir a ser outra vez os "outros" iniciais. Mas... vejamos outros filmes! Depois destes há os que descobriram que existia participação pública e que era salutar a exposição pública das suas ideias com estas eleições. Pena que só o tenham feito com a pretensão de alcançar o "tacho" dourado que ferve as águas mornas da preguiça. Pena, também, que estes, agora, se sintam mal por ter terminado o debate público que iniciaram. Mas... e se, agora, começarem a trazer para a praça pública as ideias independentes que, ao que parece, tanta e tão fecunda discussão geraram? A opinião pública é um dever de todos os cidadãos, sim, mesmo sem estarmos em alturas de eleições, sabiam?
Um dos outros factos, e que me preocupa fortemente, é o pouco investimento político que se fez ao nível das listas naquela que todos os candidatos principais reconhecem ser uma das principais áreas de investimento concelhio (eu diria mesmo a mais importante!): a cultura! Observadas as listas dos dois principais candidatos (Amaro e Igreja) é curiosa a posição daquele que é o candidato a vereador mais relacionado com a cultura: quinto lugar! O Victor Amaral, o meu conterrâneo que me surpreendeu ao apresentar-se nestas eleições, surge num lugar que (dadas as sondagens) não lhe permitirá entrar na vereação. No lado do PS não consigo perceber (honestamente!) quem pode representar a cultura. Logo, parece-me que estamos muito mal, meus senhores, quando deixam de lado a área que representa o potencial diferenciador e enriquecedor que a Guarda adquiriu ao longo de vários anos. Mas... ainda temos o Mário Martins, da CDU, que pode ser a voz que traga essa marca.
Por fim, deixem-me dizer que estas são as eleições que apresentam mais candidatos dos quais não conhecemos uma qualquer ideia ou um qualquer assumir de opinião na praça pública (salvaguardando os cabeças de lista, claro!). Dado esse facto, é difícil perceber o que trarão à Guarda os novos protagonistas políticos.

P.S. - Continuo a pensar que a vitória, dadas as últimas ocorrências, será do PS com uma pequena vantagem sobre o PSD/CDS-PP (talvez a vantagem mais escassa de sempre). A CDU será, para mim, a força política que virá em terceiro lugar.  

P.S. 2 - Há muitas interpretações a fazer sobre este meu post e é por causa de uma dessas interpretações feita por um amigo (que me foi comunicada e com a qual concordo em parte) que quero aqui fazer uma pequena nota: não fiz aqui qualquer comentário sobre a importância cultural dos cabeças de lista, porque, na minha modesta opinião, não os vi como elementos que podem tomar para si a pasta da cultura. No entanto, concordei com a interpretação e, alargando o meu raciocínio aos cabeças de lista, é óbvio que o PS terá feito, através da experiência de Igreja como vereador da cultura de anteriores elencos camarários, um investimento forte (caso ele assuma mesmo a pasta da cultura) naquela que é a área principal para o desenvolvimento do concelho e da região. Sim, penso que este esclarecimento fica bem para que as ideias que vão sendo lidas não sejam mal entendidas!  

quinta-feira, setembro 26, 2013

terça-feira, setembro 24, 2013

Acordos na Guarda? #15 - ainda o sentido independente

Nunca ouvi as palavras "independente" e "independência" tão mal aplicadas e utilizadas como nos dias de hoje. Talvez o pessoal que as tem usado pense que significam aquilo que o 25 de Abril nos trouxe e que nem é preciso consultar o dicionário. Mas, num país que tem Alberto João Jardim como paladino dos valores de Abril (como há alguns dias se atreveu a anunciar aos berros em mais um dos momentos "zen" madeirenses), nem a semântica se safa de ser enxovalhada em praça pública.
E não é que uma leitura por alguns sítios que fazem questão de se dizerem independentes prova que de independência só devem ter o servidor onde têm alojado o blogue? É que é fácil, e em tempo "record", ganhar "clientes" num blogue que destila veneno e que foi criado com o propósito de esconder quem por lá escreve, mas a política na Guarda já merecia que todos nós, que a comentamos (mal ou bem), mostrássemos a cara e obrigássemos todos os outros que comentam a fazer o mesmo. Bem sei que isso afasta as multidões, mas eleva a discussão. E é isso que todos queremos!

