sábado, novembro 30, 2013

Pensalamentos #163

transformar a alma num imenso dejecto humano
e, numa atitude de grande nobreza,
puxar o autoclismo com firmeza

sexta-feira, novembro 29, 2013

... para sobreviver na Guarda!

E encontrei a única forma de conseguir sobreviver numa Guarda onde a cultura possa vir a desaparecer. O remédio é este, marcar um café com todos os homens e mulheres que gostam de falar sobre cultura e repetir esse encontro todos os dias que se seguirem. Outra das opções é, finalmente, criar-se um Círculo das Artes ou algo parecido. Fico à espera de propostas e em breve vou chatear as pessoas com quem gosto de conversar para isto.

Pensalamentos #162 - bytes

acumular dias e dias
a ver a vida esvair-se em bytes
sem substância

quinta-feira, novembro 28, 2013

Sustos na Guarda! #1

Ler e ouvir sobre "o caso TMG" na imprensa local guardense é um exercício de difícil compreensão. Ou vivemos realmente num mundo onde a hipocrisia e o rastejar são factores essenciais para a sobrevivência dos "escribas" ou existe realmente incompetência no tratamento jornalístico e opinativo que se faz aquando da escrita. E isso, caros senhores, é revelador de muita coisa e do porquê de poucos ainda terem percebido que a "machadada" é profunda e mortífera!
Cristina Branco é uma figura só conhecida em Portugal? Não o diriam os holandeses (e o poeta já desaparecido Slauerhoff) e todos os apreciadores da world music que têm enchido auditórios por esse mundo fora para a ouvirem! 
E Américo Rodrigues é uma figura regional? Realmente, os horizontes da cidade acabam logo à saída da Avenida Dona Amélia e não passam além da rotunda da Ponte Europa. 
Triste sina a nossa, caro leitores!

(continua)

quarta-feira, novembro 27, 2013

terça-feira, novembro 26, 2013

O que lá vem daquilo que foi o Teatro Municipal da Guarda



Estive a ouvir e a ler esta peça jornalística da Rádio Altitude onde, penso que pela primeira vez, se ouve o presidente da Câmara da Guarda a falar da sua decisão de afastar Américo Rodrigues da direcção do Teatro Municipal da Guarda. Diz ele que a sua decisão é legitimada pelo facto de ter sido elegido para tomar decisões e isso legitima aquela que tomou. Hitler e outros bem comportados déspotas também foram eleitos, logo (nesta espécie de silogismo) Amaro é também ditador. Ponto. Não se ouviu nesta peça qualquer palavra do decisor sobre as consequências para a imagem (positiva) da Guarda em termos culturais que esta decisão acarreta, mas também não deve ser importante, pois o povo elegeu-o.

Quanto ao futuro da programação, tudo fica entregue à "colegialidade", ou seja, todos os elementos que pertencem à equipa técnica da Culturguarda vão ser responsáveis por programar e pensar o próximo ano com actividades que não acarretem custos. O que é que hoje não apresenta custos? Assim, sem custos, o que será essa programação? Uma manta de retalhos, de qualidade duvidosa, ao sabor do foguetório citadino e clandestino? Eu temo que a programação seja zero actividades! E desliguem as luzes, no quadro, quando saírem!

Quanto à "colegialidade", e daquilo que é perceptível na peça, ela será uma espécie de "troika": restante direcção do teatro, administração da Culturguarda e vereador da cultura. Depois, e a perceber pelas declarações de Amaro, terá de existir o factor de subordinação, ou seja, há um espécie de escada: direcção do teatro pede autorização à administração e esta pede autorização ao vereador. O vereador, para poder saber se pode ou não decidir "assim ou assado" ainda terá de subir ao púlpito e pedir autorização ao presidente que foi eleito pelo povo. Já que o povo o escolheu, e ele tão fervorosamente defende isso, será que ainda ele pedirá autorização ao povo? Concluindo esta espécie de raciocínio, apenas me falta dizer que, naquela espécie de organograma desenrascado, o papel de director (por aquilo que representa enquanto orientador de uma política de programação) está claramente entregue ao vereador Victor Amaral, com a sempre presente sombra tutelar de Amaro, sendo, assim, de esperar que a programação de qualidade terminou e que ninguém pode fazer nada. Triste dia, ontem!