quarta-feira, setembro 18, 2013

Acordos na Guarda? #14 - um pouco de carma constitucional? (corrigido)

Sim, o karma inglês tem um correspondente na língua portuguesa - carma. E é esta palavra que eu vejo como transportadora de sentido nestas eleições. Talvez a intenção fosse boa e pudesse estar cheia de boas vontades, mas a forma, senhores, e o ardor como alguns tentam impor a sua "mão de ferro" por vezes falha e, como diz a história do lobo com pele de cordeiro, no fim acaba tudo por redundar num fim com contornos trágicos mas, na minha opinião, algo justo. 
Agora, Igreja, Amaro, Martins, Loureiro ou Espírito Santo? Continuo a dizer que a dois (laranja e rosa) o rosa tem mais encanto e permite que a mole familiar da cidade não se perca. Daí que os seres independentes com cartão rosa (parece que há gente que se rebelou contra o partido mas continua a pensar que pertence àqueles contra os quais se rebelou) não vão perder a hipótese de conseguir começar por eventuais migalhas e passar depois ao naco mais suculento. Já Amaro terá perdido, na minha opinião, a hipótese de ganhar a Câmara, pois é, numa escala de simpatia sombria, o tipo mais odiado e, ao que sei, terá uns conselheiros que tratarão de lhe provocar a queda (lembremo-nos de Viriato e de César!). 
Voto útil? Talvez em Martins, o independente que sobra e que encabeça a lista do PCP. Será, a ser eleito como vereador, uma voz construtiva e preocupada com o futuro sustentável do concelho, sendo, no entanto, um incómodo para alguns bem assentes da cidade. Loureiro poderá beneficiar de alguns votos, mas terá de se contentar com alguns lugares na Assembleia. Espírito Santo igual.

Lições a retirar: em todos os processos e grupos é tão importante o líder como a equipa ou equipas que o rodeiam, logo as pancadinhas nas costas não servem para nada se não houver um verdadeiro e rigoroso trabalho em todas as vertentes (até nas que parecem mais simples!).


Nota: Não foi por mal que errei no nome de Espírito Santo. Obrigado a quem me alertou! 

sexta-feira, setembro 06, 2013

Acordos na Guarda? #13 - o enigma

É uma das questões que a decisão do Constitucional traz para a baila no dia de hoje e que, tenho a certeza disto, poderá ser determinante no desfecho final das eleições de 29 de Setembro. Vamos por partes. O Tribunal Constitucional decidiu (na minha opinião mal, por motivos que envolvem, entre outros, o abuso daquilo a que nos negócios se chama de "posição dominante") que os autarcas de outros concelhos possam candidatar-se a concelhos vizinhos. Logo, Álvaro Amaro é, agora, um candidato legítimo e com legítimas ambições. Portanto, agora acaba-se este problema (pois neste momento já não há o problema da interpretação da lei que tanta e tanta tinta fez correr). 
Agora, o novo e esperado problema está em saber como é que o mesmo Tribunal vai resolver a questão das listas de "A Guarda Primeiro", pois poderá ser determinante para o desfecho final das eleições a possibilidade ou não de esta lista estar a votação. Passo a explicar ou a tentar fazer uma breve análise que poderá ser tudo menos acertada. Caso o tribunal permita a ida às eleições de "A Guarda Primeiro" haverá uma dispersão de voto que já vimos que será favorável à candidatura de Álvaro Amaro, uma vez que a sua posição saiu reforçada com esta decisão que é coerente com aquilo que ele diz desde o início da pré-campanha. Caso o tribunal não permita essa ida às eleições de "A Guarda Primeiro" que vai sair reforçado é José Igreja e o seu Partido Socialista (PS) que poderão ter para si aquilo a que eu chamo "os votos da vingança menor e os votos do mal-o-menos". Claro está que nesta última versão assistiremos ao regresso dos desavindos ao PS, talvez com o "rabo entre as pernas" e com aquela típica versão muito portuguesa do "eu sempre estive deste lado, fui foi ver o que os outros faziam para te dizer". 
Seja lá como for a história, aqui estaremos para ver o seu desenlace. Uma ou duas certezas, porém, ficam desta decisão do Tribunal Constitucional: primeira, a três a vitória é laranja; segunda, a dois ficaremos pelo rosa. Esta é, pelo menos, a minha leitura dos dias hoje.