Quanto ao resto, parece que, depois da "fartura" de ter o TMG mais as salas de Famalicão e de Gonçalo, vamos passar na Guarda a ter três salas com o mesmo tipo de programação: a ocasionalidade!
 

segunda-feira, novembro 25, 2013

Guarda: educação e cultura

É um artigo muito interessante em termos de reflexão pessoal que o jornal Público trouxe num destes dias (pode ler-se aqui).
Numa dessas partes é defendida a coexistência entre Cultura e Educação (e veio-me logo à memória o Teatro Municipal da Guarda e o Américo Rodrigues, que representa e todos aqueles que por ali por aquele espaço têm dado tanto e recebido tão pouco em troca...), e eu lembrei-me também daquilo que foi alegado em off para a minha saída de uma escola da cidade: eu seria um gajo do teatro e da cultura, logo seria perigoso.
Claro está que o perigo é agora bem visível naquilo que disse o Secretário de Estado da Cultura: "Ao PÚBLICO, o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, reconhece que “estes números não nos ficam bem” e defende a necessidade de se reforçarem as políticas educativas com as políticas culturais. “Temos de ter em conta estes dados para reforçar a minha convicção de que a dinâmica de colaboração entre a área da Cultura e a área da Educação, desde o pré-escolar até ao ensino secundário, é absolutamente essencial”, diz Barreto Xavier."
E, sim, é uma questão de gerações. Este que agora quer acabar com o trabalho do Teatro Municipal da Guarda é exactamente da mesma geração (foram muito "amiguinhos") daquele que me dispensou em tempos.

Pensalamentos #160 - profissão

definições:

libertei há dias
como quem dá um suspiro angustiado
a definição invulgar e cómica
de uma hipótese de profissão incomum


Pensalamentos #159 - demagogia

definições: 
 
a demagogia barata 
não é mais do que  
um político com o disco riscado
e um auditório de gente surda
que o aplaude

sábado, novembro 23, 2013

Educação: prova idiota, universidades e tomada de posição!


Estou completamente convencido da estupidez que é fazer a tal prova que possibilita a entrada no concurso "para inglês ver" que pode permitir a entrada como precário numa escola. Para além do princípio errado em que ela se baseia (na minha opinião deviam dirigir-se às "universidades" que venderam os cursos a jacto e, sim, aí fazerem todo o tipo de despistagem que quisessem!), ainda quer provar que todos nós somos competentes a demonstrar que não somos totalmente incompetentes, ou seja, a demonstrar que até fazemos uma exame que é uma vergonha para a raça humana! Pior, a qualidade atinge-se assim? Qual é pressuposto? Há universidades que permitiram a saída de imbecis com o seu carimbo e autorização? 

Quanto às universidades, e não coloco no saco todos os professores dessas mesmas universidades, não se sentem no mínimo enxovalhadas pela completa desconsideração das vossas competências enquanto entidades formadoras de profissionais? É que eu tinha a ideia de que a minha avaliação tinha sido rigorosa e baseada na qualidade. Para além disso, pensei que não estava a ser ensinado e avaliado "com gato" em vez "de lebre"!

Nos dias de hoje sinto-me envergonhado por ver e sentir que a minha Universidade, e em especial a minha Faculdade, não tomou qualquer posição crítica na defesa dos seus licenciados e, ao mesmo tempo, dos seus próprios docentes e investigadores! Ao que parece, apenas estão interessados em defender a parte que lhes compete do (Des)Orçamento de Estado!

A minha Universidade de Coimbra e a minha Faculdade de Letras não têm nada a dizer?

Antes que me esqueça: eu não farei qualquer prova de estupidificação!

Notas sobre o atraso #1 - na Guarda

Como gosto de organizar os dizeres em blocos com alguma continuidade, começarei agora a ter o espaço "Notas sobre o atraso" que não é mais do que uma espécie de explicação do porquê de ainda não ter feito um relato sobre algo que aconteceu comigo e que eu penso que merece ser partilhado com os leitores.
Assim sendo, ainda não falei aqui sobre o dia 21 de Novembro que passei na Guarda: primeiro na Escola Secundária Afonso de Albuquerque e depois no Café Concerto do Teatro Municipal da Guarda. Duas boas conversas com gente interessada e dialogante. Pena, pena só a falta do professor Carlos Reis, que me obrigou a tomar o café sozinho. Mas, entre amigos, a conversa envolveu todos os que estavam no Café Concerto e falarei melhor daqui a pouco, talvez da parte da tarde.

sexta-feira, novembro 22, 2013

quarta-feira, novembro 20, 2013

Amanhã, pela Guarda.

Amanhã vou até à Guarda! Até à Guarda que é culturalmente rica e que aceita a multiplicidade de opiniões. Talvez me cruze com pessoas, poucas ou muitas, e com muitas opiniões. Com toda a certeza encontrarei amizades e pessoas com as quais gosto de estar.
Primeiro hei-de ir até ao Liceu para, com o Zé e os seus alunos, conversar sobre Literatura, amanhã com uma especial atenção ao teatro. E com toda a certeza haverá tempo para falar do Teatro Municipal da Guarda e dos problemas que a "glória de mandar!" de um e que a "vã cobiça" de outro, que se apressará a surgir, trarão para o futuro deles. Mas, disso falaremos amanhã pela tarde!
Pela noite, há espaço para um Café a Meias onde, regados com um chá, irei falar sobre os prazeres que vou tendo ao longo dos tempos e com os quais consigo respirar melhor na negra sociedade que cada vez mais nos rodeia. Nesta mesa redonda, estarei com o professor Carlos Reis (do Instituto Politécnico da Guarda) e com o Victor Afonso. Estaria também o Américo Rodrigues, mas "(Malhas que o Império tece!)" agora já não sei quem estará. Claro está que haverá espaço para falar com todos os amigos que por lá andarão e, quem sabe, até com os visitantes improváveis. Amanhã veremos, mas aposto que conseguimos abrir a mesa para quem connosco quiser conversar!
Depois venho da Guarda para casa. E dormirei, certamente, bem mais sossegado.

terça-feira, novembro 19, 2013

Acordos na Guarda? #24 - difícil compreensão

Eu sei que na política e na intriga política vale tudo, mas é-me difícil perceber como é que alguém pode não estar consciente dos "porquês" que agitam por estes dias quem se preocupa com a cultura guardense. A questão primordial, e a que todos deveríamos estar atentos, é a da competência e da mais-valia (porque toda esta malta só pensa em termos monetários...) que tínhamos com o projecto cultural que Américo Rodrigues defendeu e que levou a Guarda para as bocas do mundo. Sim, porque há quem tenha noção disso. O problema agora não está naquilo que Américo Rodrigues poderá vir a fazer, apesar da mesquinhez de alguns continuarem a apontar para essa falsa questão. O problema é o que vem aí para a cultura guardense. Há projecto? Há mentes abertas? Há inovação? Há evolução? Há quem não se deixe aprisionar por aqueles que querem colocar em palco gente amiga e afilhados sem qualidade? É que para retroceder e para voltar ao que havia antes, cortando com tudo o que a Guarda produziu nos últimos anos (pois parece ser essa a visão "nova" de vários dos entusiastas da demissão do director do TMG), terão de voltar ao que se fazia há trinta e tal anos. Assim, faz-se desaparecer uma marca. Mas é possível? A Guarda pode dar-se ao luxo de entregar aquilo que lhe granjeou nome e público? É muito curioso que a crítica que se faz de forma acérrima é "que a programação tinha muitas coisas e que não agradavam a todos". Talvez hoje, pacoviamente, estivéssemos mais satisfeitos se a crítica a fazer fosse que "ali não se fazia nada"! Ironia das ironias! 
Enfim, a satisfação efusiva do fim de um ciclo na Guarda por parte de alguns esquece que, a partir de agora, terá de haver uma substituição de projecto, pois o que vier a seguir terá (pela exigência que parece ser feita por grande parte da sociedade, pelo menos, digital) de trazer algo diferente e que agrade a todos. Esperemos então pelo senhor que se segue e vejamos as "novidades" que se trazem escondidas na algibeira onde guardamos a fisga para abater quem tem voz e, naturalmente, não tem problema em a utilizar!

segunda-feira, novembro 18, 2013

Guarda: colaboração com a Rádio Altitude




Terminou, com a reorganização da grelha de programas, a minha colaboração contínua com a Rádio Altitude. 