quarta-feira, setembro 04, 2013

Acordos na Guarda? #12 - Guarda ilegal

Há pequenos pormenores que fazem a diferença nesta coisa da política e que fazem como cidadão eleitores, tal como eu, acreditem nos políticos de partido ou de listas independentes. Uma delas é a transparência e a clareza da intenção com que se candidatam (o que, digamos, ninguém consegue trazer para a campanha, pois é sempre um jogo de oportunidades e de sombras). Outra é o conjunto de apoiantes e de gentes que rodeiam as candidaturas sem mostrarem que estão ali, mas que se vai notando que estão por pequenos elementos que fazem a interligação entre "famílias". Outra ainda é a forma honesta como conseguem, ou não, obter aquilo que a democracia (não me apetecendo fazer qualquer alusão a este nome tão abstracto e tão difícil de perceber) prevê, por exemplo a recolha de assinaturas. Neste último campo parece-me que devemos estar conscientes de que há formas legítimas de recolher assinaturas (por exemplo, quando explicamos às pessoas que as assinaturas servem para x e elas acedem e assinam) e outras que não são aceitáveis (por exemplo, pedir a alguém que passe nomes das listas eleitorais e que assine por esses mesmos nomes). Não é democrático aquilo que se consegue cometendo um crime, mas isso é só um pormenor, não é?

segunda-feira, agosto 26, 2013

Acordos na Guarda? #11 - golpe de teatro ou trágedia?

E aí está mais uma "acha" para a fogueira política da Guarda: listas de "A Guarda Primeiro" rejeitadas pelo tribunal da Guarda.

A piada: nunca vi umas eleições com tantas supostas ilegalidades! Parece-me um bom presságio para os próximos quatro anos de trabalho político no concelho.

segunda-feira, agosto 19, 2013

Acordos na Guarda? #10 - tribunais e sondagens

Antes que comecem a tratar-me mal, claro que isto que vou escrever é quase tudo ironia, e da grossa! A decisão dos tribunais em impedir a candidatura de Álvaro Amaro à Guarda era esperada (pelo menos por quem ainda vai acreditando que a lei é para respeitar) e não trouxe nada de novo para a campanha. Agora é esperar pelos recursos infindáveis e, lá para fins das férias, teremos o candidato do PSD e do CDS-PP à Câmara da Guarda pronto para os votos. A piada, no entanto, está nos golpes palacianos que se preparam atrás da decisão do tribunal e que podem provocar mais uma cisão anunciada (já que o governo não caiu e a minha visão não se cumpriu...). Mas já lá vamos!
Para preparar ainda de melhor forma a reentrada política, a sondagem que todos apregoam veio trazer algo impossível aos olhos de todos como uma "possibilidade possibilitiva" (como diria o Rei Juliano): Álvaro Amaro pode mesmo ganhar a Câmara da Guarda e acabar com a predominância do reinado rosa. Claro que muitas voltas dará o mundo até ao dia das eleições e, ironia das ironias, o putativo vencedor é o tipo que está em vias de "sair na próxima curva". Ou seja, a secretaria pode impedir o vencedor de se tornar vencedor!
Mais engraçado ainda é o facto de, num reino cadavérico da Guarda onde pululam os reis de outrora e que podem voltar às rédeas sombrias da cidade com um fulgor extremo, uma pergunta ter surgido com força inesperada: será que Manuel Rodrigues ainda pode ser o candidato em vez de Álvaro Amaro? 
É óbvio que quase tudo o que aqui digo é ficcional e que a interrogação é pura diversão mental para quem conhece o jogo escondido com rabo de fora, mas que o alarme soou em alguns lares de família muito conceituados... lá isso soou!
Continua a festarola!   