Infelizmente, nesta nova programação o espaço da Crónica Diária terminou (como é usual e saudável que se faça para não cansar o auditório) e foi-me proposta uma nova colaboração. Mais uma vez infelizmente, essa nova colaboração teria uma componente presencial que a distância (como sabem estou a viver fora da Guarda) me impede de assumir, uma vez que colidia com questões familiares muito importantes. No entanto, tal afastamento da colaboração regular não me impede de nutrir pela rádio e pelos seus profissionais uma amizade salutar e de lhes desejar as maiores felicidades para a temporada que hoje começa e para as suas próprias carreiras profissionais. Já lhes disse e quero tê-lo escrito publicamente: poderão continuar a contar com a minha colaboração assim ela seja útil e possível.
Foram quatro anos de colaboração estreita muito positivos para mim e o meu desejo é que o tenham sido também para todos aqueles que comigo trabalharam e para todos aqueles que seguiram as crónicas pela rádio e por este blogue. Agora que terminou esta fase, farei a publicação (num dia destes em que as condições externas se conjuguem) de todas as crónicas que resultaram desta colaboração. O título será "Atitude Crónica" e agrupará todas as crónicas escritas para a Rádio Altitude, todas as crónicas escritas até ao final de 2013 para o Portal Bombeiros.pt e uma pequena crónica/memória que foi escrita para o jornal Expressão. Espero que esta colectânea possa surgir em breve e, quem sabe, apoiada por algum mecenas ou por alguém que fosse um apreciador desta minha escrita. Caso não seja assim, certamente que terei um pouco mais de dificuldade em fazer esta publicação, mas ela será efectuada. 

Enfim, quatro anos de saudável convivência entre voz e escrita que não poderia aqui deixar de referenciar como algo muito positivo. Por isso, obrigado à Rádio Altitude e aos seus colaboradores! Um até já!

Cogumelos: alguém pode ajudar?

Como sei que há por aí gente que conhece bem estes "frutos" silvestres, gostava que me ajudassem a identificar os nomes e o teor venenoso, ou não, de cada qual. Não se preocupem que não os comi nem tenho intenção disso, mas como os passeios pelo campo são sempre acompanhados destas bonitas visões, gostava, sim, de ficar a conhecer melhor os seus nomes. Algumas das fotos dizem respeito ao mesmo exemplar. Penso que é perceptível. Numerei-os para, se alguém puder ajudar, ser fácil colocar o nome em cada foto.
Cada vez que vir um diferente vou ver se lhe tiro a foto e a ponho aqui.
Obrigado e... espero a vossa ajuda!


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Pensalamentos #156

em Portugal o único reconhecimento é feito na morgue

domingo, novembro 17, 2013

Guarda: Café a Meias - eu, o professor Carlos Reis, o Victor Afonso e... ?


Como gosto muito, mas mesmo muito daquele espaço, espero poder contar convosco para uma noite que será de partilha de prazeres ao natural. Epicurista, eis o que de quando em vez imagino que sou. Por ali não haverá despersonalização, portanto, os meus prazeres serão sempre os mais sinceros e as palavras que, acaso, surjam serão todas honestas e claras. Ou melhor, talvez possa coexistir com elas uma boa dose de ironia ou de eufemismos. Mas será, certamente, uma conversa muito agradável com o professor Carlos Reis, com o Victor Afonso e com... ? 
Espero-vos lá! Quem sabe quantas vezes mais poderemos usar e abusar de um espaço que é "nosso", que é da cultura positiva que aprendemos a fazer e a discutir entre pares, e que não temos a certeza de voltar a ser um espaço aberto à diferença.
A sessão começa às 22 horas do dia 21 de Novembro (dia cheio de grandes ligações e um nascimento, que talvez por lá refira!) e lá pelas 24 horas deve estar acabada, por isso não arranjem desculpas!

Até lá! E lembrem-se que o diálogo e a comunicação clara são sinónimos de democracia saudável!
 

Covilhã: a ante-estreia de "Holy Popcorn"




Foi ontem que fui assistir à ante-estreia do filme "Holy Popcorn", do realizador espanhol  Ramón de los Santos (que tem ligações afectivas ao concelho da Covilhã), e fiquei muito satisfeito com aquilo que vi. Para além do trabalho exemplar que foi efectuado, com uma invulgar atitude colaborativa por parte de todos os intervenientes, agradou-me a postura positiva que todos demonstraram em defesa da cultura e dos seus princípios básicos: educar, formar e crescer. 