domingo, agosto 11, 2013

Acordos na Guarda? #9 - o perfil dos integrantes das listas (1)

Tenho andado, ainda sem ter na minha posse todos os "perfis", a olhar para a cronologia profissional e pessoal dos vários integrantes das listas à Câmara Municipal da Guarda, e tenho tido algumas felizes confirmações das motivações (ou dos empurrões) que muitos deles têm para serem candidatos. É fácil de fazer e qualquer um dos senhores leitores pode fazer o mesmo. Alguns ainda não têm um perfil muito claro, mas irá resolver-se esse pequeno pormenor em breve. Daqui a uns dias, quando as férias me derem um pouco de sossego, irei debruçar-me mais um pouco sobre este assunto e trarei aqui alguns dados mais concretos.

sexta-feira, agosto 02, 2013

Acordos na Guarda? #8 - Jogo escondido com o rabo de fora em Famalicão

As atitudes são o que são e os valores que conduzem as pessoas na vida são cada vez mais esquisitos. Eu já conheço todos estes pequenos pormenores há muito tempo, mas agora, como já disse há uns dias, tenho tido a oportunidade de os conhecer bem melhor e de ver coisas a acontecerem que não imaginava possível. 
O medo! Eis a palavra certa para caracterizar os tempos que correm. E que tipo de medo nos caracteriza hoje? O medo de agir, de enfrentar, de pensar e de ser diferente. Hoje, tudo rola para o favor maior e para o ganho fácil e instantâneo. Por um lugar ou um desconto ou uma mais-valia associada à venda da coluna vertical, calamo-nos e benzemo-nos, esquecendo todos os outros valores que aprendemos a amar e a respeitar. E o silêncio ganha amarras e não se quebra, talvez por vergonha, para aqueles que sempre estiveram, nos bons e maus momentos, ao nosso lado. Mas isto também mostra muito da fibra de que são feitos os homens, não me esquecendo eu de pedir aqui desculpa a quem se sentir atingido por estas palavras que assumo por inteiro, como é costume eu fazer. E, sim, estou a ser um pouco introspectivo demais, mas não se preocupem com isso. 

Tudo isto para dizer duas palavras sobre a visita de uma das candidaturas à Câmara da Guarda a Famalicão da Serra para um encontro com o movimento associativo da aldeia. Pois bem, parece que nem todo o movimento associativo merece consideração por parte desta candidatura. Explico porquê: o Projecto Sérgio Rocha é um movimento que ao longo de sete anos tem sido um dos principais factores de valorização de Famalicão da Serra e da Guarda a nível nacional, pelo menos no que diz respeito ao campo da protecção civil, e terá sido o único movimento da aldeia a não ser “convocado” para este encontro. Como sei isso? Talvez porque sou um dos “tipos” que deveriam ter sido ou convocados ou informados! Por que não o terei sido? A questão é mesmo esta e é preocupante. A resposta: haverá aqui uma atitude de filhos e de enteados que no futuro será bem mais cavada e assegurada. 
Iria eu a este encontro, perguntam vocês. Sim, quero conhecer o que têm estas pessoas a dizer. Uma coisa é eu concordar com as motivações e as “motivadelas” de que padecem estas gentes políticas e superiores. Outra, bem distinta, é eu querer saber quais são as propostas que trazem e fazer perguntas na primeira pessoa. É que eu gosto de fazer perguntas e de ter respostas, de gerar discussão e de tirar conclusões. 
A questão mantém-se então na mesma premissa: o que levou a que eu nem sequer soubesse de nada? E aqui há duas leituras possíveis: ou os pregadores não me quiseram no auditório; ou o auditório não quis mostrar-se mais alargado e mais inquisidor (perguntando eu quem foi o responsável por criar o auditório). Tirando eu uma conclusão mais fina: continuamos em Famalicão (se calhar já não posso usar o nós, mas como ainda não fui oficialmente desterrado…) com baixos níveis de coragem, não só política mas principalmente moral! 