Quanto ao filme e à imaginação daquele realizador, agradou-me bastante a base sobre a qual foi construído o argumento e a intensa reflexão sobre o que é a vida e quais os caminhos a seguir com ela. Intenso!

Muito bom trabalho daquela malta da Covilhã! Aqui fica um desejo imenso de que a cultura vença na Covilhã e que a Maria Zimbro, da minha amiga Ana Bogalheiro e da sua irmã Elisa, continue com a dinâmica enorme na defesa intransigente daquilo que fará com que os nossos filhos cresçam e se façam homens e mulheres completos.

P.S. para a Ana - Parabéns e boa sorte!

sábado, novembro 16, 2013

Pensalamentos #155

quando a ânsia maldosa impera
o futuro só pode ser negro

mas no presente todos sorriem

sexta-feira, novembro 15, 2013

quinta-feira, novembro 14, 2013

Pensalamentos #153 - limbo

Aos dias da Guarda:

o frio
o isolamento
a desertificação
o desinvestimento
outras regalias nossas
aceitam-se melhor com
perfeita ignorância dos cegos
e permissividade a favor do crime
e da inculta massa anónima que serve
de tapete aos pés mal-cheirosos dos mal
intencionados. 

o futuro, lá longe, dará a resposta
que, aparentemente, está fechada numa 
cápsula idiota com palavras mesquinhas e 
oportunas para ilustrar outros crimes que alguém,
um dia, teve a sensatez de medalhar. hoje a desgraça
é maior. champagne foi aberto e caviar descongelado para
celebrar o início do fim. ou a confortável sensação do funeral
futuro e de um dia tudo descambar.

O início do fim do Teatro Municipal da Guarda

É com uma clara percepção da realidade que me dou conta da grande e desajustada asneira que está a ser comunicada neste momento pelos órgãos de comunicação social guardenses. Pelo que é dado a entender por estes órgãos, o novo Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, terá demitido o Director do Teatro Municipal da Guarda "na sequência da marcação, pelo programador cultural, de uma conferência de imprensa nas instalações do Teatro, onde pretendia abordar o "processo de contratação do espectáculo comemorativo do dia da Cidade, outros assuntos relativos à Culturguarda e à posição do seu actual director"" (Fonte: Rádio Altitude). Pois bem, ontem li com um desagradado espanto uma pequena entrevista (três perguntas, se não me engano!) de Álvaro Amaro ao Correio da Manhã em que ele fazia considerações, no mínimo, ofensivas em relação ao trabalho de quem dirige (dirigia) a Cultuguarda. Já hoje, no vídeo que promove a primeira página do jornal O Interior, é feita uma consideração que é outra vez ofensiva para aqueles profissionais: "... descobriu-se que a Culturguarda tinha sobrefaturado o concerto do Dia da Cidade" (Fonte: O Interior TV).
Por isso, na minha opinião bem, teria de haver uma clarificação por parte dos responsáveis pela Culturguarda de tudo aquilo que estava a ser dito por Amaro e não estava a ser dito pelos visados nas críticas. A marcação de uma conferência de imprensa por parte de Américo Rodrigues era então uma questão de obrigação e não de opção.
Agora, a demissão de Américo Rodrigues num acesso de autoritarismo de Amaro e as consequências disso são, claramente, um mau prenúncio para tudo aquilo que o Teatro Municipal da Guarda representa para a Guarda, caíndo por terra muito do trabalho exemplar que por ali foi sendo feito. Eu, que já conheci os principais figurões do novo-salazarismo na Guarda, apenas posso dizer que Amaro, nesta triste decisão, é igualzinho aos seus "amigos" guardenses: figuras que caminham apressadamente para o ridículo.

É triste ver que o circo assentou, verdadeiramente, arraiais na Guarda! 


P.S. - Em breve, assim que se clarificar melhor todo o processo, farei também a minha leitura acerca da colaboração estreita que mantenho com o Teatro Municipal da Guarda. 

quarta-feira, novembro 13, 2013

A força dos homens (6)

O melhor de tudo é ver que existe unidade onde, tantas vezes, pressentimos dispersão. É para isso que cá estamos, para, unidos, sermos melhores!

Pensalamentos #152

trazer
espetados
no corpo
os aguilhões

infernais

terça-feira, novembro 12, 2013

Pensalamentos #151

apressar
a Morte
trocando-lhe 
os sapatos de verniz
por umas ligeiras 
sapatilhas 
de velocista

Na Covilhã, no próximo sábado: ante-estreia de "Holy Popcorn"



Há pessoas que não gostam, mas eu adoro que os meus amigos vençam na vida com projectos interessantes e culturalmente enriquecedores! É isso que acontece na Covilhã com a Ana Bogalheiro, uma das responsáveis pela plataforma de apoio às artes Maria Zimbro. A ideia é muito positiva e criativa, e já é um sucesso.
No próximo sábado, dia 16 de Novembro, pelas 21 horas, a Maria Zimbro lança, numa sessão de ante estreia aberta ao público e acompanhada ao vivo pela Epabi Covilhã e pelo coro de vozes femininas do Conservatório De Música Covilhã, o filme "Holy popcorn". O bilhete custa 3 (três) euros e a sessão acontece no Teatro Municipal da Covilhã.
Eu não vou perder, até porque é um projecto que envolve muitos e fantásticos actores que eu já aprecio e sigo com a máxima atenção que me é permitida.
Logo, "muita mer...!", Ana! E que seja um projecto que cresça a cada dia. 


Informação da Maria Zimbro:
 
"A Maria Zimbro produziu, Ramón de Los Santos realizou, o Teatro das Beiras actuou, a UBI colaborou e a EPABI acreditou no sonho de encher o palco do Teatro Municipal com mais de 70 elementos, entre músicos e vozes de coro para acompanhar ao vivo e a cores a banda sonora do compositor peruano Antonio Gervasoni, criada especialmente para Holy Popcorn.

Uma noite única a não perder.

Bilhetes à venda no Teatro Municipal da Covilhã: 3 euros
"

Facebook e eu: uma relação a meio tempo!

 Aqui fica a mensagem que me deixa, para já, manter a ligação ao Facebook. Logo se verá aquilo que vai dar, mas caso dê mau resultado fecho a porta e nem sequer aviso. 

"Caríssimos e caríssimas, certamente estarão a pensar que desisti da ideia de fechar as "portas". Não desisti, mas dei-me conta dos problemas que originaria e que me obrigariam a abrir um novo espaço! Posto isto, irei começar a frequentar este espaço apenas para efeitos de trabalho, ou seja, aqui virei não tão continuamente como antes, mas apenas de tempos a tempos.
Continuarei aqui a divulgar o trabalho que vou efectuando ou que quero efectuar. Com a primazia do meu blogue "O Tempo das Silenciosas Discussões" (http://silenciosasdiscussoes.blogspot.pt/) mas também com a especial atenção ao meu trabalho como "freelancer" (onde já vou tendo alguma coisa para fazer e onde espero poder ser útil um destes dias a qualquer um de vós) e com outras novidades que surgirão em breve. Talvez em breve este espaço se transforme numa "página", logo que eu perceba como se trabalha com isso.
Assim sendo, volto a pedir-vos que me contactem, sempre que houver urgência no contacto, através do email: danielroc@gmail.com (o meu email principal) ou pelo: drocha@bombeiros.pt (o da vida de entrega aos outros), pois aqui não garanto que possa dar uma resposta atempada ao que vós possais pedir-me.
Sim, fui sensível e repensei a minha posição ao receber as opiniões de todos aqueles que com o seu conselho quiseram mostrar-me a parte positiva que este espaço encerra. E têm alguma razão naquilo que disseram, uma vez que "quem não é visto não é achado".
Vamos ver se "amanhã" não mudo de posição, mas para já... vou manter aqui a ligação. Depois... logo se vê! Talvez alguma empresa que não goste do Facebook me contrate e, aí, tenha mesmo de largar tudo isto e apagar-me da rede.
Beijos e abraços
!
"

segunda-feira, novembro 11, 2013

Pensalamentos #150

blackout
à respiração
dos dias

Pensalamentos #149

odiar tudo em nosso redor
que nos torna tristes
e nos consome até aos ossos
e perceber
de forma ingrata
que o mundo está ali


Pensalamentos #148

http://www.bombeiros.pt/destaques/o-poder-e-beleza-fogo-solar.html

Perder
na franja da sensatez
os últimos palmos
de ilusão
e cair,
absorto,
no caminho
da objectividade
real

domingo, novembro 10, 2013

Pensalamentos #147

Manter hirta
a postura
perante a explosão

Não resistir
ao fogo amigo
e perecer
com a implosão
da alma
amargurada

Adeus, Facebook!