Começa bem a campanha da lista única a Famalicão, começa! Parabéns aos envolvidos que são sombras e, parece que, sombras permanecerão!

quarta-feira, julho 31, 2013

Acordos na Guarda? #7 - listas e desgraça colectiva

Já com quase todas as equipas a mostrarem os dentes e os trunfos, o grande destaque vai para alguns nomes que são piores do que a mulher de César! Mas, disso, falarei lá para meados da próxima semana. Para já, gosto de ver alguns cães de fila bem perfilados e alguns acusadores de esquina bárbaros que, afinal, não têm um só dono! Ou têm e tudo o que disseram até hoje é pura conveniência? Felizmente, a partir de agora posso ter bem a noção de quem são, na realidade, os independentes na Guarda. Ah!, já agora, nos nomes propostos até agora em todas as listas, não vejo um único independente! Pior, vejo que os reis do mundo têm mais tentáculos do que eu pensava. 
Pobre Guarda, não tens qualquer hipótese!

terça-feira, julho 30, 2013

Repentes #31 - ecos de Sá Carneiro


Ouvir, como hoje na rádio, sucessivas alusões a Francisco Sá Carneiro como um político diferente e único faz-me pensar em duas coisas: como seria Portugal se ele se tivesse realizado enquanto político; e como seriam os políticos se com ele tivessem aprendido alguma coisa.
Não faço ideia de como era o homem nem sequer o político, mas a história está a pintá-lo com uma aura de perfeição que pode revelar muito.
Caso queiram partilhar comigo as vossas impressões sobre este assunto, façam-no! Eu, seguramente, vou tentar saber mais! 

sexta-feira, julho 26, 2013

Repentes #30 - os carrascos do parlamento

Se os partidos políticos que têm lapas no parlamento estivessem realmente interessados em representar os eleitores, já tinham deixado de andar que nem cães atrás de um osso e já tinham exigido da senhora mui novel reformada presidente da assembleia da república um pedido de desculpas formal a mim e a todos os cidadão que se sentiram ofendidos com aquele arrote preconceituoso cheio de alarvidades que ela julgou ser intelectualmente acertado!

sábado, julho 20, 2013

Acordos na Guarda? #7 - Pink is orange? Orange is pink?


Há uma curiosa expressão, que no dia de ontem foi usada no interessante e desconcertante programa da TSF "Governo Sombra", que se pode utilizar para caracterizar a estratégia de alguns candidatos à Câmara Municipal da Guarda. Essa expressão é "anilhar". Ao que parece, esta expressão procura ridicularizar aquilo que o enigmático Cavaco Silva andou a fazer nos últimos tempos, anilhando uma Cagarra nas Ilhas Selvagens e, com uma conotação mais sádica, "anilhando" António José Seguro no continente, obrigando-o a tomar uma posição que ou seria de mariquinhas (caso aceitasse o acordo tripartido) ou seria de um irresponsável (caso fizesse aquilo que fez ontem). Agora a retórica partidária tratará do resto e Cavaco não se sabe bem do que tratará, mas dizem as más línguas que ele gostou tanto de anilhar que passará ao ataque e "anilhará" mais uns quantos.
Não falo neste ponto de Álvaro, pois lá apresentou a sua lista e... enfim, não se sabe bem o potencial da coisa, mas se Carvalho Rodrigues aposta nela talvez não seja completamente má.
Aqui também não entram as outras candidaturas nem Igreja, pois a lógica partidária aponta de forma mais ou menos objectiva para os putativos e dali não sairá (aposto!) nenhuma surpresa de grande estalo.
Pois bem, ao que me parece a estratégia política da coligação Bento/ Rodrigues está exactamente a fazer o mesmo que Cavaco, ou seja, está a juntar apoios sem os respectivos apoiantes saberem o que estão a apoiar. Difícil? Sim, ao que parece a estratégia parece apontar para uma espécie de "anilhar" de um conjunto alargado de pessoas que, com promessas ou com ilusões, acabarão por estar a apoiar o único tipo que nunca apoiariam na vida. Ou seja, vão acabar por ser "anilhados" de forma fria e consentida, pois quem não se guia pelos seus princípios acabará por cair por falta deles. Depois dos nomes, talvez faça uma análise aos opostos que, afinal, se atraem!

terça-feira, julho 02, 2013

Acordos na Guarda? #6 - E agora, Bento?