A partir desta segunda-feira, dia 11 de Novembro, deixarei de estar ligado ao Facebook. Cansei-me do gasto de energia que ele me provocava. Por isso, vão, talvez, começar a ver-me mais por aqui!





sábado, novembro 09, 2013

Portugal: haja educação...

... nem que seja noutro sítio! Ler o seguinte artigo:

"Língua portuguesa declarada prioritária por Governo da Extremadura

O Governo Regional da Extremadura declarou que a língua portuguesa representa uma prioridade absoluta para o ensino.

César Díez Solís, encarregue da tutela da educação no executivo regional, falou do tema nas segundas Jornadas de Língua e Cultura Lusófonas, citado pelo JN: «Estamos a dar passos importantes para potenciar o português. Não apenas pela proximidade com Portugal, mas pela dimensão que está a adquirir a língua portuguesa a nível internacional, com a projeção de países emergentes como Brasil.»

O dirigente destacou que o Governo Regional está a desenvolver esforços para promover a língua portuguesa também a nível social, além dessa aposta a nível da comunidade educativa.

Uma nota emitida pelo executivo da Extremadura salienta que no ensino secundário o português é já a terceira língua mais utilizada, e que no ensino primário é a segunda mais influente na região.


(retirado de A Bola)

Só pode ser masoquismo! 
Escusado será perguntar se não seria esta área uma prioridade para o investimento governamental em Portugal. Todos os países se apercebem da importância estratégica da língua e o nosso país, que aposta tanto na internacionalização dos produtos, acaba com leitorados! Complexo? No mínimo!

sexta-feira, novembro 08, 2013

No comments #1

Li: "O Macaco de Rabo Cortado e Outras Histórias Tradicionais Portuguesas Contadas de Novo", de António Torrado

 

Comprei este livro com a intenção de ler as histórias ao meu filhote que está quase com 3 anitos. Confesso que não sabia quais os contos que ali viriam para além de "O macaco de rabo cortado". Confesso, também, que fiquei muito contente quando por ali recordei as histórias da Carochinha e do João Ratão e também a do Menino grão de milho. São histórias que já não lia há algum tempo e fiquei agradado por poder recordá-las na companhia do meu filhote.
António Torrado é um excelente contador de histórias e também é um fantástico recontador de histórias. A forma simples, mas com palavras já exigentes (talvez por isso seja um livro para meninos de 5/6 anos), é cativante e permite-nos, a nós pais que gostamos de ler histórias aos filhos, modelar a história, teatralizando-a e até transformando-a em pequenas cantigas.
Logo, uma boa surpresa que permitirá momentos de grande diversão em casa ao mesmo tempos que se apreende a cultura e as grandes histórias tradicionais que Portugal ainda vai guardando para os seus "filhos".

Pensalamentos #146 - teoria simples sobre os fardos governamentais

educação
fardo.

cultura, 
fardo.

futuro?
fardos...
de palha!

quinta-feira, novembro 07, 2013

Pensalamentos #145 - incultura

os gritos
surdos, ainda,
do futuro
ecoam 

a incultura
investida, hoje,
ainda
manda

a morte
futura, raiz do passado,
espera
pacientemente
o fim que se espera

Pensalamentos emprestados #16

"Portugal expia, com a amargura deste momento de humilhação e ansiedade, 40 anos de egoísmo, de imprevidência e de relaxamento dos costumes políticos – 40 anos de paz profunda, que uma sorte raríssima nos concedeu e que só soubemos malbaratar na intriga, na vaidade, no gozo material, em vez de os aproveitarmos no trabalho, na reforma das instituições e no progresso das ideias."