A demissão de Pedro Passos Coelho está por horas e é muito previsível dados os últimos acontecimentos. E esta queda que resultará na queda governativa é um elemento precioso para as questões concelhias das autárquicas. As más línguas falavam na candidatura de Bento como uma candidatura B do Partido Social Democrata e, após os últimos desenvolvimentos, é bem provável que agora, sim, se torne numa candidatura totalmente laranja, exceptuando o cabeça de lista. Porque digo isto? A vitória socialista a nível nacional é quase uma certeza e os "desavindos" do partido têm pretensões a algo, logo têm de se revelar fiéis de Igreja o mais rápido que possam. A começar pelos louvadores dos feitos de Bento nas comemorações dos aniversários de algumas Associações Humanitárias de Bombeiros (alguns já nomeados pelo partido socialista para cargos importantes no distrito) e a continuar por alguns, ditos, notáveis do partido que se nos últimos tempos dizem cobras e lagartos dele por serem (quanto a mim bem) afastados dos lugares de decisão. Assim sendo, estas eleições autárquicas ganham agora um novo incentivo externo e, vá lá o diabo explicar as suas intenções, parece que o Partido Socialista da Guarda vai voltar a ter muitos apoiantes. Será que os vai aceitar de volta? E Bento, será que mantém os mesmos apoios?

sábado, junho 29, 2013

Acordos na Guarda? #5 - infelizmente, só mudarão as moscas

E eu, que sou um crente naquilo que diz respeito à honra que todos os dias as pessoas vão demonstrando, sou fulminado com uma decisão que, por estranho que pareça, ainda ninguém me tinha comunicado. Digo por estranho que pareça porque há questões que são do íntimo das pessoas e que eu não tenho nada a ver com elas, mas há outras que dizem respeito a conversas, discussões e apoios públicos e familiares que fui fazendo desde sempre, alertando as pessoas para injustiças ou erros grosseiros e propositados que estariam a ser promovidos. FACTO: nada se aprende e, aparentemente, os fantoches vão continuar. Pois bem, andava eu a pensar que poderia haver uma revolução na forma como determinadas aldeias do concelho se têm guiado e, ao que parece, nada disso acontecerá. A queda dos anteriores cabeças de lista em algumas aldeias do concelho não teria de trazer novas e diversas formas de estar na política e na forma como são geridas essas mesmas aldeias? Sim, claro. Mas nada disso parece vir a acontecer, pois a contaminação das listas com esses figurões no segundo lugar das listas, contornando assim as determinações legislativas, não permitem alterações no modo de funcionamento da máquina viciada. E as freguesias vão pagar caro esse erro grosseiro dos putativos fantoches. Custa-me verificar isso, uma vez que continuo a acreditar que as pessoas são indivíduos com valores próprios e autónomos. Por isso estou chateado! A minha aldeia de crescimento está perante uma grande oportunidade de tomar um rumo para fora do declínio, mas continuamos a apreciar uma intenção de quintas e de pequenos poderes, que resultarão naquilo que aconteceu comigo (fui viver para outra aldeia e só venho aos fins-de-semana!). Será que ninguém percebe que não vamos lá com uma atitude de ganho privado e de obediência ao "soba"? Há vinte e tal anos criticava-se o outro por ser controlador e por agir de forma a favorecer o seu próprio apetite, mas agora não se critica a mesma atitude e a mesma postura? Custa-me verificar isto e não vou dar mais para esta causa. De forma a não me chatear com o que não me atinge diariamente, vou votar para outro lado. Sejam felizes!

P.S. - Este texto (reflexão?) é extensível a mais algumas dezenas de freguesias do concelho da Guarda e de outros concelhos do país.