Antero de Quental, em 1890

quarta-feira, novembro 06, 2013

A força dos homens (5)

Há poucos segundos, ao ver uma foto, lembrei-me de algo que disse a um dos retratados nessa mesma foto no início de Setembro. E ainda estou, agora, com um sorriso nos lábios! 
Sim, ainda não terminou a caminhada que será longa, mas com uma energia positiva e com a constatação da força de vontade de viver que esta malta tem... acredito que muito em breve podemos ter todos estes corajosos homens em casa.
Pouco a pouco, com o forte exemplo deles, vamos recuperando também nós o sorriso.

terça-feira, novembro 05, 2013

Educação: desgraçadamente portugueses

http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/reporter-tvi-verdade-inconveniente-ana-leal-colegios-privados-tvi24/1506330-4071.html

O tema já não é novo, mas desta vez abriu-se o foco da investigação e o interior do país foi também um pouco olhado. Saberão os jornalistas-investigadores o mundo que ainda eles não dscobriram por estas paragens? Pois bem, este é o link: http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/reporter-tvi-verdade-inconveniente-ana-leal-colegios-privados-tvi24/1506330-4071.html , para mais uma interessante incursão pelo mundo do rapinanço nacional. Curioso que a liberdade de escolha na educação seja um factor que se joga só em campos muito privativos e que o livre arbítrio educativo não tenha também sido pensado na questão das escolas primárias que fecharam por todo o país sem olhar a questões e preocupações pedagógicas e psicossociais. Agora, o esbanjamento é permitido se for para manter os cargos e os ordenados de gentes que se preocupam muito pouco com a formação dos tão cobiçados estudantes. Enfim, nesta pequena reportagem é muito curioso observar as opiniões que são apresentadas por todos os directores das escolas, mas chamava a atenção de todos os que lêem este blogue para a capacidade de improvisação que os directores dos colégios apresentam. Neste lote, chamo a atenção, infelizmente, para a defesa da causa pública que faz o Presidente da Câmara do Sabugal e, simultaneamente, responsável máximo por um desses colégios privados. É o exemplo perfeito daquilo que são muitos dos governantes e autarcas deste nosso desgraçado país: gente muito preocupada com os seus bens e com a manutenção e aumento deles. Valha-nos a utopia de pensar que um dia isto há-de acabar!

domingo, novembro 03, 2013

Pensalamentos #144 - personagens literárias

Uma das grandes dificuldades em construir personagens (literárias) que perdurem como indivíduos imortais encontra-se na construção do seu discurso, podem chamar-lhe falas ou frases ou ditos ou palavras. Descobri que a grande maioria dos escritores recentes se esquece de estudar a psicologia da personagem e, no final, parecem todos os personagens de um romance ser uma única voz (a do próprio escritor) distribuída pelos bonecos que, sim, estão efectivamente construídos de forma singular. 
Acabei de ler um romance, de leitura relaxante (mais um para descansar depois de um ano cansativo), que me deu a ideia de existir alguém, uma espécie de ventríloquo, que vai soprando as suas ideias através de várias personagens enquanto as vai mexendo (como se fossem marionetas). Será que é proibido que as personagens dos romances de hoje tenham voz própria e singular? 
Infelizmente, isto tem acontecido em muitos dos romances premiados com os prémios comerciais do mercado livreiro português.

sábado, novembro 02, 2013

Pensalamentos #143 - dança

A principal motivação dos dias que correm esbarra na negra sina que com eles enlaça um passo de dança sensual e tantas vezes mortífero. Tudo o resto, aliás, é mera ilusão de óptica e engano consciente.

sexta-feira, novembro 01, 2013

Pensalamentos #142 - sentidos

ter ouvidos nas pernas
e o cheiro na vista

conter em si todos os sentidos
e o oposto deles
em partes desiguais e complementares

esperar
sempre
como ilustre conhecido
e ser ignorado
à vista de todos

Francisco e a criança


Há imagens que nos agarram pela mão e nos transportam para um universo de perfeição extrema. Esta é a que mais me agradou hoje. Perante a necessária (?) obediência a uma postura hirta e ouvinte, uma criança rompe para o altar de onde o Papa Francisco se dirigia aos que o ouviam e por ali brinca e mantém durante todo o tempo o mundo. Haverá quem diga que não deveria ter acontecido, mas é mágico e belo perceber que não houve incómodo por parte de Francisco. Penso até que ele deve ter admirado a ingénua irreverência da criança que quis, apenas, brincar. A reacção do Papa foi simples e admirável: continuou o seu sermão com a naturalidade que se lhe reconhece. Gostei!